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História A Aposta - Imagine Baekhyun (EXO) - Protagonista principal


Escrita por: Anabananax e Anayoungg

Notas do Autor


Se tiver algum erro, PERDÃO! 💜
Boa leitura

Capítulo 20 - Protagonista principal


Fanfic / Fanfiction A Aposta - Imagine Baekhyun (EXO) - Protagonista principal


Alguns anos atrás…




— Espera, você não pode entrar aqui!

S/n empurrava o menininhos de cabelos loiros para fora do quarto, rindo as vezes ao ver que era mais fraca.

— Esqueceu que minha mamãe é dona daqui?

Com uma risada, o menininho entrou em passos rápidos no quarto, assustando algumas meninas que gritaram.

— Você é muito chato, loirinho.

Com um sorriso, S/n se aproximou das meninas que abraçaram ela. Pareciam ter S/n como sua salvadora, já que S/n era a única menina que o menininho gostava de conversar dali.

— Crianças.

Entrando no quarto, uma mulher de aparência adulta pegou o menininho no colo, deixando um beijo em sua bochecha antes de falar.

— Vamos jantar, crianças. Filho, está com fome?

— Sim, mamãe. E o papai?

Um pouco suspeita em responder a pergunta do filho, a mulher de cabelos escuros apenas negou com a cabeça, saíndo do quarto com o menino ainda no seu colo.

Levando uma colher de arroz até a boca, S/n ajudou o menininho a empurrar a cadeira, ajudando ele a se sentar ao seu lado para comer.

— Mamãe, podemos levar a S/n para conhecer o meu quarto?

— Infelizmente não, meu bebê. A S/n não pode sair do Órgão neste horário. Vamos marcar para outro dia, tudo bem?

Um pouco tristonho, o menininho balançou a cabeça positivamente, pegando na mãozinha de S/n, sua mais nova amiguinha.

— Você é minha melhor amiga, S/n.

— Você nem me conhece direito, seu boboca.

— Mas eu já te amo, sua chata.

S/n mostrou a língua para ele, que apenas ria das caretas da menina.




Me espreguicei na cama, após me sentar e bocejar. Pisquei os olhos várias vezes, franzindo o cenho.

— Que sonho estranho.

Dei ombros, pegando o meu celular e olhando as horas. Desci as escadas até a sala, entrando na cozinha e encontrando minha mãe de frente para o balcão.

— Mãe.

— Bom dia, filha.

— Bom dia.

Recebi um beijo seu em minha bochecha.

— Tive um sonho estranho hoje.

— Sonho?

— É. Na verdade, parecia…uma lembrança.

— Lembrança?

Suspirei, pegando a água que ela havia acabado de colocar para mim e bebendo devagar. 

(…)

A manhã de sábado estava sendo entediante, se não fosse por Ana ter me enviado mensagem e me implorado para ir com ela até o centro da cidade comprar um vestido, eu estaria em minha cama ainda a dormir. Recebi a quinta mensagem de Baekhyun, mas me recusei a respondé-lo, pois sei que se ele se mostrar indefeso, eu irei até ele. Sai de casa, vendo Ana me esperar em frente ao carro que a costumava ir para a escola.

— Vem, entra.

Me puxou para dentro do carro, dando ordens para o homem de terno dar partida. Me sentia um pouco envergonhada, apesar de Ana e eu sermos grudadas quando crianças, fomos separadas antes mesmo de virarmos adolescentes, então, de certa forma sinto vergonha em ter esse tipo de relação com ela.

— E aquela sua amiga?

— Yun?

— É, essa mesmo.

— Ela anda afastada. 

— Deixa eu adivinhar. Algum jogador do time da escola?

— Sim.

— O que as meninas veem nesses meninos?

Arqueei uma sobrancelha, recebendo uma risada engraçada sua.

— É sério, como você namora o pior deles? Vocês eram cão e gato.

— Nosso coração é corrupto. Já ouviu essa frase?

Ana apenas virou a cabeça, olhando para a janela. 

— Então, vocês se apaixonaram? Sério, eu fico tentando entender como isso aconteceu.

Em meio a risadas, dei ombros para ela.

— Eu também, mas não consigo me ver mais vivendo sem ele, sem sua presença e seu amor.

Suspirei, tirando os olhos da janela do carro e olhando para Ana, que parecia emocionada com minha fala.

— Nossa, pelo brilho dos seus olhos… você realmente gosta dele.

— E você?

Parecendo ficar incomodada com a pergunta, Ananda ajeitou os cabelos e fez um som com a garganta, como se não conseguisse me responder.

— E-eu?

— É. Você e o Yixing. Ele gosta mesmo de você, Ananda.

— Eu sei que você namora um garoto do time, mas eu não acho que ele goste de mim.

— Como assim?

— Ele gosta da minha aparência, não da minha pessoa.

— Você não tem certeza disso, Ananda.

— É meio que óbvio, S/n.

— Mas você sente algo por ele?

— Ah, ele…é legal.

Dei uma risada, vendo que Ana ficava vermelha ao falar do chinês. Saímos do carro assim que chegamos no centro, Ana ia me puxando pelas calçadas olhando alguns vestidos nas vitrines, mas nunca entrando para ter certeza.

— Nossa, esse é perfeito para você!

— Para mim? Mas eu…

— Nada disso, você vai nessa festa sim! Até porque, você vai cantar!

— M-mas…

— Com que você iria?

— Uniforme…?

Me ignorando por completo, Ana chamou uma atendente que tirou o vestido do manequim e levou até mim no provador. Deixei que a mulher ajustasse a peça em meu corpo, me deixando um pouco envergonhada pela situação.

— Meu Deus!

Me assustei com Ananda entrando no provador. Seus braços estavam cheios de vestidos, mas seus olhos estavam arregalados enquanto olhavam para mim.

— É esse! Nós vamos levar esse!

(…)

Joguei pipocas em Ananda quando ela insinuou uma piada com duplo sentido. As batidas na porta me fizeram deixar a vasilha com pipocas com a de cabelos castanhos, indo ver quem nos incomodava em um gracioso domingo.

— JongDae!?

Um pouco em choque, o olhos dos pés a cabeça, ainda sem acreditar na sua aparição em minha casa após a sua última visita, que não foi nada agradável.

— Por favor, não bate a porta na minha cara!

— Eu iria fazer isso agora, mas fiquei interessada nessa sua cara de pau!

Cruzei os braços, olhando fixamente em seus olhos.

— Só queria deixar claro que…eu gosto de Yun.

Neguei com a cabeça, esperando uma risada da parte dele.

— É sério?

— Sim, muito sério! Eu realmente estou gostando dela.

— Ama ela?

— A única garota que eu amei foi você, S/n.

— Não muda de assunto, JongDae. Se realmente gostasse de Yun, não tinha usado ela para se reaproximar de mim.

— S/n…

— Vai embora!

Fechei à porta, soltando um longo suspiro. Isso pode até ser verdade, mas sei o quanto Yun irá me odiar por ter escondido isso dela.

Mas quantas vezes eu tentei avisá-la?

— Tudo bem?

Me assustei com a voz de Ananda. Me virei, caminhando até ela que estava no sofá, ainda devorando a pipoca.

— Sim.

Me sentei ao seu lado, pegando um pouco de pipoca. Ananda olha para escada, ficando pensativa e um pouco tristonha.

Com certeza pelo fato de minha mãe não ter gostado nada da volta de nossa aproximação, já que ela sempre falava que a família de meu pai quem não gostava de mim, mas na real, parece que ela tem medo.

— Eu ainda não entendo.

Mordi meu lábio, encostando minha cabeça no sofá.

— Sua mãe tem medo que possamos tirá-la de você.

— Mas…ela é minha mãe. Não existe motivos para ela ter medo disto.

Ananda apenas balançou a cabeça, mas logo voltou a prestar atenção no que se passava no filme.

— Caraca, que lindo.

Soltei, ao ver o ator no filme mostrar seu sorriso.

— Muito gato.

— Não mais que o Yixing, hum?

Ananda arregalou os olhos, agora sendo sua vez de jogar pipoca em mim. Pude ver seu sorriso no canto da boca, como se ela realmente concordasse com o que falei.

— Admite!

— Admitir?

— Que você — me ajoelhei no sofá — é louquinha pelo chinês do time de lacrosse.

— Para com isso, S/n.

— Não vou parar até você admitir!

Jogou em pipoca no seu rosto, mostrando a língua.

— Chata!

— Para, sua feia!

(…)

Peguei meu celular do bolso com raiva, vendo a décima mensagem que o garoto estúpido mandava. Suspirei, não aguentando e respondendo ele.

Amor

Vem aqui

Eu sei que ficou chateada, mas eu estava de cabeça quente. Quer vir aqui em casa? Vou te buscar na moto.

Lee, eu sei que está lendo pela barra de notificações.

Minha garota chatinha, me responde.

Se não me responder, vou invadir sua casa e te sequestrar.




Acabei sorrindo ao ler às mensagens.




Se você aparecer aqui, bato a porta na sua cara!

E se vinher com esse troço de moto, coloco fogo!




Amor

Me perdoa, eu agi mal.

Mas se eu falasse de você naquele momento, iria virar um furacão.

Não era o momento certo.

Eu sei, que sempre falo isso.

Mas você precisa acreditar em mim.




Encarei as letras da tela do celular, soltando um longo suspiro e digitando.




Eu acredito.

Mas acho que você precisa pensar na suas atitudes.




Eu sei disso.

Então você me perdoa?




Sim.

Mas mesmo assim, quero que pense nos seus erros e atitudes.




Então eu posso ir na sua casa?




Não!




Então nos vemos na escola?




Não!




E na festa de encerramento? 




Talvez.

Tchau, garoto estúpido.




Joguei o celular dentro da bolsa, mordendo levemente os lábios, ainda lembrando das mensagem do garoto estúpido. Ajeitei a barra de minha saia, saindo do meu quarto e descendo as escadas até a sala.

— Finalmente!

Yun e Ananda estavam lado a lado, me olhando. As duas se olhavam de soslaio, mas logo voltavam a me olhar.

— O que houve?

— Você vai com sua prima ou comigo?

Desci o restante das escadas, ajustando a alça de minha bolsa.

— Simples, todas juntas!

Passei por elas, abrindo a porta de casa e saindo. O motorista de Ananda abriu o carro, deixando nós três entrarmos no banco de trás. Percebi o clima tenso entre as duas, então apenas fiquei calada, querendo que chegassemos a escola.

— Agora me explica. Lembrou que tem amiga, Yun?

Perguntei, assim que o carro saiu ao nos deixar na porta da escola.

— Para, S/n.

— Estou parada.

— Desculpa, amiga. Eu sei que fiquei bem ausente, mas eu estou vivendo uma fase tão…linda.

— Isso não foi uma boa resposta, Yun. Se fosse por isso, eu teria te abandonada no momento que comecei a gostar do garoto estúpido.

— É.

Abaixei a cabeça, mexendo em sua saia do uniforme.

— Mas tudo bem.

Suspirei, colocando um sorriso.

— Sei o quão apaixonada você é pelo JongDae. Só me promete que vai tomar cuidado, não vai deixar ele machucar você e nem…

— Isso não vai acontecer, S/n. Pode ficar tranquila.

Yun abriu os braços e logo passou pelo meu corpo, me apertando. Yun sempre foi muito amorosa, ainda mais quando briga comigo ou me faz raiva. E mesmo ela sabendo que não gosto, ela faz.

— Chega de abraço, Yun.

— Só quer o do Baekhyun, não é?

Me olhou maliciosamente, apenas neguei com a cabeça. Sai andando, ao lembrar que a qualquer momento ele pode chegar e me convencer, então apenas acelerei os passos.

— Eles brigaram.

Soltou Ananda, fazendo Yun franzir o cenho.

— Por quê?

— Não quero falar sobre isso, meninas.

As duas apenas se olharam, voltando a me acompanhar nos passos rápidos.

(…)

O final das aulas foi cansativo, apenas peguei minha bolsa e me sentei nas mesas que ficavam na grama do campo, era usado mais pelos garotos do time. Ananda estava conversando com o professor de educação física, e me pediu para esperar.

Deixei um sorriso escapar, ao perceber que ela realmente está a me querer por perto, como se ela não quisesse mais perder tempo. Yun já havia ido com Chen, que não falou comigo o dia inteiro. Depois de ter batido a porta na cara dele, seria mais cara de pau dele vir falar comigo novamente. 

Por incrível que pareça, consegui me manter longe de Baekhyun o dia inteiro. Sempre fugindo nos corredores e no banheiro quando ele me avistava. Estava quase pegando no sono, quando meu corpo se arrepiou ao sentir uma respiração em meu pescoço.

— Agora você não escapa.

Me coloquei de pé, com meu coração acelerado enquanto o moreno apenas sorria me olhando nos olhos.

— Tenho que ir.

Dei um passo, sendo impedida por ele que me puxou pela cintura. Engoli em seco, colocando minhas mãos em seu peitoral.

— Não está com saudades de mim?

Sim, muita!

— Não! Me solta, tenho que ir.

— Nós só temos esses dias para ficarmos juntos. 

— Por que?

— A peça vai ocupar todo o meu tempo.

Ah, a tal peça!

— Problema seu!

Retirei suas mãos de mim após muito esforço. Ajeitei minha bolsa em meu ombro, me aproximando lentamente dele.

— Em que parte vocês estão?

— Décimo terceiro. 

— Ah.

— O que foi? Quis saber da peça do nada!

— Deixa. Tenho que ir agora.

Me virei para sair, mas meu corpo queimava e desejava que eu corresse até ele e o beijasse, até faltar ar. Por impulso, voltei até ele, deixei um selar demorado em sua boca, correndo antes que ele conseguisse me alcançar.

— AINDA VOU TE PEGAR, LEE!

— DUVIDO, GAROTO ESTÚPIDO!

Me apoiei na parede, vendo que Ananda já estava a caminhar nós corredores.

— Aonde estava?

— No campo.

— Está vermelha.

Deu uma risada, puxando minha mão.

— Vamos!

(…)

Finalmente, o tão esperando dia havia chegado. Ana chegou cedo em minha casa, iríamos nos arrumar juntas para a festa de encerramento do simestre. Terminava de ler a última parte do texto, jogando a folha na cama.

— Você fez o que combinamos?

Perguntei, terminando de por meu sapato no pé. Me coloquei de frente ao espelho, ajeitando algumas partes amassadas do vestido rosa.

— Não gosto de rosa.

— Mas combinou com você. E sim, fiz o que combinamos!

Apareceu Ana no espelho, com seu vestido preto, que marxava sua cintura e destacava seu batom vermelho.

— Ana.

Me virei para ela.

— Estou nervosa.

— Ah, não! Você que armou isso, S/n!

— E-eu sei. Só… não sei se foi uma boa ideia.

Cocei a nuca, voltando a me olhar no espelho. Minhas unhas estavam sem esmalte, então levei meus dedos até minha boca.

— Vamos? Você se preparou muito para isso.

— É.

— Vem logo!

Me puxou pelo braço, saindo comigo de meu quarto. Entramos no carro, após nos despedirmos de minha mãe que mostrou toda a sua preocupação. Soltei um beijo para ela pela janela, levantando o vidro em seguida. O caminho pareceu que ficou pequeno, pois em piscar de olhos já estávamos na escola. Subi o degrau com ajuda de Ananda, pois fui obrigada por ela e Yun a usar saltos altos.

— Minha gatinha.

Me virei para trás, cruzando meus olhos com Baekhyun que me olhava da cabeça aos pés. Um pouco envergonhada, desci meus olhos até seu traje. Estava vestido com a roupa da peça, sua blusa tinha os botões abertos deixando seu peitoral bem exposto.

— Você…

Me aproximei dele.

— Você…

Mordi meu lábio, prendendo o sorriso. Estava me sentindo idiota por estar a gostar desse momento.

— Você…

Sem paciência, bati em sua nuca, o que fez com que ele me olhasse com dor.

— Au!

— Desculpa. Mas você ficou arranhado aí.

Sorri minimamente, descendo meus olhos novamente pelo seu corpo.

— Você está perfeita. Não sabia que você usava saltos altos.

— Nem eu.

Rimos juntos. Nossas mãos se encontraram fazendo nossos dedos involuntariamente se tocarem e entrelaçar-se.

— Eu te amo.

Roçou o nariz pela pele do meu rosto, chegando perto do meu ouvido, onde sussurou novamente a mesma coisa e deixou um beijo em ali.

B-baekhyun

Sem conseguir falar, me deixei levar pelos seus lábios nos meus que me faziam se sentir nas nuvens. O gosto que se formava quando nossas bkacs estavam juntas era algo fora do normal, com certeza a melhor sensação que já senti.

— S/n!

Desfiz rápido o beijo, olhando para Ananda que me olhava desesperada. Apontou para o pulso, mostrando que já estava na hora.

— Eu tenho que ir.

— Você só fala isso.

Reclamou, frustrado.

— Oi?

— “Eu tenho que ir”. É tudo que você fala esses dia. Poxa, não aguento mais essa barreira que você anda criando.

— Amor.

Seus olhos brilharam ao ouvir a maneira que eu o chamei.

— Eu realmente tenho que ir.

Soltei aos poucos sua mão, saindo correndo com Ananda.

Entramos no camarim feminino, onde todas as meninas que participaram da peça estavam a se arrumar. Ananda apontou para MinHi, que havia acabo de pegar o copo com suco. 

Ananda piscou o olho para mim, saindo de trás da parede e indo até as meninas que rodeavam MinHi. Apertei a barra do meu vestindo, entrando nos provadores e procurando a roupa da personagem principal.

— Aqui!

Arranquei do plástico, pendurando na porta de madeira enquanto retirava o vestido rosa de meu corpo, colocando em seguida a saia longa, a camiseta e em seguida o espartilho, roupa essa que MinHi utilizaria na peça.

— S/n, está pronta?

— Sim.

Respondi, me olhando finalmente no espelho. Minha cintura estava marcada, assim como meus seios, o que me fez tentar puxar a roupa para cima, me frustrei.

— Vem.

Fui puxada por Ananda, que me levava até às cortinas. A senhora Kang entrou desesperada, com as mãos na cabeça.

— O que aconteceu com MinHi? Baekhyun já está em cena!

Senhora Kang me olhou dos pés a cabeça, completamente atordoada.

— Ela teve um imprevisto, mas S/n vai ficar no lugar dela, senhora Kang. 

Ananda me empurrou até a professora que me olhou dos pés a cabeça, ficando sem respostas e hesitando ao concordar com isso. Com certeza se passava na cabeça dela que seu projeto estava arruinado.

Estudar todas as falas de MinHi não foi fácil, mas que eu sei atuar melhor que ela…com certeza eu sei!

— Você sabe todo o texto?

— Sim.

— Tem certeza que…

— Ela sabe, senhora Kang. S/n, entra em cena.

Balancei a cabeça, abrindo as cortinas e entrando no palco. Baekhyun finalizou sua fala, voltando os olhos para mim. Como um susto, o moreno esbugalhou os olhos, sem entender nada. Todas as pessoas me olhavam apavoradas, algumas esbanjavam sorrisos e outras faziam caras feias. 

Começei a falar o texto, tocando a coluna romana que tinha no cenário. Deslizei por ela até o chão, estendendo minha mão para Baekhyun que me puxou e me segurou delicadamente pela cintura, como pedia o texto.

Deslizei meus dedos pelos seus olhos, me virando e me deitando em seu peito.

— Minha amada Samantha, mesmo com todas as dificuldades que vivemos entre nossos reinos, eu desejo um dia me unir a ti, e juntos, podermos fugir, para sermos felizes juntos.

Nos afastamos, sendo separados pelas simulações de trovões. Virei na direção do moreno, com meu coração acelerado olhei nos seus olhos.

— Meu amor, Antony. Estarei te esperando por todos os dias de minha vida, até que tu venhas.

Aproximando nossos rostos, as luzes se apagaram deixando apenas um refletor focado em nós.

Fechei meus olhos, tendo os lábios do moreno colados aos meus. Os sons dos aplausos me fizeram lembrar que existia uma plateia nos assistindo. Baekhyun segurou minha cintura, aprofundando o beijo com necessidade. Nós separamos quando faltou ar, um sorriso surgiu involuntariamente em meu rosto, me fazendo rir.

— Eu te amo.

Sussurou com sua voz rouca, ainda com sua testa grudada na minha.

— Eu também te amo, garoto estúpido.

Baekhyun roçou o nariz no meu, virando em seguida para o público que continuavam a aplaudir.

(…)

Estava no banheiro juntamente de Ananda e Yun, as duas me ajudavam a vestir o vestido rosa.

— Ainda não entendi como conseguiu fazer MinHi desistir do papel.

Soltou Yun, fazendo eu e Ana nos olharmos, soltando risada.

— Do quê estão rindo?

— Acha mesmo que MinHi daria a personagem principal para S/n?

— Não?

— Não! Eu prendi ela no camarim depois do colocar sonífero no suco dela.

Não consegui segurar a risada, pois a cara de espantado de Yun era completamente engraçada.

— Vocês duas são más!

Mostrei a língua para ela, rindo em seguida.

— Meu amor?

O som abafado que sua voz tinha por estar de trás da porta ecoou. Coloquei meu cabelo para trás, abrindo à porta do banheiro e dando de cara com o Byun, já com outra roupa.

— Oi, garoto estúpido. 

Passei a mão em meu pescoço, saindo do banheiro empurrada pelas meninas que também sairam dali. Os olhos de castanhos de Baekhyun me chamavam atenção mais do que o normal nessa noite. Seus dedos tocaram minha mão, me levando para fora dos corredores e entrando na quadra, onde ocorria a festa. A música lenta não me deixava tirar os olhos dele, pousei minhas mãos em seus ombros fortes, enquanto ele segurou minha cintura, dançando de um lado para o outro lentamente.

— Não sabia que decorava textos.

Deixou escapar, me deixando um pouco envergonhada. Por mais que eu odiasse o fato de estar na frente de várias pessoas e ser o centro das atenções, naquele momento era como se apenas eu e o garoto estúpido estivéssemos ali. Apenas nós dois dizendo palavras que não pareciam ter caído decoradas, e foi justamente isso que me fez saber tão bem as falas de Samantha. 

Tudo que ela sente por Antony se resumi aos meus sentimentos por Baekhyun, então, não foi um sacrifício.

— Não foi difícil lembrar das falas.

Soltou Baekhyun.

— Você não sabe o quanto eu errava nos ensaios quando era MinHi sendo Samantha. Mas quando vi seu rosto…

— Tomou um susto?

Dei uma risada fraca, sendo acompanhada por ele.

— Sim, mas fiquei feliz. Eu tenho certeza que MinHi não concordou com isso.

— Com certeza não!

— O que fez com ela?

— Eu? Não fiz nada, foi Ananda.

Dedilhei seu rosto, notando a maquiagem borrada em seus olhos. Seus lábios rosados estavam entre abertos, deslizei meu dedo pelo seu nariz, chegando até sua boca onde fiz questão de tocar.

— Você deveria ser preso.

Em um fio de voz, admiti.

— Que crime lhe causei, senhorita?

— Faz meu coração acelerar quando te vejo, me faz sentir dor na barriga e me deixa sem palavras a todo momento.

Assumi, pegando o moreno de surpresa que me beijou na hora. Seus lábios se movimentavam delicadamente nos meus, nossas respiração quentes se colidiram enquanto nos abraçamos mais.

— Uma coisa.

Separou o beijo, segurando meu rosto próximo ao seu.

— Nunca duvide do amor que sinto por você. Por mais que sejamos novos demais para isso, eu sinto que você é mais do que a garota nerd e selvagem que me apaixonei loucamente. Você é a garota que amo, a garota que me ajuda a ser melhor todos os dias.

Desceu com as mãos até minha cintura, me apertando em seu corpo de maneira possessa.

Por mais que eu escondesse isso, admito que gosto desse Baekhyun.

— E a… — encostou os lábios em meu ouvido — mais gostosa.

— Baekhyun!

Bati em seu ombro, empurrando seu corpo. Como uma criança teimosa, ele voltou a ficar próximo ao meu ouvido, com seu corpo grudado no meu.

— Quero te levar em um lugar.

Segurou minha mão, empurrando algumas pessoas que estavam na frente e me puxando.

— Aonde vamos?

— Segredo.

Subimos as escadas até o terceiro andar da escola, chegando em um corredor desconhecido por mim.

— Vem.

Usando sua força, forçou a abertura da janela, se apoiou e pulou para fora. Com sua ajuda, consegui pular também e chegar no tal local. Abrindo uma porta estranha de cor preta, subimos mais uma escada, passando por um lugar um tanto que apertado e algumas sujeiras.

— Que lugar é essa, Baekhyun?

— Nosso lugar.

Conseguindo subir até onde ele estava, com sua ajuda. Estávamos no quarto andar da escola, lugar esse que eu e tenho certeza que ninguém dessa escola imaginaria existir. O céu estava lindo, as estrelas parecia que brilhavam mais que o normal, enquanto as luzes da cidade amareladas deixava tudo mais lindo.

Completamente admirada com a vista, continuei olhando enquanto Baekhyun enlaçou os braços em mim, beijando levemente meu pescoço.

— Que lindo.

— Conseguimos ver toda a cidade daqui.

— Não sabia que esse lugar existia.

— É, ele existe. E vai ser nosso segredo.

— Nosso segredo.

Me virei para ele, beijando seus lábios e o puxando para mim. Baekhyun se abaixou um pouco, segurando minha coxas e me dando impulso para sentar na parede que fazia o teto das escadas que havíamos acabado de subir. Passei minhas pernas pelas suas cinturas, aprofundando o nosso beijo.

— Eu te amo.

— Eu te amo, garoto estúpido.

-CONTINUA…




Notas Finais


Genteeeeee
Estamos perto 👀

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