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História A Beleza da Rosa - O Começo de Tudo


Escrita por: luhgaraujo

Notas do Autor


Aí está mais um cap! Desculpem pela demora, seus lindos, é que eu tava meio ocupada esses dias! Enfim, esse é o cap mais fofo da fic inteira, pra me redimir do sofrimento que eu fiz vocês passarem no anterior hsuahsuahusa Aproveitem o Flashback, esse Ad tá muito romântico, não guento ♥♥

Capítulo 3 - O Começo de Tudo


Fanfic / Fanfiction A Beleza da Rosa - O Começo de Tudo


Adam’s POV:
“NÃO, CHRISTINA! EU NÃO QUERO SER SÓ SEU AMIGO! DROGA, EU TE AMO! EU TE QUERO, MUITO, MAIS QUE TUDO! EU NÃO QUERO NEM CONSIGO ACEITAR ISSO!” Isso foi exatamente o que passou em minha mente quando ela me perguntou aquilo, eu queria gritar que não aceitaria, que eu não podia... Mas eu tinha. Seria insuportável ficar longe dela, de seus olhos, seu perfume... Somente esse pensamento provocava um aperto profundo em meu coração, como se a simples ideia de não vê-la deixasse um espaço vazio em mim, como se me faltasse uma parte. Provavelmente porque faltaria. Christina já havia se tornado um pedaço de mim, um pedaço muito importante.
E, bom, ainda havia esperança... Amigos, certo? Nós começamos assim, como amigos... Quem sabe isso não represente um novo começo? Um começo tão bom quanto aquele...
~Flashback~
Era a semana anterior ao início das gravações e o diretor decidiu que viajaríamos juntos, como uma pré-férias antes da cansativa rotina que teríamos pela frente. Também nos disseram que seria uma boa oportunidade para aumentar o entrosamento entre nós. Seríamos apenas nós, durante 7 dias, em uma ilha paradisíaca. Nada de namorados, filhos ou qualquer preocupação durante esse período, somente quatro amigos com todo luxo e diversão que a natureza poderia oferecer. 
O jato sairia de madrugada para que chegássemos à ilha logo pela manhã. Encontramos-nos no aeroporto e conversamos um pouco antes de embarcar. Era aproximadamente 3 horas da manhã, mas nenhum de nós parecia cansado. Pelo contrário, estávamos todos empolgados, falando sem parar e rindo muito. Sinceramente? Nosso entrosamento estava intacto, quem sabe até mais forte. 
Entramos e nos acomodamos nos espaçosos assentos contidos na aeronave. Logo de início algo me incomodou. Ela sentou-se do lado de Blake. Entenda, eu geralmente não faço o tipo ciumento, principalmente porque sei o quanto Christina preza por sua liberdade. Mas nós tínhamos nos aproximado muito desde o final de segunda temporada. Qualquer desentendimento que tínhamos havia sido esquecido. E eu não conseguia entender porque ela continuava mais próxima dele. Eu queria aquela proximidade, queria ela ao meu lado, perto de mim. Pensei seriamente em pedir que ela sentasse na cadeira próxima à minha, encontrar qualquer desculpa, não importava, eu só não queria ter de vê-los juntos novamente. Foi então que percebi o quão ridículo aquilo seria. Por favor, aquele sentimento não fazia o menor sentido, nós éramos bons amigos, no máximo. Eu não me sentia daquela maneira nem em relação à minha namorada, não poderia sentir em relação a ela. Ou, pelo menos, eu não deveria.
Quando ela adormeceu com a cabeça encostada em seu ombro eu parei de olhar. Não aguentaria assistir a mais daquilo. Coloquei meus fones de ouvido e acabei dormindo também, poucos minutos depois. Já era de manhã quando eu tive o mais doce despertar da minha vida. Ela estava me chacoalhando e me dando pequenos socos no braço tentando me acordar.
- Vamos lá, seu preguiçoso de merda! Levante! – disse em meio a gargalhadas.
- O que? – eu estava muito sonolento e também não queria que ela se afastasse.
- Vamos! Vamos! Vamos! Nós apostamos sobre quem teria que te acordar e eu perdi, infelizmente. – ela disse revirando os olhos, mas ainda sorrindo.
- Qual é, você deveria sentir-se honrada. – disse já mais acordado. 
– Mas você está certa, se até o cara velho ali já acordou – disse apontando para Blake – eu já deveria estar lá fora!
Quando descemos do avião todo o sono esvaiu-se do meu corpo. Aquele lugar era inacreditavelmente lindo. A areia em um tom marfim, que contrastava com o azul cristalino da água. Não era um azul comum de mar, era como se envolta da praia houvesse uma piscina gigantesca e sob a luz do Sol aquilo parecia ainda melhor. Se um dia existiu um paraíso, definitivamente era ali. E a floresta também não deixava a desejar. Parecia que tinha sido milimetricamente planejada, os tons de verde, vermelho e amarelo entrelaçavam-se em uma harmonia inquestionável. Eu poderia permanecer ali por horas, apenas contemplando toda aquela maravilha. 
Mas havia outra coisa ainda mais linda. Ela. Não linda de um jeito superficial. Cara, eu quero dizer, realmente linda. Era como se ela tivesse sido feita para estar ali. Como se a ilha abrisse espaço para que ela brilhasse, reconhecendo tratar-se de algo tão belo quanto ela. Assim que desceu do avião, Christina tirou os sapatos e começou a correr e rodopiar na areia, seu ser emanava felicidade. Era uma atitude incomum da parte dela, mas eu entendia... Ela sentia-se aliviada por poder fugir do mundo, ainda que apenas por uma semana. Se qualquer outra pessoa fizesse isso, provavelmente soaria falso, forçado. Mas não ela. Havia algo realmente genuíno naquela ação e isso era o mais encantador. Apenas assistindo-a eu sentia uma ternura enorme invadindo meu coração, uma vontade incontrolável de sorrir. Mesmo com trajes simples, parecia uma princesa. Usava um vestido de renda branco, não muito colado ao corpo e seus cabelos encaracolados caíam perfeitamente sobre os ombros. Seus olhos combinavam perfeitamente com a cor do mar ao nosso redor e, por um instante, eu senti o ar me faltar.
- Hey dude, para de babar aí! – Blake disse, rindo.
- Cala a boca, seu idiota! – Eu disse, brincando com ele.
Mas ele estava certo, eu provavelmente estava encarando-a por um longo tempo e aquilo era constrangedor. Entretanto, eu simplesmente não conseguia controlar isso, meus olhos pareciam segui-la para todos os lugares e, sinceramente, aquilo não me incomodava nem um pouco. Ela estava sentada na areia, olhando para o mar e eu decidi sentar-me a seu lado.
- Ei, garotinha, quando você parar de brincar aí, a gente pode ir para o hotel – disse de uma forma mais doce do que esperava (O que diabos estava acontecendo comigo?)
-Pare de me encher, seu insuportável – disse, mostrando a língua, antes de se levantar. 
Eu levantei em seguida e fomos para o hotel. O lugar era muito bom, tinha aquele aspecto litorâneo, com construções de madeira, um uso quase excessivo da cor branca e flores por todos os lugares. Nós fomos tomar café da manhã enquanto as bagagens eram levadas para nossos quartos. 
- Ei pessoal, disseram que tem uma cachoeira fantástica no final da ilha, acho que uns 40 minutos na trilha e nós já chegamos, borá lá? – sugeri.
 - Você está louco bro? Eu ficarei aqui, aproveitando as massagistas e as praias – Cee Lo disse, com seu jeito característico.
- Eu também não, por favor, nós viemos aqui para relaxar, não para ficar caminhando sei lá quantos quilômetros.
- Ugh, sedentários de merda! E você Chrissy? Vai amarelar também? – perguntei, desafiando-a.
- Você vai ver quem vai amarelar – disse com aquele sorriso superior – Eu só vou trocar de roupa e estarei pronta. E, aposte o quanto quiser, eu chego lá mais rápido que você! 
E ela estava pronta, sem sombra de dúvida. Quando voltou, vestia um short preto justo, que tornava quase impossível não olhar para suas pernas, uma camiseta branca estampada com seu alter-ego mais famoso e tênis de corrida vermelhos. Seu cabelo estava preso para trás em um rabo de cavalo e tinha o batom vermelho de volta aos lábios. Novamente aquela sensação de falta de ar tomava conta de mim. 
- Ei, vamos? – disse, piscando com um olho só.
Caminhávamos por aproximadamente 25 minutos quando ela pediu para que parássemos. 
- Ei Adam, eu preciso de água, me dê! – disse ofegante.
- O que? Você já está cansada? – disse provocando-a.
Ela se aproximou para pegar a garrafa e eu coloquei as mãos nas costas.
- Me dê! – disse batendo os pés no chão.
Eu não consegui segurar o riso.
- Você está rindo de mim, Sr. Adam Levine? – disse fingindo estar irritada.
- Olha, se você queria água, deveria ter trazido a sua.
Ela estreitou os olhos e começou a correr atrás de mim. Era uma diversão inocente, como sempre havia sido entre nós, mas, em algum momento, algo deu errado. Correção, algo deu muito certo. Nós tropeçamos e caímos... Seu corpo sobre o meu, uma mecha solta em seu cabelo roçava em meu rosto e nossos lábios estavam perigosamente próximos. Ela me olhava fixamente, como se decidisse entre prosseguir ou não com aquilo. Então uma de suas mãos começou a percorrer lentamente meu braço, seus olhos ainda nos meus, a respiração pesada... Eu estava ansioso, mas ela parecia completamente determinada. Ela parou novamente e mordeu seu lábio inferior, como se estivesse fazendo muito esforço para parar algo dentro dela. 
- Peguei! – disse tirando a garrafa de água da minha mão, com um sorriso vitorioso.
Por um momento, eu fiquei incrédulo. Ela realmente havia me seduzido só pra pegar a porcaria da garrafa? Eu estava decidido a tirar aquilo da cabeça, mas mudei de ideia em poucos segundos. Quando ela levantou-se, soltou um suspiro tão longo que eu tive certeza. Ela tinha sentido a intensidade daquilo tanto quanto eu. Apenas conseguia esconder melhor.
- Ei, Ad, vai ficar aí no chão? – disse, estendendo-me a mão.
- Uau, você foi rápida.
- Eu tenho habilidades que você nem imagina – disse maliciosamente.
Antes que eu pudesse responder, ela já estava andando na minha frente. Percorremos mais alguns metros, quando algo me ocorreu. Quem sabe eu tivesse a mesma sorte. Mas eu não tive.
- Chrissy, eu acho que isso aqui está muuuito chato, o que você acha de uma corrida?
- Nessa estradinha estreita? Nem pensar!
- Hmm... Eu acho que alguém aqui está com medo de perder. Eu entendo, não deve ser fácil competir com um tipo atlético como eu!
- Oh, cala a boca! – disse revirando os olhos – Vamos correr então!
Provavelmente eu havia estragado tudo. No meio da corrida ela caiu “feio” e se machucou. E isso a irritou muito.
- Chrissy, deixe-me ver isso.
- Não, sai daqui! Isso é tudo sua culpa e dessa corrida idiota! Eu não deveria sequer ter vindo! – disse em um tom mais alto.
- Ei, eu não vou te deixar aqui...
- Eu não preciso da sua ajuda Adam! – Ela tentou levantar, mas perdeu o equilíbrio e caiu novamente.
Ela murmurou algo que eu não entendi e talvez fosse melhor assim.
- Christina, você está certa! É tudo minha culpa, ok? Agora, pare de frescura e me deixe ver isso, agora! – disse seriamente.
Sua expressão se suavizou e, mesmo contrariada, tirou a mão do machucado. Ela tinha um pequeno corte na perna esquerda.
- Sério mesmo? Você está fazendo esse escândalo por causa disso aqui?
- Está doendo, seu idiota!
Ela tentou me afastar, mas eu segurei-a e fiz um curativo em sua perna. 
- Não é nada muito profissional, mas vai ajudar até chegarmos ao hotel.
Ela não estava olhando para mim e isso estava começando a me irritar. Mas, antes que eu dissesse alguma coisa, ela me cutucou e eu segui seu olhar. Logo abaixo de nós encontrava-se um cenário de tirar o fôlego. Lembra o que eu havia dito sobre a entrada da ilha ser a descrição perfeita do paraíso? Esqueça. Acredito que “perfeito” não fosse suficiente para descrever aquele lugar. 
Havíamos chegado à cachoeira e a riqueza biológica contida ali era impressionante. Havia flores de todas as cores, pássaros variados e borboletas como eu nunca tinha visto antes. A queda da água era inacreditavelmente deslumbrante e o som de tudo provocava uma sensação de paz tão grande, que poderíamos ficar lá, apenas aproveitando as boas vibrações. Acho que Christina também estava sentido isso, pois um sorriso iluminado havia tomado o lugar da expressão indócil e ela parecia ter esquecido a dor.
- Isso é lindo... – disse distraída.
- É... Sabe o que mais é lindo Chrissy?
- O que? – 
- Isso – eu disse arrancando uma rosa vermelha da terra.
- Oh, isso é muito bonito mesmo – disse aparentemente desapontada.
- Não, você não entendeu. Eu sempre tive um fascínio por rosas vermelhas, sabe por quê?
Ela olhou-me com uma expressão curiosa, me estimulando a seguir falando.
- Porque rosas vermelhas não são como as outras. Elas têm algo realmente único e genuíno, sua coloração demonstra uma personalidade extremamente forte, enquanto sua textura mostra um lado completamente frágil e delicado, que somente pode ser visto quando se presta atenção de verdade. Outro quesito importante, é o fato de se mostrarem verdadeiramente apenas para quem tem paciência, para quem tem amor suficiente para cultivá-las todos os dias, vê-las desabrochando lentamente e é sensível para reconhecer o valor de cada nova descoberta. Quando completamente abertas, são de uma beleza inacreditável, mas só é merecedor da beleza da rosa aquele que for capaz de lidar com seus espinhos, pois, como tudo e todos, ela também é capaz de ferir. Mas não se engane, o fato de ela ser ligeiramente fatal não a torna menos bela. Pelo contrário, esse é só mais um desafio, mais um fator que a torna irresistivelmente atraente e instigante. No começo, você pode se machucar muitas vezes, mas, quando se desvenda seus segredos, quando se aprende verdadeiramente a maneira como tratá-la, você é recompensado com o que ela tem de melhor. Seu perfume. Não é somente o exterior da rosa que faz com que ela valha a pena, mas sim o que ela é capaz de emitir, o que há em seu interior. Isso é o mais maravilhoso. Não o que podemos ver quando estamos em sua presença, mas sim o que ela desperta em nós, o que ela nos faz sentir. E isso é o que me faz ama-las cada dia mais e é por isso, que elas sempre se destacarão em meio ás outras... E essa é sua – disse colocando a flor atrás de sua orelha.
Christina fez menção de dizer alguma coisa, mas parecia que, pela primeira vez, eu tinha conseguido deixá-la sem palavras. Ela então pousou uma de suas mãos entre meu tórax e meus ombros e começou a aproximar-se. Havia um brilho diferente em seus olhos e eu adorava o fato de ela estar olhando daquela maneira para mim. Mas ainda havia uma coisa que eu queria fazer.
- Ah, Chrissy... Espere – disse calmamente.
Ela imediatamente se afastou e começou a enrubescer.
- Adam, eu não... – disse nervosamente
Antes que ela terminasse, eu passei meu polegar suavemente sobre seus lábios, aproximando-a novamente. Eu podia ver seu corpo reagindo a meu toque. Então eu fiquei observando-a até que ela abrisse os olhos e sorri. 
- Bom, nós viemos até aqui pra aproveitar tudo isso e não é justo que você não possa ir lá embaixo por minha causa, entããão – disse pegando-a no colo – eu irei levá-la até lá!
- Não, Adam! Me solta – disse em meio a risadas – Você não é louco de fazer isso! Aaah!
- Observe! 
Desci rapidamente o caminho até o rio e pulei na água, com roupa, sapato e tudo. A sensação era magnífica. Uma alegria enorme estava invadindo-me. Quando voltamos à superfície, Christina ainda tinha os braços envoltos em meu pescoço. Estávamos ambos com a pulsação acelerada e totalmente concentrados um no outro. Quando nossos lábios se tocaram era como se houvesse energia estática, um choque forte e muito prazeroso. Beijá-la era espantosamente bom. Eu não havia percebido a real dimensão da atração entre nós até aquele momento. Mesmo sob a água eu conseguia sentir o calor de seu corpo junto ao meu e aquele calor parecia aumentar a cada segundo. E, conforme a temperatura subia, a urgência de nossos beijos tornava-se maior. Naquele momento era como se mais nada existisse, somente nós em nosso paraíso e o fogo da paixão que ardia incessantemente. Amamos-nos ali mesmo, sob o único testemunho da natureza que nos cercava. E foi extraordinário.
Essa é uma das coisas que acontecem e que você tem certeza de que nunca se esquecerá. A lembrança desse dia permanecerá viva em mim, para sempre.



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