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História A baby for a hybrid - Bem-vinda, Jihyun


Escrita por: LolitaLoka26

Notas do Autor


QUEM É VIVO SEMPRE APARECE HAHAHAHA

Apesar de que eu acho que eu não tenho mais vida. Cara, eu estou tão, tão atolada na merda que vocês não tem noção. EU NÃO TENHO TEMPO NEM PRA SOLTAR PUM (tá, sou uma pessoa exagerada)

Eu demorei porque agora eu tô no ensino médio (adoro falar assim) e é muito complicado. MAS EU TIREI 920 NA MINHA REDAÇÃO. Precisava compartilhar porque foi minha felicidade do mês.

Eu tenho prova no sábado. Eu tenho aulas de manhã e de tarde (não todos os dias, mas em um montão de dias) eu só tenho como dia livre o domingo e cara... Eu só quero dormir e não fazer mais nada. Enfim, leiam com calma, devagarinho e considerem que eu fiz o meu melhor, porque daqui que saia o próximo... Vocês já estarão com 5 filhos e vários animais de estimação.

Capítulo 14 - Bem-vinda, Jihyun


9 mês 

Os preparativos para a chegada da Jihyun estavam a mil. O quartinho dela já estava perfeitamente pronto e Jimin estava louco para tirar fotos da bebê em cada canto dele.

Nós decidimos pintá-lo de amarelo e em uma única parede colocamos um papel de parede amarelo com bolinhas brancas. Nós não quisemos fazer um quarto cor de rosa padrãozinho apenas porque ela é uma menina, no futuro ela pode muito bem querer o quatro verde ou quem sabe azul, será escolha total dela, não queremos ter influência sobre isso. Minha tia contou que uma colega dela tem filhos gêmeos e antigamente vestia cada um com uma cor diferente, acabou que eles foram influenciados a gostar daquelas cores. Não quero que seja assim com Jihyun.

Achamos uma boa ideia colocar uma cama de solteiro no quarto da bebê para Jimin, já que ela vai precisar muito da assistência dele nos primeiros meses. Com "nós" eu quero dizer todo mundo menos eu, veja bem, eu fiquei tão acostumado a dormir agarradinho com Jimin que só com o pensamento de que ele pode passar uns três meses dormindo direto no quarto com a Jihyun me assusta.

O Yoongi diz que isso é besteira minha, mas diz pra ele que a Mi-Chan não vai dormir hoje aqui... Ele chora. É realmente sério, ele chora de verdade. Outro dia ele chamou ela para jantar com a gente, mas ela não pôde vir. Yoongi passou o dia inteiro choramingando pelos cantos e só parou no dia seguinte quando ela apareceu aqui com um pote de jabuticaba. É, foi um dia proveitoso para todos. Mas foi meio injusto. Jimin comeu mais jabuticaba que todo mundo com a desculpa de "Jimin come por dois agora".

Resolvemos fazer um piquenique hoje. Jimin andava reclamando que agora a gente não saía mais, só ficávamos em casa. Já sei que no dia seguinte ele vai ficar reclamando dos mosquitos, que tenho certeza que vão picar sua bunda, afinal, quem é o trouxão que vê uma abundância dessa e deixa passar? Se eu fosse um mosquito eu não deixaria, não perderia a oportunidade de jeito nenhum.

Enfim, fomos todos aqui de casa. Tae, Hoseok, Jimin, Yoongi. Mi-Chan também foi, já que agora ela meio que mora com a gente também.

Quando chegamos no parque escolhido para o piquenique, Jimin e Mi-Chan se sentaram na grama enquanto eu e o resto do pessoal fomos jogar futebol.

Jimin não foi com a gente porque não conseguia mais ficar nem dois minutos em pé sem reclamar de dor e Mi-Chan não quis deixá-lo sozinho. 

— Qualquer coisa você grita, tá bom? — Falei deixando um beijo na testa de Jimin, esse que revirou os olhos.

— Tá bom. Vai logo antes que o Jimin se estresse.

Ah, um detalhe. Agora nessa última etapa da gravidez de Jimin eu tinha me tornado um pouco mais... Grudento. E Jimin estava odiando isso. Poxa, eu só me preocupo.

— Até mais, Ji. Papai te ama. — Beijei a barriga de Jimin e saí correndo com a bola de futebol na mão. 

— Papai tem sorte de ser bonito, Jihyun. — Escutei Jimin falar com a barriga enquanto Mi-Chan ria. — Se ele não fosse tão lindo o Jimin ia encher o rosto dele de pancada. 

[...]

— POR QUE VOCÊ ME EMPURROU? — Yoongi vinha gritando com Taehyung.

— VOCÊ TAVA VINDO PRA CIMA DE MIM!  

— EU TAVA TENTANDO PEGAR A BOLA, PORRA! 

Revirei os olhos e decidi ignorar os dois, que os Hoseok resolvesse isso. Saí andando mais na frente e deixei os outros três pra trás. Cheguei no local que Jimin e Mi-Chan estavam e sentei do lado de Jimin, esse que me entregou uma garrafa com água. Agradeci e permaneci calado enquanto esperava os outros se juntarem a nós.

Hoseok chegou bufando logo em seguida. Jimin até ia perguntar o que aconteceu, mas eu intervi. Ele deu de ombros e continuou conversando com Mi-Chan.

Minutos depois, Taehyung e Yoongi chegaram cheios de lama e com a cara emburrada. Yoongi sentou ao lado de Mi-Chan, cruzando os braços, e Taehyung ao lado de Hoseok enquanto olhava feio para Yoongi.

— Tá bom. Eu vou perguntar. — Mi-Chan começou. — Que raios aconteceu com vocês dois? — Yoongi  e Taehyung se encararam.

— Ele. — Responderam juntos apontado um para o outro.

— Isso eu já entendi. — Ela revirou os olhos. — O que o Yoongi fez, Taehyung? — Yoongi a encarou com raiva.

— Como assim o que eu fiz? Quem te garante que não foi ele? 

— Eu conheço você, amor. — Disse rindo e fazendo carinho no queixo do Yoongi, logo ele se encolheu. Ele sempre agia assim com Mi-Chan, é só ela fazer um carinho nele que ele fica mansinho — E então?

— A gente tava jogando futebol. O Yoongi ficava vindo pra cima de mim. Eu empurrei ele umas dez vezes para longe...

— Foram onze! — Yoongi gritou indignado.

— Que seja. — Taehyung ignorou. — Quando nós estávamos vindo pra cá ele começou a discutir comigo e depois me empurrou. Eu caí no chão. Daí eu chutei a perna dele e ele caiu em cima de mim. Nós rolamos na grama e ficamos cheios de terra, agora eu tô sujo e fedorento. Culpa desse imbecil.

— Eu não! Você que me empurrou na hora do jogo. E fedorento você sempre foi, não vem botar a culpa em mim.

— Seu... — Taehyung ia retrucar, mas foi interrompido por Hoseok.

— Parecem duas crianças... — Murmurou. 

— E você Hobi, por que está chateado? — Jimin perguntou.

— Porque quem vai ter que lavar essa roupa suja sou eu. — Não me segurei e comecei a rir. — Vai rindo, palhaço, ri mais. Espera só a Jihyun nascer. Vou trazer ela no parque todos os dias e fazer você lavar a roupa suja de lama dela. — Disse me encarando. Engoli em seco enquanto Jimin ria.

— Taehyung estragou tudo... — Yoongi murmurou.

— Tudo o que, amor? — Mi-Chan perguntou acariciando o seu ombro. 

— Tudo. — Respondeu.

— Se você não me contar o que ele estragou fica difícil tentar resolver... — Yoongi bufou.

— Oh! — Jimin gritou, chamando nossa atenção. — Hyung, é melhor você correr ou tudo vai estar perdido de verdade. — Falou para Yoongi enquanto apontava para algum lugar do parque. Todos nos viramos para olhar o que era e vimos um menino puxando dois balões de coração que antes estavam presos a uma árvore.

— Puta merda! — Gritou enquanto corria atrás da criança. 

Todos ficamos observando ele discutir com o menino e tentar tomar os balões. A criança começou a chorar e gritar que ele era o monstro de lama, aí Yoongi se desesperou. Tentou acalmar o menino, mas só o fez chorar mais.

Jimin se levantou e foi até os dois. Quando chegou, ele se abaixou com dificuldade e conversou com a criança. Ele sorria de um jeito tão puro que eu me apaixonei mais ainda (se é que isso é possível) Eu sorria que nem um bobo observando a cena.

— Ele vai ser um ótimo pai, não é? — Mi-Chan perguntou, me acordando do meu transe.

— Ele vai. Com toda certeza. — Sorri. Agora a criança tinha entregado os balões para Jimin e ainda lhe deu um abraço forte. 

Yoongi e Jimin vierem caminhando juntos, cada um com um balão em mãos.

Os dois pararam na frente de Mi-Chan.

— O que foi? Por que vocês estão segurando isso? — Ela disse confusa.

— Ai, eu não acredito! — Taehyung disse surpreso. — Finalmente! Desculpa por fazer você se sujar todo, Yoongi. Eu não sabia.

Yoongi assentiu.

— Mas o que... — Mi-Chan começou, porém foi interrompida.

— Eu deveria ter feito isso antes, Mi. Mas eu não tinha coragem e nem ideia de como fazer. Graças ao Jimin eu tomei vergonha na cara e resolvi preparar algo especial... — Apontou para o meu gatinho, que sorria de orelha a orelha enquanto acariciava a barriga. — Eu sinto muito por não ter preparado algo grande e tão elaborado como esses dois fizeram  — Disse se referindo a mim e a Hoseok. Mi-Chan, em um dia qualquer, quis saber como eu fiz para pedir o Jimin em namoro e o Taehyung, consumido pela vontade de falar, contou como Hoseok fez consigo. Mi-Chan passou semanas incentivando Yoongi a fazer um pedido de namoro, mas ele fingia nem ouvir.— Você sabe que eu não sou o cara mais romântico do mundo, que não sou de demostrar o que sinto, mas eu amo você de um jeito absurdo, amo tanto que às vezes dói, amo tanto que quero você perto de mim a cada segundo. Você foi a melhor a coisa que aconteceu desde que vim para cá. — Jimin o encarou com raiva. — Você e o Jimin, claro. — Disse rindo, assim como Mi-Chan. — Eu amo você, Mi. Quer namorar comigo? — Disse se abaixando o tirando do bolso uma caixinha vermelha cheia de lama. Mi-Chan riu.

— Não. — Respondeu e todos nós a encaramos, espantados. Eu juro que vi lágrimas encherem os olhos do meu primo. — Eu quero casar com você, bobo. É claro que sim, eu praticamente me botei no cargo de sua namorada, Yoongi. Eu já namoro com você faz muito tempo. — Disse o abraçando.

Todos nós batemos palmas para o novo casal. E então começamos o piquenique.

— Que bom que vocês estão namorando de verdade, mas sabiam que eu vou casar? — Taehyung disse para provocar Yoongi. Enquanto Hoseok revirava os olhos, Yoongi olhava feio para Taehyung. Jimin, Mi-Chan e eu ríamos. — Desculpa. Foi só para não perder o costume. 

[...]

Dia 28/02

O dia começou tranquilo, até Jimin começar a reclamar de muita dor. A bebê estava agitada, assim como eu. Mas Jimin parecia tranquilo, eu estava mais nervoso que ele.

— E se agora for o momento? E se ela quiser sair agora? — Disse andando de um lado para o outro.

Eu tinha acabado de sair do banho, estava me arrumando para ir até a faculdade, mas agora estava pensando em ficar em casa mesmo. Jimin estava sentando na cama com o semblante tranquilo, apesar da bebê estar chutando sua barriga. Ele apenas me olhava e revirava os olhos enquanto comia maçãs que Hoseok cortou para ele.

— Então eu digo: Espere mais um pouco, neném. Seu pai ainda não está preparado. — Falou rindo.

Jimin estranhamente havia parado de falar em terceira pessoa. Sim, ainda acontecia às vezes, quando ele quer sexo por exemplo, mas em geral ele havia parado. A médica disse que talvez seja por causa da bebê. Talvez ele esteja se tornando mais maduro agora que vai se tornar responsável por outro ser. Devo admitir que sinto saudade do seu modo de falar, mas já estou me acostumando com ele assim.

— Jimin, isso é sério. Ela não pode nascer se eu não estiver por perto. — Comecei a andar em círculos.

— Você acha que ela pode nascer hoje? Mas nós não marcamos a cesária para o dia seis de março? Ih, sujei a cama de maçã. Droga. — Se levantou e andou em direção ao banheiro.

— Marcamos, mas se ela for teimosa que nem você? — Parei de andar e o encarei. Ele estava saindo do banheiro com um pedaço de papel higiênico nas mãos. Jimin bufou.

— Eu não sou teimoso. Você que é. Jungkook, vai se vestir ou então eu vou acabar te atacando. — Agora foi minha vez de revirar os olhos.

— Amor... Você tem certeza que ela não vai se apressar? — Perguntei com um bico nos lábios observando Jimin limpar o lençol de cama com o pedaço de papel higiênico. 

— Sim. Ela tá dentro de mim, portanto eu mando nela. Só vai sair quando eu quiser, mocinha. — Apontou para a barriga. — Ai! — Gritou se inclinando para frente, apoiando uma das mãos na cama. Eu logo me aproximei.

— Tudo bem aí?

— Tudo. Acho que ela não gosta de receber ordens. — Disse rindo enquanto alisava a barriga. — Ji, você precisa para de me chu.. Ai! — Então ele sentou na cama, alisava a barriga e tinha uma feição de dor. — Tá legal, filha. Agora já virou birra. 

— Jimin, o que tá acontecendo? — Perguntei me sentando ao seu lado e começando a acariciar suas costas.

— Eu acho que... Acho que ela não tá me obedecendo. Jungkook, ela quer sair. — E mais uma careta esboçando dor.

— Respira, respira. Eu vou te levar pro hospital, respira. — Me levantei da cama e comecei a procurar as malas de maternidade, tanto do Jimin quanto da Jihyun. No meio do processo eu esqueci que estava só com uma toalha amarrada na cintura que acabou caindo no chão do quarto, mas eu estava tão desesperado que nem liguei.

— Minha nossa! — Jimin gritou. Rapidamente o encarei preocupado.

— O que foi agora? — Perguntei. Já estava imaginando nossa filha abrindo um buraco na barriga dele e saindo com uma plaquinha dizendo: ''cheguei!''

— Da última vez que eu vi não era grande desse jeito e olha que eu já vi muitas vezes. — Disse rindo. Revirei os olhos, ignorando o comentário. 

Encontrei as duas malas e coloquei na porta do quarto.

— Certo. Sem estresse. Tá tudo pronto. Respira. — Comecei a falar sozinho.

— Jungkook, eu tô aqui. — Jimin chamou minha atenção. — Fica calmo. Hoje é só o dia que vai mudar a sua vida toda para sempre, nada demais. — Disse sorrindo enquanto levantava da cama. Com uma das mãos ele acariciava a barriga e com outra ele sustentava as costas, a colocando lá para dar apoio, já que sua barriga agora estava enorme e pesava muito. 

— Respira e não pira, respira e não pira respira e não...

— Já tô descendo. — Jimin disse saindo do quarto.

Acordei dos meus devaneios e saí correndo atrás dele. 

— Você não pode descer as escadas sem mim! 

— Pegou a minha mala, Jungkook? — Perguntou se apoiando no corrimão. Neguei. — Eu espero você aqui. Não vou descer, prometo.

Corri até o quarto e voltei com a mala de Jimin em mãos.

— Não acha que tá faltando alguma coisa, amor? Tipo a mala da bebê? — Voltei novamente para o quarto e peguei a mala da Jihyun. — Querido, e as suas calças? — Perguntou rindo. — Você não quer receber nossa filha pelado desse jeito, não é? — Neguei com a cabeça e voltei até o quarto para me vestir. 

Quando voltei, vi que Jimin já não estava mais apoiado no corrimão, nem as malas estavam ali. Desci as escadas correndo e o encontrei sentado no sofá junto a Taehyung, Hoseok e Yoongi.

— Eu não acredito que chegou finalmente chegou o dia. — Taehyung disse empolgado. — Ji, espero que você dê muito trabalho ao Jungkook porque ele merece. — Disse alisando a barriga de Jimin, enquanto os dois riam. 

— Vou sentir falta de olhar sua barriguinha. — Hoseok disse choroso. — Mas vou adorar olhar para carinha dessa neném.

— Não preocupa não, Hoseok. Do jeito que esse casal é... Logo mais vem outro bebê. — Yoongi disse.

Fingi uma tosse e finalmente eles notaram minha presença.

— Até que enfim. Pronto? — Jimin disse se levantando. — E antes que você brigue comigo, foram eles que me fizeram vir até aqui e trouxeram as malas. — Explicou.

— Tudo bem. Você tá bem? 

— Tô ótimo. Só parece que tem uma furadeira na minha barriga, mas eu tô ótimo. E você?

— Vendo do seu ponto de vista... Eu tô maravilhoso. Sem furadeira na barriga.  

— Que bom. Vamos logo antes que eu pegue um furadeira e enfie na sua... 

— Eu levo vocês! — Hoseok gritou animado enquanto pegava as chaves do carro. Ele deve ter percebido que eu estava nervoso demais para dirigir. 

Yoongi e Taehyung foram colocando as malas no carro enquanto eu ajudava Jimin a sentar no banco de trás. 

— Além de dor... O que mais você sente? — Perguntei tentado o distrair.

Já estávamos a caminho do hospital. Yoongi havia ficado em casa, estava esperando por Mi-Chan para irem até lá juntos. Taehyung  ia no banco do passageiro e falava no telefone com a doutora, avisando que queríamos a cesária para agora.

— Medo. — Falou. Fiquei surpreso com a resposta.

— Medo?

— De não ser bom o suficiente para ela. — Disse encarando o retrovisor. 

Levei minha mão até a sua e a apertei com força.

— Você vai ser mais que suficiente, Jimin. Você vai ser extraordinário. Você vai ser genial, você já é, antes mesmo dela nascer.— Sorri deixando um beijo na sua testa e acariciando sua barriga. 

— E você?

— O que eu sinto? Eu sinto muitas coisas, mas a principal é alegria. Claro que vem misturada com medo, ansiedade, felicidade e mais medo.

— Medo de não ser suficiente?

— Medo de não conseguir sem tão bom quanto sei que você vai ser. Medo de não conseguir pegá-lo no colo, medo dela não gostar de mim, medo de deixá-la cair, medo de não saber o que fazer quando ela chorar, medo de não saber trocar uma fralda, medo dela preferir o Taehyung do que a mim... 

— Ei! — Tae gritou. — É óbvio que ela vai gostar mais de mim. — Jimin riu enquanto apertava minha não com força.

— Você vai ser bom, muito bom. Tão bom para ela quanto é bom pra mim. E você é perfeito pra mim. Acho que ela não poderia ter um pai melhor que você. — Finalizou dando um beijo na minha bochecha.

[...]

— JUNGKOOK, SEU MERDA! EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FEZ ISSO COMIGO! EU VOU MATAR VOCÊ, CORTAR EM PEDAÇOS E DAR PARA ALGUM CACHORRO COMER... AHHHH!!! — Esse, pessoal, é o Jimin prestes a dar a luz. 

Ele aprendeu alguns xingamentos, mas não faz muito isso, apenas em situações de extrema necessidade.

As contrações estão ficando cada vez mais intensas. Eu tento fazer ele se acalmar, mas não dá. Ele me xinga e diz que nunca mais vai deixar em colocar meu pinto nele. É uma pena mesmo.

— Jimin, fica calmo. Daqui à pouco você entra na sala e...

— Calmo é o seu furico. Eu tô tendo um bebê, um bebê que não é só meu, mas eu sou o único que tá sofrendo. 

— Amor, se eu pudesse passar sua dor para mim eu faria isso. 

— Você pode. Pega um bisturi e enfia na barriga. É assim que eu me sinto, idiota. 

Apesar de todos os xingamentos eu não sai do seu lado em momento algum. Permaneci segurando sua mão até que a obstetra chegou avisando que a sala já estava pronta e que o parto aconteceria agora. 

Os enfermeiros vieram ajudar a empurrar maca até a sala. Jimin segurou minha mão com força e pediu que eu não o deixasse sozinho. Puf, como se isso fosse possível.

Quando entramos na sala, um dos enfermeiros ajudou Jimin a sair da maca e o colocou na cama onde aconteceria a cirurgia. Os outros enfermeiros o ajudaram a sentar para aplicar a anestesia. A agulha foi aplicada nas costas, na região de baixo, o líquido transparente ao entrar em contato em sua pele causou ardência, pude perceber por causa da sua feição e pela força que ele usou para apertar minha mão. Seus olhinhos fecharam e sua testa ficou toda franzida.

Após a aplicação, o ajudaram a deitar confortavelmente na cama, avisaram que depois de uns minutos ele não sentiria mais seu corpo da barriga pras pernas, mas ele continuaria consciente. Jimin me olhava assustado, e eu estava mais ainda. Porém eu queria passar segurança para ele então só conseguia falar: vai ficar tudo bem.

A obstetra lavou as mãos e colocou suas luvas para se iniciar a cirurgia, ela se aproximou de Jimin e sorriu perguntando se ele estava pronto para conhecer a próxima paixão dele. Jimin assentiu. Os enfermeiros se posicionaram para ajudar a médica no trabalho.

Uma espécie de tela azul foi colocada perto do rosto de Jimin, parecia uma rede de vôlei. Creio que servia para impedi-lo de ver os médicos cortando sua barriga. Fiquei o tempo todo com a cabeça o mais próximo possível de Jimin, e em momento nenhum soltei sua mão.

Após higienizar a barriguinha (tá mais para barrigona) do Jimin, com o bisturi, a médica  começou uma incisão no abdômen para conseguir chegar até a neném. Quando eu vi aquele sangue eu parei de olhar e me concentrei apenas no Jimin. 

— Eles já me cortaram? Tá faltando muito? — Jimin perguntou, nervoso.

— Amor, fica calmo.

— Acha que vai demorar? Eu tô ansioso. — Soltei uma risadinha.

— Eu sei. Quando você menos esperar ela já vai estar bem aqui. — passei minha mão livre pela sua bochecha e sorri, Jimin fez o mesmo.

— Acha que ela vai parecer mais com você ou comigo? — Perguntou após um tempo.

— Eu acho qu...

E então um choro alto foi ouvido. Jimin instantaneamente arregalou os olhos e apertou minha mão com muita força, se é que é possível usar mais força do que ele já usava. Segundos depois ele já estava chorando, antes mesmo de vê-la.

— Por que ainda não nos deram ela, Jungkook? — Jimin perguntou após o choro da neném cessar.

Eu estava tão confuso quanto ele.

— Não se preocupem. Está tudo bem. Um médico vai verificar a oxigenação da criança, depois nós vamos cortar o cordão e em seguida... — A mulher foi interrompida pela obstetra, que carregava nossa filha no colo e tinha um sorriso enorme no rosto. — Ela estará no colo de vocês. — A enfermeira terminou, sorrindo. — Parabéns!

A doutora me entregou a Jihyun no colo. Foi nesse momento que eu percebi poderia amar mais alguém da mesma forma que amo Jimin. Os olhinhos fechados e o rostinho amassado me fizeram sorrir e chorar de felicidade. Inclinei a bebê para que Jimin pudesse ver e ele começou a chorar mais ainda. Aproximei ela do seu rosto para que tivesse um primeiro contato.

— Parece com você, amor. Olhe as bochechas. — Disse e Jimim riu.

— Já viu o nariz? É igual ao seu. — Sorri enquanto encarava Jihyun.

Ela é pequenininha, mas já ocupa um espaço tão grande no meu coração, e isso desde o momento que eu soube que ela estava na barriga do Jimin. Nasceu com quarenta e três centímetros, pesando 2,6 kg. E mesmo com o rostinho amassado e os olhinhos fechados ela tinha conquistado o lugar de criança mais linda que eu já vi.

[...]

Levaram Jihyun para tomar banho. Jimin e eu estávamos no quarto do hospital esperando ela voltasse. Jimin não podia falar pois leu que acabaria ficando com gases, eu não entendo o porquê, mas também não quis contestar.

— Já liguei para os seus pais, os meus, Namjoon e Jin. Logo mais eles estarão aqui. — Falei sorrindo enquanto desligava o telefone e o colocava dentro do bolso da calça.

— Taehyung foi mais cedo vê-la na maternidade e me mandou várias fotos, inclusive uma do Yoongi chorando. Ainda bem que documentaram, isso é raro de acontecer.

— Ela não é a coisa mais linda que você já viu? — Jimin perguntou sorrindo enquanto olhava para porta. Sabia que ele não ficaria calado por muito tempo e também sabia que ele não conseguia prestar atenção no que eu dizia pois estava com a cabeça em outro lugar, ou melhor, em outra pessoinha. Sorri enquanto balançava a cabeça em negação. 

— Vocês dois são as coisas mais lindas que eu já vi. — Disse me aproximando e selando sua testa. — Até o chorinho dela parece com o seu. — Jimin fez um bico com os lábios e eu ri.

Ouvimos batidas na porta e em seguida a enfermeira entrando com um carinho/berço. 

— Olha quem veio ver vocês. — Exclamou a enfermeira, sorrindo.

Me apressei para pegá-lo no colo e entregá-la para Jimin. 

Ele a recebeu com um sorriso enorme e passou muitos minutos encarando a bebê e acariciando sua mãozinha. Até uma lágrima escorreu pela sua bochecha.

— Cuidado para não deixar o mundo cair. — Falei me aproximando dois dois.

— O mundo? — Perguntou confuso.

— A Jihyun. Nosso mundo. — Beijei sua bochecha enquanto ele ria. Jihyun abriu os olhinhos e encarou tudo, muito alheia a situação.

— Oi filha, o que está achando de viver aqui fora? Muito frio? Ou talvez muito quente? Você está com fome? Ou com sono? Quer que eu... — Comecei a rir. — Por que tá rindo? 

— Ela acabou de te conhecer e você não para de fazer perguntas. Acho que teremos muito tempo para conhecê-la. Certo, filha? — Jihyun me encarou, como quem escuta um som e procura de onde ele vem. — Olha, ela disse que me ama, ouviu? — Jimin riu.

— Esse é o seu pai, Jihyun. Ele é muito bonito, não é? Sua genética é boa, filha. Mas cuidado, ele às vezes é um chato de galocha. 

— Ei! 

[...]

Jihyun recebeu muitas visitas no seu primeiro dia de vida. Também recebeu muitos presentes e muitos beijinhos. Mas ela também deu muito trabalho.

Jimin estava impossibilitado de sair da cama por causa do corte na sua barriga. Então sobrou para o papai aqui trocar a primeira fralda suja. Que fique anotado: Jihyun, eu não vou esquecer nunca todo aquele cocô verde e fedorento. Mas eu te amo (mesmo você sendo uma porquinha)

E não. Nada de orelhinhas ou rabinho. Jihyun não puxou Jimin nesse aspecto, mas em compensação... Todo o resto é igual. A manha, o chorinho fino, as bochechas gordas, os olhos puxadinhos demais. Mas a boca dela parece a minha e ai de quem discordar. 

Jimin e Jihyun só receberiam alta no terceiro dia. Parecia tão distante.

— Vê se ela tá respirando, Jungkook. — Ah, Jimin havia se tornado um pai coruja.

— Já fiz isso não faz nem dez segundos, amor. — Disse rindo enquanto mudava a página da revista que eu lia.

— Certo. — Falou. 

Jihyun é uma bebê muito calma. Ela quase não o chora, apenas quando sente fome ou precisa trocar a fralda. Ela dorme a maior parte da noite, Jimin é quem não dorme. Passa a noite inteira preocupado com ela e em consequência fica me mandando ver se está tudo bem com ela. 

Jimin bufou.

— Tudo bem, amor. O que foi? — Perguntei deixando minha revista de lado.

— Estou entediado. Ela não faz nada, só dorme. — Disse olhando para Jihyun, que estava dormindo tranquilamente no carinho.

— Bebês com dois dias de vida ainda não podem falar, amor. — Disse e Jimin estirou a língua.

— Eu quero ir para casa. 

— Eu sei. Nós vamos amanhã, lembra? 

— Amanhã tá muito longe. — Falou com um bico. 

Me levantei e andei até ele.

— O que eu posso fazer para te distrair, hein? — Disse enquanto mordiscava seu pescoço. 

— Isso parece bom. Faz mais. — Ri. Subi do pescoço para boca e comecei a deixar selares, depois aprofundei o beijo.

Até que...

Um choro.

Jimin me empurrou da cama.

— Ela acordou. Traz pra mim, traz! — Pediu animando.

Jihyun acabou de nascer e já está sendo um obstáculo que mal me deixa tocar no meu namorado.

Caminhei até o berço de Jihyun e a peguei no colo.

— Olha, filha, eu só vou te perdoar porque você é bonitinha. Mas na próxima eu desconto do seu leite. — Jihyun me encarou, encarou e nada falou. 

É. Seja bem-vinda, filha.


Notas Finais


Mano, eu fiquei tão feliz com os comentários do capítulo anterior que eu tenho vontade de beijar todos vocês. Vou começar a dar sermão mais vezes... Brincadeira (ou não. Já já eu viro uma spirituber, vou começar a botar meta de comentários para postar o próximo capítulo hahahaha)

Ah

BIA, OBRIGADA POR ME SALVAR E ME AJUDAR. MANO, O ÚNICO PARTO QUE EU FUI FOI O MEU, NÃO TINHA COMO EU DESCREVER ALGUM. BIA, VOCÊ É MEU ANJO! Eu acho que eu te amo, mas só um pouquinho (é uma referência daquele livro que eu falei para você) enfim. Tamo junto, mermão ❤❤❤❣❣❣💕💕💕

sobre a data de nascimento da Jihyun: Escolhi dia 28 porque foi dia em que postei o primeiro capítulo de a home for a hybrid, só que foi em maio. Escolhi fevereiro porque é o mês do meu aniversário. Meu momento de brilhar KKKKK

AH, quase esqueci.
SIM, JIMIN AGORA FALA NORMALZINHO. Eu não queria mudar, mas achei necessário. Agora entramos em uma nova etapa e espero que gostem dela tanto quanto eu. Algumas mudanças vem pra melhor e esse é o caso dessa. Eu prometo que a história não vai deixar de ser amorzinho.

tá, hoje eu fale demais. OLha a HOra SenhOR eU TEnhO aULa mAIS TArdE


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