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História A base de mentiras - Adeus



Notas do Autor


Oii genteeee! Estamos com mais um capítuloooo :3
Espero que gostem!

Capítulo 89 - Adeus


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Adeus

Karma

 

Entrar na casa dele é mais fácil do que eu esperava, nunca imaginei que ele abriria o portão para eu entrar. Sei exatamente onde ele está, por isso vou direto para o seu escritório. Entro e encontro ele sentado na poltrona, com o notebook fechado e me encarando. Sento na cadeira a sua frente, do mesmo jeito que fiz na minha última visita, que não acabou nada bem.

- Veio esfregar na minha cara que, dessa vez, você ganhou? – Ele pergunta, com uma falsa tranquilidade. Não entendo a sua pergunta, eu não fiz nada.

- Do que estamos falando? – Questiono, escondendo o máximo possível a minha confusão, acho que estou escondendo bem.

- Do seu plano, claro! Pode até ser o guarda-costas da Kayano que me traiu, mas ele não sabia o endereço do salão de festas, alguém deve ter contado para ele. – Ele explica, o que ele diz faz todo o sentido, mas, o que ele não sabe, é que eu considero a Kay uma irmã, nunca mandaria sequestrarem ela.

- Desculpe estragar a sua teoria, mas eu não coloquei um dedo nessa história. – Conto, sei que ele não acredita em mim, preciso convencê-lo de que eu digo a verdade. – O que eu ganhei com tudo isso? A Akiko e os gêmeos poderiam ter sido mortos no ataque, eu nunca exporia os três a tamanho perigo.

Sua confiança de que eu fosse o culpado vacila, ele sabe o quanto eu me preocupo com a Aki, já defendi ela tantas vezes dele quando éramos crianças e, sempre que a defendia, eu saia machucado.

- Eu não vim discutir sobre o que eu fiz ou não fiz, estou aqui por causa de negócios. – Afirmo, atraindo sua atenção, que estava dispersa nos pensamentos.

- Estou realmente curioso com que tipo de negócio você tem para fazer comigo. – Ele conta, acendendo um charuto e levando-os aos lábios.

- Eu quero te ajudar a achar a Kayano. – Digo, lembrando-me, no final da frase, de falar seu nome por completo, ao invés de usar o apelido. As sobrancelhas verdes dele se curvam, esse movimento quase uni as duas.

- Por que você iria querer me ajudar a resgatar uma garota que você odeia? – Ele interroga, já esperava por essa pergunta, por isso vou virar o jogo ao meu favor.

- Eu não quero fazer isso, mas, pelo preço certo, eu posso ajudar. – Explico, ele tira o charuto da boca e começa a rir, se reclinando para trás junto com a cadeira.

- Vou ser sincero com você, nunca o imaginei sendo um mercenário. – Ele afirma, cessando suas risadas, que conseguem ser sinistras. – Mas, o que mais me intriga, é o porque de você pensar que eu vou querer a sua ajuda, posso mandar qualquer um dos meus assassinos ir atrás dela.

Lembro do que ele disse do início da conversa, de que alguém contou para o guarda-costas onde seria o casamento, isso é perfeito para eu usar contra ele.

- Eu posso dar inúmeros motivos, mas vou falar apenas dois. – Falo, jogando a cadeira para trás e apoiando meus pés na sua mesa, em cima dos seus papeis. – Sou o melhor assassino que você já conheceu, nem adianta dizer que eu estou com a autoconfiança exagerada, porque foi você mesmo que disse isso, quando eu era menino. O outro motivo é que, alguém daqui de dentro, passou informações ao inimigo, ou seja, você ainda tem um infiltrado na sua equipe. Já parou para pensar que, se dois traidores passaram despercebidos, quantos infiltrados você tem na sua máfia?

Ele demora a responder, soltando a fumaça do charuto. Seus olhos pretos me avaliam de cima a baixo, procurando algo.

- Por que eu devo confiar em você? – Questiona o pai da Kay, ele espera pacientemente a minha resposta.

- Você não deve. – A resposta escapa rápido da minha boca, mas ainda dá para consertar a situação. – Mas, se você der meu pagamento adiantado, não terei motivos para te trair.

- Quanto você quer? – Ela pergunta, se abaixando e colocando uma bolsa enorme em cima da sua mesa, acredito que ela esteja cheia de dinheiro.

- Não quero dinheiro, eu quero os meus sobrinhos. – Respondo, colocando a cadeira na posição normal. Depois de um tempo imóvel o pai da Kayano volta a esconder a bolsa debaixo da escrivaninha.

- Só entregarei eles depois que você me trouxer a Kayano, não confio na sua palavra.

- E eu só irei atrás da Kayano depois que você me entregar os gêmeos, também não confio em você. – Retruco, batendo levemente o punho sobre a mesa, para exaltar a minha opinião.

- Eu entrego os gêmeos primeiro, mas com uma condição. – Ele explica, me deixando curioso, me inclino levemente para a frente. – Você vai ir com uma pessoa que eu escolher.

- Por mim tanto faz, se você quiser correr o risco de pôr um infiltrado na missão de resgate dela, o problema é seu. – Falo, temendo que ele me coloque junto com um traidor que, quando encontrarmos a Kay, poderá tentar matá-la. Ele sorri e coloca o charuto na boca novamente, demorando bastante para me dar uma resposta.

- Eu não sou tão idiota, a garota não faz parte da minha máfia. – Ele conta, me surpreendendo, não é o estilo dele mandar uma mulher e, ainda por cima, mercenária para uma missão importante.

- Uma mercenária? Por mim tudo bem, só me passe o endereço dela. – Peço, me levantando da cadeira, por mim acabamos por aqui.

- Na verdade, não sei se ela é uma mercenária, mas, com toda certeza, ela me surpreendeu. – Ele diz, atraindo minha atenção. Sento-me na cadeira novamente, quero saber mais dessa garota.

- Estamos falando de quem? – Falo, tentando entender onde ele teria conhecido essa garota, que foi capaz de deixá-lo surpreso, o que não é fácil.

- Estou falando da amiga da minha filha, a madrinha do casamento. Eu jurava que ela era uma garota normal, nunca imaginei que, por trás daquela aparência frágil, estava uma assassina. – Ele explica, acho que meu pensamento se perdeu de sua fala quando percebi que ele falava da Nagisa, não queria envolve-la nisso.

- Também me surpreendi com ela. – Limito-me a comentar isso, seria estranho se eu ficasse em silêncio, poderia levantar suspeitas.

- Ela parece ser uma grande amiga da Kayano, então imagino que ela não vai deixar você matar a minha filha, ou fingir que procurou-a quando, na verdade, você não fez nada. – Ele diz, estendendo-me a mão. – Temos um acordo?

Levanto da cadeira e aperto sua mão, segurando o riso, ele me colocou numa missão junto com a minha namorada, isso é hilário.

 

Nagisa

 

- Vamos logo Yuna! – Exclamo, ela entrou no banheiro para se arrumar há muito tempo e, até agora, nada dela sair.

- Calma apressado! Já estou saindo. – Ela diz, pela decima vez, mas, dessa vez, a Yuna realmente sai do banheiro. Saio da poltrona do quarto do hospital e vou para a porta, venho tanto nesse hospital que tenho medo de um dia nunca sair dele.

- Onde está a Okuda e a Rio? – Questiono, andando até a saída, com a Yuna do meu lado.

- Estão me esperando na casa da Okuda, elas estão arrumando um quarto para mim. – Ela conta, pelo visto ela vai morar com a Okuda.

- Você vai morar com a Okuda? E o tio dela deixou? – Digo, surpreso, o tio da Okuda não parece gostar de adolescentes, se bem que a Yuna é tão sobrinha dele quanto a Okuda.

- Minha irmã disse que, a princípio, ele não deixou, mas, quando me viu, mudou de ideia. – A Yuna explica, entrando no elevador que acabou de chegar.

- Por que? – Falo, sem entender nada.

- A Okuda acredita que ele mudou de ideia porque eu sou exatamente igual a minha mãe quando ela tinha a minha idade. – Ela conta, ajeitando uma parte do cabelo. – Você pode ir para lá, nós vamos fazer uma festa do pijama.

- Não posso, tenho que ir para casa, explicar o meu sumiço.

 

# Quebra de tempo #

 

Entro em casa, todas as luzes da sala estão apagadas. Acendo-as, para não tropeçar em nada. Entro no corredor, que também está com a luz apagada. A porta do meu quarto está encostada e, por uma pequena fresta, passa luz. Abro a porta, vejo o Hibiki sentado na minha cama, ele me vê no momento em que abro a porta. Ele sai da cama e vem até mim, acabando com a pequena distância que nos separava. E, numa atitude totalmente inesperada, ele me abraça.

- Onde você esteve? Eu estava tão preocupado! – Ele exclama, me soltando e me encarando nos olhos, exigindo uma resposta.

- Preocupado por que? Eu só fiquei fora por dois dias! – Exclamo, sem entender essa sua reação, não fiquei tanto tempo longe.

- Eu pensei que fosse também fosse sumir, como a minha... Esqueça. – Ele fala, só consigo distinguir o esqueça, o resto da frase foi pronunciada tão baixo que ficou impossível de entender.

- O casamento que eu fui não saiu exatamente como o planejado... Por isso fiquei dois dias fora. – Respondo sua primeira pergunta, em seguida me arrependo, não devo nenhuma satisfação à ele. – Cadê o resto do pessoal?

- A sua mãe saiu. – Ele responde, quando estamos sozinhos ele não chama a minha mãe de mãe, ainda bem, porque isso me irritava muito. Espero que ele continue, já que o Hibiki não falou nada da Gina. Como ele continua em silêncio, faço uma pergunta mais direta.

- E a Gina? Onde ela está? – Questiono, o Hibiki, lentamente, vai ficando cada vez mais branco, assim como seus olhos se arregalam.

- Ela não está com você? – Ele diz, estou com um péssimo pressentimento, alguma coisa está muito errada.

- Claro que não, por que eu levaria ela no casamento? – Pergunto, querendo que ele me explique o que está acontecendo. – Por que você pensou que ela estava comigo?

- Nagisa, a Gina desapareceu. – Ele afirma, se sentando na minha cama. Rio dele, a Gina está aqui em casa há pouco tempo, ela não conhece a cidade direito, por isso não pode ter sumido.

- Hibiki, ninguém desaparece do nada. Ela deve estar na casa de alguma amiga ou algo do tipo. – Informo, sua preocupação é exagerada, o Hibiki é muito pessimista.

- Vamos fingir que ela realmente foi para a casa de uma amiga. – Ele fala, seu tom de voz demostra que não concorda com isso. – Que pessoa vai para a casa da amiga antes das oito da manhã, não avisa para ninguém, não dá um telefonema e, ainda por cima, leva toda a roupa?

Assimilo tudo que ele disse, realmente, é muito estranho a Gina não avisá-lo, afinal eles são namorados.

- Talvez ela tenha deixado um bilhete em algum lugar da casa, igual que eu fiz quando viajei. – Sugiro, essa é a opção mais razoável. Sem nenhuma palavra nós dois começamos a vasculhar a casa inteira, cada santo centímetro desse minúsculo apartamento. Encontro um envelope de carta debaixo do travesseiro da cama da minha mãe, isso só pode ser da Gina.

- HIBIKI! ENCONTREI! – Chamo ele, que entra em segundos no quarto da minha mãe. Me sento na cama e abro o envelope, ele se senta do meu lado. Começo a ler a carta em voz alta.

- Tia, agradeço muito pela sua hospitalidade, mas não posso mais ficar com a senhora, eu preciso voltar. O julgamento do papai vai acontecer mês que vem, eu e o meu irmão queremos estar lá. Sei que, como somos menores de idade, não podemos ficar sozinhos, mas não precisa se preocupar, nós vamos ficar na casa da mãe de uma amiga minha. Por favor, não acione o conselho tutelar, nós queremos ficar aqui, na cidade onde fomos criados. Mesmo que o papai seja condenado, nós não vamos voltar. Espero que você consiga compreender o motiva da minha partida, aí não é o meu lugar. Talvez um dia eu e o meu irmão possamos ir te visitar, com muito amor, Sasaki Gina. – Termino de ler, a carta não podia me dar uma notícia melhor, ela foi embora. Olho pro Hibiki, meu sorriso some no instante em que vejo suas lágrimas. Abro a boca para consolá-lo, mas ele se levanta e sai correndo, me deixando sozinho no quarto da minha mãe. Amasso a carta e a jogo no chão, em seguida vou atrás dele. Escuto a porta do meu quarto bater, tento abri-la, mas ele deve tê-la trancado.

- Hibiki, por favor, abre a porta! – Peço, forçando a tranca, mas não consigo abrir a porta. Desisto e sento no chão, com as costas apoiadas na porta. Fecho os olhos, se eu ficar em silêncio consigo ouvir seu choro e, por algum motivo, ele me incomoda. Não tinha noção de que ele amava tanto a minha prima, fui insensível quando pensei que ele não podia amar, como eu estava errado. Eu vivia esperando o dia em que ele magoaria a Gina ou a trairia com outra, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário.


Notas Finais


Karma: *Tropeça e cai de cara no chão*

Nagisa: KARMA! Você está bem?

Karma: Meu rostinho dói ;-;

Nagisa: *Beija Karma*

Karma: :D

Nagisa: Um beijinho para sarar :3

Karma: *Abraça Nagi* Você é o melhor Nagi!

Nagisa: O-Obrigada Karma... *Cora*

Karma: Nagi, estou com sono, vamos dormir?

Nagisa: Claro!

Co-autora: E foi isso genteeee!
Se você não souber o que comentar, comente "chuva".
Kissus


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