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História A Barca - Inseguro


Escrita por: Titina77

Notas do Autor


Olá fofys, dessa vez não demorei muito rsrsrssrs. O capitulo ficou maior mas achei melhor dividir, então no final de semana tem mais. Por favor fantasminhas, apareçam dizendo o que acharam. Um grande bjo em todos e muito obrigada por comentarem.

Capítulo 7 - Inseguro


Meus olhos e os dele se encontraram. Ele estava sentado na cama, de frente para a porta. Seus cabelos estavam molhados, pingando na blusa.

 A camisa de Otabeck ficou um pouco justa nele. Deixando os músculos marcados. Mordi os lábios e endireitei meu corpo antes de entrar.

- Oi Yuri - disse sentindo meu rosto esquentar. Me virei fechando a porta.

- Você já tomou banho? – Yuri perguntou ao ver que já tinha trocado de roupa.

- Sim...tinha outro banheiro lá embaixo. – estendi a pomada para ele – Aqui..Yurio me deu.

- Obrigado – respondeu ao pegá-la. Ficamos num silêncio desconfortável. Meus olhos varreram o quarto.

Sua roupa estava dobrada na cadeira e só então me lembrei da minha, que havia esquecido no banheiro.

Me virei já indo buscar quando senti meu braço puxado.  Lentamente me voltei para Yuri. Ele me olhava com as sobrancelhas franzidas.

- Queria falar com você. – disse e acho que meu coração perdeu uma batida. Sabia que ele iria me chutar.

Ele gentilmente me puxou para sentar ao seu lado na cama. Não conseguia encará-lo.

- Victor... – ele segurou meu queixo me obrigando a olhá-lo. – quem era aquele homem?

Engoli em seco. O nervosismo voltou no ato.

- Quem era ele, Victor?- ele voltou a perguntar quando não obteve resposta . Seu tom de voz era muito sério.

-  Ele é apenas um conhecido. – disse por fim. Não queria que Yuri tivesse conhecimento de nada relacionado a minha vergonha.

     –Você tem algum envolvimento com ele?

- Não. É claro que não! – disse me sentindo insultado. Será que Yuri pensava que eu era capaz de namorar com ele já com compromisso com outro?

- Então porque ele falava com você daquele jeito?

- E eu que sei Yuri?- Cruzei os braços angustiado. – Porque ele é um doente!Maluco! Bêbado, sei lá! – me levantei, mas novamente Yuri segurou meu braço.

-Victor...- ele segurou minhas duas mãos – Você mesmo já percebeu que eu não gosto muito de enrolação, então serei bem direto. - me encarou de forma intensa fazendo-me paralisar  - Eu posso perdoar qualquer coisa num relacionamento, mas não admito mentiras.

Senti uma dor aguda na barriga ao ouvir isso.

- Yur...- ele tocou com um dedo meus lábios.

- Deixa só eu acabar. Para que tenhamos um relacionamento é preciso antes de tudo que a gente confie um no outro. – ajeitou o óculos que escorregava para a ponta de seu nariz. -  Sou seu namorado agora não sou? – comecei a me sentir zonzo. Afirmei com a cabeça. Minha respiração estava suspensa.  – Então qualquer problema que tenha tido ou tenha, agora também é meu.  

- Talvez você não queira meus problemas. – sussurrei totalmente hipnotizado por seus olhos.

- Então porque não me conta para que eu decida.  – Yuri cerrou os olhos , apertando minha mão com força.

Virei o rosto, não querendo que ele visse as lágrimas que começavam transbordar. Passei as mãos no rosto. Detestava me sentir assim. Uma bagunça completa.

Engoli em seco, criando coragem para confessar minha maior desonra.

- Eu...eu vou lhe contar Yuri. – sorri chorando - mas não é uma historia nada bonita. – avisei.

Yuri se endireitou na cama e me olhou esperando.  Continuei olhando para qualquer canto. Só não queria encará-lo e sentir sua decepção voltada para mim.

- Aquele homem se chama JJ. E..Ele e eu namoramos a mais de um ano atrás.

Vi pelo canto do olho quando Yuri se afastou. Se levantou e começou a andar pelo quarto.  Ele parecia tenso, irritado.

- Por que não quis me contar? – disse sem me olhar. – Você ainda sente algo por ele?

- Não! Não Yuri. É claro que não. – foi minha vez de tentar me aproximar, só que ele se afastou. – Yuri eu jamais aceitaria namorar você se ainda estivesse com outra pessoa.

Ele me encarou avaliando minhas reações. E eu não sabia o que ele iria pensar de mim quando soubesse de tudo. Se só em saber do JJ, ele já tinha ficado assim...

- O que está escondendo Victor? Me conte...

Mordi meus lábios, sabendo que ele iria me odiar quando soubesse de tudo. Pelo visto meu relacionamento que mal começou, já tinha acabado. Minhas lágrimas agora caiam livremente.

- Não queria que você soubesse de toda a imundice que foi meu passado. – respondi aos sussurros.

Yuri me puxou pra perto. Tocou minha franja a afastando de meus olhos.

- Desculpe Victor, mas não vejo nenhuma imundice em você.  –abaixei meus olhos. Não queria que ele visse toda a fragilidade que tentava esconder. - Não foi minha intenção fazê-lo relembrar de coisas tão ruins. – sua  voz tinha atingido um nível de desespero inconfundível - É só que quando disse que gosto de você é porque gosto mesmo e não consigo imaginar ninguém lhe machucando, como esse JJ fez na festa...o acusando.

- Só que ele apenas disse a verdade. Ele estava certo. – comecei a chorar e Yuri em abraçou. Minhas lágrimas caiam por meu queixo molhando sua blusa.

- Não Victor. Não diga isso.-  se abaixou me encarando nos olhos - Vamos fazer assim eu não quero saber. Quando você estiver pronto para me contar, eu escutarei. Por enquanto vamos esquecer isso.

- Não Yuri deixa eu lhe contar logo tudo...-as lagrimas desciam sem controle.

- Victor...shhhh. Tudo bem. – me puxou para a cama me deitando em seus braços. – Hoje não.

- Eu sou mesmo estúpido não é? – perguntei esfregando as mãos nos olhos para limpar as lágrimas que teimavam em cair. – Meu pai...ele não se importou com a gente. – disse em meio aos soluços com o choro.

Yuri me abraçou ainda mais apertado e eu só pude continuar chorando. Não conseguia parar. Suas mãos esfregavam minhas costas, acalentando. Ele não disse nada. Apenas ficou ouvindo meus soluços e lamúrias. Continuou me abraçando até que a intensidade do choro aos poucos foi diminuindo.

Nunca me senti tão ridículo e tão digno de pena. Eu era dois anos mais velho que ele. Eu que devia ser forte e não ele. Eu que deveria acalentá-lo. Fiquei mais algum tempo assim até que finalmente o choro parecia ter cessado.

 Ainda funguei mais duas ou três vezes e me calei completamente. Aproveitei ao máximo seu cheiro, seu perfume. Minha cabeça encostada em seu peito, podia sentir as batidas intensas de seu coração.  Não me importei que dali a algumas horas Yuri iria me dizer que não queria nada comigo. Só queria aproveitar o máximo de seu abraço naquela hora. Naquele momento procurei não deixar que nada de fora, nenhum pensamento ou lembrança nos perturbasse. Apenas queria ficar mais um pouquinho em seus braços.

- Meu Victor não é nem um pouco estúpido. – Yuri sussurrou afagando meus cabelos. Senti meu coração aquecer suavemente com a entonação do “meu.” Continuei imóvel, inspirando profundamente. - Está cansado. Deve dormir um pouco.

O silêncio do quarto poderia ter incomodado, mas ao contrário. Senti uma paz libertadora. Agradeci mentalmente por ele não levantar meu rosto, que devia estar com os olhos e nariz inchados e vermelhos. Yuri tinha mãos muito boas. Com aquele carinho em meus cabelos, pouco a pouco a realidade foi se afastando e adormeci num sono tranquilo e sem pesadelos.

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Calor. Estava muito quente.

Foi a primeira coisa que percebi assim que despertei. Ainda estava sonolento. Abri os olhos tentando me acostumar com a pouca claridade. Sentia meu corpo mais pesado que o normal. Tentei me virar na cama.

Não consegui.

- Hummpf...

Despertei rapidamente. Meu coração quase saltou pela boca. Só então me dei conta do braço e perna de Yuri ao meu redor. Estávamos deitados de conchinha. Fiquei um tempo parado assimilando aquela situação. Um sorriso bobo foi se formando em meus lábios.

Yuri estava deitado ali comigo. Seu outro braço estava com minha cabeça apoiada servindo de travesseiro. Felicidade era pouco para o que eu estava sentindo naquele momento.  Estávamos cobertos com o edredom, como um casulo.

Voltei a tentar me virar, mas sem sucesso.

- Hummmmpft...- Yuri me apertou ainda mais em seus braços.  Ele estava muito quente e mais o edredom. Por isso eu estava com calor.

Virei minha cabeça ficando de frente pra ele.

Os cabelos de Yuri estavam todos bagunçados, espalhados no travesseiro.   Os óculos estavam tortos em seu rosto. Sorri. Ele havia dormido com eles.

Lentamente consegui soltar meu braço e tirei o seu óculos. Milagre não ter quebrado. Não sei quanto tempo passou, só que não consegui deixar de ficar admirando-o. Yuri era lindo. Lembrei da noite passada e rezei internamente para que ele não se lembrasse o quanto fui fraco.

 Passei meus dedos com todo o cuidado em seu cabelo para não acordá-lo. Eram muito macios. Ele sorriu ainda dormindo. Um sorriso doce e apaixonante. Como um bobo acabei sorrindo de volta.

“Ah Yuri...eu estou apaixonado por você! Não quero que me deixe.”

Ele se virou na cama, dormindo de barriga pra cima, me libertando de seu abraço de urso e me fazendo voltar a realidade. Me levantei da cama na ponta dos pés. Coloquei seu óculos na cabeceira e fui ao banheiro.

Meu rosto até que estava bem mais apresentável do que achei que estaria. Joguei bastante água no rosto e no cabelo e quando resolvi tomar um banho me lembrei que minha roupa estava lá embaixo.

Já no corredor senti um cheirinho de café que fez meu estômago roncar.  Pensei em voltar para o quarto e acordar Yuri, mas ele parecia tão cansado que achei melhor deixá-lo dormindo mais alguns minutos.

“Covarde!”

“ Ah cala a boca, consciência!”

“Ok. Estou com medo da reação dele!”

“Que saco! Quando não é o Yurio é você!”

Continuei meu monólogo comigo mesmo enquanto descia as escadas. E por falar nele...

Sentado de frente para a porta da cozinha.

 Lá estava ele.

Yurio tinha uma grande xícara de café com leite nas mãos. Assim que me viu, um sorriso gigantesco se espalhou em seu rosto, deixando a mostra suas covinhas. Eu conhecia bem aquela carinha. Só pelo olhar ele dizia: “ Me conta tuuuuuuuudo, que eu to pirando!”

- Bom dia Otabeck. – disse puxando uma cadeira para me sentar ao lado do meu curioso amigo.

- Bom dia Victor- Otabeck beijou minha testa. Colocou uma xícara na minha frente. – Café com açúcar?- Perguntou virando a cafeteira.

- Pode deixar, eu me sirvo. – disse pegando a cafeteira. Estava com pena dele. A mesa estava repleta de frutas, pães, queijos, bolos, torradas, sucos, cereais. Imagina a hora que o coitado deve ter acordado pra deixar tudo aquilo pronto?

 Fora a pilha de louça acumulada na pia.

- Anda.... desembucha. – Yurio sussurrou com a xícara na boca. O motivo dele estar cochichando é porque Otabeck estava presente e ele não queria que seu marido pensasse o quanto ele era fofoqueiro.

Revirei os olhos.

- Não houve nada. – disse simplesmente. Coloquei um pouco de leite na xícara.

- Eu vi vocês dois dormindo de conchinha. – acusou.

- Você estava me espionando!? – perguntei incrédulo.

- Seu omelete.- Otabeck colocou o prato na frente de Yurio que deu uma garfada. – Já vou trazer o seu Victor.

- Não acredito que fez isso! – que mania irritante de bisbilhotar que ele tinha.

- Não estava espionando. – ele sorriu de boca cheia - Eu fui chamá-los para o café. Bati na porta, como não atenderam, eu olhei pela fresta. – pegou o celular. – Tirei até uma foto para te mostrar. – me mostrou a prova do crime. –minha boca abriu formando um grande “O”.

- Yurio!!!!! – falei alto chamando a atenção de Otabeck. Ele nos olhou desconfiado, mas não disse nada.

- Shhhhiuu – ele sibilou . – É a primeira foto de vocês   juntos. Vocês estão tão fofos! – seus olhos brilharam quando disse isso.

- Deixa eu ver. – arranquei o celular de suas mãos ainda emburrado com ele. Olhei para a tela do celular. Um suspiro saiu involuntário da minha boca.  Aquela foto estava magnífica. Parecíamos realmente um casal. Sem vestígios da nebulosa noite anterior. – Yuri é lindo mesmo. – disse derretido olhando para a foto.

- Vocês combinam. – Yurio disse como se fosse óbvio. – Ele é o cara certo pra você.

- E como pode ter certeza? – perguntei ainda olhando a perfeição que estava deitado comigo naquela imagem.

-Eu só sei. – bateu sua perna na minha chamando minha atenção. Quando levantei os olhos Yuri estava parado na porta me olhando. Entreguei de imediato o celular para o dono. Meu estômago congelou por completo, com medo do que ele poderia está pensando. Estava sem óculos e seu cabelo molhado penteado para trás.  Perfeito.

 

- Bom dia a todos. – Yuri cumprimentou.

- Bom dia. – Otabeck e Yurio responderam enquanto eu procurava  formular uma resposta.

- Olá Yurio...- segurou o rosto do meu amigo beijando seu rosto.

Se virou então pra mim e segurou meu rosto.

- Você –não- me- acordou. – moveu seus lábios sem emitir som e então me deu um selinho com gosto de hortelã. – senti meu rosto pegando fogo.

Yurio me encarava com aquela cara idiota e besta dele. Não pude deixar de sorrir. Parecia que tudo estava bem.

- E aí cara. – Yuri caminhou até Otabeck que mexia na frigideira. Pegou a esponja com sabão e começou a lavar a louça. – Quer uma ajuda?  

Começaram a conversar sobre algo enquanto eu e meu amigo ficamos observando. Mordi meus lábios imaginando se aquilo estava mesmo acontecendo.

- Não disse?– Yurio passou a manteiga na torrada – Esse é pra casar. – piscou um olho pra mim.

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O resto daquela manhã voou e quando vimos já era quase noite. Yuri mostrou para Otabeck suas qualidades ajudando a consertar alguns equipamentos.

Arrastei Yurio para o fogão na hora do almoço, mandando ele tomar vergonha na cara e fazer ao menos uma vez um refeição decente para o marido. Embora EU é que tenha feito a comida na realidade enquanto ele chorava picando a cebola.

Ele me encheu de perguntas sobre os detalhes mais sórdidos e picantes da minha noite com Yuri.  E não acreditou quando disse que não havia acontecido nada entre a gente. O mais próximo tinha sido dormir de conchinha.

- Bom...pelo menos isso. – resmungou desapontado.

Estava deitado no sofá com  a cabeça no meu colo. Passava um musical na TV que eu nem sabia o nome. Fazia uma trança em seu cabelo comprido e Yurio estava quase adormecido.

Becka e Yuri entraram na sala.

 - Acho melhor a gente ir. – Yuri falou despertando o outro Yurio que se sentou.  Estavam consertando a porta da garagem. – Amanhã cedo terei uma reunião com alguns dos fornecedores, antes de ir para a empresa.

- Poxa, valeu mesmo pela ajuda. – Becka apertou a mão de Yuri dando um abraço de lado. Me levantei em busca de nossas jaquetas.

- Imagina... Quando precisar...

-Valeu Yuri... desculpa qualquer coisa – Yurio o abraçou. – Sabe que já te considero como meu cunhado.

- Yurio!!!-  avancei quase dando um soco no braço dele, que se escondeu atrás de Otabeck . -Você...você... – ai que vontade de espernear. Não tinha nem palavras para descrevê-lo.

 Os três ficaram rindo da  minha cara e da minha irritação.

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Fomos pegos no meio do caminho pela chuva. Caia ainda fina, uma cortina de gotas pequenas. Abracei Yuri sentado no carona da moto, repassando as imagens maravilhosas do dia que tivemos juntos. Dormimos juntos. Acordamos juntos. Tomamos café juntos. Passamos um tempo juntos. Almoçamos juntos.

Juntos. Juntos e juntos.

Existia uma palavra mais adequada do que essa para o dia de hoje?

A viajem foi rápida demais para meus devaneios. Yuri parou a moto em frente ao meu prédio. Colocou o pé no chão para equilibrá-la. Enquanto eu descia da moto, ele tirou o capacete. Por causa do tempo havia poucas pessoas na rua. Tirei meu capacete entregando a ele.

- Gostei muito do dia de hoje. – disse estendendo o capacete. Ele deu um leve sorriso. Pegou e pendurou no guidão da moto.

Yuri me encarou durante algum tempo em silêncio. De repente, antes que eu pudesse imaginar qualquer coisa, seus braços me envolveram e ele me puxou de encontro ao seu corpo me assustando. Nossos rostos estavam tão próximos que nossas testas se encontravam.  Ele me olhava com tanta intensidade que jamais pensei ver em seu rosto. Fiquei parado, hipnotizado com seu olhar, nossas respirações se mesclando. Sua boca se encontrou com a minha sem nenhuma delicadeza. Furiosa. Fiquei imóvel por um segundo e como num click, senti meu corpo todo arder. E então fechei meus olhos.

 Sem pensar minha boca correspondeu a sua. Se movia em sua direção. Nossas línguas se encaixavam numa dança envolvente e extremamente apaixonante.  

- Envolvi meus braços em seu pescoço, agarrando seus cabelos, o trazendo mais para mim. As mãos de Yuri me abraçavam, passeando por minhas costas e estava tão compenetrado naquele beijo que fui pego de surpresa ao sentir uma de suas mãos em meu bumbum apertando com força.

- Yuri...- me afastei minimamente. Já perdi as contas de como ele me surpreendia. Ao mesmo tempo que era tão tímido, agia tão sedutor

 – Desculpe. - respondeu ofegante olhando em volta. Tinha o olhos pequenos de desejo. Sua boca estava inchada pelo beijo assim como sentia a minha. – Esperei o dia todo pra te beijar assim. – me surpreendi com sua voz rouca. – Acho que me empolguei. – sorriu voltando a se desculpar.  –Acho melhor eu ir. – pegou o capacete e colocou em sua cabeça. Foi então que percebi que ele achava que eu o estava rejeitando. Como eu ia explicar isso a ele? Explicar que eu o queria. Só que ali poderia ter alguma daquelas velhas fofoqueiras olhando.- Porque não entra?Eu fico te olhando.

Nessa hora a chuva começou a ficar mais forte.  – Yuri prendeu o capacete.

- Vai .- mandou. E eu fiquei ali parado como um otário o encarando.

Ele pisou no acelerador da moto fazendo um barulho com o cano de descarga. Toquei sua mão.

- Não quero que vá.- disse com a voz abafada pelo barulho da moto e da chuva.

- O quê? – perguntou. Apertei sua mão que envolvia o guidão. Nossas roupas já estavam encharcadas.

- Eu disse que não quero que vá!– vi quando alargou os olhos em compreensão.


Notas Finais


Então é isso.... qual será o segredo que Victor tanto quer esconder? E como sempre muito inseguro em relação aos seus sentimentos e aos do amado. Vamos ver se Yuri consegue conquistar de vez o coração do platinado. E para quem queria lemon, só no próximo, desculpe. Bjos


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