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História A Aposta - Imagine Baekhyun (EXO) - Noite de trovões


Escrita por: Anabananax e Anayoungg

Notas do Autor


Demorou, mas saiu ❤️

Capítulo 5 - Noite de trovões


Fanfic / Fanfiction A Aposta - Imagine Baekhyun (EXO) - Noite de trovões

BAEKHYUN

Estacionei a moto na garagem da casa ainda com a cabeça sendo invadida por milhares de pensamentos conturbados. Ela disse que nunca se envolveria comigo, pois tenho um “tipo” que ela detesta. Larguei o capacete sobre a moto entrando de vez pela porta de serviço, chegando mais rápido na cozinha.


— Querido, seu pai está em casa hoje — tocou meu rosto — não arranje confusão, ele está de mau humor.


— E quando ele não está de mau humor, Lídia ?


Subi as escadas com preguiça indo diretamente para o banheiro assim que cheguei no meu quarto. Sequei meus cabelos com a toalha pegando meu celular para visualizar algumas mensagens recém chegadas. Abri meu notebook ao receber uma mensagem no email, informando que meu pai tinha depositado mais dinheiro para mim.


— Baekhyun, estou em casa — abriu a porta do quarto enquanto falava.


— Vai ficar por aqui esse mês ?


— Não, filho. Segunda estarei indo para o Japão, sua mãe disse que vem passar seu aniversário com você aqui na Coreia.


Deixei um sorriso escapar ao pensar em ter um abraço de minha mãe, a mulher que mais amo no mundo juntamente de Lídia.


— E o senhor ? Vai ficar para o meu aniversário ?


— Não, tenho coisa mais importante. Deixei uma quantia maior na sua conta, gaste com responsabilidade.


Bateu a porta do quarto me deixando sozinho novamente. Apertei a colcha da cama sentindo meus olhos se encherem por conta de suas palavras. Quando se torna pai não devemos dar amor ao filho ? O dia do seu aniversário não se torna algo importante para ele ? Como meus pais me deixam tão de lado da vida deles ? É como se depositando dinheiro para mim fosse subtítuir o amor e carinho de um pai e mãe.


Fechei a tela do notebook com força querendo descontar toda a minha raiva em alguma coisa. Peguei um moletom no armário colocando o capuz na cabeça e saindo de casa sem ser visto. Com as mãos nos bolsos caminhava pelas calçadas deixando as lágrimas descerem a cada palavra do meu pai lembrada. Puxei o celular do bolso rolando minha agenda de contatos acabando por clicar no contato salvo como “Idiota”.


O que quer, garoto estúpido ?


Como se sua voz fosse uma piada, abri um sorriso involuntariamente sabendo muito bem que ela tinha atendido minha ligação com sua cara de brava, provavelmente me xingou de todos os palavrões existentes em nossa língua.


— Você atendeu ! Tomou os remédios hoje ?


Irei desligar se ficar fazendo piadinhas, garoto estúpido.


Soltou um longo suspiro parecendo impaciente. Depois de alguns minutos em silêncio apenas escutando sua respiração, decidi perguntar a primeira coisa que veio em minha cabeça.


— Vai á escola amanhã ?


Não acredito que me ligou apenas para isso ! Se eu for ou não para a escola o problema é meu, e trate de não aparecer aqui, garoto !


Abri a boca para responder mas ela já tinha desligada. Encarei a tela do celular colocando no bolso do moletom ainda caminhando sem direção pelas ruas. As luzes fortes do parque de diversões brilhava enquanto algumas crianças se lambuzavam com os sorvetes. Estreitei os olhos conhecendo a garota que estava sentada na mesa de fora, colherando o sorvete enquanto matinha um olhar entristecido.


— Yun !


Recebi sua atenção me aproximando devagar, parei em sua frente enquanto ela procurava alguém por trás de si.


— Está falando comigo ?


Me sentei desleixado em uma das cadeiras cruzando meus braços e olhando para a garota de cabelos negros.


— Você veio tomar sorvete sozinha ?


— Sim, a S/n está estudando.


— Espera, amanhã tem prova ?


— Não, não que eu saiba.


— E porquê ela está estudando ?


— E precisa de motivos para S/n estudar ? 


Arqueou uma sobrancelha para mim colocando um pouco de sorvete na boca. Desviei o olhar um pouco constrangido.


— Se você gosta da S/n, deveria fazer coisas que agradam ela. Não ao contrário, como você faz.


— Então…eu faço coisas que desagradam a ela ? Ah, qual é ? Eu sou lindo, rico e o mais popular, que garota não iria me curtir ?


— S/n — revirou os olhos ao responder — é diferente, não sente atração por garotos assim. No começo achei que ela fosse lésbica, mas depois descobri que S/n é diferente e muito rara entre as meninas.


— Rara ?


— É. Tipo, ela não gosta de meninos assim — apontou para mim — como você. Ela curte pessoas mais…caretas como ela.

— Ó, ponha careta nisso ! Quem estuda por não ter nada para fazer ?

— Ei, não crítica minha amiga. Apesar de ser careta, eu a amo mais que tudo ! S/n te acha um babaca e sem escrúpulos, principalmente quando você atrapalha as aulas favoritas dela.

— Han ?

— Quer uma dica ? Seja compreensivo e e educado, ela gosta.


Balancei a cabeça em confirmação ainda pensativo nas sua palavras.


— E…tem mais dicas ?


— Ela curte música, mais especificamente a Selena Gomez.


— Selena Gomez ? Uau !


— Ah, S/n gosta de crianças. Ela me diz que são pequenos seres que não conhecem a maldade no mundo, por isso aprecia elas.


— E o quê mais?


— Mesmo não parecendo, ela gosta de filmes com ação ! Ah, ama coisas que envolve sangue.


Fiz careta completamente enojado. Todas as meninas gostam de romances e filmes com finais clichês.


— E o mais importante, seja sempre verdadeiro e mostre ser quem realmente você é ! S/n é sensível e muito marrenta ao mesmo tempo, ela não mostra ser fraca na frente das pessoas, mas é completamente sensível por dentro.


— Não achava que ela…fosse assim.


Ainda intrigado continuei olhando para um ponto qualquer absorvendo toda a informação. Como irei mostrar meu eu verdadeiro para uma garota que não sinto nada ? Sem atração ? Mostrar meu eu exterior não atrai ela, algo que sempre me deixa cercado por garotas.


— Desculpa falar isso, mas… você não faz o tipo da S/n.


— Nossa, obrigado pelo apoio.


— Não conte a S/n que falei sobre ela com você, ela iria me matar ! Não quero perder minha única amiga. Agora, tenho que ir. Não se esqueça, seja humilde !


Ela saiu da sorveteria me deixando sozinho. Me encostei melhor na cadeira e olhei para o teto pensativo. Voltei a andar pelas ruas agora indo em direção a casa de S/n. Bati na porta e ela abriu, sorridente, seu sorriso se desfez ao me ver.


— Podemos conversar ?


Como se fosse uma tortura, S/n esfregou sua mão na bochecha.


— Por favor.


— Por que não vai até seus amigos ? A gente nem é amigo, garoto estúpido.


— Por que eu não confio neles !


— E confia em mim ?


Concordei.


— Argh!


Ela saiu da porta me dando passagem para entrar. Sua mãe quando me viu veio correndo falar comigo.


— Byun, você por aqui ! Filha, leve-o para o seu quarto, aposto que querem privacidade — soltou uma piscadela para S/n que ficou vermelha com a atitude da mãe.


— Mãe !


Contragosto, recebi seu olhar tedioso. S/n subiu as escadas enquanto acompanhei entrando na última porta do pequeno corredor. Seu quarto estava um pouco arrumando, com os lençóis bagunçados na cama e na sua escrivaninha alguns livros e canetas. A cor forte do azul de meu casado do lacrosse me chamou atenção pois estava no chão.


— Ah, eu não sabia onde por ele. Não acha que esse é o lugar ideal ?


Mudei a feição para bravo o que fez ela sorrir de lado, gostando de me ver assim.


— O que você quer, garoto estúpido ? Seus pais deixaram você vir a essa hora aqui ?


Puxou um urso que estava sobre os lençóis deixado ele em seu colo, ainda me olhando sem nenhuma vontade.


— Minha mãe está na Europa e o meu pai...meu pai não se importa. Ou seja, nenhum dos dois me criou.


— Você não foi criado pelos seus pais ? Mas você é tão mimadinho...


— Não. Fui criado pelas empregadas e babás que minha mãe contratava. Mas só considero apenas uma como minha mãe. Sabe S/n, eu sempre fui muito problemático porque as pessoas só se aproximam de mim por interesse financeiro.


S/n se mantinha calada, me observando.


— Quando te vi chorando pelo seu pai…me deu vontade de chorar também, porque…eu nunca tive um pai presente na minha vida. Então achava que fazer burradas iria fazer ele enxergar que ele tem um filho e iria se dedicar a mim. Mas…meu pai nem liga para mim !


Passei a manga do moletom em meu rosto limpando a lágrima que se formava em meus olhos.


— Eu nunca contei isso a ninguém, Yun disse que eu fosse humilde com você, e…pela primeira vez estou mostrando meu lado ruim para alguém.


— Espera. Você falou sobre mim com a Yun ?


Concordei com a cabeça vendo-a revirar os olhos e xingar Yun.


— Não brigue com ela,  apenas me respondeu algumas coisas.


S/n deu ombros e voltou a me olhar.


— Então você vive sozinho naquele casarão ?


Concordei e ela continuou a me olhar, talvez esperando que eu falasse mais alguma coisa de interessante.


— Lídia quer conhecer você.


— Quem é Lídia ?


— A mulher que cuidou de mim.


— Você falou de mim para essa mulher ?


— Sim, falei que eu gosto de você e que...


A porta do quarto foi aberta e a mãe de S/n entrou no quarto deixando um prato com biscoitos e duas caixinhas de suco para mim e S/n. Nos assustamos com o alto trovão escutado pela janela, S/n se encolheu olhando apavorada para sua mãe.


— Não acho que seja legal você sair nessa chuva para casa, menino. Pode dormir aqui, irei ligar para Lídia e avisar.


— Mãe ! Ele tem casa ! E como conhece a Lídia ?


— Isso é assunto para depois. Seja educada com ele e trate-o bem, filha.


Com a cara emburrada, S/n pegou os edredons que sua mãe forneceu colocando no chão enquanto a mim apenas observava tudo. S/n se deitou em sua cama confortável, se preparando para dormir. Os trovões ficavam mais alto e isso fez ela se encolher juntamente com o urso.


— Eu prefiro dormir na sua cama.


Me sentei ao seu lado observando-a se tremer com medo.


— Que pena que a cama é minha, garoto estúpido ! Já para o chão !


— Certeza ?


Fiquei um tempo em silêncio, rindo alto quando ela se tremeu com o trovão da chuva forte que caía do lado de fora.


— Eu deixo, Baekhyun !


Passei o edredom pelo meu corpo com um sorriso bobo no rosto.


— Que sorriso é esse, garoto estúpido ?


— Você me chamou de Baekhyun !


Como se tivesse parado para pensar, S/n coçou a nunca desviando o olhar do meu. Aproveitei o contato para fazer cosquinhas nela que se contorceu inteira conseguindo empurrar minhas mãos.


— Se tocar em mim novamente arrebento sua cara ! 


Virou de costas ainda agarrada ao urso, me deitei melhor encarando o teto querendo que o sono venha.


— Garoto estúpido ?


— Sim, Lee ?


— Quero conhecer ela.


Me virei, olhando para ela.


— Quem ?


— Amanhã depois da escola, eu quero conhecer Lídia. Agora, cala a boca que quero dormir.


Comecei a rir. Essa garota é estranha…


Aos poucos vou amolecer o seu coração, Lee S/n!


-CONTINUA…


Notas Finais


Meu perfil: @anabananax🧚‍♀️


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