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História A base de mentiras - Bonequinha de porcelana - Parte três



Notas do Autor


Oiiii pessoal! Como estão?

Bem, não tenho nada para falar por aqui (que novidade -_-)

Boa leitura!

Capítulo 229 - Bonequinha de porcelana - Parte três


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Bonequinha de porcelana - Parte três

Nix

 

- Não sei o que deu em vocês dois, mas precisam voltar nesse momento. – Uma voz interrompe a minha confissão, é impossível ela estar aqui, Hades trancou os portões.  

- Onde você está?! – Pergunto de forma irritada, não poderei continuar com a Afrodite, de alguma forma, nos observando e ouvindo.

- Espelho. – Ela diz, fazendo-me notar um espelho que tem no quarto, e lá está a Afrodite. – O que vocês foram fazer na Terra?

Quando estou prestes a lhe contar uma mentira, escuto um barulho vindo do espelho, o que significa que ela não está sozinha.

- O que foi isso?

- Era melhor ter perguntado o que está acontecendo. – Ela me corrige, para Afrodite pedir minha ajuda, uma coisa muito absurda deve ter acontecido. – O probleminha tem um nome, um nome bem conhecido por todos nós.

- Annelise. – Suspiro, talvez seja por isso que ela me veio à mente, era um pressentimento.

- Sim, volte e dê um jeito de controlar essa situação.

Sua imagem some do espelho, logo ele me encara, procurando explicações. Entendo como deva estar, mal conto para ele sobre a existência de outra filha nossa e Afrodite já aparece dizendo que temos um problema com ela.

- Annelise é o monstro que criamos. – Falo, queria evitar usar essa palavra para descrevê-la, mas preciso que Hades me entenda perfeitamente. – Ela é algo... Incontrolável.

- Até parece, você, Afrodite e Artêmis não conseguirem controlar uma única garota. – Ele ri, porém acaba parando quando continuo séria, isso não foi uma piada. – Está falando sério?

- Annelise e Selíni foram criadas juntas, para serem irmãs gêmeas idênticas. – Começo, foi assim que tudo teve início, nosso primeiro progresso em relação as crianças. – Até aquele momento, não tínhamos conseguido fazer nenhum deles sobreviverem ao parto. O problema era sempre o mesmo, o DNA de deuses em um corpo humano, que atacava a criança e a matava por considerá-la um intruso ou ameaça.

- Não entendo como conseguiram fazer o que fizeram.

- Nem eu sei. – Confesso, foram séculos de tentativa, erros e aperfeiçoamentos, até chegarmos ao presente. – Então, nós paramos de ir atrás de mulheres aleatórias. Fomos atrás de mulheres que tiveram ancestrais... Bem, que tivessem algum parentesco conosco, porque tanto eu, quanto Afrodite e Artêmis tivemos parentes humanos. Minha mãe por exemplo, ela era humana. E, por incrível que pareça, a família Shiota tinha descendência de nós três.

- Foi o cenário perfeito para fazê-las nascerem. – Ele comenta, e realmente era, só que ainda não estava perfeito.

- A combinação ainda era muito divergente, só possibilitando o nascimento de um herdeiro meu. – Afirmo, volto a falar antes que faça qualquer pergunta. – Só uma filha da morte conseguiria sobreviver, mas já estava perfeito. Isso aconteceu no final do século XIX.

- Século XIX?! – Ele quase grita, mas deve se lembrar há tempo que Selíni está dormindo ao nosso lado. – Como ela pode estar viv... Melhor, como ela pode ter doze anos se nós estamos no século XXI?!  

- Porque não botamos as irmãs juntas, seria provocar a nossa sorte. – Digo, mal sabíamos se uma conseguiria sobreviver, gêmeas era certo que daria errado. – A Annelise foi, mas a Selíni não. Se desse certo, faríamos a mulher engravidar logo em seguida de Selíni.

- Se não nasceram juntas, não são gêmeas.

- As almas delas foram criadas juntas e se espelhando uma na outra, são sim gêmeas. – Retruco, e eu tenho até como provar. – Queríamos que um de meus herdeiros fossem um Deus da Morte, e isso só é possível em caso de gêmeos.

- Se o objetivo é usá-los em uma guerra, por que criar uma Deusa com o mesmo poder que o seu? – Ele questiona, não é uma má pergunta, afinal Hades é leigo quando se trata do meu poder.

- Porque eu só tenho metade do poder total da morte. – Revelo, a morte é muito mais poderosa do que eu. – Uma Deusa não pode possuir a morte, é algo muito forte para ficar sob a responsabilidade de uma única Deusa. Eu e Nyx éramos a morte, éramos as Deusas mais poderosas quando estávamos juntas. Quando ela morreu, sobrou apenas a minha metade. E, numa guerra, precisaríamos da morte completa, só conseguiríamos isso com gêmeas.

- Tá, mas... O que deu errado?

- A mistura genética que fizemos deu muito errado. – Respondo, foi isso que nos quebrou com Annelise, ela foi a maior burrada que fizemos. – Nossa intenção era fazer as duas nascerem, viverem uma vida normal, casarem, terem filhos e morrerem. Guardaríamos a alma delas novamente, até termos terminado de fazer os outros. Nesse tempo, os filhos delas teriam filhos, que teriam outros filhos, assim a combinação genética da receptora seria muito parecida com a nossa, permitindo o nascimento de todos eles.

- Como assim a mistura genética?

- Colocamos na Annelise e na Selíni oito DNA’s, sendo que o normal é dois e os que criamos depois possuem entre cinco e quatro. – Digo, fazendo-o engasgar, não me pergunte com o que. – Precisávamos que seus netos fossem compatíveis com todos nós, então elas precisavam carregar um pouco do DNA de cada. A combinação da Annelise ficou, mais ou menos, assim: 10% da Afrodite, 10% da Artêmis, 10% de Apolo, 10% de Ares, 30% do meu, 25% do seu, 2,5% da mãe humana e 2,5% do pai humano.

- Certeza que são nossas filhas? Podem ser de qualquer um deles.

- São nossas, porque os herdeiros recebem os símbolos de acordo com a mãe, e as duas tem o meu símbolo. – Afirmo, a última coisa que me faltava era o Hades duvidar da paternidade, daqui há pouco vai pedir um exame de DNA. – Se eu sou a mãe, você é o pai.

- Certo... – Ele concorda, ainda parecendo desconfiado. – O que essa bagunça de DNA’s causou na Annelise?

- Causou um curto circuito na formação dela. – Respondo, talvez curto circuito não seja a melhor palavra, mas vai servir. – Ela nasceu com paralisia cerebral grave, algo que não esperávamos, nem sabíamos que era possível uma Deusa nascer com paralisia cerebral. Foi um... Grande fracasso, naquele momento, nosso plano foi por água abaixo. Uma garota que não conseguia falar, escutar, se mexer ou pensar, nunca poderia ter filhos.

Paro de falar, percebendo o choque de Hades, sei exatamente como é receber essa notícia do nada. Esse foi um dos maiores baques da minha vida, descobrir que minha primeira filha nasceu com paralisia cerebral.

- Nós selamos o poder dela, e esquecemos da existência dela. – Afirmo, envergonhada por tal ato, eu dei as costas para a filha que mais precisou de minha ajuda. – Nos focamos em consertar a Selíni, para que não acontecesse o mesmo com ela. Só que, no decorrer do tempo, percebemos que a Annelise fazia coisas estranhas.

- Como?

- Não tínhamos certeza se ela e Selíni seriam a morte, nós queríamos, mas não tínhamos como planejar ou saber. – Falo, por um milagre, aconteceu da Selíni ser uma Deusa da Morte, mas a Annelise não foi tão simples. – Apesar de selarmos os poderes, é quase impossível que não tenham acesso ao mínimo. É através dessas demonstrações de poder involuntárias que tentamos descobrir quais são seus poderes, e Annelise começou a demostrar poderes.

- Pelo que você disse, se a Selíni é a uma Deusa da Morte, ela também é. – Ele fala, seguindo o raciocínio lógico, porém isso não tem nada de lógica.

- Não é bem assim. – Rebato, lembrando dos sinais que nos fizeram perceber que tinha algo errado. – Mesmo não tendo consciência, ela fazia várias pequenas coisas. Abria a porta do quarto, que sempre estava trancada, mudava a cor dos lençóis, matava insetos que subiam nela e atraía passarinhos pro quarto.

- Mas essas coisas...

- Sim, são habilidades de Deuses diferentes. – Admito, citei em torno de quatro Deuses. – O que eu acabei de falar, são coisas que eu, Afrodite, Artêmis e você conseguimos fazer. Pensávamos que ela herdaria apenas meus poderes ou algo relacionado a Morte, mas colocamos uma mistura tão desproporcional e grande de DNA’s diversificados, que ela herdou os poderes de todos nós, mais poderes originais dos atuais herdeiros.

- Está dizendo que ela é como se fosse seis Deuses em uma?

- É muito mais do que isso. – Pronuncio, um criador nunca deve criar algo mais forte que si mesmo, e foi isso que fizemos com Annelise. – Ela é nós seis, e também tem os mesmos poderes da Selíni, Nagisa, Gina, Shiro, Aoi, Ayato, Ayame e Avaron. Na verdade, Annelise pode ter ainda mais poderes, pois esses são os únicos que temos certeza.

- Como alguém pode ser tão poderosa?! – Ele exclama, ela é tão poderosa que seria incontrolável, víamos ela com uma ameaça. – Se isso for verdade... Annelise é a Deusa mais poderosa que já existiu.

- Por ser poderosa, precisamos tomar... Algumas medidas. – Forço as palavras a saírem, sentindo minha garganta se fechar.

- Que tipo de medidas?

- Primeiramente... Para poder dar continuidade ao plano... No-Nós pagamos um enfermeiro para... – Nós realmente fizemos isso, hoje em dia soa inacreditável. – E-Estuprá-la e e-engravidá-la.

- Você não fez isso. – Ele nega, sacudindo a cabeça. – Não você... Não depois do que passou nas mãos do meu irmão.

- Eu estava desesperada! – Confesso, esse foi o único motivo deu ter aceitado essa loucura. – A ideia foi de Artêmis, estávamos todas assustadas! Zeus tinha acabado de matar um Deus, um aliado nosso! Se nós apenas matássemos ela, seria um retrocesso no plano, e nós precisávamos avançar!

- Como você aceitou que fizessem uma coisa dessas com a nossa filha?!

- Ca-Calma que ainda não acabou. – Vacilo, não consigo nem imaginar o que Hades irá pensar depois de ouvir a segunda parte. – Depois que o bebê nasceu, entregaram ele para os pais humanos dela. Pouco depois disso, nós tiramos ela do hospital, a levamos para um terreno abandonado e... Matamos ela em um ritual de magia negra, para prendermos ela no vazio entre os dois mundos.

- VOCÊ MANDOU nossa filha pro vazio?! – Ele começa gritando, mas desce o tom de voz ao recordar-se de Selíni. – Lá não tem nada! É uma escuridão sem fim! Por que fez isso?!

- Porque não podíamos matá-la nem deixá-la viva. – Respondo, aquela pareceu ser a única solução na época. – Como eu disse, as duas são gêmeas. Se eu eliminasse a existência da Annelise, eliminaríamos também a Selíni. Como a Selíni nunca chegou a nascer, poderíamos modificá-la até as porcentagens de DNA’s ficarem equilibradas. Caso não prendêssemos a Annelise no vazio, as habilidades dela poderiam sair do controle.

- Existe mais alguma coisa que você escondeu de mim?

- Já que você perguntou... – Pronuncio, não iria comentar nada sobre isso, só que é melhor eu ser completamente honesta, assim não criaremos mais problemas. – Quase cem anos depois, o terreno abandonado onde matamos ela se transformou numa fábrica de bonecas de porcelana. Annelise é tão poderosa que conseguiu sair do vazio e entrar numa boneca, onde permaneceu por cinco anos, até a boneca quebrar e ela ser aprisionada novamente no vazio.

- Só não entendo... Por que tinham que fazer ela ter um filho?

- Porque esse bebê teve filhos, que tiveram as irmãs shiotas. – Digo, por pior que pareça, o que fizemos deu muito certo. – Shiota Hiromi, Sasaki Izumi e Kouno Junho, todas elas são bisnetas da Annelise.

- Espera. – Ele pede, parecendo assustado. – Quer dizer, que além de ser irmã, Annelise é tataravó da Selíni e do Nagisa?

- Bem... Olhando por esse ângulo... Sim.

- Vamos voltar logo. – Ele manda de forma fria, sem olhar pro meu rosto. Concordo sem usar palavras, não esperava uma atitude diferente vinda dele. – Tchau filhinha.

Ele dá um leve beijo na testa dela, tão de leve que não chega a acordá-la. A verdade é que não quero voltar, queria poder passar a noite inteira ao lado da minha filha, como uma mãe normal faria.

Ser uma Deusa é uma droga, você perde a oportunidade de viver e presenciar as coisas mais simples da vida. Tem que tomar decisões arriscadas, cometer erros é inadmissível, porque qualquer coisa que eu faça terá impacto no resto do mundo.

A única coisa que eu gostaria, de verdade, é de ter uma cabana a beira de um lago. Lá, eu criaria meus filhos, incluindo a Annelise. Poderia ser sozinha ou acompanhada, esse detalhe não faria diferença, a única coisa que importa é que seríamos humanos e eu poderia cuidar de cada um dos meus pequenos.


Notas Finais


Nagisa: NÓS ESTAMOS RICOS!

Karma: Eu sei disso desde o dia em que nasci :)

Nagisa: Melhor, eu estou rico ^-^

Karma: Deu o golpe do baú em quem?

Nagisa: Acha que sou capaz de te trair? ;-;

Karma: Acho, ainda mais se você tiver descoberto que eu fali :')

Nagisa: Você faliu?! Co-Como?!

Karma: Acha que é fácil sustentar uma pessoa gastadeira como você? Agora estamos pobres

Nagisa: Se a culpa foi minha... Eu divido meu dinheiro com você ^-^

Karma: Não tô afim de dinheiro sujo -3-

Nagisa: EU NÃO DEI O GOLPE DO BAÚ!

Karma: Ganhou na loteria?

Nagisa: Queria, mas não :')

Karma: Meu Deus, eu sou casado com um assaltante de banco!

Nagisa: É SÓ UMA HERANÇA KARMA! EU NÃO FIZ NADA DE ERRADO!

Karma: Herança? De quem?

Nagisa: Do meu avô :3

Karma: Sinto muito pela morte dele...

Nagisa: Que morte? Ele tá vivinho '-'

Karma: Ué, então como estamos ricos?

Nagisa: É porque ele não morreu... Ainda ^-^

Karma: Sou casado com um assassino T-T

Autora: Espero que tenham gostado <3
A palavra de hoje é "Oakaved"
Kissus


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