1. Spirit Fanfics >
  2. A base de mentiras >
  3. Julgamento

História A base de mentiras - Julgamento



Notas do Autor


Olá pessoa! Como estão?

Serei o mais breve possível, pois não tenho tempo. Estou viajando e só cheguei em casa agora, passei o dia inteiro fora. Estou morta de cansaço, a bateria do meu notebook está acabando e minha mãe está me obrigando a ir dormir, por isso que esse capítulo não tem foto nem nota final.
Prometo que, amanhã a tarde, eu responderei os comentários do capítulo anterior.

Boa leitura!

Capítulo 214 - Julgamento


Nagisa

 

Estou cansado disso, está mais do que na cara que a Gina está escondendo muita coisa. Quero entender o que acabou de acontecer, quero saber como meu melhor amigo e minha prima se conhecem, algo me diz que é culpa dela ele estar preso.

- O que quer que eu diga? – Ela retruca, limpando as lágrimas rapidamente.

- Você diz que não é uma serpente, mas seu amigo parece falar outra coisa. – Respondo, sempre tive um pé atrás quanto a esse assunto, a Gina sabe muita coisa. – Sinto muito por isso.

Dou uma cotovelada na sua nuca, forte o suficiente para fazê-la desmaiar. Fico um pouco arrependido quando vejo-a inconsciente, mas esse é o único jeito deu arrancar respostas dela.

Levanto da cama e saio do quarto, tomando o cuidado de trancar a porta, porque eu não tenho ideia de quanto tempo ela ficará desacordada.

- Eu preciso de uma corda. – Falo, assim que me encontro com o Karma, vou precisar da ajuda dele. – Uma cadeira e, para casos extremos, uma faca.

- Quem você vai torturar?

Esperava que essa pergunta fosse feita pelo Karma, mas quem a faz é uma garotinha que, aparentemente, estava brincando com o ruivo. Visto as pessoas que ainda estão no apartamento, essa só pode ser a filha da Gina.

- Ninguém. – Respondo, não posso contar para a criança que irei interrogar sua mãe, isso pode ser traumatizante.

- Mentira! – A garota exclama, cruzando os braços. – Eu sei o que se usa em torturas, e você vai torturar alguém.

Não sei o que eu esperava de uma criança criada pela Gina, mas eu devia ter previsto que a menina seria assim. Pensando bem, ela pode ser útil, talvez eu consiga respostas para as minhas perguntas através da filha dela, portanto não irei precisar interrogar minha prima.

- Você é mesmo inteligente. – Afirmo, me ajoelhando na sua frente, ficando mais baixo que ela. – Qual seu nome?

- Cho. – Ela conta, acredito que seu nome completo deva ser Sasaki Cho. – Qual o seu?

- Eu sou Shiota Nagisa. – Revelo, sorrindo para ela, que retribui meu sorriso. – Quem te ensinou essas coisas?

- Minha mãe e meu pai. – A garotinha fala, trazendo-me a dúvida de quem seria o seu pai, essa será minha próxima pergunta. Porém, antes que eu tenha a chance de abrir a boca, sinto uma mão no meu ombro.

- Nagisa, podemos conversar um minutinho? – O Karma pede, e eu acabo tendo que ceder, pois sei o que ele quer falar. Saímos da sala e entramos na cozinha, onde a menina não pode nos ouvir. – O que está fazendo?!

- Estou conversando. – Respondo, me fazendo, propositalmente, de desentendido.

- Não, você está interrogando uma criança. – Ele rebate, utilizar essa palavra torna tudo pior, trás uma impressão errada.

- É melhor eu perguntar de forma gentil para uma criança do que torturar minha prima. – Afirmo, logo os olhos do ruivo se arregalam, acho que fui muito direto.

- O que você fez com a Gina?! – Ele exclama, é tão irritante essa preocupação excessiva que ele tem com ela.

- Nada, eu só a apaguei com um golpe. – Digo, o Karma parece ficar ainda mais preocupado, o que não faz nenhum sentido. – Ela está bem.

- Por que você fez isso?! – Ele continua exaltado, me botando como o vilão da história. – Tem noção do que você pode ter feito?! O corpo dela é tão frágil que você pode ter comprometido os...

- Os? – Indago, querendo que ele continue, mas o ruivo ficou mudo. – Os o que?

- Sua prima não está escondendo nada.

- Como você sabe? – Desafio, nós não podemos afirmar isso. – Ela caiu, literalmente, do nada! Não sabemos nada sobre ela e, mesmo assim, decidimos confiar cegamente! Eu não quero mais fazer papel idiota quando já está óbvio que a Gina está escondendo algo!

- Isso é...

- Eu não estou fazendo nada demais! – Exclamo, interrompendo-o antes que possa terminar. – Só vou fazer algumas perguntas para uma criança, nada demais.

Ele fica me encarando, como se estivesse decidindo o que fazer. Por fim, ele sai da minha frente, cedendo.

- Eu estou com você. – Ele conta, por essa eu não esperava. – Mas com uma condição, você não encosta um dedo na Gina.

- Tá. – Digo, não é como se eu quisesse torturar minha prima. – Só pra saber, quando eu pedi sua ajuda?

- Não pediu, estou fazendo uma gentileza. – Ele responde, saindo da cozinha. – E eu também queria fazer algumas perguntas, existem coisas que eu gostaria de saber sobre a Gina.

Primeiro ele me impede, depois decide fazer o mesmo que eu, acho que nunca entenderei o Karma. Voltamos pra sala, onde a Cho continua sentada na cadeira de rodas.

Sento-me no sofá a sua frente, ao lado do Karma, que me entrega um bloco e um lápis. Iria recusar, mas percebo que é uma boa ideia anotar tudo que for importante, assim teremos uma prova.

- Sua mãe é a Gina. – Afirmo, mesmo assim a menina confirma. – E quem é seu pai?

- O papai se chama Shiro. – Ela responde, agora preciso saber quem é Shiro.

- E você sabe como eles se conheceram?

- Eles são irmãos, então devem se conhecer desde que nasceram. – A garotinha conta, sua fala sai com tanta naturalidade que demoro para processar.

- Espera aí. – Peço, contendo uma risada de nervoso. – Eles criam você juntos ou são um casal?

- Os dois.

A Gina tem um caso com o irmão, só queria entender porque não posso ter uma família normal. Ela tem um caso com o irmão e estava namorando o Hibiki, a Gina traía os dois ao mesmo tempo.

- Onde está o seu pai? – O Karma indaga, tomando a minha frente, o que me dá mais tempo para me recuperar dessa informação.

- Em casa. – Ela diz, atraindo minha atenção, pois as histórias não batem. Minha prima disse que não sabia onde estava o irmão, já a filha está contando que ele está em casa, e criança, geralmente, não mente.

- Onde vocês moram? – Falo, preparado para anotar o que ela responder.

- Na praia. – A Cho informa, e eu não esperava por isso.

- Uma casa na praia?

- Não. – Ela nega, sorrindo. – Moramos debaixo do mar!

Agora deve ser imaginação infantil, porque não tem como morar debaixo d’água. Mesmo que essa parte seja mentira, ainda acredito que eles morem em uma casa de praia, isso explicaria a resposta dela.

- E você sabe o nome da praia? – Pergunto, seria mais fácil se morassem em uma rua, assim era só jogar o nome na internet e descobrir onde fica.

- Não.

Abaixo o bloco e o lápis, solto um longo suspiro, pensei que seria mais fácil.

- Cho, você já foi pra escola? – O Karma questiona, recebendo um aceno positivo dela. – E você gostou?

- Mais ou menos. – Ela conta, com um rostinho triste. – Eu não tinha muitos amigos, era difícil chegar na minha sala.

- Por que?

- Só tinha escada. – A garota responde, me lembrando da cadeira de rodas. – Então meus pais resolveram me tirar de lá.

- E você se lembra do nome da escola?

- Por que querem saber? – Ela indaga, acho que estamos deixando-a desconfiada com tantas perguntas.

- Porque eu tenho uma filha, e queria botá-la em uma escola. – Minto, quer dizer, não é completamente uma mentira, afinal eu, realmente, possuo uma filha. A Cho demora, mas acaba contando o nome da escola.

Anoto rapidamente, se dermos sorte, conseguiremos descobrir o endereço apenas pelo nome da escola. Ele tira o bloco das minhas mãos, antes que eu reclame, percebo que o ruivo segura um celular, provavelmente irá pesquisar.

- Ela é uma boa mãe? – Pergunto, eu não consigo olhar para a Gina e ver uma garota responsável, capaz de cuidar de uma criança indefesa.

- A melhor do mundo! – Ela exclama, mas isso é suspeito vindo dela, afinal toda criança diz que sua mãe é a melhor do mundo. Menos eu, eu nunca fui capaz de falar que minha mãe é a melhor, porque eu sei que isso seria a maior mentira que eu contaria. – Eu amo muito ela! E ela também me ama!

- Acho que é esse lugar. – O Karma conta, me entregando o celular. – Mas essa escola fica em outro estado, elas não devem morar por aqui.

Tento me concentrar na foto, mas ela está estranhamente embaçada. Por mais que eu tente, não consigo focar nela. As cores, aos poucos, também começam a se embaralhar, até que tudo fica escuro.

 

Memória on:

 

- Nagisa. – Ela me chama, cutucando-me. – Acorda Nagisa.

Eu não estou dormindo, não consigo dormir, mas quero fazê-la acreditar que estou dormindo, pois a última coisa que quero é vê-la.

- Anda Nagisa, acorda! – A Miko quase grita, a única coisa que deve ter a impedido de gritar é o fato da minha mãe estar dormindo em outro quarto. – Seu chato, eu sei que você já acordou e está me ignorando!

Me dou por vencido e abro os olhos, dando de cara com seu rosto, quase colado ao meu. Ela se afasta, indo até o interruptor e acendendo a luz, fazendo-me fechar os olhos novamente.

- Apaga isso. – Reclamo, além de obrigar-me a abrir os olhos, ela ainda liga a luz. – Está muito claro.

- Se acostuma, porque preciso que veja uma coisa. – A Kamiko avisa, acabo por sentar na cama, assim a luz não vem diretamente nos meus olhos. Abro-os e forço-os a ficarem abertos, com o tempo consigo me acostumar.

- O que foi? – Interrogo, assim que já consigo enxergar.

- Toma. – Ela diz, botando uma caixa nas minhas mãos. Fico confuso, sem saber o que é isso. – Só vê se é o certo.

Pelo jeito que está vestida, parece que ela saiu, e deve ter sido para comprar o que está nas minhas mãos. Olho pra caixa, viro-a até encontrar um nome nela.

- Como? – Balbucio, incrédulo do que está nas minhas mãos. Abro correndo a caixa, tirando de lá um frasco.

- Eu ouvi a discussão de vocês dois. – Ela conta, se sentando na cama. – Já que a culpa era minha, eu tinha que te compensar de alguma forma.

- A culpa não é sua. – Nego, decidindo parar de ser idiota, eu não deveria estar evitando-a, muito pelo contrário. Abraço-a com força, prendendo as lágrimas. – Obrigado, muito obrigado.

- Você está bem? Anda muito estranho ultimamente. – Ela observa, ainda bem que não sabe o motivo, não precisamos de três pessoas surtando nessa casa, a Kamiko não precisa saber de nada. – Está se afastando de mim... Eu fiz alguma coisa?

- Não, você não fez nada. – Afirmo, preparado para lhe contar uma meia verdade. – Em parte, a culpa foi da ausência disso. – Levanto o frasquinho e o sacudo, provocando um pequeno ruído. – Mas eu também queria ficar um pouco sozinho para... Pensar.

- Eu queria saber o que é isso. – Ela conta, tirando-o de minhas mãos. – Eu sempre vi você tomando, mas você só me contou dos antidepressivos que sua mãe te obriga a tomar, nunca falou nada sobre esse.

Fico vermelho, acho que vou ter que explicar pra ela sobre isso, mas é um assunto que me deixa envergonhado.

- É um remédio psiquiátrico. – Conto, pegando o frasco novamente. – Diferente dos antidepressivos, esse, realmente, faz diferença, eu preciso tomá-lo.

- E por que nunca me contou?

- Você pensaria que eu sou maluco. – Sussurro, eu já tenho tão poucos amigos, tenho muito medo de perdê-los caso descubram do remédio. – Na verdade, eu sou mesmo, senão eu não precisaria tomar remédio psiquiátrico.

- E daí se você é maluco? – Ela indaga, sorrindo. – Você continua sendo meu irmão, e meu amigo. Pode contar comigo para qualquer coisa porque, se depender de mim, você não fica sem o remédio.

- Como você conseguiu comprá-lo? – Pergunto, esse remédio é muito caro, acho um absurdo seu preço. Eu preferia que ela parasse de comprar os antidepressivos e comprasse somente esse, porque eu não tenho depressão. Mesmo assim, ela ainda não teria dinheiro para comprar esse remédio, os gastos extras que minha mãe está tendo com a Miko e o advogado não permitem. – Esse remédio custa os olhos da cara!

- Então, eu nunca disse que comprei. – Ela diz, mais baixo que das outras vezes. Assimilo o que disse, se ela não comprou, só existe um jeito da Miko ter conseguido esse remédio.

- Você roubou?! – Exclamo, entregando o frasco para ela. – Pode devolver, você vai ficar encrencada quando derem a falta do remédio.

- Você precisa dele. – Ela retruca, empurrando de volta para mim. – Duvido que sintam falta de apenas uma caixa e, mesmo se sentirem, eles não têm como chegar até mim.

- Tudo bem, eu fico com essa caixa. – Afirmo, acho que não dá para voltar atrás. – Mas eu não quero mais que você roube, estamos entendidos?

- Vai tomar agora? – Ela questiona, não respondendo minha pergunta anterior. – Se for, eu pego um copo com água.

- Não, eu não posso tomar. – Respondo, levantando da cama e botando-o sobre a cômoda. – Por mais que eu precise estar na minha melhor forma mental amanhã, eu tenho horários certos para tomar esse remédio. Se eu tomar agora, todo dia terei que acordar de madrugada para tomar.

- É um comprimido por dia?

- Não. – Nego, há muito tempo não é mais assim. – O indicado é tomar um a cada vinte quatro horas, mas eu tomo um a cada doze horas, claro que com permissão médica.

- Você toma esse remédio há muito tempo?

- Desde que me entendo por gente. – Conto, na minha memória mais antiga, eu já tomava esse remédio. – O médico diz que daqui há, mais ou menos, um ano, eu poderei parar de tomar esse remédio, mas eu duvido. Uma semana sem ele e eu já estava quase surtando.

Volto para a cama e me deito, sem saber o que mais fazer, não tenho nada para conversar com a Miko.

- Ei Nagisa, o que você tem de tão importante para fazer amanhã? – Ela indaga, deixando-me imóvel, não esperava que fizesse essa pergunta. Agindo por impulso, deito de lado e viro as costas para ela, voltando a ignorá-la. – Não, você não vai continuar com isso!

Ela me puxa, tentando fazer-me encará-la, mas eu me agarro com força no colchão.

- Achei que tinha parado com isso. – Ela lamenta, com a voz embargada, parando de me puxar. – Pensei que voltaria a falar normalmente comigo, mas não, você vai continuar me ignorando.

Não cedo, não viro e não falo porque, se eu fizer isso, a Miko insistirá nesse assunto e, uma hora, eu não vou aguentar guardar segredo.

- Pelo menos me diz o que fiz para me tratar desse jeito! – A Miko pede, a angustia na sua voz me mata por dentro, estou torturando nós dois fazendo isso. – Só para com isso Nagisa, volta a falar comigo!

Aperto o travesseiro, tomado por diversos sentimentos e, mesmo assim, preciso forçar uma voz neutra.

- Por favor Miko, me deixa sozinho. – Imploro, segurando-me para não chorar, ela não tem noção de como tudo está desmoronando.

- Vocês estão escondendo algo de mim. – Ela afirma, não queria que fosse tão óbvio. – Seja lá o que for, sei que é importante, pois sua mãe até comprou uma roupa de garoto pra você... Se o problema for esse, eu paro de perguntar sobre isso! Só fala comigo Nagisa, eu não aguento mais!

- Promete que não fará perguntas?

- Prometo. – Ela garante, e é apenas dessa promessa que preciso para me jogar em seus braços, chorando. – Na-Nagisa?! Por que está chorando?!

- Se-Sem per-perguntas. – Gaguejo, abraçando-a com força, tenho medo que a Miko, simplesmente, suma. – Só me a-abraça.

Ela acata meu pedido e retribui meu abraço, me fazendo perceber o precioso tempo que perdi. Nas últimas duas semanas, eu afastei-a de mim, pois pensei que seria mais fácil assim. Mas não foi, eu só acumulei meus sentimentos e, na véspera do dia mais importante da minha vida, eu estou fragilizado, tanto pela ausência do remédio quanto pela falta dela.

- Você precisa dormir. – Ela diz do nada, separando o nosso abraço, contra minha vontade. – Eu sei que você tem que acordar cedo, não é?

Confirmo, mas será impossível dormir, não consigo dormir há dias. Nos dias normais, o remédio me ajudava a dormir, só que hoje não é um dia normal, nunca estive tão estressado e preocupado.

- Quer um calmante? – Ela oferece, aceito na mesma hora, só vou me acalmar com remédios. A Miko sai do quarto, mas, antes, ela apaga a luz, me deixando no escuro.

Deito-me, tentando controlar minha respiração e minhas lágrimas, juntamente com meu coração que está acelerado. Por um momento, penso que posso estar tendo um ataque cardíaco, mas é só o nervosismo.

Acho que, só agora, a ficha caiu. Antes, eu não entendia a gravidade das coisas, mas agora entendo.

Eu estou brincando com a vida dela, a vida da Miko está nas minhas mãos, e ela nem sabe disso. Se eu não conseguir convencer aquele juiz, se meu depoimento não for bom o suficiente, ela vai ser mandada para o França, o último lugar que ela quer ir.  

A hipótese de nunca mais vê-la é assustadora, hoje pode ser a nossa última noite juntos. E eu me sinto horrível por dentro, fui eu que fiz a Miko ter esperanças de continuar no Japão, fui eu que propus que minha mãe a adotasse, mesmo o processo de adoção da família francesa já tendo sido iniciado.

Eu lhe dei falsas esperanças e, por minha culpa, tem um processo correndo na justiça pra decidir com quem fica a guarda dela, e o juiz quer mandá-la para a França. Sinceramente, não sei o que deu em mim quando pedi para falar no tribunal, é pressão demais para mim, ainda mais sem meu remédio.

Estou com medo, estou com medo de não convencer o juiz e, principalmente, de falar alguma coisa errada, agir impulsivamente em um momento decisivo por culpa da minha maldita cabeça que precisa de um remédio para funcionar direito.

 

Flashback off:



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...