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História A Assassina e o Alquimista - Bestas, Homens e Deuses


Escrita por: Kurome-sama

Notas do Autor


Olá à todos!
Voltei no dia marcado. Sou uma pessoa muito responsável cof cof cof cof
Bom, o capítulo de hoje é uma preparação para os seguintes porque finalmente será revelada a real condição de Akame (nem eu aguentava mais).
Não sou uma escritora e nem sei se estou fazendo direito essa tal coisa que os outros chamam de suspense, mas acredito que não está tão ruim assim.
Façam suas apostas sobre o que pode acontecer.

Capítulo 32 - Bestas, Homens e Deuses


Uma luz ofuscante. Era a única coisa que Kalin se lembrava. E depois aquele espaço vazio e completamente branco. E só. Olhou de um lado para o outro, mas não viu nada. Havia apenas um enorme bloco de pedra flutuando perto de sua cabeça. Tudo estava em um total silêncio.

- Onde eu estou? – balbuciou.

- Olá?

Kalin virou-se assustado e avistou um homenzinho branco sentado no chão com poucos metros de distância dele. A aparência do estranho o deixou nervoso. Uma aura bizarra emanava do ser sobrenatural e era impossível ver seu rosto. Parecia que ele não tinha olhos, nariz ou boca.

- Quem é você? – Kalin fez um esforço para a voz sair.

- Boa pergunta – o homenzinho branco abriu um largo sorriso – Eu sou a existência que vocês chamam de Mundo. Ou talvez o Universo, ou talvez Deus, ou talvez Verdade, ou talvez Tudo, ou talvez Um... E eu também sou Você – ele apontou para Kalin – A Verdade proporciona o desespero merecido para ensinar os humanos a não serem presunçosos.

- Do que você está falando? – Kalin parecia meio atordoado.

- Você achou mesmo que poderia usar Alquimia do jeito que bem entendesse? – a Verdade continuava a sorrir – Acha que nenhuma ação tem suas consequências?

- Que droga você está falando? Ah, não interessa! Chega desse papo furado – Kalin gritou com arrogância – Você sabe com quem está falando? Eu sou o futuro rei de Xing! E, em breve, serei o homem mais poderoso do mundo! Eu exijo que me leve de volta para onde eu estava.

A Verdade não respondeu e continuou com aquele sorrisinho enigmático.

- Quem é você, afinal? – Kalin insistiu – Por que continua tentando me atrapalhar?

- Você apenas estudou muito superficialmente sobre Alquimia e achou que sabia o suficiente para satisfazer seus sonhos de ambição – a Verdade abanou a cabeça – Pena que você perdeu uma oportunidade preciosa de aprender e evoluir. Você queria o conhecimento da Alquimia, não é? Então, está na hora de pagar por ela – Kalin ouviu um barulho atrás de si e girou o corpo somente para ver a imensa porta se abrindo lentamente – Você não sabe mesmo no que se meteu, seu idiota.

Um olho colossal encarou o assustado rapaz através da porta e, quando sinuosas mãos pretas começaram a se esticar na direção dele, Kalin se refez do susto e tentou correr na direção oposta. Ele gritou e lutou, mas as mãos se enroscavam ainda mais em volta do seu corpo, puxando-o para dentro da porta.

- O desespero merecido àqueles que são presunçosos – a Verdade falou, séria – Cala a boca. Não era isso que você estava procurando?

A porta fechou com uma pequena pancada e os gritos de Kalin morreram atrás dela.

- Engraçado – a Verdade coçou o queixo – Parece que está faltando alguém...

***************************

Os ocupantes do camarote real adotaram o princípio de “menos conversa e mais ação” e choveu cacetada para todo lado. Todos se mexiam de forma tão rápida que nem era possível ver quem estava batendo e quem estava apanhando. Exceto quando alguém caia no chão. E, a julgar pelos corpos mutilados espalhados pelo chão, quem estava levando a melhor era Ling e seus aliados. Apesar de não parar de chegar mais inimigos, talvez alertados pelo barulho.

O único a estar com um pouco de desvantagem era Run. Seus golpes eram muito mais eficientes à longa distância. Mesmo assim, ele conseguiu derrubar uns três inimigos. Parecia ser muito porém, perto de seus companheiros, sua vitória foi pequena. Najenda e Wave trataram de dar suporte a ele, posicionando-se um em cada lado de Run.

O coronel Mustang estalava os dedos e seus agressores caiam ao chão, gritando e segurando o rosto chamuscado. Ele precisou reduzir ao mínimo o poder de suas chamas. Era perigoso demais provocar uma grande explosão porque eles estavam em um local fechado. Quem ele não conseguia acertar, era finalizado pelas pistolas da capitã Riza Hawkeye.

Akame e Ling faziam uma dupla terrível com suas espadas. Usando apenas a Murasame, Akame deixava seus inimigos com a impressão dela estar usando duas espadas, assim como Ling. Quem parecia ser a única que estava gostando de toda aquela confusão era a generala Olivier Armstrong. Ela exibia um sorrisinho discreto cada vez que o sangue de algum dos seus infelizes desafiantes voava pelo ar, acompanhando o movimento de sua espada passada de geração em geração na família Armstrong.

- Você me lembra a mim mesma quando eu era mais nova, subtenente – ela comentou com Akame, enquanto desarmava seu oponente e o puxava pela gola da camisa, fazendo o rapaz voar por cima dela e cair com as costas no chão. Antes que ele pudesse reagir ou levantar, Olivier cravou sua espada no meio do peito dele.

- Nós vamos acabar sendo encurralados se continuarmos aqui – Najenda gritou, ao mesmo tempo em que atirava em mais dois soldados inimigos que haviam acabado de cruzar a porta – Akame! Abra caminho para nós!

Nem precisou mandar duas vezes. Akame voou para cima dos oponentes, empurrando-os para os lados e para frente. Alguns deles acabaram caindo no corredor de acesso ao camarote como pinos de boliche. Ela pulou no peito de um dos sujeitos que caíram para fora e, durante a queda, cortou o braço direito do infeliz.

- Mas que...? – um dos mascarados parou no corredor, horrorizado com a cena de Akame sobre os corpos destroçados de seus companheiros – Peguem ela – ele se virou para o rapaz que vinha logo atrás dele.

- Tá louco?! – respondeu o rapaz, imediatamente, preparando-se para fugir pelo lado contrário – Eu adoro os meus braços.

Não só ele como os outros que o acompanhavam tentaram fugir de Akame pelo corredor, mas o espaço limitado não lhes dava vantagem. Apesar de que, nem em um campo aberto, eles teriam muita chance contra Akame.

Rapidamente, Akame “limpou” o corredor dos invasores. Com isso, Ling, Najenda, Mustang e os demais aliados conseguiram derrotar os últimos agressores infiltrados no camarote e sair para verificar como estava a situação atual no estádio.

- Isso não é nada bom – Ling correu os olhos pelas arquibancadas do estádio, procurando por algum de seus guardas ou, com um pouco de sorte, pelo chefe da segurança – O alarme já deve ter sido disparado. Os reforços não vão demorar a chegar. Tem uma passagem secreta por aqui para casos como esse – ele indicou o corredor do camarote – É melhor todos ficarem aqui até os reforços chegarem.

- Não é melhor irmos ajudar os outros? – Mustang perguntou.

- É melhor não se por em risco desnecessário, senhor – Riza recarregou as armas – O senhor, o rei Ling e a ministra Najenda deveriam ficar em um local seguro enquanto cuidamos de tudo.

- Nada disso – Ling falou em um rompante – Vocês podem ir para um lugar seguro porque eu resolverei essa situação. Afinal, é minha responsabilidade.

- É melhor acatar a sugestão da capitã, rei – Olivier Armstrong disse – Ela poderá escoltá-los até um local seguro e o senhor poderá arranjar um jeito de se comunicar com seus guardas. Quanto a esses três, eles podem vir comigo – e indicou Wave, Akame e Run – A propósito, deixei meus homens de prontidão para caso acontecesse algo do tipo. Realmente, cuidado nunca é demais.

- Muito bom trabalho, general – Mustang sorriu, simpático.

- Não preciso de sua aprovação – a generala Armstrong respondeu com indiferença e se virou para os três jovens usuários de Teigu – Vamos?

Depois do grupo se separar, a generala Armstrong ordenou que os dois rapazes usassem suas Teigus para sobrevoar o local para verificar como estava a situação e ajudar no que fosse possível enquanto Akame deveria ir pelas arquibancadas até o cerne da confusão no meio do gramado. Mesmo de onde estava, Akame conseguia ver as pessoas se aglomerando em pânico na plateia e os contornos maciços do major Armstrong lutando com algo que parecia um grande lagarto, em meio a uma nuvem de poeira, bem no centro do campo. Não havia um jeito rápido de passar por toda aquela gente para chegar ao gramado, a não ser...

- Ei! – gritou um homem que estava na plateia ao sentir uma leve pressão no alto da cabeça. Ele olhou para cima e viu uma garota passando velozmente por cima da multidão, de vez em quando, apoiando os pés no topo da cabeça das pessoas.

***************************

- Ed! – Winry correu pelo campo – Ed! O que aconteceu? – ela se ajoelhou ao lado do marido e olhou em volta – Onde está o Al?

Edward não levantou o rosto. Estava encurvado no chão, admirando uma mancha escura no gramado. May estava em um canto mais afastado, soluçando baixinho.

- O Al se foi – ele murmurou.

- O quê? – Winry se inclinou porque não conseguiu ouvir as palavras de Edward.

- Se foi – Edward repetiu, um pouco mais alto, e apontou para o lugar onde o irmão sumira – Aquele principiante do Kalin fez uma transmutação humana sem querer e foi lançado para os domínios da Verdade – e concluiu com dificuldade – E puxou o Al junto.

- Uma transmutação humana?! – Winry não entendia muito de Alquimia, mas sabia da gravidade de algo desse tipo – Quando foi isso?

- Você viu quando ele esfaqueou a própria irmã? – Edward falava de uma forma meio mecânica, olhando para o nada – De alguma forma, ele tentou salvar a irmã inconscientemente.

Winry olhou em volta, sem saber o que falar para confortar Edward.

- Ed – ela recomeçou com uma voz mais contida – Quer dizer que...

- Quer dizer que o Al está preso lá de novo – Edward esmurrou o chão ao mesmo tempo em que uma lágrima escorria de seu rosto – E, dessa vez, eu não posso fazer nad... AAAAIIII!!

Edward caiu sentado com o susto que levou. Ele percebeu, um pouco tarde, a figura de uma pessoa simplesmente se materializar atrás dele. Não uma pessoa qualquer, e sim, alguém que Edward nutria uma particular aversão e, talvez, um pouco de medo.

- De onde você surgiu, assassina?!! – ele segurou o próprio peito, simulando um exagerado ataque do coração – Quer me matar logo de uma vez?!!

- Você pode me chamar apenas de Akame – ela falou com sua costumeira tranquilidade.

- Eu não quero te chamar de nada – Edward rebateu, nervoso – Aliás, quem te chamou aqui?

- Akame-chan – Winry estava com o rosto banhado em lágrimas – O Al... Ele foi... – ela engoliu em seco antes de continuar com a voz mais firme e os olhos semiocultos pela franja – O Al te contou daquela vez que ele e o Ed tentaram reviver a mãe deles?

Akame assentiu com a cabeça e Winry continuou.

- Não sabemos como, mas o Kalin fez uma transmutação humana e acabou puxando o Al junto com ele para o lado da Verdade.

- Entendi – Akame, que havia se abaixado para ouvir Winry, se levantou com uma pose decidida e tranquila – Eu vou lá buscá-lo.

- O quê?! Você ficou maluca?!! O Al foi sugado para os domínios da Verdade!! Não é como ir fazer um piquenique – Edward resolveu se manifestar de uma forma escandalosa – Você ao menos já fez uma transmutação na sua vida?

- Teoricamente – Akame meneou a cabeça, sem se abalar nem um pouco.

Edward não sabia se tinha raiva ou inveja da serenidade de Akame.

- Você nunca fez uma transmutação na sua vida – Edward falou o óbvio – Como você pretende puxar o Al de lá? – e resmungou consigo mesmo – Eu já achei muito irresponsável da parte dele deixar uma inexperiente ver as anotações dele...

- A maioria das anotações dele estava codificada – Akame respondeu.

- Menos mal – Edward fez bico – Mas, parece, que ele não te disse a lei básica da Alquimia. Eu precisei sacrificar a minha Porta da Verdade na última vez...

- Você acha que isso serve como pagamento? – Akame puxou um objeto brilhante do bolso.

- ONDE VOCÊ CONSEGUIU ESSA PEDRA FILOSOFAL?!! – Edward arregalou os olhos.

- Peguei emprestado na sala do coronel Panzer – Akame encolheu os ombros.

Na última vez que Akame esteve na sala do coronel, encontrou uma janela quebrada e um aquário rachado. No fundo do aquário, uma brilhante pedrinha vermelha. Akame desconfiou o que seria aquela estranha pedra desde os primeiros dias que esteve lá por causa dos olhares do ex-Führer Grumman para o aquário. Provavelmente, Panzer nem sabia que guardava uma pedra filosofal. Como sabia estar sendo vigiada tanto pelos homens de Grumman quanto pelo grupo fiel de Mustang, Akame não tentou pegar a pedra no início. Mas, depois de achar que Alphonse estava morto, resolveu pegá-la. Ela sabia que apenas ter a pedra não era suficiente, porém tentaria descobrir uma forma de usar e resolveu guardar a pedra para alguma eventualidade.

- Emprestado o caramba – Edward cuspiu as palavras – Você roubou isso!!

- Não posso roubar algo que não existe – Akame disse, tranquilamente.

E era verdade. Desde o episódio dos homúnculos, as pesquisas em torno da pedra filosofal foram suspensas e todas as pedras foram confiscadas. Se descobrissem que Grumman tinha uma pedra filosofal escondida, ele arranjaria problemas com o Tribunal Superior de Amestris.

- A pedra filosofal é feita a partir do sacrifício de várias vidas humanas – Edward continuou – O Al jamais concordaria em ser salvo à custa da vida de outras pessoas.

- Infelizmente, ele não está aqui para opinar – Akame devolveu, imperturbável.

- Você acha que tudo pode ser resolvido fácil assim?!! – Edward estava, no mínimo, indignado – Por que você acha que você tem condições de ir até os domínios da Verdade e puxar o Al como se isso fosse a coisa mais fácil do mundo?

- Porque você estava certo desde o começo – Akame disse, calmamente – Eu não sou humana.

- Você acha que eu vou cair nessa hist... – Edward esbugalhou subitamente os olhos – O QUE FOI QUE VOCÊ DISSE?!!

- Você tem razão – Akame parecia estar explicando algo complexo para uma criança de seis anos – Eu não posso morrer porque não sou humana.

- O que é você? – Edward gaguejou um pouco enquanto esticava uma mão protetoramente na direção de Winry.

- Eu já ganhei vários nomes – ela suspirou fundo – Mas eu prefiro o termo “mediadora entre deuses e homens”.

- Você está falando com uma pessoa que não acredita na existência de um deus – Edward exibiu um sorriso de desdém.

- E você não pode provar que está certo – Akame replicou.

Para essa resposta, Edward não tinha argumentos.

- Vocês querem parar com essa discussão sem sentido? – Winry reclamou – Precisamos achar um meio de salvar o Al.

- Tem razão – Akame fez uma pose pensativa – Apesar de nunca ter feito isso, eu acredito que posso entrar lá sem sofrer nenhum dano – ela abaixou-se novamente para falar com Edward sentado no chão – Eu preciso apenas que você faça o caminho para mim.

- Você não vai entrar lá e trocar o Al por uma pedra filosofal! – Edward gritou.

- Não estou pedindo a sua permissão – Akame usou um tom mais duro – Se você se recusar a fazer isso, eu posso muito bem convencer outra pessoa mais disposta a salvar seu irmão.

- Não é que eu não queira salvar o Al – Edward retrucou, mal-humorado – Mas isso tem que ser feito do jeito correto.

- Você tem apenas uma única chance de salvar seu irmão – Akame rebateu – Não é bom ficar preso em falsos moralismos.

- Não são falsos moralismos – Edward berrou – E é uma frase muito irônica vinda de uma pessoa como você!

- Uma pessoa como eu? – Akame enrugou a testa – O que você quer dizer com isso?

- Todo esse empenho em salvar o Al não é porque você gosta dele, não é? Você está procurando desesperadamente por algo e você só pode conseguir através do Al, não é mesmo? – Edward provocou – A primeira vez que você encontrou o Al no deserto pode até ter sido por acaso, mas a segunda não, não é? Você estava seguindo ele, o Jelso e o Zampano, não estou certo?

- Talvez – Akame encolheu os ombros – Não resisto à comida de graça.

- Ed, que ideia mais absurda!! – Winry se manifestou, indignada – Você passou de todos os limites. Akame está tentando achar uma forma de salvar o Al e você fica nessas acusações!!

- Salvar?! – Edward se voltou para Winry – Quem garante que ela quer mesmo salvar o Al? – e voltou os olhos para Akame – Quem garante que ela não vai acabar matando o Al também? Assim como ela fez com a própria irmã?!! Porque quem é capaz de matar a própria irmã caçula poderia ser bem capaz de fazer qualquer cois...

Edward não terminou a frase. Não poderia terminar nem se ele quisesse. Principalmente, porque sentiu a cabeça sendo jogada para trás com a violência do impacto. O corpo dele acompanhou o movimento da cabeça e ele bateu as costas no chão, vendo estrelas faiscarem na frente dos seus olhos. Nem mesmo durante o jogo, ele levou uma pancada tão violenta. Aliás, ele nem lembrava a última vez que tomou um soco tão forte. Levou imediatamente a mão ao nariz e sentiu o sangue sujar sua mão.

- Você acha mesmo que eu suporto a ideia de continuar viva?! – Akame gritou, ainda com a mão cerrada – Você acha que eu não tentei salvar Kurome de todas as formas?!!

Edward estava sem reação. Não só porque Akame acabara de lhe dar um soco, mas também porque ele não se lembrava, em nenhum momento de convivência forçada com a garota, ter visto Akame levantar a voz. Nem uma única vez. Nem mesmo nas ocasiões mais críticas. Isso não poderia ser um bom sinal. E havia outra coisa para se preocupar. Mesmo sem perceber, Akame levou instintivamente a outra mão ao punho da Murasame.

- Akame-chan – Winry balbuciou, sem tirar os olhos da mão de Akame sobre a espada – Você não vai fazer nada contra o Ed, não é?

Akame deu um longo suspiro antes de responder.

- É claro que não – disse com sua habitual voz calma. Ela suspirou novamente e recomeçou sem se dirigir a ninguém em particular – Kurome estava fora de controle. Eu tentei convencê-la a abandonar o governo corrupto, mas ela não acreditou em mim – Akame fechou os olhos – Não me perdoou por minha “traição” – ela tornou a abrir os olhos e encarou Edward – Eu era sua irmã mais velha. Se eu permitisse que ela continuasse matando inocentes, seria tão responsável pelas mortes deles quanto ela.

Edward estava de queixo caído. Não sabia o que falar nem o que fazer.

- Sinto muito, Akame-chan – foi Winry quem respondeu – Sei que foi difícil para você...

- Você não tem ideia – Akame falou em um tom triste e se levantou dando as costas para os dois – Vocês usam isso aqui – ela apontou para o círculo de transmutação – Estou certa?

- Sim, Akame-chan – Winry se levantou e andou até onde a garota estava – É o círculo de transmutação humana, acho.

- Eu acho que sei como fazer – Akame coçou o queixo, pensativa. Mas levantou o rosto como se tivesse acabado de se lembrar de algo – EDWARD!!

Edward ainda estava meio paralisado no chão, segurando o sangue que escorria de seu nariz, e parecia ter despertado de um transe quando Akame chamou seu nome.

- Você vai mesmo insistir nessa loucura? – Edward se levantou e foi até onde as duas estavam – Mesmo que eu diga que essa é coisa mais irresponsável e idiota a se fazer?

- Você vai me impedir? – Akame voltou ao seu costumeiro tom indiferente – Ou você pode tentar ir nesse tal lugar para resgatar o Alphonse-sama.

- Você sabe que eu não posso mais fazer transmutações – Edward fez bico, contrariado. Akame arqueou as sobrancelhas em tom de desafio e Edward se encolheu um pouco, assustado – Eu acho que estou realmente sem opções...

- Eu me responsabilizo por tudo – Akame segurou a mão de Edward e ele se assustou com isso – Eu prometo que vou trazer o Alphonse-sama para cá em segurança.

- Você é muito teimosa – Edward soltou-se da mão de Akame e coçou a nuca para disfarçar.

- Lembra uma pessoa que eu conheço... – Winry cantarolou.

- Está bem. Vamos terminar logo com isso. Antes que eu me arrependa – Edward cortou a fala de Winry, irritado – E você – apontou para Akame – Não conte nada para o Al, entendeu?

Akame apenas concordou com a cabeça.


Notas Finais


Ah, esqueci de falar. Saiu o volume 4 do mangá do FullMetal!! Caramba, vou acabar ficando pobre com isso.
Até mais.


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