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História A base de mentiras - Olhos



Notas do Autor


Hello pessoal!! Como estão :3
Estamos aqui mais um dia, com essa fic e com uma pessoa que não sabe mais o que falar...
Vamos parar de enrolar, até as notas finais :3

Capítulo 133 - Olhos


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Olhos

Karma

 

Entro no quarto da Gina, onde ela foi colocada. Encontro ela sentada na cama, com cara de tédio.

- Finalmente você apareceu! – Ela exclama, saindo da cama. A facilidade com que ela faz isso é impressionante, não faz nem uma hora que a Gina passou mal.

- Você não deve levantar. - Afirmo, preocupado com o bebê, a Gina não parece conhecer os limites de seu próprio corpo. – Você acabou de passar mal.

- Sério que você acreditou? – Ela pergunta, começando a gargalhar.

- Você fingiu passar mal?! – Exclamo, sem acreditar que ela tenha feito, fiquei muito preocupado com a possibilidade dela perder o bebê.

- Claro que fingi! – A Gina responde, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Ela olha nos meus olhos, tenho certeza que consegue ler a pergunta que está explicita neles. – Eu não podia deixar você e o Hibiki se matarem! Eu tinha que fazer algo e, na hora, essa pareceu ser a solução mais fácil.

- Eu quase contei que você está grávida! -Quase grito, na hora do pânico, eu não sabia como justificar o motivo dela estar passando mal, por pouco não entreguei-a.

- Que bom que não contou. – Ela diz, se apoiando na cama, sem perder sua postura altiva. – Senão, todos saberiam que você é o irmão da Kayano, o primeiro herdeiro.

Sim, a Gina está me chantageando. Ela sabe tanto sobre mim quanto sei dela e, por isso, estamos presos em um jogo de mentiras. A Gina não conta os meus segredos se eu não contar os delas. Se fosse qualquer outra pessoa me chantageando eu, provavelmente, já teria matado, mas tem algo que impede-me de fazer isso com a Gina. Talvez seja devido ao fato dela ser prima da Nagi, ou talvez seja por causa de seu passado.

A verdade é que a Gina aguça a minha curiosidade, sinto que existe mais sobre ela do que a mesma conta. Quanto mais tempo passo ao lado das duas primas, mais diferenças e semelhanças encontro entre elas.

- Sabe atirar? – Não tenho ideia do motivo de fazer essa pergunta, ela simplesmente saiu da minha boca.

- Sei. – A Gina responde, sem enrolação. – Por que quer saber?

- Por nada.

 

Nagisa

 

Fico sentado, sozinho, na recepção. O Aoi está com os irmãos, que estão sendo examinados, e o Karma foi ver minha prima sozinho, a pedido da mesma. Não tenho ideia do motivo dela querer vê-lo em particular, acho que é por isso que estou sendo invadido por um ciúme inexplicável e sem cabimento.

Viro a cabeça quando escuto alguém se sentar ao meu lado, meus olhos quase saltam do rosto quando reconheço-a, não esperava vê-la novamente.

- Fique quieto e me escute, não tenho muito tempo. – Conta a Kin, parecendo segurar um pequeno objeto entre dois dedos. – Eu não deveria estar aqui, mas estou desesperada. Você é minha única chance de salvar a vida da Nagasaki. A alma dela foi partida, mas o coração ainda está inteiro. Para manter seu coração inteiro, preciso ligá-lo a uma alma inteira, ou seja, a sua alma.

Ela abre a mão, mostrando um pequeno brinco com uma pedra branca, quase transparente.

- Esse brinco vai ligar sua alma ao coração dela. – Ela explica, pegando a minha orelha e botando o brinco em um furo já existente, minha mãe que me obrigou a fazê-lo. – Você não pode tirá-lo por nada nesse mundo, se fizer isso, acabará com a garotinha de treze anos que eu conheço e amo. Alguma pergunta?

- Isso me afeta, de alguma maneira? – Questiono, me sentindo um pouco egoísta, não que eu não queira ajudar a garotinha.

- Sim, isso tornará seu coração mais frágil, pois sua alma dividirá a energia em duas partes. – Ela responde, parecendo tentar sintetizar a resposta o máximo que pode. – O coração protege a alma, então, consequentemente, sua alma também ficará mais vulnerável.

- Entendi. – Afirmo, sem saber o que deveria dizer. Ela se levanta e parece prestes a ir embora, mas acaba dando meia volta.

- Fique longe de igrejas, templos ou a qualquer coisa ligada a religião. Nem mesmo pise em terras sagradas ou chegue perto de monumentos religiosos. Evite tudo isso. – Ela manda, saindo da recepção em seguida, provavelmente para voltar ao seu lar. Fico confuso com suas instruções, sendo uma deusa, ela deveria ordenar que eu fizesse o oposto.

- A Gina está bem?

Saio de meus pensamentos e olho para a frente, vendo o Hibiki e a Kamiko parados na minha frente, é impossível ignorar o sangue seco abaixo do nariz dele.

- Eu não sei, o Karma foi ver ela. – Falo, voltando a pensar na Gina e no Karma. Olho para cima, onde tem uma lâmpada tubular, que ofusca a minha visão. Continuo olhando para a luz até que me acostumo, conseguindo enxergar normalmente mesmo com a claridade excessiva.

Observo a lâmpada e, em um segundo, noto que tem algo de errado com ela. Vejo quando um lado dela se desprende do encaixo e, depois, o outro. Jogo meu corpo para frente rapidamente, batendo contra o chão e rolando até os pés do Hibiki e da Kamiko.

Paro de rolar no instante em que a lâmpada atingi a cadeira em que estava sentado e as duas do lado, o impacto é tão grande que a lâmpada se estilhaça. Por sorte nenhum estilhaço vem na direção e, por milagre, consegui sair da cadeira a tempo.

- Moça, você está bem? Quer que eu chame uma enfermeira? – Interroga a mulher na recepção, já com a mão perto do seu interfone. Recomponho-me do susto e levanto do chão, com minhas pernas bambas.

- N-Não precisa, e-eu estou b-bem. – Gaguejo, percebendo o quão seriamente eu poderia ter me machucado. Levo uma mão minha ao relicário e a outra ao recém brinco posto em mim, os dois me trazem uma sensação de conforto e segurança. O relicário me lembra que sou amado por uma pessoa, e o novo brinco me lembra de que a vida de uma criança depende de mim, então eu preciso continuar vivo e seguindo em frente, por essas duas pessoas.

- Você está bem mesmo? – Indaga o Hibiki, sinto que estou em um meio termo entre o estar bem e o não está, eu estou assustado. Isso pode ter sido apenas uma infeliz coincidência, mas algo me diz que não foi.

- Estou bem, dentro do possível. – Respondo, andando para o outro lado da recepção, quero ficar o mais longe possível da lâmpada estilhaçada.

 

Karma

 

Um leve arrepio chama a minha atenção para o canto do quarto, onde tem uma poltrona para os acompanhantes ficarem. Aquele poltrona, segundos atrás, estava vazia, mas agora está ocupada pela presença assustadora e vingativa de um espirito, mais conhecida como Kimi.

A última vez que a tinha visto, ela parecia completamente contrariada e irritada, porém seu rosto de agora contradiz com sua outra expressão. Seu corpo está relaxado sentado na poltrona, assim como o seu pequeno sorriso sádico, que parece aumentar a cada segundo.

- Eu devo ficar preocupada com a possibilidade de você estar alucinando? – Questiona a Gina, tinha me esquecido dela. Desvio o olhar da Kimi e foco na Gina novamente, resolvo fingir que nada aconteceu.

- Por que diz isso? – Pergunto, não cheguei a falar nada com a Kimi, então a Gina não pode ter percebido que eu estava olhando para uma pessoa que está e não está ali. Pensando desse jeito, até eu começo a duvidar da minha sanidade mental.

- Porque eu sei como é uma alucinação. – Ela conta, sentando na beira da cama, incrivelmente perto da Kimi. – E você estava olhando para o nada como se observasse alguém, uma pessoa indesejada.

- Será que eu consigo arranhá-la?! – Indaga a Kimi, se debruçando sobre o braço da cadeira. Ela estica sua mão, vejo como suas unhas são grandes. Não sei o que faço primeiro, se dou um jeito de afastar a Kimi da Gina ou se falo alguma coisa para a Gina.

- Tem medo da morte? – Falo a primeira coisa que me vem na cabeça, que acaba sendo isso. Não sei para qual das duas eu dirigi a pergunta, só sei que a Kimi para de aproximar a sua unha do braço da Gina.

- Medo da morte? – Repete a Gina e, em seguida, caí na gargalhada. Fico surpreso com sua reação, não esperava gargalhadas como resposta.

- Você não tem medo da morte?! – Exclamo, um pouco incrédulo, nunca encontrei alguém que me desse essa resposta.

- Se você tivesse vivido e visto tudo o que vi, você também não teria medo da morte. – Ela confirma, consigo sentir a veracidade nas suas palavras e em seus olhos. – Já tive medo dela, mas esse medo desapareceu quando, aos dez anos, enfiei uma faca em meu próprio pescoço.

Não acredito em suas palavras, até a Kimi, ainda sentada na poltrona, parece ter parado para ouvir a Gina falando. A mão dela vai para o pescoço, que está envolto por uma enorme mancha vermelha.

- Carregar o símbolo dos serpentes na mão é algo que chama a atenção... Ainda mais quando idiotas bêbados de outra máfia acabam trombando com você. – Ela conta, sem tirar o dedo do pescoço, em um ponto especifico. – Eles me sequestraram e me prenderam então, para fugir, tive que simular minha própria morte. Eles estavam bêbados, o que significava que não estavam pensando direito. Peguei a faca que eu levava escondida na bota, tinha que fazê-los acreditar que eu tinha me matado, para isso precisaria me cortar em um lugar letal. Atravessei a faca no meu próprio pescoço, torcendo para não cortar nenhuma parte importante. Sangrei tanto que, em um momento, pensei que realmente tinha feito um corte fatal. Mas, como dá para ver, meu plano deu certo, senão não estaria aqui falando com vocês.

- Vocês? – Questiono, eu queria fazer mil perguntas, porém essa foi a primeira que saltou da minha boca.

- Estou respeitando a sua alucinação. – Ela responde de maneira irônica, apontando para a poltrona onde está a Kimi. – Você não tirou os olhos dessa cadeira.

A mão esticada está com o peito da mão virado na minha direção, essa não é a mão da cobra, mas também tem uma tatuagem.

- Você tem um coração tatuado na mão. – Digo, a frase sai no meio termo entre uma afirmação e uma pergunta. A Gina vira sua própria mão para si, ela observa rapidamente a tatuagem.

- Não é uma tatuagem, é uma marca de nascença. – Ela explica, traçando o desenho com seu dedo. – Na minha família por parte de pai e por parte de mãe não tinha ninguém com olhos vermelhos, por isso meus pais se surpreenderam quando eu nasci com olhos idênticos aos do Shiro. Algumas pessoas diziam que nós éramos aberrações e monstros, mas o pior era como meu pai nos chamava. Ele dizia que nós éramos filhos do diabo. – A Gina conta isso com tanta neutralidade que chega a ser quase desumano, ela está falando de sua própria infância e não demonstra nenhuma reação. – Quando era bem novinha, até meus oito anos, eu e o Shiro ficávamos tristes e, às vezes, começávamos a chorar por conta disso. Aí minha mãe, quando não estava no hospital, pegava nós dois e nos colocava sentados em seu colo, em seguida pegava essa mão minha. – Ela gesticula, mostrando a mão com o coração. – E pegava uma do Shiro, a que tinha uma marca de nascença igual a minha. Então ela contava que nós éramos abençoados por Afrodite, a deusa do amor. Ela explicava que era por isso que nossos olhos eram vermelhos, porque Afrodite quis que nossos olhos fossem da cor do amor. Minha mãe dizia que a prova disso era a nossa marca de nascença, que é em forma de coração.

 

Gina

 

Eu não sei porque estou contando tanta coisa para ele, não consigo parar de falar. Sinto como se tivesse prendido essas lembranças dentro de mim por tempo demais, sem nunca compartilhar com alguém. Sei que posso confiar nele, afinal eu também conheço seu passado, mas não é por isso que quero parar de falar. Quanto mais falo, mais lembranças surgem, lembranças de uma época que eu queria apagar e esquecer. Lembranças de uma garota que eu não sou e nunca serei novamente.

 

Flashback on:

 

O barulho da porta se abrindo me assusta, fazendo-me puxar o meu fino cobertor até o topo da minha cabeça.

- Gina, já está na hora do jantar. – Avisa uma voz conhecida, preciso de toda a força do mundo para ligar a voz a uma pessoa. É o Shiro, meu irmão. – Quer ajuda?

Abaixo lentamente o cobertor, para poder espiar se é ele mesmo. Vejo-o parado na entrada do meu quarto, segurando a porta para mantê-la aberta. Ele não espera minha resposta e entra, fazendo-me encolher ainda mais dentro do cobertor.

Meu irmão pega o andador e coloca ao lado da minha cama, para que eu possa sair. Sento e fico encarando-o, aguardando ele sair, o que não acontece. Ponho um pé hesitante no chão, em seguida coloco o outro. Agarro o objeto a minha frente e levanto, no mesmo instante minhas pernas começam a tremer.

- Vou te esperar lá fora. – Ele afirma, saindo do quarto, mas deixando a porta aberta. Com ele fora do meu campo de visão, consigo controlar um pouco o tremor nas minhas pernas. Dou o primeiro passo, minha perna cede e eu quase caio no chão. Solto um pequeno grito, eu estou com medo de cair.

- Vem Gina, eu sei que você consegue. – Diz meu irmão, voltando a aparecer na entrada do meu quarto. – Um passo depois do outro, é só isso.

Tento fazer o que ele fala, mas é muito mais difícil do que ele faz parecer. Abaixo a cabeça, pronta para desistir, eu não vou conseguir voltar a andar.

- Você consegue. – Sibila uma voz feminina, assustando-me. Olho para trás, procurando a dona da voz, porém não encontro ninguém.

- U-Um p-pas-so. – Gaguejo, forçando as palavras a saírem. Levanto o meu pé, vejo-o tremendo em pleno ar. Não sei o que é mais difícil, se é falar ou me manter de pé. – D-De c-ad-a f-fez.

Repito a frase toda vez que dou o passo, tenho a impressão de que, quanto mais eu repito, mais errada fica a frase.

- Você conseguiu! – Ele exclama, só assim percebo que eu andei toda a extensão do quarto até a porta, acho que é a primeira vez que faço isso. – MÃE, A GINA CONSEGUIU ATRAVESSAR O QUARTO COM O ANDADOR!

- NÃO GRITA SEU MOLEQUE! ESTOU TENTANDO VER TELEVISÃO! – Berra uma voz masculina, me fazendo perder o chão. Perco minha pouca força nas pernas e desabo, soltando o andador. Meus olhos se enchem de lágrimas e eu começo a soluçar, sendo consumida pelo medo.

Do nada, as luzes se apagam, deixando tudo escuro. Meu pânico aumenta e eu começo a chorar alto e a gritar, sem enxergar nada ao meu redor.

- SHIRO, ONDE VOCÊ E SUA IRMÃ ESTÃO?

- ESTAMOS NO CORREDOR!

A escuridão vai embora, sendo espantada por um objeto estranho. Uma moça de cabelo amarelo e olhos pretos aparece, ela não é estranha.

- Segure a vela para mim. – Pede a moça, ativando a minha memória e me lembrando de que aquela é a minha mãe. – Vou botar a Gina no quarto novamente, quando ela se acalmar nós jantamos.

Não tenho nenhuma reação diante da sua fala, eu não estou conseguindo pensar direito. Ela se aproxima de mim, ficando muito próxima. Congelo, só tenho uma reação quando minha mãe me toca. Começo a me debater em seus braços e a gritar coisas sem sentido. Ela se afasta um pouco.

- Calma Gina, sou eu, sua mãe. – Escuto-a dizer, mas isso não significa nada para mim. – Não vou te machucar, só vou te botar na cama.

Ela volta a tocar em mim, tento em vão bater nela, não tenho força alguma nos meus braços. Minha única esperança é gritar, talvez assim minha mãe me solte.

- SE ELA NÃO PARAR DE GRITAR, EU MESMO VOU FAZÊ-LA CALAR A BOCA. – Berra uma voz raivosa, seguida por passos altos na nossa direção. O objeto que nos ilumina está balançando, assim como a mão do meu irmão. Escondo a cabeça entre meus joelhos e mordo minha língua, tentando abafar meus gritos, mas eu não consigo.

- Pare! – Exclama minha mãe, olhando para alguém que não consigo ver. – Ela está assustando, a Gina passou por muita coisa!

- Ela mereceu passar por tudo que passou. – Ele afirma, em sussurro sinistro. Lembro das vozes que sussurravam em meu ouvido, falando coisas apavorantes. – Eu disse que ela era amaldiçoada, devíamos tê-la abandonado assim que nasceu.

- Não fale isso da nossa filha! Ninguém merece passar pelo que ela passou!

- Você a mima demais. – Ele retruca, agarrando o braço dela e a jogando com força para o lado, deixando-nos frente a frente. – Já se passou quase um ano, ela precisa superar.

Tremo dos pés a cabeça, ele parece um gigante mau. Os gigantes malvados das histórias são sempre derrotados, não se pode dizer o mesmo sobre os da vida real. Eles fazem coisas horrendas, machucam, batem, sequestram e, ainda assim, saem impunes.

- Levanta. – Ele ordena, olhando frio para mim. Tento levantar, porém estou com tanto medo que não consigo nem mover meus braços. – Você tem três segundos para ficar de pé.

- E-Eu no co-conx-ego. – Soluço, temendo que tudo se repita novamente.

 

# Quebra de tempo #

 

Choro baixinho, com medo dele ouvir e me dar outra surra. Meu quarto está tomado pelas sombras, o que assusta mais do que a completa escuridão. Escuto um barulho arrastado, algo que já tinha ouvido antes. Não consigo me mover por causa da dor e dos machucados, por isso fico parada quando um estranho ser sai das sombras.

Parece ser um animal, um que eu nunca vi antes. A criatura rasteja na minha direção, se destacando das sombras por causa da pele branca e os olhos vermelhos.

- Oi princesinha. – Sussurra o animal, essa voz me é familiar. – Não precisa ter medo, não vou fazer nada com você.

Eu acredito nela, por algum motivo não consigo me apavorar com sua presença. Fico presa na visão de seus olhos, eles são diferentes e bonitos.

- Meu nome é Arisu. – Ela conta, se aproximando mais ainda, fazendo com que sua língua tocasse no meu dedão, provocando cosquinha. – Qual é o seu nome?

- Gina. – Respondo, pronunciando meu nome pela primeira vez, até que não é difícil de falá-lo. – Bonita o seu oló.

- Gosta dos meus olhos? – A Arisu questiona, dou um leve aceno de cabeça, concordando. – Quer ter olhos iguais aos meus?

Concordo novamente, não sei bem o que os olhos da Arisu têm de diferentes, mas eles são bonitos.

- Feche os olhos e deseje com muita força, assim você vai conseguir. – Ela afirma, memorizo a forma de seus olhos, em seguida fecho os meus. Em pouco tempo os reabro, sinto-me um pouco estranha, como se algo tivesse mudado. A Arisu coloca um pedaço de vidro na minha frente, onde consigo ver vagamente o meu reflexo. Meus olhos estão diferentes, estão iguais aos dela. Pela primeira vez em muito tempo sorrio, feliz com a imagem que vejo refletida, finalmente posso me olhar no espelho e não odiar tudo que vejo.

- Princesa Gina. – Ela diz, abaixando um pouco sua cabeça, que estava erguida. – Pode ir dormir tranquila, prometo que nada acontecerá com você. Amanhã nós teremos um dia cheio.

 

Flashback off:

 

É engraçado como uma de minhas memórias mais tristes também seja uma das minhas memórias mais felizes. Depois de quase um ano sem sorrir, a Arisu entrou na minha vida e me mudou completamente, trazendo a alegria de volta para mim.


Notas Finais


Nagisa: KARMA, JÁ ESTÁ PRONTO PARA A FESTA?

Karma: Ain não preciso gritar!

Nagisa: Karma... Por que você está vestido de Moana?

Karma: Ué, não gostou? Esse clima meio Havaí...

Nagisa: Karma é só uma festa, não carnaval '-'

Karma: Claro que é só uma festa, se fosse carnaval eu estaria transando com você -3-

Nagisa: Karma , vá botar roupas decentes...

Karma: O HORIZONTE ME PEDE PARA IR TÃO LONGEEEEEE! SERÁ QUE EU VOOOU? NINGUÉM TENTOOOOU!!!!

Nagisa: Como eu fui arranjar um namorado assim?

Hibiki: Até eu sou mais maduro que ele...

Karma: Me deixa. Eu não tive infância, minha infância está sendo agora -3-

Hibiki: Agradeça por ele não estar com roupa do homem aranha '-'

Nagisa: Ai ai...

Co-autora: E foi issoooo!
Se você gostou, favoriteee ^-^
Se não souber o que comentar, comente "Gretulis"
Kissus


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