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História A base de mentiras - Meu próprio reflexo



Notas do Autor


Olá galeraaaa! Como estão?!

Bom, eu tinha dito que não ia postar hoje, mas eu terminei esse capítulo ontem (bem mais rápido do que eu esperava) então resolvi postá-lo hoje de manhã, antes dos meus primos chegarem, para não ter que deixar de postar!

Boa leitura!

Capítulo 332 - Meu próprio reflexo


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Meu próprio reflexo

Nagisa

 

Desci pro primeiro andar, remoendo as palavras do Kaede, porém toda minha atenção se voltou para o tumulto. Parece que a casa inteira está em volta de um único ponto, e eu quero ver o que está acontecendo, porém sou pequeno e as pessoas na minha frente são mais altas que eu.

Tento abrir passagem entre o pessoal e, surpreendentemente, eles me deixam passar sem dificuldade, mal preciso fazer força para entrar. Logo me vejo no centro da confusão, e a primeira pessoa que identifico é meu amigo de infância, o Hoshi.

- Nagisa. – Ele me chama de forma esbaforida, assim que seus olhos se encontram com o meu, mas ele não parece ter acabado de correr para ter falado daquela forma. – Nagisa, que bom que está aqui, eu... É...

Ele para de falar e me lança um olhar como se me pedisse ajuda, como se precisasse demais de mim, e eu fico sem entender nada. Eu ia perguntar o que está acontecendo, mas me deparo com a outra pessoa junto ao Hoshi. É a Izanami, a amiga de infância do Karma.

Revezo meu olhar entre os dois, me demorando cada vez menos na análise, chocado. Eu sabia que a amiga do Karma me lembrava alguém, o Hoshi, sempre a considerei muito parecida com ele. Mas agora, lado a lado, vejo que eles não são parecidos... Eles são idênticos.

- Vo... Vocês... Co... – Tento formular uma frase, mas, assim como o Hoshi, eu não consigo. Esfrego meus olhos, para me certificar de que não estou vendo duplicado, mas parece que estou enxergando direito, mesmo parecendo loucura.

- É, bem, eu acredito que... – Ela começa a falar, sem encarar nem ao Hoshi, a mim ou a multidão que nos cerca. – Você deve ser meu irmão gêmeo.

Fico sem palavras, assim como todo mundo parece estar, não é todo dia que uma coisa dessas acontece. Porém, apesar da surpresa, o Hoshi precisa ter uma reação, e ele tem.

- Co-Como é que é?! – Ele quase grita, a cópia idêntica dele não está calma, porém não parece tão perdida quanto o Hoshi e o resto de nós.

- É... Bem, eu sou Izanami, sua irmã gêmea. – Ela praticamente repete a informação anterior, sem explicar nada, e eu também quero uma explicação. Fui vizinho do Hoshi até nossos seis anos, e ele nunca teve uma irmã gêmea, sempre foi apenas ele. – Acho melhor discutirmos isso em particular.

- Não, eu quero uma explicação aqui e agora. – Ele nega seu pedido, minha curiosidade agradece por isso. – Que história é essa de irmã gêmea?

- Deixa eu tentar te explicar... Qual seu nome?

- Hoshi.

- Hoshi, ao que parece Hoshi, seus pais nunca falaram de mim.

- Meus pais? Primeiro fala que é minha irmã gêmea, depois diz que os pais são só meus? – Ele interroga, como se estivesse quase explodindo, não deve estar sendo fácil para ele digerir tudo isso.

- Não é isso, é... Droga, realmente nunca pensei que fosse me encontrar com você. – Ela fala, a parte final saindo quase como um murmúrio, porém estou tão perto que consigo ouvi-la. – Quando eu... Quando nós éramos pequenos, pessoas boas, pessoas que eu considero como meus pais de verdade, me levaram pra longe porque... Você deve acreditar que sua mãe e seu pai são pessoas boas, bons pais, m...

- Bons pais?! Bons pais?! – O Hoshi exclama, se dobrando de tanto rir, e eu acho que parte desse riso é de desespero. – Eu nunca te vi na vida, você não cresceu com eles, então não se atreva a falar do que não sabe.

A risada dele cessou, dando lugar aquele tom sombrio, ameaçador. O tom que faz eu me arrepiar todo, ele não falava desse jeito quando éramos pequenos. Mas, em parte, entendo sua raiva, chamar os pais dele de bons pais é o mesmo que chamar minha mãe de boa mãe.

- Que seja, é até bom que você saiba que eles não são boas pessoas, assim vai ficar mais fácil. – Ela afirma, não sei bem se fala com ele ou consigo mesma. – Seus pais tentaram me matar, eles fizeram essa cicatriz no meu rosto, só porque eu não era um menino, e sim uma menina nascida num corpo errado.  Alguns amigos deles, os que eu considero como meus pais, viram como eles me tratavam e me pegaram, me levaram pra longe deles e me criaram até o dia em que morreram, fim da história, é por isso que nós não nos conhecíamos.

Tento processar essa informação, fico tão concentrado nisso que mal percebo quando o Karma surge ao meu lado, acho que ele também está meio que envolvido nesse assunto, só que do lado oposto ao meu.

- Sabia disso? – Sussurro para meu ruivo, sem o olhar.

- Iza me contou, há muito tempo atrás, sobre ter um irmão gêmeo... Mas eu não sabia que era esse cara. – Ele nega, cochichando em meu ouvido, acredito que ninguém além de nós mesmos está nos escutando. – Isso é muito louco, nossos melhores amigos na infância são irmãos gêmeos?!

Dou um aceno positivo, concordando com tudo que o Karma disse, principalmente na parte da loucura. Nossos melhores amigos quando crianças são irmãos gêmeos, nós fizemos aula de luta na mesma academia, minha primeira namorada foi a irmã adotiva dele, minha melhor amiga é a irmã adotiva dele. Isso é muita loucura, é como se cada parte de nossas vidas estivessem interligadas de alguma forma.

- Você viveu, durante mais de dez anos, sabendo da minha existência e, como minha irmã, nunca sequer se preocupou comigo? – Ele pergunta, sua voz não possuí mais aquele tom sombrio, mas ainda me arrepia, sua calma me causa estranhos calafrios.

- Por que eu me preocuparia com você? – Ela retruca, e suas palavras são frias, nem parece estar falando com o próprio irmão, parece mais estar falando com alguma pessoa indesejada. – Você era o filho favorito deles, o sortudo que nunca precisou passar nem por metade do que eu passei.

- REPETE ISSO! – O Hoshi grita do nada, me fazendo dar um salto e esbarrar no Karma, ainda bem que ele é forte, senão nós dois teríamos parado no chão. – REPETE ISSO GAROTA DOS INFERNOS! É VOCÊ QUE NUNCA PASSOU POR METADE DO QUE EU PASSEI! VOCÊ TEVE A SORTE DE SER TIRADA DO INFERNO, DE TER TIDO PAIS DECENTES E EU QUE SOU O SORTUDO?! VOCÊ É A MALDITA SORTUDA DESSA HISTÓRIA, VOCÊ E SEUS TÃO QUERIDOS PAIS FORAM EMBORA E NUNCA SEQUER SE PREOCUPARAM COMIGO! ELES AJUDARAM UMA CRIANÇA, NÃO PRECISAVAM AJUDAR A OUTRA! E VOCÊ, VOCÊ, SABENDO QUE TINHA UM IRMÃO, SABENDO COMO NOSSOS PAIS SÃO, VOCÊ NUNCA SEQUER SE PREOCUPOU COMIGO!

Eu sinto cada palavra dele doer em mim, como uma facada, mesmo eu não sendo o alvo delas. É porque, em cada palavra, eu consigo sentir a dor do Hoshi, consigo sentir exatamente o que ele sentiu durante toda a vida. E machuca, machuca saber que alguém querido passou por tanta coisa e eu nunca pude ajudar.

- Calma Hoshi. – Um garoto pede, se metendo entre ele e a irmã. Minha atenção acaba por sair toda do Hoshi e se foca no garoto, o qual eu não conheço. Ele é alto, talvez tenha a altura do Karma, e forte. Seu cabelo é curto e loiro, um loiro puxado bastante pro castanho, loiro escuro. E seus olhos, que mais parecem duas pedras preciosas, são de um rosa encantador, simplesmente a cor mais bela que já vi. – Se acalma, vamos sair daq...

- VOCÊ É A DROGA DO MOTIVO PRA TUDO QUE ACONTECEU DE ERRADO NA MINHA VIDA! – Meu amigo acusa e, num breve momento, enxergo lágrimas em seu rosto. – VOCÊ FOI EMBORA, FOI SER FELIZ, E EU TIVE QUE LIDAR COM NOSSOS PAIS! OS PAIS QUE ERAM OBCECADOS POR VOCÊ! AGORA FINALMENTE ENTENDO PORQUE ME TRATAVAM DAQUELE JEITO, É TUDO CULPA SUA!

- Está falando besteira, eles nunca ligaram para m...

- SIM, ELES LIGARAM! TALVEZ ELES SÓ TENHAM PASSADO A GOSTAR DE VOCÊ DEPOIS QUE VOCÊ FOI EMBORA, MAS ELES TINHAM VERDADEIRA LOUCURA PELA MENINA DELES! TANTO QUE ME VESTIAM COMO UMA GAROTA, COMO SE EU FOSSE VOCÊ, MUDARAM MEU NOME NO CARTÓRIO PARA UM NOME FEMININO, COMO SE EU FOSSE VOCÊ... ESSA MARCA, ESSA CICATRIZ QUE VOCÊ TEM NO SEU ROSTO, ELES TAMBÉM TENTARAM FAZER EM MIM, COMO SE EU FOSSE VOCÊ, PARA QUE EU FICASSE IDÊNTICO A VOCÊ E PUDESSE SUBSTITUIR SUA AUSÊNCIA, E ELES SÓ NÃO FIZERAM ISSO PORQUE EU FUGI E ME ESCONDI NA CASA DO NAGISA... TUDO QUE IMPORTAVA ERA VOCÊ! ISSO NUNCA TERIA ACONTECIDO NA MINHA VIDA SE VOCÊ TIVESSE SE IMPORTADO COMIGO UMA VEZ NA SUA VIDA!

Eu me lembro, me lembro desse dia que ele mencionou, quando o Hoshi chegou lá em casa aos prantos, com um corte que ia da testa até a sobrancelha, um corte profundo, mas pequeno de tamanho, tanto que hoje em dia é quase imperceptível.

Agora, as lágrimas não são poucas em seu rosto, são muitas. O garoto que eu nunca vi na vida consegue guiá-lo para fora desse centro, os outros abrem passagem para eles saírem dali. Me solto do Karma, mal percebendo que havia me abrigado em seus braços, e também saio dali, procurando por eles, mais precisamente pelo meu amigo.

Percebo que estou fazendo o caminho inverso, voltando por onde vim, porém consigo encontrá-los, encontro-os sentados na escada que eu desci instantes antes, instantes esses que parecem uma eternidade.

Sinto algo estranho com a cena que vejo, um incomodo, uma pontada forte dentro de mim. O garoto desconhecido está abraçando meu amigo, consolando-o, sendo o seu ombro amigo. E eu que deveria estar fazendo isso, eu sempre fiz isso pelo Hoshi, ele me consolava e eu o consolava.

- Q-Que raiva. – Meu amigo soluça, as lágrimas caindo sem parar pelo seu rosto, ele não nota minha presença, acho que nenhum dos dois me vê. – Que-Quero esganá-la Shiro, que-quero fa-fazer isso com e-ela e com e-eles.

Shiro. Esse nome não me é estranho, mesmo que o dono dele não me seja nem um pouco familiar, esse nome me lembra muito de algo.

- Eu te entendo Hoshi... Mas sabe que, mesmo ela tendo te deixado, ela não é a culpada pelo que você passou, os únicos culpados são seus pais. Ela não tinha como saber o que aconteceria... Ninguém tinha como saber, aposto que as pessoas que a criaram também não imaginavam que seus pais fariam tudo que fizeram com você. – As palavras saem suaves da boca do loiro, suaves demais para sua aparência, é como se as duas coisas não combinassem nem um pouco.

- Hoshi, quer que eu a mate? – Minha prima interroga, passando por mim igual um jato, nem tenho certeza se notou minha presença.

- Gina, você não está ajudando. – O desconhecido afirma, repreendendo-a de um modo que a faria voar no pescoço de qualquer um, mas ela não faz isso com ele. – Nenhum de nós vai partir para a violência.

- Por que não? Ela merece, uma irmã não deve fazer o que ela fez. – Minha prima retruca e, mesmo contrariada, ela ainda está sendo muito educada com esse garoto, de um jeito que nunca a vi sendo. – Irmãos não devem ser como ela, precisam estar do lado um do outro, sempre.

- A maioria dos irmãos não é como nós dois, são bem diferentes, somos um caso... Exótico.

Percebo, um pouco chocado, que esse desconhecido, que acabou de falar, é o meu primo, o irmão mais velho da Gina. Eu nunca imaginaria isso, até porque eles não são nem um pouco parecidos, não possuem nada em comum.

Ela é baixa, ele é alto. Ela é magra, ele é forte. O cabelo dela é claro, o cabelo dele é escuro. A pele dela é muito branca, a dele é morena. Os olhos dela são vermelhos intensos, os olhos dele são rosas-avermelhados, porém uma cor bem distinta da dos olhos dela. As feições da Gina são finas e delicadas, as dele são brutas em excesso. Definitivamente, não se parecem nem um pouco irmãos.

- Exótico? De onde você tirou essa palavra? – Minha prima questiona, porém acaba por dar de ombros antes dele responder. – Então, sem assassinato?

- Sim, sem assassinato. – Ele responde, e ela se aproxima ainda mais deles. A Gina sobe os degraus da escada, se sentando alguns acima deles, mas não muito. Ela se curva para a frente e envolve os dois em um abraço, algo que eu nunca pensei que ela era capaz de fazer.

- Já di-disse que a-amo vocês do-dois? – Meu amigo soluça, dando um trêmulo sorriso entre as lágrimas, meu coração se aperta ainda mais com essas suas palavras.

- Ei Hoshi, olha só! – O moreno-aloirado exclama, esticando sua perna por sobre as pernas do meu amigo, deixando o pé em destaque, não consigo evitar olhar para lá. E, quando faço isso, o Hoshi tem uma crise descontrolada de risos.

- Não, eu não a-acredito que es-está usando as botas ve-verdes de ne-neon! – O Hoshi retruca, divido entre as lágrimas e os risos. – Co-Como você es-está com e-elas?!

- Eu também não sei.

- Eu tinha jogado essa porcaria fora, não tinha? – Minha prima indaga, se debruçando sobre os dois para encarar as botas mais do que chamativas, parecem um semáforo de tanta atenção que atraem. – Essas botas são horríveis Shiro, você teve um péssimo gosto quando as comprou.

- Eu gosto dessas botas, não vejo qual o problema delas, e você realmente as jogou fora... Por isso, tenho certeza que não estava com elas antes. – O meu primo afirma, e eu preciso concordar com ele, eu teria visto logo de cara essa bota se ele estivesse com ela desde o início. – Eu pensei que seria legal estar com elas aqui, porque o Hoshi sempre ria quando me via com elas... E elas apareceram nos meus pés, do nada.

- Puta que pariu, e-eu não co-consigo parar de ri-rir! – O Hoshi exclama, a voz falhando, mas não por soluços, e sim pela crise de risos incessante.  – Me-Meu Deus, e-esse as-sapato... A-Até hoje não a-acredito que vo-você comprou essa co-coisa!

- Nem eu.

- Tá, ela pode ser o que for, mas consegui te alegrar com ela.


Notas Finais


"A base de verdades" por Fudanshi_Capri:

Em um bar qualquer

Naomi: Tá aqui *Entregando o sangue.

????: Perfeito *Guardando o frasco de sangue em uma bolsinha*

Naomi: Agora vamos para o assunto principal.

???a: Pode ir falando seu plano pra se livrar dela, sou toda ouvidos.

Naomi: Terá um casamento forjado entre os irmãos Watanabe e a Kay onde ela será convidada.

G??a: *Ouvindo atentamente*

Naomi: Quero que os serpentes invadam o casamento, sequestrem a kay, e quero que vcs a tratem bem. E também quero que sequestrem a Kamiko só que eu quero que vocês deixem ela viva, quero ver o rosto dela antes da tortura.

G?na: Nós, serpentes, somos contra torturar inocentes ou crianças, e vc sabe disso.

Naomi: não se preocupem, sou eu que irei torturá-la.

Gina: E o que eu ganharei com isso?

Naomi: Eu posso restaurar o seu irmão.

Gina: FEITO!


Na base dos "eles".


Nagisa: Preparados?

Karma: Não.

Akiko: '-'

Kayano: Karma!

Karma: Só estou sendo sincero.

Nagisa: De todas formas, não tem como voltar.

Akiko: Tem sim.

Kayano: Não se preocupe akiko, dará tudo certo *mentindo.*

Nagisa: De toda forma, temos que entrar.

Karma: Certo.

Akiko: Vamos antes deu me arrepender.

Kayano: Vamos entrar de uma vez.

Todos: *Entrando*

A palavra de hoje é "Natylifia"
Kissus!


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