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História A beautiful mess - Bibury


Escrita por: xvausemann

Notas do Autor


Olá, como estamos?

Gente, obrigada pelos comentários passados. Vocês me deixaram sedenta por um certo momento de calzona, ñ disse qual. Hahahahah.

Minha vida tá uma bagunça e não estou tendo tempo para escrever como gostaria, fiz esse capítulo as pressas e não acho que esteja bom, mas é o que temos para hoje.

Agradeço a uma pessoinha especial por ter me ajudado e incentivado a escrever, além de ter escutado minhas frustrações quanto ao capítulo.

O próximo eu prometo que será movimentado, não posso adiantar muitas coisas...

Sem correção.

Boa leitura! X.

Capítulo 11 - Bibury


Fanfic / Fanfiction A beautiful mess - Bibury

Calliope Torres...

- Calliope, para que isso tudo? - Questionou, suas mãos estavam repousadas na cintura. - Meu bem, é muito coisa e não irá usar sequer a metade. Três mudas de roupas estariam ótimas, além do pijama e lingeries.

- Para usar com você? - Indaguei, minha voz saiu abafada.

- O que?

- As lingeries, Zona. - Respondi, coloquei metade do corpo para fora do banheiro. - Para usar não, o certo é para você tirar do meu corpo e eu faço o mesmo com a sua, no fim estamos nuas e...

- Calliope, pare por aqui! - Pediu, eu sorri entrando novamente para o reservado. - Olha, daqui a pouco estará levando uma mala sem necessidade.

- Só estou pegando meus cremes! - Gritei, a vi sentada na cama para terminar de guardar minhas coisas na bolsa. - Zona, vem cá.

Levantou-se revirando os olhos, era praticamente a vigésima quinta vez eu que a chamava.

- O que foi? - Perguntou, encostou-se na porta. - Calliope, não era só uma nécessaire? Sinceramente, estou desistindo de você.

Seu mal humor era só queria pegar logo a estrada, mas acabei nos atrasando.

- São coisinhas básicas. - Falei, pegando dois perfumes que estava sobre a pia. - Qual cheiro que gosta mais? Como vou dormir contigo quero estar bem cheirosinha, mas tem que ser um do seu agrado.

- Leva o que você usa sempre, amo ele. - Disse, eu o coloquei dentro da maleta. - Acabou agora? Chegaremos lá a noite com essa demora.

- Sim, senhorita.

- O que você está planejando? - Indagou, seus braços cruzaram-se diante da desconfiança. - Te vejo muito preocupada com o que gosto.

- Apenas perguntei. - Rebati, dando de ombros enquanto observava-me. - Se eu estivesse pensando em fazer amor com você, já estávamos na cama e não decidindo sobre cheiro de perfume.

Eu falei em fazer amor! Amor. Não fazia ideia em quanto tempo não dizia isso. Mas falei em fazer amor. Amor com a Arizona.

- Irei acreditar. - Murmurou, mas percebi em seus olhos um brilho a mais. - Use o que lhe indiquei, achei menos enjoativo e me lembra os nossos momentos só pelo aroma.

Retornamos novamente ao outro cômodo, coloquei sua última peça de roupa dobrada dentro da bolsa e depois a peguei, iríamos para a sala.

- Deixa eu só...

- Nem pense! - Exclamou, seu dedo indicador moveu-se em recusa. - Nada de trabalho nesse fim de semana, quero você toda para mim e sem pensar em mais nada.

- E se me mandarem algo importante? Se tiver alguma emergência?

- Se.. se.. se... - Reproduziu, movia suas mãos no ar a cada repetição. - Iphigenia, quero que relaxe lá, tenho certeza que não trabalha só você nessa empresa.

- Iphigenia é tão broxante. - Murmurei, acabou rindo de minha careta. - Nunca me chame por esse nome na hora do sexo.

- Não era amor? - Questionou, olhei-a por cima dos ombros. - Enfim, de qualquer forma nós não transamos.

- Ah, mas isso é questão de tempo. - Retruquei, deixando o aparelho sobre a mesa para enlaçá-la pela cintura. - Continua sendo amor, Zona!

- Eu sei! Vai ser maravilhoso, tenho certeza. - Sussurrou, sua mão parou em minha face esquerda e deu-me um selinho. - Não existe alguém melhor que você para quem possa me entregar, será incrível.

- Obrigada pela confiança. - Falei, novamente beijei seus lábios. - Agora vamos?

Logo que chegamos no estacionamento, ela parou próximo a porta esperando que eu a abrisse e assim fiz quando adentrei no veículo. Enquanto colocava meu cinto de segurança, a loira jogou nossas bolsas no banco traseiro e depois virou-se fazendo o mesmo, estávamos pronta para o percurso até a cidade vizinha. O sol começava a sua lenta descida e quando eu arranquei com o carro, o céu era um redemoinho de cores suaves que contrastavam dramaticamente com o azul da noite que passava a se formar.

- Você estava certa, daqui a pouco irá anoitecer e estaremos no meio do caminho. - Admiti, ela colocou uma música no rádio através do bluetooth do seu celular. - Espero que o trânsito nos ajude a chegar mais rápido.

- Se uma certa madame não quisesse levar a casa inteira, era capaz de já estarmos lá. - Rebateu, olhou rápido para mim e logo após voltou a tela do seu aparelho. - Meu pai deve estar achando que nos perdemos no caminho.

- Zona, eu vou conhecer o seu pai! - Exclamei ao me dar conta. - Meu Deus, não comprei nada para dar a ele, tenho que passar em algum mercado para comprar um vinho.

- Irá me pedir em namoro e por isso quer conquistar meu pai? - Indagou, colocando o celular no seu colo. - Não há necessidade, ele não liga para essas coisas e sequer bebe.

- Chegarei de mãos abanando? - Retruquei, estava um pouco descontente. - Não acho isso certo, preciso comprar algo rapidinho, não demorei.

- Se levar alguma coisa irá tomar uma chamada do velho Benjamin, como bom anfitrião irá ficar bravo por ter gastado à toa.

- Não será à toa. - Ponderei, de soslaio deparei-me com seus azuis. - Ele é o pai da garota que gosto, então tenho que agradá-lo de alguma forma para que no futuro me aceite.

- Te aceitar?

- É, como nora. - Disse, não tinha mais receios. - Eu sei que quer um relacionamento sério e também estou afim, só estamos nos conhecendo mais um pouco.

- É a primeira vez que te escuto falar em namoro. - Declarou, parecia-me surpresa. - Meu pai é bem a moda antiga, portanto quando for pedir a permissão dele, nesse momento se preocupe em levar algo para o possível jantar.

- Vejo que você teve a quem puxar. - Divaguei, ela deu um tapa em meu ombro. - Zona, antes irá preparar ele, né? Não quero chegar lá e te ver dizer tudo na hora, ficarei nervosa de seu pai me expulsar.

- Frouxa! Eu já tenho certeza, mas quero esperar um pouquinho para contar ao meu pai sobre o que vem acontecendo.

- Se sua bondade veio dele, tenho certeza que nada mudará na relação dos dois. - Opinei, tentava não pensar que poderia ser diferente disso. - Benjamin irá continuar te amando como sempre amou, okay?

- Sim. - Sorriu, inclinava-se para pegar uma revista aos seus pés. - Calliope, teremos que disfarçar um pouco o que está acontecendo entre nós duas.

- Eu já imaginava e não me incomodo.

- Confesso que estive pensando em contar logo para ele, eu e meu pai sempre fomos muito próximos, porém não sei. – Revelou, estava indecisa. – Sinto atração por mulheres, estou certa disso, é algo que não vai mudar. Mas...

- Espere um pouquinho como havia falado, assim se sentirá segura o suficiente. - Recomendei. - Não é necessário afobação.

- Como você contou aos seus pais?

- Contei primeiro para minha mãe, eu tinha acabado de chegar em casa e ela estava saindo do banho, quando a vi a primeira coisa que falei foi “eu gosto de meninas”. – Relembrei, ela fixou seu olhar em mim. – Estava enrolada em uma toalha e assim ficou me encarando por minutos sem dizer nada.

- E depois?

- Depois só disse “eu já sabia, que legal que tenha me contado, não há nada de errado nisso".

- Com seu pai também foi tranquilo? – Questionou, curiosa.

- Com ele já fui apresentando Kathleen e houve uma certa aceitação, porém a cinco anos atrás soube que não compreende bem. – Revelei, antes que perguntasse continuei. – O escutei falar uma frase que me magoou e acabei me afastando.

- Hm. – Murmurou.

- Passou um tempo, meu pai se desculpou e até hoje se desculpa, além de demostrando que me entende. – Sorri, balancei a cabeça em negativo às suas atitudes. - É engraçado.

- Que bom que deu tudo certo, fico feliz! Essa é a mesma revista do píer? - Indagou, mostrou-me a capa.

- Não é outra. - Informei, logo que olhei de relance. - Minha irmã a deixou jogada aqui ontem.

- Vou ler um pouco.

- Você já pode falar sobre nossos signos no amor, é de nosso interesse. - Afirmei, ela assentiu folheando as páginas. - Vou parar um pouco ali na frente para comprar algo para que possa comer.

- Não precisa, Calliope! Eu almocei antes de sair de casa. - Falou, mas não me convenceu do contrário. - Estou bem.

- Fico preocupada com as suas quedas de pressão. - Disse, a loira tinha passado mal no dia anterior. - Prefiro que não fique muito tempo sem se alimentar.

- Só preciso comprar água, o médico recomendou que eu bebesse bastante. - Relembrou, me atentava a parar o carro no acostamento. - Também estou com o aparelho para medir caso sinta algum incômodo.

- Esqueceu que ele lhe falou que está a ponto de ficar anêmica? Não vamos discutir por isso, Zona. - Falei, já estava estacionando. - Está com falta de vitamina B2 e ácido sufólico, é inegável que precisa aumentar as taxas.

- Okay, doutora Torres! Você venceu e é quem manda. - Ironizou, suas mãos levantaram em rendição.

- Estou cuidando de ti. - Reiterei, ela sorriu com doçura. - Me espere aqui que logo voltarei.

Acabei escolhendo um sanduiche no subway, era o steak churrasco com adicional cheedar. Enfrentei uma pequena fila só para ter que comprar, sentei num dos bancos em frente enquanto aguardava minha vez e fiquei observando a clientes serpenteando pelo estabelecimento com suas bandejas, outros dizendo suas opções com intensidade e a concentração normalmente associadas ao xadrez profissional. Logo após ser atendida, voltei ao veículo com o lanche de Arizona e assim que entrei, a entreguei uma bolsa para pegar o que havia comprado.

- Não vou aguentar comer isso tudo, é muita coisa. - Murmurou, enquanto eu ligava novamente o carro. - Cadê o seu, Calliope?

- Come o que conseguir agora e deixe o resto para depois. - Sugeri, girei o volante para nos direcionarmos a pista. - Estou sem fome, Zona.

- Você além de teimosa, é muito exagerada! Não precisa disso tudo. - Reclamou, pegava guardanapos para começar a comer. - Quando pararmos no semáforo quero que dê umas mordidas.

- Esse é o que mais gosto. - Acrescentei, prestava atenção no trânsito. - O molho de churrasco é muito bom, irá gostar.

- Eu geralmente peço o teriyaki.

- Também é gostoso. - Opinei, sorrindo. - O de atum é simples mas é ótimo, vira e mexe acabo optando por ele. Já comeu?

- Ainda não provei. - Disse, ela mastigava, havia acabado de dar uma mordida. - Gosto do Subway, porém ainda prefiro Mc Donald's ou Burger King.

- Era só ter comentado que procurávamos por um desses dois. - Rebati, olhei pelo retrovisor antes de cortar um ônibus. - Quando for assim é só me dizer, aos poucos que venho conhecendo seus gostos.

- Eu adorei esse, meu bem! Não se martirize por isso, é uma delícia. - Declarou, ela pegou a revista novamente enquanto comia. - Hm... mudando de assunto, vi um pouco do seu signo no amor aqui na revista.

- É coisas boas ou ruins?

- Considero boas. - Respondeu, estava folheando-a para encontrar o trecho. - Mesmo se não fosse também não me importaria, já te escolhi.

- Me sinto privilegiada. - Confessei, sorrimos juntas e pude perceber seus olhos sobre mim.

- Escute, taurina é perseverante quando abordamos o sentido amoroso, ela irá tentar de todas as maneiras obter o seu amor. - Lia, eu prestava atenção nas palavras. - É devotada e fiel, se você a mimar e oferecer segurança, ela vai lhe retribuir com o melhor de si.

- Só isso? - Indaguei.

Robbins apenas havia parado para morder seu sanduíche, logo retornou a leitura:

- A grande qualidade da mulher de touro é manter tudo dentro do bom senso, seja em que área da vida for. - Pausou, procurava por uma guardanapo. - Ela é realista e traz tudo que está voando para o chão, mas sempre com muita delicadeza.

- É basicamente isso mesmo.

- Tem outros detalhes que diz respeito à ser autêntica, sensual, carinhosa, protetora, confiável, objetiva, conservadora e por aí vai. - Comentou, assenti notando ser bastante coisa. – Você é possessiva? Do tipo de trata as pessoas como posse.

- Nossa, não chega a ser isso, apenas há um ciúme. - Corrigi, ela deu uma risada. - Pode ser um pouco exagerado? Pode, mas dá para lidar.

- Então é ciumenta? - Perguntou.

- Sim, porém se isso te fizer desistir de mim a resposta é não. - Brinquei, ao inclinar-se me dá um beijo no ombro. - Acabou?

- Tem outras coisas como gostam de calma, que as coisas fluam com lentidão e o “devagar e sempre” pode render a melhor transa da vida de quem ela escolher para ficar.

- Esse lance da transa quem vai me responder é você. - Retruquei, olhei-a de soslaio. - Contudo, sei que faço um bom trabalho.

- Não duvido, pelo contrário, imagino que vá além do que espero. - Disse, mordeu mais uma vez seu sanduíche. - Não é que eu esteja almejando muita coisa.

- Me fale sobre o seu agora. - Falei.

Não quis continuar a falar sobre aquele ponto, deixaria para mais tarde.

- Pisciana é um livro aberto e demonstra tudo o que sente. Sua tranquilidade é nata. Por ser tão honesta com os outros, preza para que também sejam com ela. Também é carinhosa e atenciosa. - Revelou, logo prosseguiu: - Sua autoconfiança não é das maiores, então costuma ser bastante ciumenta e até mesmo possessiva.

- Por isso que entre nós rolou um match. - Avaliei, fui parando no semáforo. - Continue.

Antes entregou-me o sanduíche para que eu tirasse um pedaço, não estava aguentando mais comê-lo.

- Ela pode ser até um pouco dura às vezes, mas tenta jamais cometer injustiças. Precisa ser aceita e sente-se facilmente abandonado, odeia ser tratada de maneira rude ou de sentir que foi esquecida. - Resumiu, virou a página para ver se tinha mais. - Muito passiva, costuma não reagir à ofensas, até mesmo as de mais baixo calão. Ela sempre irá saber quando você teve um dia ruim e fará de tudo para tentar melhorá-lo.

- Isso é totalmente sua descrição, sua empatia é tão grande quanto o seu coração, conseguindo se colocar no lugar dos outros. Acho admirável! - Ponderei, entregando-lhe de volta o lanche. - Já sei que se deixa levar pelos sentimentos apenas quando sente ser recíproco.

- Eu me entrego ao máximo, demonstro todo o amor que posso dar, mas gosto que o carinho seja retribuído na mesma intensidade. - Ponderou, fechou a revista e deixou-a sobre seu colo. - Eu sou uma pessoa carente, então isso se adequa demais, minha sensibilidade é aflorada.

Enquanto ela respondia, tive a sensação de que era o tipo de pessoa que nunca diria uma coisa ruim sobre ninguém.

- Eu amo a sua simplicidade e leveza.

- Sei que a ambição e a ansiedade de conquistar as coisas na vida não leva à lugar nenhum. - Disse, ela guardava o que havia sobrado de comida. - Sempre cresci com pouco, entendo o valor das coisas e o que é necessário para ser feliz, não procuro por muito.

Era essa a qualidade indefinida que eu tinha sentido nela desde o começo, um comportamento que a diferenciava.

- Gosto de praticidade e tento sempre ser racional, então o básico sempre me agradou. - Confessei, enquanto a loira bebia o seu suco. - Talvez essa aproximação na maneira de ser que tenha nos levado até aqui.

- Não poderia estar mais grata por isso. - Sorriu, seus olhos diziam muito por si só. - Me sinto confortável ao seu lado, as coisas entre nós flui com a naturalidade e me faz querer estar mais perto.

- A princípio sempre estaremos. Não pretendo te deixar. - Afirmei, estava certa quanto ao que falei. - Gosto muito de você para ficar cogitando algo do tipo.

Só paramos de falar quando chegamos em Bibury, estava um pouco nervosa, mesmo que a visita não fosse aparentemente nada demais. Dei a volta de carro na parte de trás de uma igreja e estacionei na entrada de veículos semicircular, atrás de uma caminhonete antiga. A porta dos fundos estava aberta, presa por uma pedra do tamanho de um punho. Lá dentro, considerei todas as possibilidades de como me apresentar, porém preferi deixar por conta de Arizona, entregando minha mão a ela enquanto me conduzia.

- É tudo muito simples como pode ver, mas amo viver aqui e vir para cá, me traz paz. - Comentou, eu permaneci quieta. - Você pode se sentir em casa, okay? Quero que se sinta!

Quando chegamos ao fim da cozinha, a loira parou e perguntou:

- Você está bem?

Assenti com a cabeça.

- Eles estão na sala. - Informou, e segurei a mão de Robbins enquanto andávamos para o ambiente seguinte. - Fique tranquilo, são ótimas pessoas e muito simpáticos. Irão gostar de ti.

- Estou um pouco ansiosa. - Confessei, abri um sorriso trêmulo. - Nada demais.

Ela virou-se para mim e me deu um selinho tão rápido quando o vento que vinha contra meu rosto.

- Pai? – Arizona chamou-o, a voz esganiçando um tiquinho. – Chegamos! Que saudade.

O senhor levantou-se do sofá e deu um abraço na filha, eu fiquei um pouco atrás.

- Estava ficando apreensivo com a demora. - Sorriu, logo deu-lhe um beijo na testa. - Está tudo bem com você?

- Sim. - Limitou-se. – Nos atrasamos um pouco, acabamos arrumando as coisas pela tarde porque trabalhamos pela manhã.

Ele fez um afago no cabelo de Robbins. Era muito fraternal e particular a troca de carinho simbólica.

- O importante é que chegaram. – Disse, era muito sereno. – Foi até bom terem custado a chegar, assim fiz a janta com calma e já está pronta.

- Ótimo! – Sorriu, e depois puxou-me para mais perto. - Essa é aquela minha amiga que viria conhecer um pouco de Bibury.

- Olá, muito prazer. - O senhor respondeu rápido estendendo a mão para mim. - Sou o Benjamin e já estava no seu aguardo também.

- O prazer é todo meu, seu Benjamin. Meu nome é Callie. - Falei, aceitei seu gesto e lhe devolvi o aperto. - Arizona me falou muito do senhor.

- Espero que bem! Por favor, tire o “seu” e “senhor” da boca em relação a mim, menina. - Pediu, era realmente muito receptivo. - Saiba que é muito bem vinda em nossa casa.

- Obrigada.

O garoto levantou a mão devagar acendendo para mim. Era muito parecido com Arizona, ela fez um gesto com a cabeça e disse:

- Não vai falar com a visita? - Indagou, chamando a atenção dele. - Esse é o Dave, Callie.

- A Ari já falou de mim para você? - Questionou, abriu os braços e abraçou-me, retribuí. - Espero que também não tenha sido nada ruim e se foi é mentira, ela é dessas.

- Ela falou bem, fiquei sabendo que é um ótimo rapaz e muito companheiro da sua irmã. – Sussurrei, fiz como se fosse um segredo. - Fico feliz em te conhecer, Dave e estou impressionada com a semelhança entre os três.

- Sou um pouco mais bonito. – Retrucou, levou a mão a cabeça para arrumar seu fios claros. – Você é muito linda, Callie! Pelo menos a Arizona tem bom gosto para amizades.

- Dave! – Repreendeu o pai. - Não andam se alimentando direito? As duas estão muito magras.

- O senhor sempre repete a mesma pergunta e frase quando venho aqui. – Observou Arizona, ela deu o braço ao homem. – Estamos nos alimentando muito bem, fique tranquilo.

Eu encarei-a, mas seus olhos se desviaram do meu. A loira havia me prometido não contar ao Benjamin sobre seu mal-estar.

- Podemos comer? Estou com fome. – Reclamou o menino alisando a barriga. – O cheiro da comida está fazendo meu estômago roncar.

- Quando que não está... – Murmurou a mulher, foi quase inaudível, mas o suficiente para eu escutar. - Vamos jantar, depois nós duas tomaremos um banho e descansaremos.

Ao longo da refeição, eles apenas falavam sobre como foram as semanas em que não se viram e depois Benjamin contou-me umas artimanhas de Arizona quando criança, pais amam fazer isso. Demos algumas risadas sobre elas, eram engraçadas pela maneira como dizia e me fazia concluir que como um bom pescador, sabia usar com maestria as palavras ao relatar histórias.

- Nunca fiz isso! - Ela defendia-se, achava um absurdo estar sendo entreguem. – Sempre fui muito quieta.

- Pelo que sei só depois da morte da mamãe. – Falou Dave, um silêncio brotou depois disso. – Então, Callie, qual sua profissão?

Ingressamos em assuntos banais enquanto retirávamos a mesa, o homem não queria me deixar fazer absolutamente nada, mas consegui ser ainda mais teimosa que ele.

- Callie, você pode ficar em um quartinho que temos aqui para ficar mais à vontade. – Escutei Benjamin sugerir enquanto enxugava a louça. – É pequeno, mas está limpo e arejado.

- Eu tirei minha bicicleta que estava lá e arrumei. – Disse Dave, estava sentado ao meu lado na mesa. – Não quer mais pudim, Callie?

- Não, já estou cheia. Obrigada.

O cômodo em que a loira dormia tinha uma mobília clássica e um colchão confortável, o ar estava abafado porém eu abri a janela, esperando que os ventos das montanhas trouxesse um frescor para o ambiente.

- Quer tomar um banho? - Indagou, sentou-se em meu colo passando um braço por cima de meu ombro.

- Sim, preciso para conseguir dormir bem. – Falei, esfregava minha mão em suas pernas. – Já está com sono, baby blue? Depois podemos ver um filme juntas até pegarmos no sono.

- Gosta de dormir com a televisão ligada?

- É uma mania. – Revelei, logo dei um beijo em seu pescoço. – Acha que irá te incomodar?

- Não, meu sono é pesado. – Retrucou, fazia um cafuné que me deixava sonolenta. – Qual foi sua primeira impressão sobre minha família?

- São simples e muito agradáveis, me sinto em casa diante de tanta receptividade. – Confessei, ela sorriu mostrando-se satisfeita. – Seu pai é muito gentil e seu irmão é bem divertido, gostei dos dois.

- Eles se simpatizaram com você. – Disse, seu rosto virou-se para o meu. – Me sinto satisfeita em saber que foi tudo recíproco.

Robbins trouxe seus lábios aos meus, recebi um beijo molhado e já bem familiarizado à nós, sem vergonha. Era lento e instigante na mesma proporção. Se em um momento minhas mãos estavam em suas pernas, no outro já subia por sua barriga por dentro da blusa. Elas criavam vida querendo tocar cada parte do corpo daquela mulher, eu a desejava de diferentes formas, em todos os âmbitos e minutos. A loira havia conseguido me deixar completamente envolvida no que estávamos tendo, tirava aos poucos minhas armaduras e reservas.

- Estou ficando louca por você. – Sussurrei, dei um selinho em sua boca. – Isso é bom ou ruim?

- Imagino que bom porque sou apaixonada por ti. – Rebateu, sorrindo pincelou nossos narizes. - Estou amando essa ideia de dormirmos juntas.

- Não vai ter nada melhor que acordar contigo ao meu lado. – Constatei, deslizando a mão por sua coxa nua para cima e para baixo, até que estremeceu. – O fato de eu nunca ter me sentido deslocada ou distante de você é meio estranho. Sabe, levando em conta o tempo que a gente se conhece.

- É porque entre nós não houve desencontros, temos um feeling bem aguçado. – Falou. – Fiz uma boa escolha, né? Digo em relação a tomar atitude e jogar a real sobre o que estava sentindo.

- Sempre senti atração por você. – Observei, eu ajeitava a alça de sua blusa. - Foi preciso muito controle da minha parte para não te dizer o quanto te queria.

- De sua parte era mais carnal.

- Por que está me dizendo isso? – Perguntei, sabia que pensava mais alguma coisa a respeito.

Levou um tempinho, e depois revelou:

- Acho que passou a gostar de mim agora. – Foi sucinta. - Ficava me vendo apenas como amiga e até mesmo irmã ou tentava não me ver como mulher, não sei.

- É a sua visão sobre os fatos.

Ela deu de ombros e passou a mão no cabelo.

- Amanhã passaremos um pouco do dia com meus amigos. - Informou-me, já esperava por isso. – Todos são legais, espero que consigam se dar bem e que você se enturme.

- Aquela sua amiga ruivinha me detesta. Sabemos de antemão que não serei tão bem aceita assim. – Reiterei, ela colocou uma mecha do meu cabelo para detrás da orelha.

- Te detesta? Por que pensa isso? – Questionou, mas eu sabia que tinha conhecimento disso. – Vocês podem começar a se conhecer melhor e se aproximarem.

- Arizona, quando fui na sua casa pela última vez e a encontrei, nem por educação ela me cumprimentou. – Revelei, suas sobrancelhas arquearam no mesmo instante. – Contudo não me importo, é apenas sua amiga, não precisamos ter contato algum.

A loira ficou em silêncio e escondeu seu rosto no meu pescoço, também não acrescentei mais nada em relação a isso.

- Queria que April fosse pelo menos amigável.

- Olha, Zona, ela não tem obrigação nenhuma comigo. Prefiro até mais a sinceridade com que age do que falsidade para o meu lado. – Acrescentei. – Não me incomodo a partir do momento que não é algo que nos afeta, se vier a intervir na nossa relação passarei a não gostar e...

Interrompeu-me.

- Nossa relação? – Perguntou, completamente perplexa buscava olhar-me. - Temos uma relação?

- Sim, temos uma. – Falei, ela abriu um sorriso imenso. – Por isso não quero que nada e ninguém nos atrapalhe.

- Fico imaginando no que irão dizer quando souberem de nós. – Declarou, acariciava meu rosto com o polegar. – Não vamos nos importar para o que os outros pensam, né? Sabemos o que queremos.

- Não ligaremos, baby blue.

Ela aparentava muita confiança em mim. Mostrar querer algo a mais era o que eu poderia fazer por nós naquela circunstância, desejava que se sentisse segura.

- Hoje eu esqueci de dizer o quanto você é linda. - Disse, ergueu o rosto para seus olhos encontrarem os meus. - Aliás, amei essa blusa que está usando, fica ótima e a cor combina contigo.

- Te garanto que seria mais interessante me ver sem ela no corpo. - Retruquei, sorrimos e percebi sua revirada de olhos.

- Não deixa escapar uma, né?

- Não acha isso? Você e eu poderíamos estender essa noite muito bem... - Sugeri, subi minha mão por sua barriga. - Um banho juntas seria maravilhoso.

- Acho que eu iria gostar disso. - Respondeu lentamente. – Eu só...

Antes que concluísse, fomos pegar de surpresa por Dave que entrou no quarto sem que percebêssemos.

- Ei, Ari... uou! - Exclamou, seus olhos se arregalaram um pouco.

A mulher deu um salto do meu colo, foi como se tivesse levado um choque de repente.

- Dave! - Exaltou-se. - Por que não bateu na porta antes de entrar?

- Nossa, pera, não eu... vocês duas?

- Por que não bateu na porta? - Repetiu.

- Estava apenas encostada e pensei que poderia entrar, nunca teve problemas quando a deixou assim. - Justificou, estava totalmente sem jeito. - Desculpa, Ari.

Segurei a mão dela ao reparar em seu nervosismo repentino.

- Está tudo bem, Dave. – Respondi diante da situação embaraçosa. - Você perguntou sobre nós, certo? No momento estamos nos conhecendo melhor.

- Meu pai sabe?

- Não, e não irá falar nada para ele. - Ordenou a loira caminhando até o irmão. - Eu contarei quando achar necessário! Faça isso por mim, por favor.

- Estou confuso. - Confessou, seu sorriso desconcertado demonstrava explicitamente isso. – Na verdade, acho que é surpreso... não sei.

Ambos tinham mais algo em comum do que chegava a pensar, sorri pela semelhança até na forma de falar.

- Imagino. – Murmurei, limpando a garganta depois. – O que acha de conversarem e a Arizona te explicar o que sente? Uma conversa somente entre os dois para que possam se entender nesse ponto.

Robbins olhou-me perdida, via um pouquinho de medo em seus azuis e talvez estivesse um pouco trêmula, sem saber como prosseguir.

- Não tenho nada contra, só que é minha irmã... – Ponderou enquanto olhava para mim. - Você está pegando minha irmã.

- Dave! – Rosnou.

- Zona, eu o entendo.

- Tenho que proteger ela, Callie.

- Eu sei. - Limitei-me, logo busquei encarar a loira. – Vai falar com ele a sós, está tudo bem, não é nada demais Dave saber disso.

Sussurrei um “confia" para logo abrir um sorriso acolhedor, isso a tranquilizou.

- Pode ir tomando banho enquanto nos resolvemos. – Recomendou, assenti em prontidão querendo deixá-los a vontade. – Iremos para o outro quarto, okay? Tem todo o necessário no banheiro, já volto.

Quando se retiraram do quarto fui tomar banho, no momento em que saí do boxe peguei minha lingerie sobre o sanitário para colocar e depois enrolei-me a toalha, indo para o outro cômodo. Coloquei os poucos pertences que trouxe em cima da cama, no meio deles procurei por meu hidratante e antes de começar a passá-lo, enxuguei minhas pernas. Depois depositei um pouco em minha mão para passar em minha pele, sempre fazia desta maneira.

Aproveitei meu momento sozinha para cantarolar uma música qualquer, pela janela pude ver algumas estrelas que enfeitavam o céu e reparei na nuvem entre elas. Era uma noite bonita apesar de um pouco fria, mas isso não impedia de a vizinhança ficar na rua até aquela hora da noite. As casas eram muito próximas umas das outras e feitas de calcário, praticamente grudadas em suas arquiteturas extremamente antigas, muitas traziam a menção de chalés.

Repassei tudo o que aconteceu naquele dia, e nutri-me interminavelmente dos meus momentos com Arizona, tentando guardar cada momento nosso em que estivemos juntas. Escutando conversações fora da residência, percebi que pessoas estavam em movimento e tocavam a vida em frente, somente então reparei que estava fazendo o mesmo. Durante muito tempo tive a percepção de que estava parada no mesmo lugar, mas finalmente essa sensação havia ido embora.

- Callie, já...

A voz da loira tirou-me dos meus pensamentos, virei-me para olhá-la.

- É dos Robbins chegarem de fininho? - Indaguei, passava creme em meus braços.

- Vou sair para que se arrume com mais privacidade. - Disse, estava visivelmente sem jeito. - Poderia ter trancado a porta.

Acompanhei seu olhar direcionado a meu corpo, ele subia e descia por mim, estavam repletos de desejo.

- Não estou pelada, só de lingerie e mesmo se estivesse, não seria um problema para mim te ter aqui. - Declarei, limpei minha mão na toalha. - Gosta de me ver assim? Acha que estou com muita coisa? Quer que eu tire para você ver melhor?

Notei que lutava contra si mesma para não ficar me encarando, mas falhava e me parecia não ser fácil para ela.

- Eu te odeio! - Rosnou, puxou um cadeira de um canto do quarto para se sentar.

- Você sempre diz isso pelo menos uma vez quando estamos juntas. - Relembrei-a, curvei-me para catar as coisas da cama. - É por se sentir tentada a ceder? Não precisa se segurar, apenas deixe acontecer.

Ela queria manter uma distância de mim, evitou chegar perto da cama. Isso me fez reprimir uma risada.

- Calliope... - Murmurou, mas não completou com o que iria dizer.

- Como foi o papo com o seu irmão?

- Dave entendeu e disse nos apoiar, estou mais calma agora. - Contou por alto. - Te vendo assim não consigo manter uma conversa séria.

- Sabe o que quero? - Questionei, fui em sua direção enquanto ela apertava os lados do assento. - Me responda, Zona.

- Não, não sei. - Sussurrou, via-me chegar mais perto entre suspiros. - O que você quer, Calliope? Quem sabe eu não possa atender.

- Essa é a maneira correta de uma boa menina me responder. - Retruquei, sentei-me de frente a ela, mas em seu colo. - Antes que eu lhe fale, me diga o que você quer fazer comigo, quem sabe não é a mesma coisa.

- Quer me fazer perder a linha? - Perguntou, dava uma mordida maliciosa no lábio inferior. - Esqueceu que não sei nada e que será minha professora? Contudo, adoraria aprender uma lição hoje.

- Queria te ver deitada na sua cama, comigo sentada em seu rosto enquanto me chupava. - Sussurrei em seu ouvido. - Estaria toda suada e implorando para que não parasse, hm.

- O que mais? - Questionou, ela levou a boca em meu ombro para beijá-lo.

- Ficaria tão molhada até poderia matar sua cede em mim. Seria gostoso, né? - Questionei, aproveitei para morder a ponta de sua orelha. - Gozaria chamando seu nome, Zona.

Ela ficou em silêncio, suas unhas arranhavam minhas costas subindo e descendo. Comecei a mover meus quadris em seu colo, rebolava em suas pernas e isso fez suas mãos descerem aos meus glúteos.

- Me mexeria assim em sua boca. - Revelei, adentrei meus dedos em seus fios claros. - Você estaria me chupando tão bem que sentiria minhas pernas ficarem fracas, até porque sei que é uma ótima aluna.

- Ca... Calliope... - Disse com voz fina e falha. - Eu... pelo amor de Deus, eu...

- Quer que eu continue a rebolar assim para você? - Quis saber em tom provocativo. - Faria o mesmo depois quando estivéssemos como tesouras. Iríamos gozar juntas.

- Por favor, isso... – Cortou a frase, seus olhos estavam sobre meus seios quase desnudos.

- Porra, Zona.

Em um impulso comecei um beijo entre nós, minha mão estava em sua nuca enquanto a invadia com minha língua. Continuava os meus movimentos sobre ela e recebia apertos em minha coxa, glúteos e cintura. Esfregava-me contra ela como se necessitasse muito daquilo, escutava sua respiração audível e reparava em sua luta para conter o que queria fazer comigo, eu já me encontrava molhada com tão pouco. Intensifiquei nosso beijo entregando o pouco de fôlego que me restava, e recebi o necessário dela.

Soltando seus lábios lentamente e retirando minha língua, dei um selinho nela. Foi quando começou a descer a boca por meu pescoço, escorregando a língua ao mesmo tempo por minha pele e quando chegou nos meus seios os segurou com as duas mãos, juntando-os. Meu sutiã afrouxou permitindo que um mamilo escapasse e encarei-a descer o rosto para ir até a ele, mordi o lábio inferior no mesmo instante. Robbins foi beijando minha pele até chegar no ponto em que queria, mas no momento que ia abocanhá-lo, coloquei a mão em cima.

- Eu não pararia no meio, escutou? Não peço para parar. - Afirmei, senti suas unhas cravarem em minha pele. - Chegaríamos no nosso limite juntas mas não hoje.

Sabia que estava quase a vencendo, mas jamais iria fazer algo com ela quando eu a tinha provocado, no fundo queria vê-la tomar atitude por si só e sem resistências.

- Você me faz entrar no seu jogo e agora sai de cima de mim desse jeito? - Indagou, parecia levemente revoltada. - Qual a sua?

- Eu te envolvi. - Ponderei, busquei por minha camisola sobre o colchão. - Sei que não queria até uns minutos atrás, respeitarei isso. Não faça nada por mim.

- Desculpe, é que....

- Não peça desculpa, não tem porquê fazer isso, não tenho pressa para te ter como quero. - Afirmei, fiz um sinal para que viesse até a mim. - Eu gosto de te provocar, mas isso não quer dizer que irei passar por cima do que você já tinha decido sobre querer esperar mais um pouco.

- Me acho muito sortuda, sabia?

- Não faremos nada enquanto estiver insegura. - Falei, puxei-a contra meu corpo. - Isso não me fará ir para outro lugar, estou bem aqui, contigo.

Seus braços rodearam minha cintura, com delicadeza levei minhas mãos ao seu rosto e levei o meu ao dela para diminuir a distância entre nossas bocas. Quando nossos lábios se tocaram entreabri um pouco os meus, o seu inferior ficou entre eles e depois o tirou para ousar pedir passagem para a língua. Seu beijo singelo e carinhoso sempre me ganhava, podia sentir nele o sentimento que sempre que possível me falava, me passava algo tão amoroso quanto doce. E mesmo estando na ponta dos pés era capaz de não se cansar e se doar ao máximo pelo momento, por nós.

- Estamos nos preparando para isso, né?

- Vamos sentir quando a hora chegar. Tenho certeza que irá acontecer mais cedo ou mais tarde. – Disse, levei os dedos do ponto macio de sua clavícula até o meio de seus seios. – Quero saber o que te excita e o que não prova isso em você, além de todas as coisas secretas, até as que nunca pensou em me falar.

- Olhe para mim, não é falta de vontade minha em relação a você. Só não estou preparada. – Falou, ela deslizou as mãos pelas laterais de meu corpo. - Eu desejo te conhecer nesse nível que acabou de dizer me querer, é recíproco.

- Quando quiser me fale. – Pedi, beijei seu pescoço saboreando o gosto da sua pele.

Seu perfume natural era doce, almiscarado.

- Existem muitas coisas que gostaria de saber sobre você. – Confessou, sentei-me na cama com suas pernas entre minhas. – Irei te questionar em relação à todas elas em algum momento.

- Por que não agora?

- Tenho algo melhor a fazer.

Arizona se inclinou e me beijou. Muito macio, leve, como plumas. No entanto, diferente das outras vezes foi muito mais como uma insinuação. Seus lábios, mesmo com delicadeza e calor, demorou a abrir-se sobre os meus. No entanto isso me desmontou, pois parecia querer me dizer muito com isso e esse beijo simples pareceu ser uma faca para mim, me libertando de certas amarras até então desconhecidas. Quando deitou-se sobre mim, entreabri minhas coxas para que se encaixasse e com a mão levantou um pouco a camisola para enrolar o dedo na tira de minha calcinha.

- Estive pensando em fazer pipoca, assim comemos enquanto vemos o filme. - Informou, sugestiva e deu-me um selinho. - O que acha? - Mais um selinho. - Hm?

- Eu posso fazer. - Ofereci-me em bom grado. - Assim toma logo o seu banho.

- Está bem. - Concordou. - Eu achei bacon na geladeira para usarmos. Vamos na cozinha que te mostrarei onde fica tudo que irá precisar.

Talvez eu também tenha me encontrado assim como ela. Talvez eu já estivesse apaixonada bem antes que ela. Talvez eu não quisesse confessar para ela. Talvez. Talvez.


Notas Finais


Quem vai aparecer no próximo capítulo? Ele mesmo, Andrew DeLuca.

E vcs acham que elas vão aguentar esses dias juntas? Veremos.

Até a próxima sabe-se lá quando.

Xoxo.


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