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História A aposta - Clexa - Dúvida Cruel


Escrita por: NandaHeda

Notas do Autor


Suspende as fritas que o filé já chegou.

Oi povo

Capítulo 77 - Dúvida Cruel


Decidida, Clarke entra naquela quadra de esportes repleta de cadeiras e mesas jogadas ao chão propositalmente. O murmurinho cessa quando os amigos notam a aproximação dela.

Encontra Lexa e Lincoln sentados sobre o palco e se encaminha até lá, sustentando o olhar indecifrável da noiva. O pirata imediatamente se levanta e vaza, deixando as duas a sós.

Clarke para a uma curta distância. Aparenta estar calma, mas a verdade passa bem longe disso. Não é só a desconfiança, o que ela teme é desconhecer algum lado sombrio de Lexa. Estremece só de pensar que realmente foi enganada.

Se esse for o caso, o que fará com todo o amor que sente? Como seguirá com a sua vida sendo asfixiada por um sentimento ao qual nunca mais poderá dar vazão? De onde tirará forças para viver sem ela por perto?

Ela quer acreditar que tudo não passou de uma fraude, mas sem as provas, essa dúvida irá martelar em sua mente até que a morte os separe. Não, Clarke não pode ter qualquer suspeita e precisam resolver esse impasse, juntos.

— O que vamos fazer a respeito desse vídeo? – ela questiona, segurando as lágrimas.

— O que quer fazer? – ela rebate a pergunta, angustiada.

— Temos que investigar. Se a Costia estiver metida nisso, dessa vez ela não sairá ilesa. – Clarke cerra os punhos e trinca os dentes.

— Acredita que sou inocente?

— Ainda não sei, Lexa.

— Deveria confiar em mim. – ela contrai os lábios e seus olhos ficam marejados de imediato.

— Eu quero acreditar em você, mas a vida me ensinou que as pessoas são manipuladoras e agem sem pesar as consequências.

— Eu entendo o que está dizendo, mas não posso aceitar que duvide da minha integridade. Eu coloquei um anel no seu dedo e não fiz isso por brincadeira. Clarke, eu jamais arriscaria a nossa relação dessa maneira.

— Me desculpe, eu não posso ficar com essa dúvida.

Lexa morde o lábio e abaixa a cabeça, numa tristeza crescente. Ela não deveria duvidar, a morena já provou o quanto a ama inúmeras vezes. Será que Clarke não percebe o que está fazendo? Não entende que está atirando na lama todos os esforços dela para conquistá-la dia após dia?

— Amanhã iremos na boate. – Lexa diz, resoluta. — E farei o exame de sangue.

— Obrigada, Lexa. – apesar de ser a vítima, Clarke também se sente algoz, tanto que não consegue mais sustentar o olhar dela.

— Quando ficar provado que sou inocente, você terá um problema muito maior com o qual lidar. – ela avisa, num murmúrio.

— Eu sei. – lágrimas irrompem sem aviso nesse exato instante. — Terei que conquistá-la novamente.

— Terá que provar que confia em mim cegamente ou o casamento estará cancelado.

 •••

 

Clarke está um trapo. Olheiras profundas se desenham abaixo dos olhos azuis, cabisbaixos, sem qualquer sinal de brilho. Aquele vídeo a destruiu em todos os sentidos.

Bell e Raven a deixaram na casa dos pais, logo após a conversa com Lexa. Não houve beijo de despedida, nem um abraço sequer. Quando ambas concordaram que deveriam iniciar as investigações pela boate, Clarke girou sobre as sapatilhas e, mesmo sem ter certeza de nada, a deixou sozinha naquele palco.

Agora, jogada na cama, girando o solitário no dedo, ela sente uma pressão esmagadora no peito. Seu espírito parece ter saído para dar um rolê, irritado com tamanha burrice. Clarke está só o pó e não sabe se conseguirá se levantar após a noite insone e o baque que ainda lateja em suas têmporas.

Ela quer acreditar na palavra dela, de verdade. Tanto que está numa batalha interna sem precedentes. O lado racional quer exterminar os sentimentos e vice-versa.

O relógio marca dez da manhã. Clarke resolve se arrastar pelo quarto e trocar de roupa. Combinou com Lexa ao meio-dia em frente à boate nos Jardins. Está torcendo, de maneira desesperada, que tudo se resolva hoje mesmo para poder se jogar nos braços dela quando essa palhaçada terminar.

 

•••

 

A conversa com o gerente da boate foi marcada para o meio-dia. Lexa está sentindo uma vibe nada positiva. Não pregou os olhos a noite toda, remexendo-se num desconforto tamanho que todos os seus músculos saltados doem.

Existe também o sentimento de inconformidade com a situação. Sua futura esposa não confia em sua palavra, simples assim. Ok, ela entende a gravidade daquelas cenas em vídeo, mas não consegue aceitar que Clarke duvide de sua integridade. Será que o amor dela não é tão grande e poderoso quanto vive dizendo?

Num cansaço sem tamanho, Lexa pesca as chaves do carro e suspira, angustiada. Algo corrói o seu estômago e é tão ácido que chega a causar náuseas. É como se estivesse revivendo o passado, aquela vingança desmedida da Kibi Mor. Ela se pega num questionamento básico, do porquê da vida ser cíclica. Qual lição não foi aprendida para tudo estar se repetindo?

Chacoalhando os cachos ensolarados, manda os devaneios sem resposta para o inferno. Sai do apê batendo a porta com força, certa de que essa história está longe de terminar.


Notas Finais


Alguma alma caridosa manja de editor de imagem? Tenho uma nova fic pronta mas queria uma capa bacaninha para por estava (fazendo capa pra ela e todas as minhas fic) mas meu pc ja eras não sei se vai ter salvaçã, então se tiver alguma anjinha pra me ajudar agradeço!
No mais... segue o baile e não esqueçam daquele comentário maroto que me deixa feliz e motivada


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