História A Ancora! (Derek Hale) - Sensitive

Lydia deu um sorriso com somente seus lábios, me abraçou e seguiu para o campo, e eu a assisti paralisada de vergonha. Sim sendo parente do Stiles, eu havia ficado imune a certas coisas, passar vergonha em público era com certeza uma dessas, mas isso atingia um nível muito diferente e muito pior. 

Então relutantemente me virei em direção ao carro estacionado, descendo de degrau em degrau vagarosamente, Derek ainda se encontrava do lado de fora escorado no carro.  

- Olá, como foi a aula? – Derek me perguntou, um tom de divertimento em sua voz, me puxando pela cintura em um abraço e pude sentir todo seu corpo definido, um arrepio percorreu pelo meu corpo me fazendo arrepiar e me soltei, antes que ele pudesse perceber. Bufei abrindo a porta do carro. Com as bochechas vermelhas, com ele rindo leve enquanto ia para o lado do motorista. 

Respirei aliviada ainda sentindo a sensação do arrepio e o que aquilo significava, eu não fazia ideia, Derek dava a volta no carro e eu controlava minha respiração, o cheiro da sua colônia impregnava no ambiente e eu me sentia quase inebriada. A porta do motorista se abriu e uma brisa fresca entrou junto de Derek, ele me sorriu, não pude evitar e sorrir de volta. 

-Onde vamos? -Perguntei quando o carro ganhou vida e saímos do estacionamento em direção a cidade. 

-Comer, depois vou te levar em um lugar. - Ele disse me olhando e voltando a atenção para o transito. - Onde quer ir? 

-Qualquer lugar onde tenha um ótimo hambúrguer e batatas, eu realmente preciso disso.  

Stiles tinha começado uma dieta para o pai dele, e me colocado junto da minha mãe, como um modo de incentivo, e hambúrgueres e batatas fritas estavam fora desse cardápio. Ele soltou uma risada leve sabendo exatamente meu desespero em fritura. Logo ele parou em uma lanchonete com um estilo vintage. 

O lugar parecia não ter sofrido nada com o passar do tempo, era aconchegante. Assim que entramos e nos sentamos em uma "cabine" uma garçonete veio nos atender, era uma senhora com um sorriso no rosto, muito simpática.  

-Wow, uma garota, Derek! Pensei que esse dia nunca fosse acontecer, sua mãe ficaria muito orgulhosa! 

E novamente, eu não ficava envergonhada facilmente, mas essa mulher, eu me sentia como uma criança, ri sem graça, e diferente do que esperei de Derek ele sorriu mais abertamente estufando o peito e me olhou carinhosamente.  

A mulher arregalou os olhos como se tivesse percebido algo, e seu sorriso gentil se abriu em um sorriso completo com todos os dentes. 

-Não me diga qu-Oh Derek, eu estou tão feliz por você!! - Ela o puxou para um abraço apertado que o fez rir alto, então foi minha vez de estar surpresa e sem entender nada. Logo em seguida ela me abraçava forte, e eu olhava o homem a minha frente de cenhos franzidos. 

-Ann, essa é a Rosa, uma amiga da família, Rosa essa é a Anne meu- 

-Sua mate. - Arregalei os olhos, olhando rapidamente para Derek que continuava olhando para Rosa, sorrindo. - Oh não se preocupe, querida, uma bruxa mesmo velha ainda reconhece a aura antiga de uma metade perdida. 

Eu não tinha certeza se meus olhos tinham a capacidade de se arregalarem mais, então minha boca fazia esse papel, ela abria e fechava enquanto meu cérebro tentava formular alguma frase e quando não consegui, fiquei com o famoso "O quê?". Derek parecia realmente se divertir com toda a situação.  

-Imagino que o de sempre, sem milkshake? - Rosa perguntou diretamente para Derek. 

-Sem milkshake, coca-cola.  

Ele respondeu ela se afastou entrando para atrás do balcão, na cozinha. 

-O quê?? - Perguntei novamente de sobrancelha arqueada para Derek, chegando à conclusão que eu amava todos seus tipos de sorrisos e semi-sorrisos. Ele levantou os olhos do meu bracelete que ele brincava e que a propósito ele que havia de dado de natal, cada berloque era a representação das pessoas da minha família. 

-Você já ouviu sobre o Mito de Andrógino? - Balancei a cabeça negando, minha atenção sendo dividida, mais preocupada com as sensações que seus dedos deixavam sobre a minha pele quando encostavam, enquanto ele ainda mexia no bracelete.  

- É o mito grego sobre almas gêmeas, diz a lenda que existiam três sexos: homem, mulher e a junção deles, os andróginos, eles eram mais poderosos, seres quase perfeitos filhos do Sol da Terra e da Lua, acabaram se tornando ambiciosos e quiseram se igualar aos Deuses, mas Zeus os deu uma lição. Os dividiu no meio como maçãs, Apolo foi os moldando e eles ficaram parecidos com os outros dois sexos, mas eles não eram mais inteiros; eles começaram a morrer de fome e desespero. Mas Zeus com pena virou suas partes reprodutoras para onde seus rostos estavam virados, assim em um abraço poderiam se completar, porém suas almas saberiam que só o reencontro com sua antiga metade os libertaria da saudade e eterna procura. 

E assim que Derek havia terminado seu momento história, Rosa voltou com uma bandeja com os pedidos, e minha atenção foi totalmente para a comida. Eu mais que depressa peguei um e dei uma grande mordida, sendo agraciada pela graça da gordura, soltando um som de satisfação. 

-Uau, isso aqui tá muito bom!!  

-Fico feliz que gostou, Derek sempre pede isso, já tentei o fazer experimentar outras coisas, mas ele é fiel ao que gosta.  

Ela disse e pediu licença, indo atender novos clientes que acabavam de entrar. Continuamos a conversar conversando sobre coisas normais do dia-a-dia e quando reparei já estávamos saindo, me despedi de Rosa com um abraço apertado e saímos do restaurante, rumo ao lugar que Derek queria me levar.  

Era silêncio dentro do carro, o som estava ligado, mas no volume baixo, o som do vento e do carro complementavam o ambiente calmo e confortante, e agora com a mente mais tranquila eu conseguia lembrar do mito que Derek havia me contado. Era surpreendente, como todo o resto do mundo sobrenatural. Mitos, lendas, simples histórias reais, era doido como o mundo parecia tão fiel de que tudo isso não passava de ficção, sempre tinha a pergunta, porque não existiria? 

-Eu vejo as engrenagens no seu cérebro funcionando.  

Derek comentou me tirando dos meus pensamentos, sorri com os lábios me virando totalmente para ele, eu estava tão distraída, que não havia reparado que havíamos saído do condado e agora estávamos na estrada e apesar da curiosidade achei melhor não questionar onde iríamos. 

-Como é exatamente minha aura?  

Ele me olhou engraçado, como se tivesse o pego de surpresa, logo voltando sua atenção de volta para a estrada a frente.  

-Toda aura é diferente uma das outras, elas brilham de forma diferente, mas a sua tem algo a mais, eu não sei o que é, mas é bonita. - Ele me respondeu com um sorriso quase imperceptível, seus olhos estavam concentrados no transito a frente, mas tinham um brilho diferente, ele estava diferente desde que tudo havia ficado mais doido ainda. - Chegamos. 

 Eu não sabia o que dizer, eu não fazia ideia da onde estávamos, mas sabia que era longe de casa. Estávamos na costa, a praia vazia a poucos metros de distância da onde o carro estava estacionado, era magnifico e parecia vazio, pouco tocado pelas mãos dos homens. A praia comprida de areia branca, pedras e um pequeno morro da onde parecia ser um ótimo ponto para um pôr do sol. 

- Eu não sabia o que dizer, eu não fazia ideia da onde estávamos, mas sabia que era longe de casa. Estávamos na costa, a praia vazia a poucos metros de distância da onde o carro estava estacionado, era magnifico e parecia vazio, pouco tocado pelas mãos dos homens.a praia comprida de areia branca, pedras e um pequeno morro da onde parecia ser um ótimo ponto para um por do sol, e o mar sempre imponente com seu som calmo.  

-Isso é muito clichê, mas eu não ligo nem um pouco, de que livro você tirou esse lugar? - Perguntei entusiasmada abrindo a porta do carro e saindo para fora sem deixar de ouvir sua risada ao fundo. Isso era uma coisa que ele costumava fazer mais por esses dias, rir e sorrir, era uma cena refrescante de se ver. 

-Minha família costumava acampar aqui, minha mãe gostava que a matilha pudesse criar um vínculo, tornando todos mais fortes, isso era o que ela gostava. - Derek sorria sem ao menos perceber enquanto olhava a praia, ele parecia relembrar memorias enterradas em sua mente a tanto tempo que invés de dor usual, ele parecia realmente feliz. Então se virou para mim me pegando pela mão e senti os choques percorrem meu corpo tão rápido como apareceram. 

-Tem um lugar perfeito para o pôr do sol. 

E foi me puxando, colina a cima, eu não questionei somente segui me acostumando com todas as novas sensações e controlar a felicidade e borboletas dentro do meu estômago. A colina não era muita alta, ou íngreme, poucos minutos até chegarmos ao topo e eu perder o ar com a visão.  

Já tinha visto muitos por de sol magníficos, mas eu tinha certeza de que esse seria muito mais especial, olhei para Derek como uma criança em manhã de natal ele balançou a cabeça achando graça da minha felicidade, estendeu um cobertor, que só naquele momento eu havia percebido que ele havia trago junto de si, estendeu-o no chão e me puxou para junto de si, me colocando a sua frente sentada no meio das suas pernas.  

E quando nossos corpos entraram em contato, me arrancaram um novo tipo de sensação, vinha quente do fundo do centro de todo me corpo, deixando um caminho por onde passava, me arrancando um novo arrepio que só piorou quando senti seus lábios de veludo em meu pescoço em um gesto carinhoso. Eu tinha um som preso no fundo da garganta e os músculos do meu corpo tensos, mas que logo relaxaram ao reconhecerem o calor que ele emanava. 

Me sentia sobrecarregada e nas nuvens ao mesmo tempo, ele me apertou mais a si fiz esforço para prestar atenção na vista a minha frente e não ao seu delicioso corpo. Se um simples abraço tinha me causado todas essas sensações, como se eu estivesse hiper sensitiva, o que tudo o mais iria me causar?