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História A base de mentiras - De novo



Notas do Autor


Oiiiiiiiiii pessoal! Aqui quem fala é a Kali.

Hoje, finalmente, teremos um aviso importante na nota inicial.

Eu viajei hoje e vou ficar fora por quatro dias, e isso não seria um problema se a internet do hotel fosse boa.
Vou tentar postar nos dias certos, mas tudo vai depender da internet.

E era só isso mesmo, espero aproveitem o capítulo!

Capítulo 111 - De novo


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - De novo

Nagisa

 

Entro no apartamento, as luzes se acendem na mesma hora, a luz deve ter voltado agora. Não tem ninguém na sala, e o silêncio dá a impressão de que a casa está vazia.

- Onde está o corpo da Aya? – Pergunta a Gina, que está comendo a sua jujuba. Ela faz-me notar que os corpos das cobras sumiram.

- Não faço a mínima ideia. – Respondo, indo verificar o resto da casa, que está completamente vazia. Volto para a sala, sem esconder a minha preocupação.

- Não tem ninguém? – Indaga o Hibiki, confirmo com a cabeça. Um estrondo vem da porta, mas não foi uma simples batida, está mais para a tentativa de arrombar a porta. Antes que eu possa ir atrás de uma arma ou de uma faca, a porta abre.

- Akiko?! – Exclamo, confuso por vê-la aqui, ela tinha ficado no nosso estado.

- Que bom que você está aqui! – Ela diz, respirando fundo, a Aki deve ter vindo correndo.

- Por que você está aqui? Onde estão os gêmeos? – Interrogo, é notável a ausência dos pequenos, que sempre estão grudados com ela.

- Eu vim para cá assim que passou na televisão que um helicóptero tinha caído. – Ela começa a contar, sentando-se no sofá. – Sabia que a queda estava relacionada a vocês, então resolvi ligar, mas ninguém atendia o celular. Deixei os gêmeos com a diretora do colégio e com a Nara, a filha dela que tem um projeto de leitura infantil secreto do qual os gêmeos começaram a fazer parte. Peguei o primeiro voo e vim para cá, mas eu não sabia onde vocês estavam ficando.

- Como você nos achou? – Questiona o Hibiki, saindo da sala e voltando com um copo de água. Ela o pega e bebe o líquido rapidamente.

- O Karma me ligou há pouco tempo e disse o endereço desse apartamento. – Ela responde, rodando o copo numa das mãos. – E-Ele disse que eu devia achar você, porque eles foram presos.

- O QUÊ? – Grito, não posso passar por esse inferno de novo, da última vez eu tive que passar-me por uma advogada.

- Calma Nagisa, eles devem estar bem. – Afirma o Hibiki, forçando-me a sentar na poltrona atrás de mim.

- O Karma me deu o endereço da delegacia. – Ela conta, estendendo seu braço e o virando para mim, vejo um endereço escrito à caneta nele. – Não tinha papel, então anotei no braço mesmo.

- Vamos agora. – Ordeno, levantando-me da poltrona. A Akiko também levanta, indo rapidamente para a porta.

- Vai com ela. – Pede a Gina, viro para ver com quem ela fala. – Minha prima vai ficar mais protegida se você for com ela.

- Você não vai conosco? – Ele interroga, recebendo uma negação dela.

- Estou cansada, vou ficar aqui. – Ela responde, empurrando-o para a minha direção. – E também, eu e uma delegacia não somos, exatamente, boas amigas.

- Então eu vou ficar com você. – O Hibiki diz, mas minha prima nega novamente.

- Aqui eu estou segura, mas vocês não estarão seguros lá fora. – A Gina conta, olhando para baixo. – Não sabemos se os serpentes os viram e, se tiverem visto, vocês agora se tornam um alvo.

- Os serpentes estão atrás de vocês?! – Exclama a Aki, acho que temos bastante coisas para contar à ela.

- Vamos te atualizar sobre tudo o que aconteceu. – Respondo, pegando as chaves e saindo, não acredito que vou passar por isso de novo.

 

Karma

 

- É horrível ficar presa! – Exclama a Kimi, me deixando ainda mais irritado.

- Você não está presa! Pode sair a hora que bem entender. – Resmungo, vendo ela atravessar as barras de ferro e ir parar no corredor, ao lado de um guarda.

- Falou alguma coisa? – Pergunta a Rio, que está sentada ao meu lado.

- Não. – Falo, desviando a cabeça bem a tempo de não levar um chute da Yuna,  que está sentada na cama de cima da beliche, seus pés ficam na altura do meu rosto.

- Não acha que eles estão muito calados? – Questiona a Kimi, indo para o lado das crianças, que estão caladas e imóveis, além de seus olhos estarem fortemente fechados.

- Vocês estão bem? – Falo com eles, ser preso deve ser uma situação estressante para crianças como eles. Não obtenho nenhuma reposta, acho que a Rio também começa a estranhar o comportamento deles. – O que eles têm?

A Kimi entende que não foi apenas uma pergunta retórica, e sim uma pergunta direcionada à ela.  A Kimi não hesita em tocar na menina, que é a mais próxima dela. Em poucos segundos ela os solta e cai no chão, com uma expressão indefinida.

- Meu deus... – Ela sussurra, se levantando do chão e saindo correndo, desaparecendo no final da curva do corredor. Fico ainda mais intrigado com essas crianças, não faço a mínima ideia do que ela possa ter visto na vida deles que à fez ir embora.

- Já que a gente não vai sair daqui tão cedo. – Afirmo, ficando no meio da pequena cela. – Por que não nos conhecemos melhor?

- Como assim? – Interroga a Yuna, pulando da cama de cima para o chão.

- Nós podemos fazer uma breve introdução sobre nossas vidas e personalidades. – Respondo, essa é a ideia que tive para tentar descobrir mais sobre as crianças. Mas, parando para analisar, a única pessoa que está aqui dentro que eu conheço bem é a Rio.

- Tudo bem, eu começo. – Prontifica-se a Yuna, sentando no lugar que antes era meu. – Me chamo Nakamura Yuna e sou uma experiência cientifica.

- Experiência cientifica?! – Exclama a Mayumi, ela e o garoto abrem os olhos e encaram fixamente a Yuna.

- É. – Ela responde, sua voz sai com tanta naturalidade que até parece que ela sabe disso desde pequena. – Minha mãe era uma cientista e me criou artificialmente.

- Eu sou irmã dela e também sou um experimento cientifico. – Conta a Okuda, deitando na cama e encarando o teto.

- Eu sou irmã das duas e sou uma assassina.

- Também sou um assassino. – Digo por último e viro-me para vê-los, espero que eles revelem algo sobre suas vidas.

- Somos assassinos, ladrões, mercenários e caçadores de recompensas. – O Kazuki conta, já é um começo.

 

# Quebra de tempo #

 

Entro na sala, onde tem uma mesa posta e duas cadeiras, a Nagisa está sentada numa delas, com um copo d’água nas mãos. Diferente do que aconteceu na outra delegacia, nessa o policial tira as minhas algemas e sai, deixando-nos à sós. Ela coloca o copo sobre a mesa e se levanta, seus movimentos até parecem estar em câmera lenta. A Nagi fica muito próxima de mim para, em seguida, dar-me um tapa. Minha cabeça vira com a força que ela usou, não ouso mover meu rosto.

- Como você pode fazer isso comigo de novo? – Ela indaga, num sussurro quase inaudível. Pelo canto de meus olhos, consigo ver sua mão tremer levemente. A Nagisa abaixa essa mão e a fecha, parando a tremedeira. – ESSA É A SEGUNDA VEZ QUE VOCÊ VAI PRESO! E SOU EU QUE TENHO QUE TE TIRAR DAQUI!

Assusto-me um pouco com seu grito repentino, mas já devia ter me acostumado com suas explosões. Ela mesma parece notar que exagerou, porque não fala mais nada depois desse grito. A Nagi dá a volta na mesa e pega seu copo de água, noto agora que a água parece estar um pouco turva, como se tivesse algo nela.

- Continuando. – Ela diz, aparentando estar bem mais calma. – A boa notícia é que você está sendo acusado de porte ilegal de arma, que é menos grave que assassinato e... Do que você está rindo?

Levanto a cabeça e a encaro, com um sorriso que está quase rasgando o meu rosto.

- Para uma pessoa que não quer me ver nem pintado de ouro, você parece bastante preocupada. – Falo, alagando um pouco mais o meu sorriso. – Até está tomando calmante.

- Estou preocupada com a equipe e o calmante é para conseguir ficar no mesmo cômodo que você sem perder a cabeça. – Ela retruca, olhando para todos os lados, menos para mim.

- Diga isso olhando nos meus olhos. – Peço, perdendo a noção do perigo, mas sinto que aqui dentro estamos seguros da Kimi. A Nagisa hesita, mas acaba encarando-me. Ela abre e fecha a boca diversas vezes, como se estivesse tentando empurrar a mentira para fora.

 

Nagisa

 

- Sim, o calmante é porque eu estou muito preocupada com você. - Confirmo, saindo da cadeira e apoiando minhas mãos na mesa. As preocupações surgem uma atrás da outra, não estou suportando. – Mas não é só por isso, está dando tudo errado! Não temos a mínima ideia de onde a Kayano está, não sei se meu primo está vivo ou como ele está vivendo, estou preocupada com a Akiko que é só uma criança e insiste em nos ajudar, quando eu voltar para casa minha mãe vai me matar ou me expulsar de casa...

Paro de falar quando sou abraçado pelo Karma, minha cabeça vai de encontro a curva do seu pescoço. Pressiono minhas unhas contra suas costas e começo a chorar, sinto como se o mundo desabasse ao meu redor. Seguro-o com ainda mais força quando sinto-me mal.

 

Lembrança on:

 

- Desculpe o atras... – Paro de falar quando vejo seu rosto, que está vermelho por conta de seu choro. – O que aconteceu?

- Eu vou embora Nagisa. – Ela conta, entre soluços. Suas palavras me fazem cambalear, até parece que levei um soco. Tento falar algo, mas não consigo, a mistura de sentimentos que batalha dentro de mim não permitem que eu diga nada.

- C-Como assim? – A pergunta sai forçada, deixando um gosto amargo na minha boca. Seus olhos cintilam devido as lágrimas, nunca vi ela tão abatida.

- Só me abraça. – Ela pede, tacando-se em cima de mim. Abraço-a, suas lágrimas inundam a manga da minha blusa, e eu molho-a com minhas próprias lágrimas.

- Nós podemos fugir. – Sugiro, falando a primeira coisa que me vem a cabeça. – Não tem nada para mim aqui, minha mãe não se importa comigo.

- Não. – Ela diz, me empurrando. – Você quer cometer o mesmo erro que eu cometi quando mais nova. Não conseguiríamos sobreviver nem por um mês, além de que nossa vida seria péssima.

- Eu não vou desistir! Não vou deixá-la partir! – Exclamo, encarando seus olhos vermelhos, assim como o sorriso triste que surge no seu rosto.

- Você não entende Nagisa. Não existe nada que você possa fazer, não existe nenhuma guerra para a gente lutar. – Ela explica, fechando seus olhos. – Acabou, esse é o nosso adeus definitivo.

- Não vou aceitar isso. Nós ainda temos tempo! – Afirmo, segurando seus ombros e sacudindo-a. – Ainda temos chance, vamos reverter essa situação.

- Não me dê falsas esperanças. – Ela suplica, nunca pensei que veria ela sem esperanças. – Não podemos fazer nada em três meses.

- Isso é tempo suficiente. Não vou deixar que te levem embora.

 

Lembrança off:

 

Empurro o Karma e termino de beber todo o copo de água. Olho para ele, que parece confuso por minha reação. Não consigo fazer mais nada, preciso sair daqui. Sem mais nem menos saio da pequena sala, sem explicar nada à ele.

 

# Quebra de tempo #

 

- Já sabe o que faremos para tirá-los de lá? – Questiona o Hibiki, assim que chego onde ele e a Akiko esperavam-me.

- Façam o que quiser, eu estou indo embora. – Respondo, sem parar de andar. Acelero o passo, não quero que eles me impeçam.

 

# Quebra de tempo #

 

- Nagisa. – Chamam meu nome, viro-me para ver quem foi. Não encontro uma pessoa, mas sim um animal.

- Akira! – Exclamo para mim mesmo, só depois lembro-me de que ele morreu. Dou alguns passos para trás, não pode ser ele, até porque essa cobra tem olhos roxos.

- Na verdade, não é ele. – A cobra responde, com uma voz de menina. Agora eu estou apavorado, que eu saiba, cobra não fala.

- V-Você fala! – Quase grito, não penso duas vezes antes de começar a correr. O animal me alcança rapidamente, enroscando-se nos meus pés e derrubando-me. Eu deveria ter pego uma faca antes de sair, mas fiquei tão preocupado que nem me lembrei. A cobra, quando está prestes a me morder, é arremessada para longe.

- Aquela cobra não estava morta? – Indaga o Hibiki, estendendo sua mão para ajudar-me a levantar.

- Estava. – Respondo, nós dois começamos a correr, com nossas mãos unidas. – Você estava me seguindo?

-  Sim, eu e a Akiko decidimos que alguém deveria seguir você. Ela disse subornaria os policiais para soltá-los.

- Essa cobra vai nos alcançar! – Exclamo, olhando todo instante para trás, isso está parecendo um pesadelo. Paro rapidamente de correr e tiro os meus sapatos, taco um por vez na direção da cobra, mas nenhum a acerta. O Hibiki pula uma grade, faço o mesmo e acabo caindo dentro de uma floresta, as pedrinhas do chão machucam meus pés descalças. Olho outra vez para trás, não vejo-a em lugar algum. Seguro, novamente, a mão do Hibiki.

- Acho que estamos à salvos. – Afirmo, diminuindo a velocidade, mas o Hibiki não me escuta. Ele acidentalmente tropeça numa pedra, o que faz nós dois cairmos. Nós rolamos e acabamos caindo do que eu penso ser um precipício. Fecho os olhos com força, sabendo que a queda demoraria, mas não demora tanto assim. Só tenho tempo de pensar que eu não cai de um precipício, e sim de uma parte mais elevada. Desmaio logo em seguida.


Notas Finais


Karma: Nagiii, olha esse neko! *Aponta para o neko que está passando*

Nagisa: Ele é bonitinho :3

Karma: Nee, podemos levar ele para casa?

Nagisa:...

Karma: Por favoooor!

Nagisa: Certo, mas você quem vai cuidar!

Karma: Claro!

Nagisa: *Pega o neko*

Karma: Ele é tão fofinhoooo!!!!!

Nagisa: Verdade... Será que ele tem dono?

Karma: Provavelmente não... ,-,

Nagisa: Se ele tiver um dono, trate de devolver, okay?

Karma: Hai hai... Afinal, eu tenho a minha Nagi neko :3

Nagisa: N-Não diga c-coisas embaraçosas... *Cora*

Karma: Awwnt!!!!! Que bonitinho, dá vontade de mordeeeer!

Nagisa: V-Vamos logo para a sua casa...

~ Na casa do Karma ~

Karma: Nagiiii, vem aqui no meu quarto por favor!

Nagisa: O que foi Karma? *Entra no quarto de Karma*

Karma: Qual vai ser o nome do neko...?

Nagisa: Hmm... Boa pergunta, eu não tinha pensado...

Karma: O nome do neko vai ser... Douguinho!

Nagisa: Então, isso significa que...

Karma: Isso! Nós vamos nos casar!!!!

Nagisa: AAAAAAAH! EU TE AMO KARMAAAA!

Karma: Hihi, Nagi ficou bem animada...

Nagisa: Claro que estou!

Karma: Ai ai... Você é um fofo :3

Nagisa: Karma, eu quero um coelho!

Karma: Mas nós temos um neko agora!

Nagisa: Mas eu quero um coelho... Senão o nosso filho vai nascer com cara de coelho!

Karma: Se bem que híbridos de coelho com humanos deve ser bem interessante, não?

Nagisa: Siiim!

Karrma: Então está decidido! Eu não vou te dar o coelho!

Nagisa: Ah... Mas por que?

Karma: Pra ele nascer kawaii :3

Co-autora: Espero que tenham gostadoooo!
A palavrinha mágica de hoje é "Culopasetry".
Kissus


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