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História A base de mentiras - Noite dos horrores



Notas do Autor


Oiiii pessoal! Como vão?!

Adoro quando meus pais decidem ocupar o computador a noite inteira sem me dar um aviso prévio... Pensei que não daria tempo de postar :')

Boa leitura!

Capítulo 379 - Noite dos horrores


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Noite dos horrores

Naoto

 

Eu tento, de todas as formas, montar o quebra-cabeça com todas as informações que sei. Mas não bate, não consigo achar nada que explique como o Raiden pode ser o pai do bebê da Kohaku. Uma única possibilidade se passa pela minha cabeça, e eu espero não estar certo.

- O Raiden... Ele... Te estuprou?

- O que? Não, ele não estaria vivo se tivesse feito isso comigo. – Ela afirma, relaxo ao ouvir isso, mas ainda não entendo como pode ser possível. – Foi inseminação artificial, lembra?

Sim, eu lembro o que Kohaku queria fazer, mas não entendo como o pai pode ser o Raiden se ela fez inseminação artificial. Na verdade, até existe um jeito, uma possibilidade quase nula de tão improvável.

- Está me dizendo que o doador foi... O Raiden? – Indago, não acreditando na minha própria pergunta. Existem milhares de doares, todos anônimos, a chance dos médicos utilizarem justamente o sêmen do Raiden na Kohaku deveria ser inexistente. Eu nem imaginava que o Raiden já tinha feito esse tipo de doação.

- Exatamente, eu descobri isso depois de subornar alguns funcionários da clínica... Antes eu não tivesse feito isso. – Ela confirma, agora está explicado o estado de nervos dela. – Ele é meu meio-irmão. Eu vou ter um filho dele.

- Ninguém precisa saber que o pai é o Raiden. – Afirmo, porque eu não tenho ideia como a Kohaku vai chegar e contar uma coisa dessas para a família inteira.

- Eu tenho que contar pra minha mãe, ela teve uma ideia e é por isso que eu fui atrás da identidade do doador. – Kohaku explica, não quero saber que ideia a mãe dela teve, tenho certeza que coisa boa não é. – Na verdade, eu... Estou com medo do que minha mãe irá pedir que eu faça caso saiba que o Raiden é o doador. Acho que ela vai se aproveitar disso de alguma forma, e eu estou no meio dessa confusão.

Antes que eu pudesse pensar em algo para dizer apenas para confortá-la, um celular começa a tocar, o celular da Kohaku. Não sei como é possível, mas ela consegue ficar ainda mais branca do que antes, eu realmente acho que ela pode desmaiar a qualquer momento.

- É minha mãe. – Ela sussurra, encarando o visor do celular com um tremor incontrolável nas mãos. E, se a Kohaku não atender, tenho certeza que depois será muito pior pra ela.

- Você precisa atender. – Incentivo, ela assente minimamente com a cabeça e se levanta da cama, acho que a Kohaku só atende a ligação quando já está fora do quarto e longe dos meus ouvidos, tendo esquecido todos os seus exames comigo.

 

Yuu

 

- Não acredito que não irá me contar. – Falo, praticamente desistindo de arrancar de Damián o nome do gêmeo sobrevivente. É um absurdo, ultrajante, ele não me contar depois de termos transado.

- Não é porque eu não quero, eu não posso te contar Yuu. – Ele retruca, porém não quero ouvir desculpas, eu quero respostas. – É política obrigatória, minha boca é um túmulo com qualquer informação que influencie drasticamente o mundo dos vivos, e te contar uma coisa dessas influenciaria em tudo.

- Então o que você pode me contar sobre eles? – Interrogo, ele é minha última fonte de informação, preciso arrancar dele tudo que sabe sobre os quadrigêmeos.

- Por quem quer que eu comece? – Ele pergunta, fazendo-me pensar seriamente nessa pergunta, já sei quem eu quero.

- Quero começar pela Nina. – Afirmo, lembrando-me que certas coisas do que ela me disse, em parte, era verdade. – Você deu uma blusa para ela onde estava escrito princesinha do papai?

- Acho que sim, há muito tempo atrás eu dei uma blusa dessas para ela. – Ele confirma, então a história da blusa era verdade, um presente antigo dado pelo padrasto que ela considerava como um pai. – Essa garota era muito chata.

- Ela mencionou um meio-irmão, parecia não gostar de um filho que você e a mãe dela tiveram. – Comento, tentando recordar o máximo possível do meu último encontro com uma Nina completamente diferente da primeira que eu conheci.

- Eu não tive filho algum com Catherine, mas acho que sei de quem Nina estava falando. – Damián conta, então essa é outra mentira dessa Nina, ela não tem meio-irmão algum. – Nina sempre teve ciúmes do Nikolas.

- Eu soube que eles não se davam bem, a Nina e o Nikolas, por quê?

- Porque eu parei de dar atenção pra ela quando conheci o Nikolas. Ela tentava chamar minha atenção de todas as formas possíveis, mas digamos que ela não conseguia me atrair como o Nikolas... Então ela vivia arrumando confusão com ele porque queria minha atenção, enquanto o Nikolas brigava com ela porque ele odiava ter minha atenção e Nina não entendia isso. – Ele explica, sei que essa atenção dele para com o Nikolas não é a atenção normal que um adulto dá para uma criança, é bem mais que isso. E, provavelmente, Nina não percebia ou era nova demais para entender do que realmente se tratava aquela atenção.

- Sobre o Nikolas... Ele gostava de música? – Interrogo, lembrando-me como a Nina trouxe o Nikolas, com fones de ouvido. Pensando agora, devido a rivalidade existente entre o Nikolas e a Nina, é muito estranho o fato dela ter saído momentaneamente de cena para que eu conhecesse o Nikolas.

- Se ele gostava? Aquele garoto vivia com fones de ouvido, até mesmo dormir ele dormia com os fones, tanto que ele desenvolveu problemas auditivos. – Informa, e essa informação que o Damián me dá é muito valiosa. É um diferencial, algo que só o Nikolas tem, um problema auditivo. – Ele era toda hora advertido pela escola por conta dos fones que usava durante as aulas.

- E quanto ao Nathaniel? – Interrogo, pensando nos dois Nathaniel que conheci. – Ele era um garoto descolado ou um nerd estudioso?

- As duas coisas, eu nunca soube diferenciar a personalidade verdadeira da falsa, então tinha horas que ele era o estudioso quieto ou o cachorro que latia e não mordia. – Explica, a segunda vez que me encontrei com o Nathaniel seria a personalidade estudiosa, mas não entendi bem o que Damián quis dizer chamando-o de cachorro que late, mas não morde.

- O que quis dizer com essa expressão?

- Nathaniel era o mais mimado, isso quando morava com a avó, então ele nunca se deu bem com as cobranças dos pais após a morte da avó. Enquanto os outros tiravam notas boas, Nathaniel era o único que tirava notas medianas pra baixo e, depois de ouvir o que Catherine disse, já deu pra você perceber que Anthony não era um homem que gostava de tratar as coisas no diálogo. – Ele fala, Anthony é o pai dos quadrigêmeos ou, melhor definindo, o corno violento. – Principalmente quando se tratava dos filhos. Então, existia as vezes onde o Nathaniel apanhava de boca calada e existia as vezes em que ele confrontava o pai. Mas é aquela história, Nathaniel era um cachorro que latia, mas não mordia, ele só ficava atrevido e provocava o pai ao ponto de tomar uma surra maior do que se tivesse ficado calado.

- Ele nunca tentou revidar? – Pergunto e Damián confirma, então foi isso que ele quis dizer ao usar aquela expressão. Uma das personalidades de Nathaniel era desafiadora, mas não passa disso, um desafio, ele nunca partiu pra algo mais agressivo. – Você disse que ele tinha um lado estudioso, como isso é possível se está me dizendo que ele tomava surras por conta de nota baixa?

- Para evitar as surras, a única coisa que ele fazia na vida era estudar. Dia e noite ele ficava com a cara enfiada em livros, mas nunca conseguiu uma nota sequer acima da média, e o pai dele não queria ter um filho mediano. – Ele conta, porém balança a cabeça de um lado ao outro, negando. – Na verdade, ele conseguia tirar notas boas em língua estrangeira, mas só nessa matéria.

- Por que, justamente, língua estrangeira? – Questiono, algo de esquisito tem para o garoto se esforçar em tudo e só ser bom em uma matéria.

- Por conta do Noah, ele tinha uma facilidade invejável de aprender idiomas diferentes, então ele ajudava o Nathaniel nessa matéria. Aparentemente Noah era um bom professor. – Ele explica, trazendo o último integrante do quarteto para a conversa. Tanto o Damián quanto o psiquiatra mencionaram a habilidade do Noah com os idiomas, ele deveria ser realmente bom, ainda mais se tiver aprendido por conta própria como eu acredito que tenha sido.

Iria perguntar sobre o Noah, mas prefiro continuar no Nathaniel, tem mais um detalhe que eu quero saber. Sei que o Nathaniel foi criado pela vó materna até os seis anos, agora também sei que ela morreu, mas o primeiro Nathaniel que eu conheci disse que a avó estava viva.

- Como foi que a vó dele morreu?

- Se não me engano, foi Alzheimer, ela parou de respirar. –Damián responde, o primeiro Nathaniel pode ter mentido sobre a vó estar viva, mas ele disse que ela tinha Alzheimer. Mais uma coisa que, de certa forma, é verdade.

- Agora vamos partir pro Noah. – Peço, dando-me por satisfeito com o Nathaniel, talvez depois eu volte para ele caso me surja alguma dúvida.

- O Noah era... O elo de ligação, ele se dava bem com todos os irmãos. – Afirma, sei que isso é verdade, ele não é a primeira pessoa que me conta que o Noah dividia seu tempo entre todos os seus irmãos. – Tinha hora que ele estava dividindo o fone de ouvido com o Nikolas, brincando de boneca com a Nina ou estudando com o Nathaniel.

- Ele tinha alguma característica marcante?

- O fato de falar todos os idiomas que você puder imaginar e... Ele era um diário ambulante. – Ele comenta, a palavra diário agora está me atraindo muito mais do que antes, porque sei que todas as minhas respostas estão nos diários.

- Um diário ambulante?

- Como ele se dava bem com os três, o Noah acabava se tornando o confidente dos três. Ele sabia de tudo que eu fazia com o Nikolas, sabia do meu caso com a Catherine... Ele sabia de simplesmente tudo que acontecia naquela casa.

- Eu diria que, com certeza, o sobrevivente é o Noah por saber tanto. Mas quem está vivo tem os quatro diários, isso faz com que possa ser qualquer um. - Suspiro, nunca estive diante de um caso tão difícil, e eu não vou desistir até ter minha resposta. – Por que o assassino foi deixar um vivo? Podia ter matado os quatro de uma vez.

- Nós tentamos. – Ele responde, passam-se alguns segundos até que minha mente processe sua fala e conecte-a com tudo que sei até agora.

- O que quis dizer com “nós tentamos”?

- Nós tentamos matar os quatro, mas algum deles sobreviveu. – Conta e dá de ombros, enquanto eu fico de boca aberta, dando-me conta de que nunca existiu assassino algum, por isso a polícia nunca solucionou o caso.

- Vocês mataram os três? – Interrogo, continuando com minhas indagações sem esperar por uma resposta sua. – Mas, se não existiu assassino algum, como vocês morreram?

- Odeio admitir isso, mas fomos mortos pelo único que não matamos. – Ele revela, então o sobrevivente não é apenas uma vítima, é também um assassino. É um assassino a sangue frio que matou a mãe, o pai e o amante, preciso admitir que isso faz com que eu goste um pouco do meu futuro guarda-costas. – Cometemos um erro ao não quebrar o pescoço dos quatro antes de enterrarmos, teríamos evitado nossa própria morte.

- Como eles morreram? E como o sobrevivente não morreu? – Questiono, mas volto a falar quando vejo que Damián não me responde. – Não precisa me dar nomes, só quero saber como morreram.

- Catherine empurrou um deles da janela do quarto no segundo andar durante uma discussão bastante... Acalorada, uma queda daquela altura dentro da piscina vazia resultou em uma quase morte. Anthony também perdeu a cabeça durante uma discussão e estrangulou um dos filhos, além de bater a cabeça da criança diversas vezes na parede. – Damián informa com calma, como se estivesse tentando se lembrar com clareza dos detalhes. – Tenho quase certeza que, naquela noite, os quatro se uniram pela primeira vez na vida e acharam que podiam nos enfrentar. Um deles gravou um vídeo e ameaçou me denunciar por estupro, peguei uma faca e esfaqueei, talvez tenha passado dos limites, pois minha intenção não era cometer um assassinato.

- E o sobrevivente? – Indago, não é possível que tenha escapado ileso, por alguma coisa o sobrevivente passou.

- A única criança viva viu um assassinato, isso se não viu os três... Nenhum de nós três tinha a intenção de matar, mas, já que três já estavam mortos ou à beira disso, não podíamos deixar alguém vivo para contar a história. – Ele explica, eles tiveram o pensamento certo, mas erraram na execução, nunca pode se deixar nenhuma testemunha de assassinato viva, e precisa garantir que morreu. – Catherine chamou o marido para... Ela queria convencer a única criança viva a ficar de boca fechada através da violência. Aconteceu que o gêmeo sobrevivente não estava tão disposto assim a ceder, conseguiu escapar das mãos de Catherine e da surra que Anthony estava lhe dando. Foi só então que Catherine gritou para que eu não deixasse em hipótese alguma a criança sair da casa, segui-a até a porta do porão, onde a criança se desequilibrou e rolou escada abaixo. Me aproveitei de o quão acabada estava a quarta vítima e fiz a mesma coisa que acabei de fazer com você... Só que com você foi consentido.

- Certeza que foi esse que sobreviveu? – Pergunto, meio cético quanto a probabilidade de alguém ter sobrevivido a tudo isso. É mais fácil qualquer um dos outros ter sobrevivido.

- Sim, eu tenho certeza. Todas as crianças estavam tão machucadas que sequer cogitamos a possibilidade de ainda ter alguém capaz de se levantar e nos matar, estavam todos inconscientes quando Anthony saiu arrastando os corpos pela floresta para enterrá-los.

- Seja lá quem seja a verdadeira identidade, eu acho que ela teve motivos suficientes para matá-los e também motivos suficientes para desenvolver um transtorno dissociativo de identidade tão grave.


Notas Finais


Notas finais por Fudanshi_Capri:

Karma: Vc conhece aquela garota?

Nagisa: Que garota?

Karma: Acabei de lembrar o nome dela.

Nagisa: E qual é?

Karma: O NOME DELA E JENIFER!

Nagisa: A não, de novo não '-'

Kayano: E EU ENCONTREI ELA NO TINDER! *Aparece do nada*

Nagisa: Até vc Kay?!

Akiko: NÃO É MINHA NAMORADA!

Nagisa: Desisto.

Nagisa: MAS PODERIA SEEEEER! :')



Fudanshi_capri: Moral da história, se vc não pode com ele, junte-se a ele.

A palavra de hoje é "Sodanalma"
Kissus!


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