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História A base de mentiras - Tomiko



Notas do Autor


Oiiiii pessoallllll!!! Como estão?
Nesse capítulo vai entrar uma personagem nova... Bom, mais ou menos... Ela já estava na fanfic, mas foi pouco mencionada.
Talvez vocês, quando terminarem de ler o capítulo, queiram me matar '-'
Não me matem, eu quero muito, um dia, terminar a fanfic
Bom capítulo <3

Capítulo 156 - Tomiko


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Tomiko

Nagisa

 

Sonho on:

 

- Nagisa... - Chama a Nagasaki, com a voz baixa. - Você acha Nagasaki um nome bonito?

- É incomum. – Respondo, sem saber exatamente o que dizer, não sei se ela sabe de onde vem esse nome. – Nagasaki é o nome de uma cidade, mas eu acho que combina com você.

- Eu gosto de Nagasaki! – Ela exclama, sorrindo muito. – Não conheço muitos nomes, mas gosto de Nagasaki!

- Que bom, porque é você que deve gostar. – Afirmo, me lembrando do meu próprio nome. – Eu tive azar, não gosto do meu nome.

- Por que não? – Ela questiona, suas perguntas estranhas já não me incomodam mais, estou me acostumando. – Nagisa é tão fofo... Se eu tiver um filho, vou chamá-lo de Nagisa!

- Não! Pelo amor de Deus! – Peço, rindo da sua ingenuidade. – Nagisa é nome de menina, não menino. Se você tiver uma filha, aí sim pode chamá-la de Nagisa.

- Agora eu estou confusa... – Murmura a Nagasaki, enrolando um fio de seu cabelo no dedo. – Você é menino ou menina?

- Menino. – Suspiro, daqui a pouco vou acabar dando um nó na cabeça dela. – É uma longa e confusa história... Então prefiro não contar.

- Se não gosta do seu nome, como gostaria de se chamar?!

Já parei para pensar nisso várias vezes, mas eu nunca encontrei um nome masculino que eu gostasse, mesmo pensando muito. Eu não gosto do meu nome apenas por ser feminino, eu não gosto de como soa. Já me peguei perguntando, inúmeras vezes, qual seria a segunda opção de nome feminino da minha mãe.

- Não é que eu gostaria que esse fosse meu nome... – Começo, ficando vermelho com o que vou falar. – Mas, se for para eu ter um nome de garota, eu acho bonito o nome Yui.

- Yui? – Ela pronuncia, com um estranho sotaque, o que me faz rir. – Você tem cara de Nagisa, não de Yui.

- Talvez você esteja certa. – Confirmo, afinal, se eu tivesse cara de Yui, minha mãe não teria me dado o nome Nagisa. – Mas eu realmente gosto de Yui, talvez eu faça o mesmo que você. Quando eu tiver uma filha, vou chamá-la de Yui.

- Quando?! – Indaga a Nagasaki, dando um gritinho e pulando em cima de mim. – VOCÊ ESTÁ APAIXONADO! VOCÊ ESTÁ APAIXONADO! VOCÊ ESTÁ APAIXONADO, QUER SE CASAR E TER FILHOS COM ALGUÉM!

- E-Eu quis dizer s-se tiver f-filhos. – Gaguejo, tentando consertar meu erro. Não preciso de um espelho para saber a minha cor, devo estar mais vermelho que o cabelo do Karma.

- VOCÊ VAI SE CASAR! VOCÊ VAI SE CASAR! – Ela grita e cantarola ao mesmo tempo, dando inúmeros pulinhos. – Eu sempre quis ir em um casamento! Deixa eu ir no seu?!

- Quando eu me casar, deixo até você ser a madrinha. – Conto, vendo seus olhos brilhares ainda mais, ficando cada vez mais empolgada. – Sim, eu gosto de uma pessoa... E você? Tem um namoradinho ou gosta secretamente de alguém?

- Eu não sei o que é o amor. – Ela responde, treze anos é relativamente nova para namorar, então acho que está certa sua resposta. – Mesmo assim, eu sei que o amor existe. Eu queria muito saber como é um casamento de verdade, como é quando duas pessoas que se amam prometem ficar uma ao lado da outra pelo resto da vida.

Não sei porque, mas esse pelo resto da vida me apavora um pouco, parece-me insano uma pessoa se comprometer com a outra pela eternidade, sem saber quem ela irá se tornar com o passar dos anos.

- Casamentos não são iguais as histórias, eles, geralmente, terminam em divórcio. – Explico, talvez acabando com os sonhos dela. – Poucos casamentos duram pro resto da vida.

- Casamentos... Não são... Eternos? – Ela sussurra, com seus olhos arregalados.

- Não bobinha, não são eternos. – Confirma aquela amiga dela, aparecendo novamente.

- Mas... Mas... – Repete a Nagasaki, que parece ser incapaz de continuar a falar. – S-Sempre me d-disseram que c-casamento é eterno.

- Sinto muito por acabar com seu sonh... – Começo, mas me interrompo quando ela me abraça, apoiando sua cabeça no meu ombro.

- Obrigada. Muito obrigada. – Ela fala, me apertando forte. – Você acabou de me contar a melhor coisa do mundo.

Retribuo o abraço, sem entender muito bem do que ela fala. Só sei que, mais da metade das coisas que a Nagasaki fala, eu não entendo.

- É... Você está bem? – Pergunto, quando escuto seu choro baixo. Ela levanta o rosto, sorrindo muito, só então percebo que são lágrimas de alegria.

- Sim. – Ela afirma, limpando as lágrimas. – Você tirou de mim o maior medo que eu tinha.

- Que medo?

- O medo do futuro.

 

Akiko

 

- O que vamos fazer? – Questiono, com meus olhos fechados. Em poucos instantes, lembranças dolorosas surgem. Abro os olhos, na esperança de afastá-las.

- Eu não sei o que vou fazer. – Ele sussurra em resposta, levantando o rosto e me encarando, seus olhos estão com olheiras, iguais aos meus. – Mas você vai dormir.

- Não consigo. – Retruco, não estou acordada porque quero, é porque minha consciência me apavora toda vez que fecho os olhos. O Karma não discute comigo, afinal ele também não dorme há dias.

- Eu nunca quis tanto a nossa mãe quanto quero agora. – Ele conta, apoiando a cabeça no armário atrás de si. Acho que não vejo meu irmão tão acabado desde... Desde que nossa mãe morreu.

O Karma sempre foi o mais forte, o mais inabalável, era ele que permanecia são nos piores momentos. E, agora, vejo meu irmão tão ruim quanto eu, atormentado pela mesma pessoa, mas nós temos motivos diferentes.

- De que adiantaria ela estar aqui?! – Exclamo, sem entender essa vontade dele. – O que ela poderia fazer?!

- Ela teria a solução. – Responde o Karma, com o olhar perdido no teto. – Porque, sinceramente, eu não sei o que fazer...

- Droga Karma. – Digo, me levantando. – Não podemos mais ficar assim, temos que reagir.

- É fácil para você falar! – Ele dispara, focando seus olhos nos meus. – Você só tem que lidar com lembranças, não precisa fazer nada. Eu tenho que tomar uma decisão sobre o meu relacionamento, que foi construído sobre uma base de mentiras!

- Só lembranças? – Repito, sem acreditar que o Karma teve coragem de dizer uma coisa dessas. – Você tem noção de como eu me sinto? Tem noção do que significou para mim saber que ela é um garoto?! – Não consigo deter as lágrimas, o Karma é um suporte para mim, e me machuca ouvir ele fazendo tão pouco caso dos meus problemas. – Cada vez que lembro de uma vez que o Nagisa me tocou, mesmo que só um aperto de mãos, eu fico com vontade de arrancar a minha pele. É insuportável, insuportável! Aí vem lembrança atrás de lembrança, sensação atrás de sensação... Eu não consigo nem fechar meus olhos, tem noção do que é se sentir assim?!

Desmorono, sem conseguir me manter de pé.

- O Nagisa... – Escuto-o dizer, parecendo, novamente, perdido. Não faz diferença o Karma estar aqui ou não, porque ele não vai me ajudar a superar as lembranças.

Juro que, se não o conhecesse, poderia jurar que está ficando louco. Na verdade, acho que nós dois estamos ficando loucos. Não paro de ouvir sussurros e o Karma, de vez em quando, fala com o nada, mandando alguém calar a boca ou desaparecer de vez.

 

Nagasaki

 

Sonho on:

 

- Sessenta e três. – Chama a Cento e oito, me alertando. – Está na hora.

Respiro fundo e solto o Nagisa, foi bom enquanto durou.

- Você é um ótimo amigo. – Afirmo, dando meu maior sorriso a ele. – E foi ótimo enquanto durou, mas agora é a hora do adeus.

- Adeus? Como assim? – Ele questiona, enquanto eu saio da cama.  

- Eu vou sentir sua falta. – Conto, fechando os meus olhos.

 

Nagisa

 

Sonho on:

 

A Nagasaki, do nada, some da minha frente. Encaro espantado o lugar em que ela estava antes, até que percebo que sua amiga continua aqui.

- Se ela não está aqui... – Sussurro, olhando um pouco assustado para a garota. – Como você está aqui?!

- Aleluia! – Ela exclama, levantando as mãos. – Até que enfim você percebeu!

- Você não é fruto do subconsciente dela. – Afirmo, bastante apavorado. – Você é real, assim como eu e ela.

- Não exatamente. – Ela me corrige, se sentando na beirada da cama. – Vocês estão vivos, eu não.

Eu estou falando com uma morta, isso não pode ser normal.

- V-Você está m-morta?! – Indago, dizendo meus pensamentos em voz alta.

- Sim. – Ela responde, na maior naturalidade. – Me suicidei três anos atrás.

- Meu Deus... – Murmuro, tapando a boca. Aquela cena em que ela se suicida não foi um pesadelo da Nagasaki, foi uma lembrança.

- Vou explicar o que acabou de acontecer, porque sei que é isso que ela gostaria que eu fizesse. – Conta a menina, que fala devagar e pausadamente. – Enquanto você não aparecia, ela aprendeu a controlar melhor esse sonho. Para a sua proteção, ela se isolou em uma parte de seu próprio cérebro, onde você não pode alcançá-la, nem eu.

- Minha proteção?! – Exclamo, não acho possível a Nagasaki me machucar.

- Não faça perguntas. – Ela rosna, me fazendo dar um pulo com sua repentina mudança de humor. – Você não sabe o sacrifício que ela está fazendo ao se isolar, sozinha, nas suas próprias memórias.

- Se você está morta... – Começo, tentando entender, agora, a presença dela. – O que diabos está fazendo aqui?!

- A sessenta e três nunca sonhou. – Ela conta, acho que a Nagasaki já tinha me contado sobre isso. – Então, depois que morri, nunca consegui falar com ela.

- Você veio aqui vê-la. – Afirmo, sem entender o motivo dela estar na minha frente. – Vocês já se viram, já botaram o papo em dia... Por que não vai embora?!

- Está com medo? – Ela me provoca, mas a verdade é que estou. – Eu não vou embora, não agora que reencontrei ela.

- E o que eu tenho a ver com isso?! – Interrogo, sem entender o motivo dessa conversa.

- Tudo! – Ela responde, sem explicar nada. – A morte pode ser entediante... Então eu pretendo ficar com você e com a sessenta e três.

- Você não pode assombrar só a sua amiga? – Peço, a última coisa que preciso é sonhar com uma morta.

- A sessenta e três gosta de você, então eu vou ficar de olho em você, para garantir que não a machuque ou magoe. – Ela diz, acho que ela, futuramente, pode me trazer complicações. – Então... Shiota Nagisa, certo?

- Sim... – Confirmo, percebendo que não sei seu nome. – E você?

- Konishi Tomiko. – Ela responde, esse nome não me é estranho...

- Puta que pariu! – O palavrão me escapa, foi impossível segurá-lo em uma situação dessa. – Konishi?!

- É surdo?! – Ela retruca, seu temperamento é completamente diferente do da Nagasaki. - KONISHI TOMIKO.

- Konishi Kimi. Conhece? – Indago, pode ser só coincidência, existem pessoas que não são parentes e tem o mesmo sobrenome.

- Infelizmente, sim. – Conta, seu tom demostrando que o assunto não a agrada. – É a princesinha da minha irmã mais velha.

- Sua irmã tem sérios problemas comigo. – Relato, lembrando do incidente da igreja. – Ela tentou me matar recentemente.

- Isso é impossível. – Rebate a Konishi, certa de suas palavras. – Minha irmã está morta. Eu fiquei com tanta vontade de mostrar pros meus pais que a princesinha deles foi parar no inferno e eu, a problemática da família, acabei no céu.

- Pelo visto, você e sua irmã não se dão muito bem... – Conto, receoso em como pode ser o relacionamento delas duas. – Sei que não tem muito a ver, mas... Você, realmente, se suicidou na frente da Nagasaki?

- Sim. – Ela confirma, me lançando um olhar fúnebre. – Entende por que eu estou aqui? Por que estou de olho em você? A sessenta e três é sensível, ela já presenciou muitas coisas, coisas que abalaram o psicológico dela.

- E eu posso fazer algo para ajudá-la? – Questiono, eu queria muito achar um jeito de ajudar a Nagasaki.

- Por enquanto, você só precisa se manter vivo. – Ela conta, deitando na cama. – É isso que ela quer, a sessenta e três quer que você fique vivo.

- Você não vai me contar nada sobre o passado de vocês, certo? – Indago, sem esperanças de entender.

- Eu não deveria contar... – Ela começa, se sentando novamente. – Mas, tecnicamente, eu posso contar algumas coisas. Vou deixar uma coisa bem clara, sou um espirito mensageiro, o que me permite contar coisas que outros não podem, porém eu também tenho limites.

- Eu aceito saber qualquer coisa. – Confesso, se ela só me contasse o verdadeiro nome da Nagasaki, já estaria bom.

- Ela nunca conheceu os pais. – Ela diz, sem me dar tempo de processar a informação. – Aos três anos, quase morreu de hipotermia ao cair em um lago. Durante toda a sua vida, eu fui sua única amiga. Eu tentei matá-la duas vezes, uma afogada e outra enforcada. A sessenta e três é uma curandeira desde muito nova, ela já salvou muitas pessoas. E quase todas as pessoas que conhecem ela a odeiam... Por isso que eu era sua única amiga.

- Curandeira? Tipo médica? – Interrogo, tentando processar como uma garota que salva vidas pode ser odiada.

- Médicos tem formação, ela não tem nenhuma. – Explica a Konishi, achei que curandeiro fosse algo que só existisse nos livros. – Ela, simplesmente, começou a aprender sozinha. O que a sessenta e três faz é quase milagre!


Notas Finais


Nagisa: AKABANE KARMA, CADÊ OS MEUS BISCOITOS?!

Karma: Q-Que biscoitos? *Esconde os biscoitos atrás das costas*

Nagisa: OS MEUS BISCOITOS!

Karma: Sei de nada não...

Nagisa: Se eu descobrir que foi você quem comeu, se considere morto -3-

Karma: C-Certo...

~ Alguns minutos depois ~

Karma: AKI, VEM AQUI!

Aki: O que foi Karma?

Karma: NAGISA, VEM AQUI *Bota os biscoitos nas mãos da Aki*

Nagisa: O que... Meus biscoitos... Ninguém sai

Karma: Seus biscoitos estavam com a Aki o tempo todo

Aki: MAS FOI VOCÊ QUEM ME DEU!

Karma: Shhh, ninguém perguntou querida

Nagisa: Karma, você não deu os biscoitos pra Aki só para não levar a culpa, não é? '-'

Karma: Claro que não! Eu fiz o que qualquer adulto responsável faria! Botei a culpa na criança e ninguém vai sair ferido u.u

Nagisa: O que eu faço com você Karma... ?

Karma: Dá um beijinho :3

Nagisa: Não '-'

Co-autora: E foi isso pessoas!
A palavra de hoje é "Zluplodis"
Kissus


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