História A Beautiful Mess - First race.

No outro dia, os emails chegaram com as informações sobre a primeira corrida. Seria em uma pequena cidade na Jamaica. A cidade seria a arena, e em uma cidade é onde as trapaças podem acontecer, e teríamos que fazer o possível para vencermos a corrida, pois esse era o único jeito de salvar Amanda. 

(...) 

Nós arrumamos rapidamente e pegamos o próximo avião em direção a Jamaica. Meu coração estava apertado, e eu estava nervoso. Não sei se eu conseguiria me concentrar nessa corrida, antes eu corria apenas pelo dinheiro, se eu perdesse no passado, eu não perdia tanto quanto perderei se eu perder essas corridas. 

— Troque de lugar comigo. — Leni, disse para Nate que estava ao meu lado no avião. 

— Mas... 

— Anda logo! — Leni, diz e ele se levanta. — Oi, chuchu. — Diz pra mim e sorri. 

— Não vai ficar com o Cameron? — Pergunto. 

— Meu irmão precisa mais de mim do que ele. — Diz, sorrindo. 

— Esse seu irmão parece ser gente boa. — Comento. 

— Ele é um gato. — Ela diz, e ri. — Simpático. Diz, e eu sorrio. — Ele é um homão, sabe? 

— Entendo. — Falo. 

— E eu amo ele. — Ela fala, e ambos sorrimos. 

— Ele também ama você, pequena. — Falo, e ela agarra a minha mão. 

— Vai ficar tudo bem, ok? — Ela fala. — Você vai entrar naquela arena, vai correr que nem um louco e vai ganhar todas essas malditas competições. 

— Eu não sei se consigo, Leni. — Desabafo. 

— Você é Sammuel Howard Wilkinson! — Leni, diz. — Você consegue! 

— Mas e se... 

— Você vai estar correndo pelo amor da sua vida. Não tem como dar errado. — Ela diz, sorrindo. 

— Esse é o problema, Leni. —Falo, e suspiro. — Eu vou estar correndo por ela, mas e se não for o suficiente? E se eu me atrapalhar? E se eu sair da pista? E se tudo der errado? — Pergunto. 

— Primeiro: você não estará correndo sozinho. Todos nós estaremos bem aqui. — Ela diz, e coloca uma mão sobre o meu coração. — Segundo: Você é um dos melhores corredores que eu já vi, você é um animal nas pistas de corrida, Sammy. — Ela diz, e eu sorrio. — Você vai conseguir. 

— Obrigada, Leni. — Agradeço, e sorrio. 

— Mas se der ruim, a gente ainda tem o Alex. — Ela diz, e nós dois rimos. 

(...) 

Chegamos ao hotel onde nos hospedaríamos, e colocamos as coisas nos quartos e logo descemos para jantar. 

O hotel estava reservado para todos os corredores, então eu praticamente jantaria com os meus inimigos. Sentei em minha mesa, fiz meu pedido e afundei na cadeira. 

— Estamos sendo observados. — Nate, diz. 

— Estão vendo se vamos tentar fazer alianças. — Alex, diz. 

— Já temos Trevor e sua turminha, não precisamos de mais ninguém. — Victoria, diz. 

— Turminha? — Pergunto. 

— Sim. — Anna, diz. 

— Não era apenas Trevor? — Pergunto. — Porque eu não estou sabendo de nada? 

— Eu esqueci de dizer? — Anna, pergunta e eu faço cara de confuso. — Trevor já tem um grupinho, e como você e o Alex são corredores famosos, eles deixaram que vocês entrassem. 

— E quem são eles? — Pergunto. 

— Os caras que estão sentados com ele. — Anna, diz e eu encaro a mesa onde Trevor estava sentado, havia umas quatro pessoas com ele. — São Trevor, Luke, Joey, Finn e Travis. Eles estão usando objetos dourados para sinalizar a aliança de vocês. Arranje alguma coisa dourada. 

— Ok. — Respondo. 

— Alex, você também. — Vic, diz. 

— Que horas a corrida começa amanhã? — Nash pergunta. 

— Ao nascer do sol. — Cameron, responde. — É o que estava escrito no email. 

— Então, vocês dois irão comer e ir direto pra cama. —Leni, diz apontando para mim e para Alex. 

— Ok, mãe. — Falo e ambos rimos. 

(...) 

Posicionei meu carro onde ele deveria estar de acordo com as regras, e saí do mesmo. Alex estava logo ao meu lado, e se aproximou de mim. 

— Como acha que vai ser hoje? —Ele pergunta. 

— Uma loucura. — Respondo. — Hoje é o dia da peneira, de quarenta corredores, apenas vinte vão ser escolhidos. — Falo. — E nós temos que fazer o impossível para estar entre os vinte. 

— Nós vamos estar. — Alex, respode. 

— Sim, nós vamos estar. — Uma voz masculina diz atrás de mim, e eu me viro, vendo Trevor e seu grupo. —Suponho que as garotas tenham falado com vocês, certo? 

— Sim. — Alex, responde. 

—Porque o interesse na ruiva? — Travis, pergunta. 

— Ela é minha namorada. — Respondo. 

— Porque o líder está com ela? —Travis, pergunta. 

— É uma longa história. — Respondo. — Não quero falar sobre isso. 

— Tudo bem. —Travis, diz. — Mas temos que ter um combinado. 

— Qual combinado? — Alex, pergunta. 

— A aliança é até o final. — Finn, diz. — Nada de pular fora, ou nós largar em um momento de dificuldade. Nós vamos nós ajudar e se precisar carregamos um ao outro até o final, isso que significa uma aliança. 

— Por mim tudo bem. —Respondo. 

— Por mim também. — Alex, responde. 

— E nada de trapacear uns aos outros. — Joey, diz. — Nós somos um time. Todos de acordo? —Ele pergunta, e todos balançamos a cabeça em afirmativa. — Beleza, então vamos ganhar essa desgraça! 

— Peguem seus comunicadores. — Luke, diz e me entrega um aparelho. — Vamos precisar deles para nos comunicar. Ao final da corrida sumam com esses aparelhos, não podemos ser apanhados com isso. 

(...) 

A menina que daria a largada já estava caminhando para a sua posição, e meu coração já estava acelerado, respirei fundo e pensei em Amanda... Eu iria conseguir. 

A largada foi anunciada e eu acelerei o meu carro, a corrida seria feita em duas cidades abandonadas, elas eram bem próximas o que dava uma bela pista de corrida, o que era mais difícil do que as pistas normais. Havia muitas viradas fechadas, muitos becos, muitos jeitos de se ferrar.  

Um carro bateu contra o meu e eu quase bati contra um poste, consegui me manter na pista, mas o carro continuava me jogando para o lado. Eu não podia desacelerar ou bateria no carro de trás, entrei em uma rua apertada e sai da linha da corrida, continuei pelo lado por alguns minutos e logo voltei a linha de corrida um pouco mais a frente, até que não tinha tão desastroso o meu erro. 

Olhei pelo retrovisor e vi que um carro capotava na minha direção e de todos que estavam a minha frente, foi cada um para um lado, entrei em uma rua e logo fiz o mesmo de antes, mas voltei um pouco atrás, e quase fui esmagado. 

Saímos da cidade, e os corredores pareciam estar com sangue nos olhos. Um carro bateu na traseira do meu, e o da frente desacelerou, tentei jogar meu carro para o lado para poder sair daquela armadilha, mas outro carro chegou por onde eu estava planejando sair. Vi pelo retrovisor que outro carro se aproximava e percebi que se eu não desse um jeito de sair dali, logo ficaria encurralado. Assim que o outro carro se aproximou, eu joguei o meu contra o dele, e logo ele investiu contra mim, me encurralando. Com certeza deveriam ser pessoas que fizeram alianças. Os quatro ficaram prensando o meu carro, tentando danifica-lo. 

— Pare o carro. — Luke, disse. 

— Você está louco? — Pergunto. — Eu vou perder a corrida. 

— Agora! — Ele grita e eu paro o mesmo. O carro da frente, e os dois que estavam em ambos os lados, prosseguem, no mesmo instante, pelo retrovisor, vejo um carro preto investir contra o que estava atrás de mim e jogá-lo para o lado da pista. Assim que vejo que era Luke, eu acelero o meu carro, novamente. 

— Vamos acabar com aqueles desgraçados. — Luke, diz e eu sorrio. 

Acelero meu carro, e Finn passa por mim, e logo após ele, Luke. 

— Cuidado! — Finn, grita assim que um carro capota e vem na nossa direção. 

Desvio do carro, e aceleramos em direção a linha de chegada. 

— Alex, onde você está? — Pergunto, pelo comunicador. 

— Logo atrás de você. — Ele responde, e o vejo pelo retrovisor. 

Cruzo a linha de chegada e ele cruza logo após mim, não sei em qual posição cheguei, apenas estou aliviado de ter conseguido passar da primeira corrida.  

Uma já foi, só faltam mais duas e eu finalmente terei minha ruivinha de volta.