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História A Aposta - Capítulo cinco



Notas do Autor


Senta que lá vem história (clichê ainda por cima)
Não deu pra revisar
Boa leitura!!!

Capítulo 5 - Capítulo cinco


Fanfic / Fanfiction A Aposta - Capítulo cinco

Flashback

 

9 anos atrás...

Amber tinha então somente dezesseis anos. Ela acabava de entrar para o Ensino Médio e, como a menina positiva que era, acreditava que aquela seria a melhor época de sua vida, baseado em todos os filmes adolescentes que assistia.

...

Naquele semestre, seria a formatura da turma de sua irmã mais velha, Samantha. As duas nunca tiveram uma relação muito boa; Sam era a autêntica chefe das líderes de torcida: popular, loura - como a mãe, não era bonita mas possuía forma atlética de causar inveja às outras meninas, extrovertida e, é claro, dona de uma prepotência grande o bastante para anular qualquer qualidade. Ao contrário dela, Amber não tinha lá o melhor ou o mais cobiçado dos físicos, mas sempre foi dona de traços exuberantes, saindo mais ao lado italiano da família de seu pai. Sua beleza vinha primordialmente de sua essência: simpática, alegre, divertida, justa, esforçada, inteligente... Coisas que faltavam na Bellini mais velha, e faziam com que as pessoas gostassem mais de Amber, ou mesmo da irmã caçula, Fanny, que seguia seus passos. Quando alguém se aproximava de Samantha, era unicamente por qualquer tipo de interesse. Já quando o faziam com as outras duas, era por de fato apreciarem a companhia delas.

E se havia a típica líder de torcida, obviamente havia também o típico atleta do time - e seus respectivos "grupinhos de súditos", como alguns alunos à margem se referiam pejorativamente. Mike Stevens era uma espécie de alfa, e Amber fazia parte da extensa lista das estudantes que alegavam serem capazes de se permitir gastar alguns minutos com ele.

A garota nunca foi um exemplo de santidade: se gostasse de alguém que via, uma ou duas investidas era o suficiente para que conseguisse ficar com tal pessoa, caso a mesma não se adiantasse. Na lista das "bocas que pretendia beijar antes de morrer", o único nome que faltava ser riscado era justo o de Stevens, mas se ele em algum momento reparou sequer na existência dela, não deu nenhum indício. Em meados de outubro - faltando cerca de dois meses para o baile pós Colação de Grau - os ventos aparentemente começaram a soprar em favor dela. Primeiro foi um esbarrão "acidental" na ala dos armários, aí teve a ocasião em que ambos coincidentemente levaram a mão à maçaneta da mesma porta, mas como um bom cavalheiro ele permitiu que ela passasse primeiro. Depois disso o garoto passou a sorrir abertamente para ela toda vez que a via, até que veio a primeira conversa na biblioteca - local que ele nem tinha o hábito de frequentar até então. De repente, aconteceu o primeiro encontro, o primeiro beijo e logo, Stevens já estava dedicando os gols que fazia a ela.

Mesmo sem admitir, Amber começava a gostar daquilo.

Como era mais nova e eles não tinham nada assumido, foi com grande surpresa que ela aceitou o convite dele para irem juntos ao baile.

 

 

No tão aguardado dia, animada ela colocou o vestido confeccionado à mão por sua avó, e que ela própria havia esboçado, já dando sinais da carreira que queria ter. Com a ajuda de Fanny, fez longos cachos no cabelo e uma maquiagem bem marcada, lhe conferindo uma aparência natural, realçando ainda mais o que já tinha de bonito.

Alguns minutos antes do horário combinado, recebeu um sms de Stevens, pedindo desculpas. Ele dizia ter tido um imprevisto, e pediu que ela o encontrasse no local da festa.

O pai havia saído com o carro, só voltaria bem mais tarde. Sem alternativas, ela pegou algumas notas de dez dólares do seu fundo para emergências e projetos futuros, onde guardava tudo o que sobrava da mesada ou de seus trabalhos como babá. Se despediu de Fanny e da mãe, correndo para a calçada. Parou o primeiro táxi que viu, entrando cuidadosamente. Com o trânsito limpo, eles chegaram rápido até o Colégio. Amber pagou, saltou e se encaminhou à entrada externa do ginásio esportivo.

Grandes telões delimitavam o lugar, tampando as arquibancadas, as traves, e cestas. O piso foi totalmente coberto com balões e confetes prateados reluzentes, luzes coloridas fortes piscavam em todo o espaço, o som alto de mixagens feitas por um dj no palquinho improvisado perto da mesa de bebidas preenchia seus tímpanos. Ela procurou, mas não viu nem sinal do garoto; tampouco reparou na presença de outros alunos que não fossem os formandos veteranos, e pelo jeito a festa já estava acontecendo há um bom tempo.

Então ela viu Samantha se aproximar com suas amigas, junto a elas vinham Stevens e os garotos. A irmã arqueou uma sobrancelha ao vê-la, cerrando os lábios numa linha fina de ódio - provavelmente por estar com um vestido alugado usado tantas outras vezes antes, enquanto a garota usava um modelo novo, exclusivo, todo trabalhado e como sempre estava chamando maior parte da atenção. De repente ela sorriu, mas foi um sorriso quase maléfico.

Como se por instinto, Amber aguardou que o jogador viesse até ela, mas isso não aconteceu. Cada vez mais amuada, ela assistiu ele cumprimentar e ser efusivamente cumprimentado por todos; até que, arrastando Sam pela mão até o palquinho, ele cochichou algo perto do ouvido do dj. A música diminuiu até não sobrar nada além do borburinho das pessoas, que se achegaram quando o garoto disse ter um comunicado para fazer. Andando com dificuldade entre as pessoas até parar diante daquela cena, chorando ela viu quando Stevens se ajoelhou aos pés da irmã e a pediu em namoro.

- Ah, Amber! - ela disse quando desceu de mãos dadas com o novo namorado, sorrindo falsa e abraçando a morena. - Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Agora vem cá que eu preciso te apresentar o pessoal.

Samantha arrastou a menina contra a vontade, se debatendo frenéticamente para tentar livrar seu pulso das garras da mais velha.

Quando esta a "apresentou" aos amigos, Amber soube que tudo nunca passou de uma armação dos dois. Ela se sentiu ainda pior quando viu dinheiro ser entregue a alguns dos que estavam presesentes, decepcionada por ter chegado a deixar que Stevens tocasse seu corpo.

- Maninha, tenho certeza que todas essas pessoas se sentem gratas ao Mike, por ser tão irresistível, e principalmente a você, por ser... Ahn, fácil - disse a irmã. - Você garantiu nossa cerveja e churrasco do final de semana!

Em meio às risadas, ela tentou investir contra a garota. Um professor que circulava por ali ouviu a conversa, sorrateiro. Ele impediu a agressão, mas mandou todos os envolvidos para a sala da direção. Apesar dos pedidos de Amber para que aquilo fosse mantido em segredo, os pais foram chamados e souberam de toda a história. A mãe rogou para que Samantha fosse perdoada, mas o sr. Bellini estava decidido: daria à filha primogênita somente o tempo necessário para encontrar um lugar onde morar.

Sentada no banco de trás do carro do pai, fitando inexpressiva a estrada por onde faziam o trajeto de volta para a casa, sem prestar atenção em nada, Amber fez uma promessa a ela mesma.

Daquela noite em diante, nunca permitiria que a enganassem outra vez. E ela jamais permitiria que um homem entrasse permanentemente na sua vida.


Notas Finais


Talvez amanhã eu consiga postar o último
Bjoss


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