História A bombeira ( Camren ) - Hiatus - Guerra de travesseiro!

Lauren POV

A semana estava corrida, com Camila trabalhando cada vez mais por conta das ocorrências que ela tinha que atender, mal conseguimos nos ver a semana toda. Com isso rendeu bilhetes fofos deixados para mim na porta do meu apartamento, assim como alguns chocolates. Eu já sentia falta da latina no decorrer do meu dia-a-dia, mas teremos que nos acostumar, afinal, não é sempre que ela pode vir aqui em casa. Algumas vezes eu a encontrava na varanda do seu apartamento, olhando para o céu escuro, o que sempre me rendeu suspiros. Hoje era sexta, o aniversário da minha namorada seria amanhã, e eu nem sequer havia comprado uma roupa decente para poder ir para a festar surpresa.

A festa será o seguinte, pedimos para Camila alugar um pequeno salão de festas, dizendo que só iria alguns dos seus parentes comemorar seu aniversário. Contudo, obviamente Dinah deu mais dinheiro para podermos alugar um salão maior, contratamos DJ, arrumadores para planejar toda a decoração, também convidamos toda sua equipe de trabalho. Como parte do plano, irei falar para ela que não poderei ir no seu aniversário por conter estar muito ocupada com o planejamento da escola, só espero que ela não fique chateada comigo. No final eu irei estar escondida em um local de dentro do salão, e aparecerei com uma surpresinha que certamente ela irá gostar.

Sou tirada dos meus pensamentos assim que ouço uma buzina soar atrás de mim, volto a dirigir com atenção pelas ruas, até chegar no condomínio onde eu moro. Após estacionar, saio do carro carregando minha bolsa, aceno para o porteiro que sorriu amigavelmente em minha direção. Ao chegar no meu andar, saindo do elevador encontro Austin vindo andando em minha direção, ao achar que ele iria querer algo comigo novamente, ele simplesmente passa reto e entra no elevador. Comemoro com uma dança besta, finalmente ele me deixou em paz.

Após fechar a porta da entrada, retiro meus sapatos sentindo meus pés doloridos por conta salto alto. Como Ally e Normani só chegariam um pouco mais tarde, já que avisaram de que iriam jantar fora, retiro meu blazer o jogando no canto do sofá, depois de deixar minha bolsa em cima da bancada, para então tirar minha calça, ficando somente de blusa social branca e uma calcinha preta. Vou em direção ao banheiro somente para enxaguar meu rosto, partindo então para o meu quarto. Cantarolei uma música qualquer, e ao abrir a porta do meu quarto, tenho uma surpresa. Camila estava sentada em minha cama, tendo em suas mãos um livro qualquer.

—Você sabia que Louisa Clark é bem mais desastrada que eu? —Deixou o livro de lado, levantou-se da cama e venho em minha direção, pondo seus braços ao redor do meu pescoço. —Olá meu amor, gostou da surpresa?

—Sinceramente, eu amei. —Agarrei sua cintura, a puxando para um beijo fervoroso. —Senti sua falta.

—Eu também senti a sua, mas você sabe... —Brincou com uma mexa do meu cabelo. —É muitas ocorrências e devido a isso não posso negar, pois é a vida de uma pessoa em risco.

—Entendo, meu bem. —Deixo um selinho em seus lábios. —Não precisa se explicar, não é algo que conseguimos controlar.

—Então, já sabe o que vestir na minha pequena festinha? —Se animou. —Você sabe que eu irei falar para minha família que estou namorando você, certo?

—Camz, eu queria conversar sobre isso com você. —Cocei a nuca um pouco sem jeito, caminho até a cama, onde sentamos uma de frente para a outra. —Eu não irei conseguir ir em sua festa por conta das minhas aulas.

—Como assim, Lauren? —Me olhou incrédula. —Não nos vemos a uma semana, e em um único sábado que poderemos nos ver, cujo é meu aniversário, você não irá poder ir?

—M-me desculpa, Camz. —Aquilo me doía o coração, mentir para ela, mas seria por uma boa causa. —Eu estou atolada de coisas, preciso do dinheiro pra me sustentar, não quero perder meu emprego.

—Você sabe muito bem que se isso é problema eu posso te ajudar. —Mexeu no cabelo, mostrando seu nervosismo. —Não tem como fazer isso, sei lá, domingo?

—Não dá, Camz...

—Não me chame desse apelido, Lauren. —Apoiou os cotovelos em sua perna, escondendo seu rosto com suas mãos. —Eu não quero brigar com você um dia antes do meu aniversário, mas poxa, esse é um momento especial pra mim, onde terá minha família e as pessoas que eu amo, principalmente você.

—V-você... —Eu simplesmente não sabia o que dizer, as palavras fugiram da minha mente que tentava raciocinar o que ela havia acabado de falar. —Está dizendo que...

—Sim, Lauren. —Ergueu o rosto, seus olhos castanhos lacrimejando, não desista agora Lauren, ou estragará todo o plano. —Eu te amo, entende isso? Entende o quanto te quero no meu aniversário? É porque eu te amo, chega a me doer, mas dói ainda mais ver que você, a pessoa mais importante da minha vida, não poderá estar presente em uma data especial minha por conta do trabalho.

—M-me desculpa... —Falei em um tom baixo, a puxei para um abraço, não aguentando mais vê-la chorando. —E-eu também te amo.

—Está falando isso de verdade, ou somente para me agradar?

—Falo isso do fundo do meu coração. —Levo sua mão até o lado esquerdo do meu peito. —Sente? Ele está batendo em um único ritmo, dizendo que te ama. Eu realmente te amo, Camila, toda vez que você está comigo sinto meu coração bater dessa forma como agora.

Sem dizer nada, ela apenas selou nossos lábios. Um gosto salgado se fez presente entre o beijo, indicando que ela chorava em silêncio. A abraço mais forte, fazendo seu corpo deitar na cama sem descolar nossas bocas, me apoio em cima dela sem deixar meu peso sobre ela, para que não a machucasse. Suas mãos macias fizeram um carinho gostoso em meu rosto. Naquele momento não precisávamos de língua, era um momento somente nosso, Camila e Lauren, em um momento de amor verdadeiro, nossas almas e corpos conectados, somente para prestigiar desse verdadeiro amor. Em meio ao beijo, pude ouvi-la sussurrar um eu te amo, sem que pude me conter sorri diante a isso, fazendo com que ela sorrisse também. Ela me ama, e eu a amo.

Deixo um último selinho em seus lábios carnudos e convidativos, antes de me deitar sobre seu pequeno corpo e esconder meu rosto em seu pescoço que cheirava a morango. Aplico um beijo singelo no local, vendo-a se arrepiar, sorri com tal ato, sempre causamos isso uma na outra. Um cafuné se fez presente entre as mechas do meu cabelo, suspirando apaixonada aperto ainda mais seu corpo no meu, querendo tê-la para perto de mim para protege-la de qualquer mal do mundo.

—Sabe, antes de dormir irei conversar com a lua. —Confessou simples. —E dizer que eu amo você, do mesmo modo que você me ama.

—Você me desculpa? —Ergo o tronco somente para olha-la nos olhos. —Eu tentarei fazer as coisas o mais rápido possível para poder estar presente no seu aniversário.

—E-está tudo bem. —Suspirou pesadamente, eu sabia que ela havia ficado triste. —Você tem suas coisas, só vamos trocar de assunto, por favor? Não quero acabar tendo uma briga com você.

—Okay, me desculpa. —Deito minha cabeça em seu peito. —Seu coração está batendo em um único ritmo, quase do mesmo jeito que o meu. Eu te amo muito, tá? Te amo mil milhões.

—Eu também te amo vezes o infinito. —Riu baixinho, a olhei confusa, fazendo-a rir ainda mais. —É que, esse amor é novo pra mim, sabe? Eu estou realmente entendendo o amor.

—Realmente estamos conectadas, pois eu sinto o mesmo. —A acompanhei em sua risada. —É como se tivesse uma chama dentro de mim, que toda vez que eu estou perto de você, ela incendeia todo meu corpo, mas de um modo bom, entende?

—Entendo perfeitamente, meu amor. —Fechei os olhos quando sua mão macia tocou a maçã do meu rosto, em um carinho simples, porém apaixonante. —Que loucura, não é? A um tempo atrás eu estava te salvando, e agora estou aqui com você, abraçada ao calor do seu corpo, trocando palavras de carinho que eu nunca pensei trocar algum dia.

—Se você não pensava, imagine eu. —Ri um pouco sem graça, era a primeira vez que eu iria falar sobre isso com ela. —Que fui corna durante um ano da minha vida.

—V-você sente alguma coisa pela sua ex? —Perguntou insegura. —D-digo, ainda há algum sentimento?

—Sim. —Naquele momento pude sentir seu coração acelerar. —Eu sinto raiva, tanta raiva, que se eu a visse na rua com certeza iria arrumar barraco.

—Você é uma idiota. —Estapeou meu braço com tapas latinos. —Quase tive um ataque cardíaco, sua besta!

—Ouch, Camz! —Esfrego o local vermelho enquanto ria divertida. —Desculpa meu bem, minha intenção não era te assustar. Mas, e você? Tem algum ex?

—Eu já tive vários. —Revirei os olhos com aquilo, com certeza ela está me dando o troco. —Idiota, uma vez eu namorei um cara durante um mês, ele terminou comigo dizendo que ele não era perfeito pra mim, depois fui descobrir que ele estava tendo um caso com meu primo.

—ELE ERA GAY? —Tampei minha boca após berrar, caindo na gargalhada. —Com toda certeza, você não fazia o tipo dele.

—E ele com certeza não fazia meu tipo.

—Quem diria, hein? —Sorri divertida. —Camilinha hetéro, você era a ativa da relação?

—Escute aqui. —Puxou minha orelha, causando uma dor horrível. —Me sinto ofendida sendo chamada de hetéro, então trate de calar essa linda boquinha.

—Só se sente ofendida quando chamam de hetéro né? —Mesmo com ela me machucando, não pude deixar de zombar. —Agora se te chamam de ativa você adora.

—Porque é a verdade, meu amor. —Soltou minha orelha, rapidamente coloquei a mão no local com uma careta de dor. —Desculpe, mas você mereceu.

—Aah Camz, cale essa boquinha gostosa.

—Vem calar, meu anjão. —Abriu um sorriso sapeca, sem que eu pude pensar, fui atingida em cheio por um travesseiro. —Precisa prestar mais atenção, meu amor.

—Se é guerra que você quer. —Peguei outro travesseiro. —É guerra que você terá.

—GUERRA DE TRAVESSEIRO!