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História A Assassina de Adarlan - Do ódio nasce uma amizade


Escrita por: Demmi-chan

Notas do Autor


Olá pessoas o/
Tudo bem com vocês?

Me desculpem pelo atraso, o capítulo ia sair ontem, mas ocorreram pequenos problemas técnicos.

Tenham uma boa leitura ♥

Capítulo 5 - Do ódio nasce uma amizade


Depois da conversa com Arobynn, Celaena voltara para a estalagem, tinha um pouco de dinheiro guardado para pagar Samael. Depois de paga-lo iria embora. Entrou em seu quarto e arrumou suas coisas, iria voltar para o antigo apartamento e depois que Arobynn estivesse preso iria reivindicar a Fortaleza dos Assassinos como sua - e de Lysandra também - e assim dariam início a uma nova guilda.

Foi até o quarto de Samael - dessa vez usando o corredor para chegar até a porta - para descobrir que ele não estava lá. Desceu até o bar e também não o achou. Teria que atrasar sua partida por culpa do rapaz. Estava pensando em voltar para o quarto e tirar uma soneca, quando percebeu que Will - o balconista - a estava olhando com curiosidade.

- Olá senhor Will - cumprimento Celaena - sabe se Samael está por aqui? Tenho que entregar isso a ele, mas não o encontrei no quarto.

- Ele está consertando a pia - respondeu Will indicando a porta atrás do balcão - pode entrar e falar com ele. Se quiser eu deixo esse baú aqui guardado. 

- Obrigada - disse ela sorrindo.

Entrou por trás do balcão e se dirigiu a tal porta, Samael estava abaixado ao lado da pia, trajava uma camiseta branca e uma calça preta, parecia estar bem concentrado no problema. Tão concentrado que nem percebeu Celaena, então a garota aproveitou para observá-lo atentamente. Ele estava com os cabelos molhados e colados na testa, a camiseta branca estava quase transparente, com a pouca luz do local seu rosto magro e anguloso parecia mais agradável de se observar.

Celaena ficou perdida observando-o, ele estava tão belo, e ultimamente ela estava tão carente - tentava tanto evitar isso que até se esquecera - e agora olhando-o assim, era impossível não achá-lo atraente. Que Sam a perdoasse, mas achava Samael muito atraente, muito mesmo. Sam não iria querer que ela ficasse sofrendo tanto, sentia a dor de perder seu amado, mas não poderia se prender eternamente a ele.

- Celaena? - disse o rapaz, assustando-a - está tudo bem?

- Olá, está tudo ótimo - respondeu ela, estivera totalmente perdida em pensamentos, mas se recompôs rapidamente - tudo correu como planejado.

- Isso quer dizer que…

- Estou aqui para te pagar e - disse ela com pesar - me despedir. Deixei o baú com Will.

- Você irá hoje mesmo?

- Sim.

Os dois ficaram se olhando, ambos sem saber o que fazer. Celaena queria abraçá-lo, mas sentiu certa vergonha. Não o conhecia muito, e não era como se fossem amigos, passaram bastante tempo juntos, mas ele havia sido pago para isso. Quando percebeu Samael se aproximando já era “tarde” de mais. Ele a envolveu em um abraço distante e tímido, quando percebeu que havia sido correspondido Samael intensificou o abraço, e ela pode sentir o coração dele batendo, o calor do corpo dele.

- Queria ter mais tempo com você - sussurrou ele, no ouvido da garota.

- Daqui a um tempo irei reivindicar a Fortaleza dos Assassinos - disse ela, com a cabeça ainda apoiada no peito do rapaz - você poderia fazer parte da nova guilda.

- Pensarei no assunto - respondeu ele, com um sorriso brilhante no rosto - irei sentir falta dos treinamentos.

- Se você entrar para a guilda, poderá treinar o quando quiser.

- Isso é golpe baixo - respondeu zombeteiro - seu poder de persuasão é tão incrível quanto suas habilidades de assassina.

- Ei, isso era para ser sério.

E assim eles se soltaram, o abraço havia sido bom e a conversa também, mas Celaena teria que ir, a arrumação do apartamento a esperava. Teria também que comprar a liberdade de Lysandra, já havia combinado com a garota, iriam assistir de camarote o desfile da carruagem de prisão de Arobynn Hamel. Havia conversado com o príncipe herdeiro, e o mesmo afirmara que o rei dos assassinos seria mandado para Endovier por todas as mortes que causara, e Celaena seria absolvida de sua sentença por ter cooperado.

- Vou pensar com carinho na sua proposta - respondeu ele.

- Se quiser me ver, estarei observando a partida de Arobynn - disse piscando para ele - nos próximos dias estarei na Fortaleza dos Assassinos ou no meu apartamento.

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Depois de arrumar o antigo apartamento Celaena estava exausta, então decidiu tomar um bom e demorado banho. Ao sair do banho foi escolher uma roupa, primeiro pensara em usar algo básico, como calça e blusa, mas então pensou que deveria estar glamurosa. Escolheu um vestido azul claro  todo trabalhado em rendas no busto, um belo e discreto decote, e com saia de seda, de um azul pastel. A ocasião merecia toda a sua arrumação.

Seguiu diretamente para o bordel de madame Clarisse, sua primeira missão seria libertar Lysandra. Chegando lá, a menina estava esperando ao lado de fora do bordel. Estava com um vestido vermelho, lindo e sensual que continha um decote nada discreto. Tinha que assumir, ela estava linda.

- Olá Lilian - cumprimentou a menina - vejo que se preparou para a ocasião

- Digo o mesmo sobre você - respondeu a outra brevemente, apesar de tudo, as vezes Lysandra ainda a irritava - onde está Clarisse?

- Está lá dentro. Quando disse que viria ela reagiu com uma certa incredulidade. Imagine quando souber que você pagará por minha liberdade.

- Ela ficará radiante pelo dinheiro, triste pela perda de uma cortesã e desconfiada por o dinheiro vir justo de mim.

Sorrindo uma para a outra, as duas adentraram o bordel de braços dados, como se fossem velhas amigas, aliás teriam que convencer Clarisse de que sua melhor escolha seria vender Lysandra. O dinheiro ajudaria, tanto para reformar o bordel, quanto para comprar novas jóias para a madame.

Clarisse estava logo na entrada, toda arrumada, como se Celaena fosse alguém importante. Exibia um típico sorriso falso de cortesã e tinha ao seu redor vários homens, a quem ela dispensou rapidamente. Foi andando até as meninas e parou logo a frente.

- Olá Celaena - cumprimentou Clarisse, para completar deu-lhe beijos na bochecha - quanto tempo não a vejo minha criança.

- Olá madame Clarisse - respondeu Celaena, com a mulher seria bom usar sua educação - podemos conversar em um lugar mais reservado?

- Claro - respondeu a outra, já indicando uma porta que levava ao escritório - você conhece o caminho.

E assim caminharam ao belo escritório de madame Clarisse, não parecia em nada com o de Arobynn - que agora seria seu por direito -  o interior mostrava que pertencia a uma mulher elegante, os sofás e cadeiras tinham estofados de veludo rosa, as cortinas e tapetes de um tom de rosa pastel e uma mesa de madeira envelhecida.

- A que devo a honra de sua visita?

- Vim lhe fazer uma proposta - disse Celaena, enquanto Clarisse a olhava com interesse - como pode perceber, Lysandra e eu não temos mais os desentendimentos da infância. Como herdeira de Arobynn, eu gostaria de fazer de Lysandra o meu braço direito, e para isso pretendo comprar a liberdade de minha amiga.

- Você está querendo que eu venda Lysandra para você? - perguntou Clarisse incrédula - essa menina é uma das minhas maiores fontes de dinheiro.

- Lysandra não será minha - disse a menina, odiava que a outra visse Lysandra como um objeto de valor - ela será livre para fazer o que bem entende. Quanto a fonte de dinheiro, podemos fazer uma boa negociação.

- Quanto pretende pagar por Lysandra?

- Um baú cheio de ouro te interessa? - perguntou Celaena, vendo a expressão da mulher resolveu aumentar o lance - então dois, dois baús cheios de ouro. Não vou oferecer mais que isso.

- Dois baús de ouro? - perguntou ainda mais incrédula, Celaena não sabia dizer se isso era bom ou ruim - parabéns você acaba de comprar a liberdade de Lysandra. Se me dão licença tenho novos negócios a resolver.

Dando a conversa por encerrada, madame Clarisse saiu saltitando, deixando as duas sozinhas em seu escritório. Celaena sentiu pela primeira vez uma felicidade por fazer algo de bom a Lysandra. Apesar de ser irritante, a menina merecia alguém que cuidasse de sua liberdade, e sua segurança. Celaena seria essa pessoa. Sabia que em algum lugar Sam estaria orgulhoso dela.

- Parabéns Lysandra você está livre - disse a assassina com os olhos úmidos, o pensamento de Sam estar orgulhoso havia deixado Celaena sensível - se Sam estivesse aqui, estaria feliz por você.

- Obrigada Celaena - respondeu Lysandra com lágrimas escorrendo pelo rosto, se aproximou da assassina e lhe deu um rápido abraço - se Sam estivesse aqui ele estaria orgulhoso. Nunca chegamos a gostar uma da outra, mas agora você me libertou, tenho uma dívida com você, e serei eternamente fiel a você.

- Você não precisa me prometer lealdade, não me deve nada - respondeu tentando controlar suas feições e a voz chorosa - mas eu ficaria feliz em ter sua amizade.

- Tenho que assumir, eu sempre quis ser sua amiga, mas como você me odiava, eu te irritava só para chamar sua atenção.

E assim com sorrisos largos e resquícios de lágrimas no rosto, as duas saíram do escritório e foram direto ao quarto de Lysandra. Como sabia da vinda da outra, a ex-cortesã havia arrumado seus pertences para levar ao apartamento, onde ficariam até o outro dia. Depois de arrumarem o apartamento iriam direto ver Arobynn.


Notas Finais


Gostaram? Espero que sim u.u
Não deixem de comentar, ficarei muito feliz em responde-los ♥

Dia 24/10 teremos o capítulo 6 ♥

Até o próximo capítulo o/


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