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História A Burguesa E O Plebeu - Park Jimin - Péssima Ideia


Escrita por: Miaya

Notas do Autor


Quero postar logo os capítulos pra chegar aos novos, eu sou ansiosa meu Deus hahaha

(PURPLE KISS - Ponzona)

BOA LEITURA ♡

Capítulo 19 - Péssima Ideia


Park Jimin P.O.V

Terça Feira 19:00pm

Ruas De Seoul 

Já fazia horas que eu estava ali no carro esperando os dois voltarem. Não recebi ordens para esperar, mas jamais deixaria __________ com aquele desconhecido sozinha, sabe lá o que ele faria ou onde a levaria. 

Havia estacionado propositalmente bem em frente à cafeteria, só que do outro lado da rua. Conseguia vê-los devido a fachada envidraçada e agradeci aos céus por isso, mais ainda pelo carro ser revestido com vidros escuros assim impedindo qualquer um de me ver ali dentro, impossibilitando os dois de ver que os observo a distância.

A garota sorria simpática e Yoon nem disfarçava seu interesse com aquela cara de idiota, espero com todas as minhas forças que eu nunca tenha ficado assim na frente dela. 

O mesmo é tão abusado que quase me fez ter um treco e sair voando daquele carro quando seu polegar entrou em contato com os lábios da Choi, eu parecia um cachorro ofegante de tanto ódio que estava sentindo naquele momento. 

Aparentemente ele tentou "limpar" a boca dela, que duvidava estar suja, já que a mesma apenas bebia um chá gelado. Ela se afastou assustada e com um lenço de papel se limpou sozinha, me deixado um pouco mais aliviado e o babaca com cabelo cor de banana com cara de idiota.

Após isso acredito que ficaram desconfortáveis, pois poucos minutos depois já estavam se levantando para voltarem. Arrumei minha postura e olhei no retrovisor checando a aparência, novamente minha atenção se virou a eles vindo em direção ao carro. 

Por algum motivo os dois ficaram parados atrás do carro conversando, não consegui ouvir por conta do barulho de outros veículos pelas redondezas, então apenas observava pelo espelho discretamente. Minha mão foi sem meu controle até a porta e meu semblante se fechou em uma carranca ao ver o senhor abusado se inclinando e beijando a bochecha da __________. 

Por sorte me controlei antes de puxar a maçaneta e sair para separá-los dando um show de ciúmes, foi tão rápido e eu estava tão atordoado que quando dei por mim o garanhão já estava abrindo a porta de trás e Choi se colocava para dentro. 

— Boa noite e se cuida, te mando uma mensagem para salvar meu número. - Estava com tanta raiva que apenas por ouvir o som de sua voz já me irritava, seu tom era ousado e deixava explícito as intenções.

— Boa noite. - Ela respondeu e o barulho da porta se fechando foi um enorme alívio, o babaca não iria com a gente. 

Girei a chave na ignição e nem me preocupava mais por estar sozinho com ela ali, já que toda minha atenção estava direcionada ao sentimento de raiva que sentia pelo rapaz naquele momento. 

"TOC TOC" 

Apertei o botão do vidro automático para descê-lo e saber o motivo de Jeonghan estar batendo na janela, o que ele quer agora? Já não fez o bastante por hoje? Acabamos de nos conhecer e o mesmo já ultrapassou todos os limites possíveis. 

Conforme o vidro descia ao meu lado, mais meu semblante se fechava. Estava com um péssimo humor e não me preocupava em disfarçar. O rapaz me olhou do lado de fora e ergueu uma sobrancelha sorrindo prepotente, talvez tenha notado e entendido o motivo da cara feia a qual não fazia questão de mudar.

— Leve ela para casa em segurança, preste atenção nos faróis. - Apenas assenti com um aceno, pois se abrisse a boca para falar algo seria para xingá-lo de todos os nomes que estão passando pela minha cabeça nesse momento. O sorriso estampado em seus lábios me irritava, nunca pensei que conseguiria sentir algo tão ruim por alguém. — Ok, confio em você. Podem ir. 

Sem esperar qualquer outra fala do rapaz eu apenas saí disparado dali, estava furioso com toda essa situação e minhas mãos atadas me faziam sentir inútil, não havia nada que eu pudesse fazer em relação a isso. 

Quando dei por mim já estava imaginando diversas outras situações. Ele é apenas um ator contratado para atuar com __________, mas e se caso ela encontrasse de fato um namorado? Como poderia reagir a isso? 

— Alô? - Estava tão focado em odiar o rapaz que havia me esquecido da presença dela ali atrás de mim. 

Olhei pelo retrovisor e ela falava ao telefone, precisava falar consigo, perguntar para onde iria querer que eu a levasse. Já que sua agenda hoje está livre, não sabia exatamente se voltaria para a empresa ou a levaria para casa. 

— Não sei, alguém pode me reconhecer. - Não fazia ideia com quem ela estava falando, mas a voz abafada do outro lado da linha parecia feminina. — Ok, eu te busco. Beijos...

Finalizou a ligação e de repente a mesma ficou agitada no assento, observava da maneira que podia tentando não ser pego no flagra a encarando e ainda prestando atenção na direção. 

Dirigia por uma avenida bem movimentada do centro e minhas mãos estavam soando em contato com o volante, todas as sensações de hoje mais cedo voltava com carga máxima, o nervosismo já me atingia de maneira súbita me deixando ansioso.

— Pare o carro! - Ordenou Choi, fiquei sem entender o motivo dela exigir tal absurdo quando estávamos no meio da rua, na faixa central onde não podia parar em hipótese alguma.

— O que-...

— Falei pra parar! - No desespero eu apenas pisei no freio, não sabia o que fazer e como ela havia pedido com tanta urgência achei que seria algo grave. 

Me remexi no banco em busca de olhá-la, mas antes que eu pudesse vê-la ou questioná-la, somente ouvi a porta se abrindo e o vulto de seu cabelo voando ao sair do carro.

Fiquei completamente perdido e anestesiado, estava tão preocupado dela andando no meio de uma avenida dessas que, ao tentar tirar o cinto, ele travou me impedindo. Mantinha a atenção no retrovisor vendo a garota andar tranquilamente pelo meio da rua, com carros ao redor e acenando para um táxi, eu a observava com os olhos saltados. 

Meus dedos mexiam frenético em busca de me livrar do cinto de segurança, porém ela foi mais rápida e já estava indo embora naquele táxi. Eles passaram por mim, Choi estava com uma máscara preta que nem mesmo notei quando a colocou. Se estava tentando não chamar atenção falhou ao fazer uma loucura dessas.

Não havia causado um congestionamento, no entanto os outros motoristas desviavam de mim apertando suas buzinas ao ponto de ensurdecer qualquer um ali. Me adiantei em sair logo e liberar o caminho antes que pudesse levar uma multa, e ao estacionar em uma ruazinha qualquer notei o quão ofegante estava. 

Meu coração parecia uma bomba relógio, pulsava tão frenético que podia jurar que havia ganhado vida própria e poderia me abandonar a qualquer momento. 

Ainda boquiaberto me questionava o motivo dela ter feito isso, mas entendia que não queria estar comigo, pois a mesma sabia que eu a levaria em qualquer lugar e ainda assim optou por um táxi, agindo daquela maneira imprudente.


Choi __________ P.O.V

Terça Feira 20:00pm

Ruas De Seoul (Destino: Casa Da Jennie Kim)

Jennie havia me ligado e convidado para ir em um bar o qual sempre frequentamos antes de toda essa novidade de idol. 

Depois que assinei meu contrato com a King's, minha vida virou de pernas para o ar e nem mesmo tenho tempo para dar atenção a minha amiga, já que na faculdade os carrapatos insistem em ficar grudados em mim e ela não quer se contaminar. 

Sendo assim, mesmo em plena terça-feira, ela conseguiu me convencer e decidi aceitar me encontrar com Jennie. Namjoon me deu o dia livre para conhecer Yoon Jeonghan, como acabamos cedo, iria reservar o restante da noite para ela.

Jimin parecia de péssimo humor e com tudo que aconteceu não queria estar com ele. Sim, eu simplesmente não queria estar na presença do rapaz com aquele ambiente tão hostil. Então assim que vi um táxi vago pela janela eu desci e fui até ele. 

Se eu tivesse que explicar ao rapaz tudo iria ser pior, mesmo não o conhecendo bem o suficiente saberia que iria insistir em me levar com a desculpa de ser seu trabalho. 

Estava ciente que a casa da Jennie era longe dali, contudo o engarrafamento no caminho demorou o dobro do tempo, só agora conseguia reconhecer o bairro e sabia que estava chegando. 

Paguei a corrida e desci do carro, me dirigi até o porteiro para liberar minha entrada e poder subir até o apartamento da minha amiga, mas a mesma já estava saindo pelo elevador me poupando dessa. 

— Nossa, vamos a um bar ou você está indo fazer um show? - Ela estava deslumbrante, impecável, enquanto eu apenas do jeito que já estava antes. Jennie sorriu e me abraçou, a retribui e saímos do hall de volta para a rua.

— Não posso andar de qualquer jeito perto de você. Vai que um paparazzi aparece, devo estar preparada. 

— Quem ouvir isso pensa que você é realmente assim.

Minha amiga nunca se importou com essas coisas, ela é definitivamente a pessoa mais desapegado em relação a aparência que eu já conheci, até o idiota do Jimin parece querer causar uma boa impressão, enquanto Jennie as vezes vai até de pijama para a faculdade. 

— E espero não encontrar ninguém, já consigo ver a matéria estampadas nos sites de fofoca: "Choi __________, em plena época de debute deixa seus afazeres e sai para festejar em casa noturna". - Fiz mímica com as mãos como se estivesse estampando a capa de um jornal, caímos na gargalhada, ambas sabíamos como a mídia era sensacionalista e não perdia qualquer oportunidade para noticiar sobre algo que nem mesmo tinha fundamentos, apenas para atrair um pouco de atenção.

Não demorou muito até um outro táxi solicitado por Jennie chegar, a mesma falava sobre como estava esgotada de estudar e precisava de uma distração, sua proposta para hoje à noite era beber tudo do cardápio alcoólico, mesmo se precisasse sair carregada do lugar. 

Isso de fato me preocupava, já que agora, mais do que antes, há diversos paparazzi em meu encalço e nem mesmo quando estou no meu próprio condomínio tenho descanso de seus flashes em minha direção. Não podia chamar a atenção dessa maneira, mesmo sóbria não quero que minha amiga vire notícia por minha culpa.

Porém assim que pisamos para dentro do estabelecimento forrado por pessoas, Jennie mostrou que não estava para brincadeiras e em disparada foi até o bar, pedindo três doses da bebida mais forte do cardápio. 

A máscara não saia do meu rosto, o boné cobria parte dos meus olhos e mesmo assim, acredito que seria possível ver a preocupação estampada em meu semblante. Havia tantos jovens ali, ou seja, meu público alvo que possivelmente me reconheceria. 

Jennie, vá devagar, se alguém me ver aqui você que será a notícia. - Pedi em um sussurro próximo ao ouvido da garota, sabendo que a música alta poderia dissipar tudo que eu havia dito. 

E foi como se estivesse falando com as paredes, pois a garota fingiu não ouvir e virou as três doses uma atrás da outra, fazendo até mesmo o barman se espantar. 

— Relaxa amiga, se algo acontecer seu pai irá dar um jeito de abafar a notícia. - Disse desapegada, como se isso não fosse nada, como se ela não fosse ser atacada como uma "má influência". 

Estou há muito tempo nesse meio, até quando era apenas algo feito por mim mesma em meu quarto, já havia algumas pessoas extremas a dizer besteiras desse tipo. 

— Mas a merda já estaria feita, ele não pode apagar a memória das pessoas. - Disparei feito uma mãe repreendendo seu filho. Jennie é alguns meses mais velha que eu, mas age como uma adolescente que acabou de conhecer a liberdade. — Vamos Jennie, não estou pedindo demais, apenas não ultrapasse os limites, sim?

— Ok, ok... vou tentar, mas não garanto nada. Poxa __________-ah, você sabe o quanto me dedico à faculdade e em procurar um bom estágio, preciso relaxar às vezes. 

— Você não precisa de um estágio, apenas se foque em estudar.

— Você fala isso porque sua família é podre de rica e já tem uma carreira consolidada para seguir. Eu vi o tanto de gente esperando pelo seu debut, chega a ser bizarro a quantidade de pessoas falando sobre isso com o pouco tempo que foi anunciado. - Coloquei o dedo entre os lábios cobertos pela máscara fazendo um "shi" mudo para ela falar baixo, as pessoas próximas podiam ouvir e acabar prestando atenção em nós, por fim descobrindo quem sou.

— Como se sua família não fosse... - Suspirei me virando de costas e me apoiando no balcão daquele bar, via apenas o reflexo das pessoas por baixo da aba do boné e as luzes piscando. 

Aqui era um bar até dias atrás, agora parece mais uma boate com toda essa gente dançando e fazendo coisas quase explícitas em público. 

— Quando se formar vai encontrar ótimas oportunidades, não precisa se preocupar com isso agora.

— Vamos mudar de assunto, hoje não quero ouvir mais nada sobre faculdade e trabalho, apenas me divertir com a minha amiga. - Jennie toda animada me pegou pelo pulso e andando de costas me puxava para a pista de dança, se é que havia uma pista ali, pois todos dançavam sem se importar onde estavam. 

Minha amiga começou a dançar, ela era boa nisso e até me sentia inferior, já que no caso quem deveria ser uma boa dançarina ali era eu, esse é o meu trabalho. 

Ela sempre dizia que eu chamava a atenção, mas parece que nessa noite os papéis se inverteram. Seu vestido justo e curto, junto a seu jeito desinibido, estava atraindo olhares e eu estava cada vez mais apreensiva. 

Apenas balançava para lá e prá cá fora do ritmo da música que soava, não conseguia relaxar naquela situação.

— Aquele senhor pagou essa bebida para você, Srta. - Olhei para o garçom que servia uma bebida vermelha a Jennie, ele apontou para um rapaz sentado no bar que olhava fixo para minha amiga, quando ela aceitou o homem se afastou. 

O rapaz sorriu de lado ao notar que Jennie havia bebido, e eu avancei nela para tirar o copo de sua mão.

— Você enlouqueceu? E se tiver alguma coisa nessa bebida? - A repreendi surtando, porém abaixei o tom quando lembrei que não estávamos sozinha ali e havia olhares sobre mim. 

— Relaxa amiga, o garçom trouxe pessoalmente. - Ela pegou o copo com líquido avermelhado das minhas mãos, no entanto, antes que levasse de volta aos lábios o recuperei novamente.

— Ok Jennie, já que você quer tanto essa bebida, então vou pagar uma pra você. Mas com essa você não vai ficar! - A puxei para o bar e coloquei o copo em cima do balcão arrastando em direção ao barman. — Me dê outra dessa, por favor. 

O homem se virou para preparar a tal bebida e eu notei que o rapaz que havia a dado para Jennie, estava ao nosso lado e pegou para si o drink descartado, aparentemente ele bebeu para provar que não havia nada ali. 

Claro que minha vontade era dizer algo a respeito, estava me remoendo por dentro, mas um escândalo era tudo que eu devia evitar. 

Jennie não fazia qualquer questão e dançava descontraída esperando pela bebida, o cara não fazia seu estilo e eu sabia disso, era apenas mais um padrão musculoso e bem vestido, que sem dúvidas estava ali em busca de mulheres para inflar o seu ego. 

Com o novo drink em mãos, Jennie foi para a pista se divertir e eu me sentei no bar, apenas observando à distância. 

Meu celular nunca pareceu tão desinteressante, era como se estivesse com um telefone do século passado em mãos, pois tamanha era minha preocupação. 

Eu amava cantar, ser idol havia se tornado um sonho desde que recebi a proposta de Namjoon, mas naquele momento me questionava se minha vida se resumiria em apenas isso. 

Eu viveria me escondendo dessa forma para sempre? Me passaria de puritana em frente às câmeras, quando sou apenas uma pessoa normal que também deseja beber e se divertir? 

O que há de mal nisso? Por que as pessoas vivem livremente mas ditam regras do que acham certo para os demais? Também quero viver, desejava estar na pista me divertindo com Jennie, porém a preocupação dos julgamentos e o possível boicote em relação a minha futura carreira me assombra e me deixa intacta sem conseguir me mexer. 

Suspirei frustrada e olhei minha amiga, havia tantas pessoas ao seu redor que quase não era possível vê-la. O que me chamou atenção foi que todos eram homens, do tipo abusado e sem limites.

Me levantei e a passos firmes fui até ela, empurrando a barreira de corpos até chegar em Jennie. Notei que a mesma estava com outra bebida em mãos e meus olhos se arregalaram ao ver um rapaz dando o drink que bebia para ela. 

Jennie já havia perdido a lucidez com todo aquele álcool que possivelmente ofereceram a ela.

A puxei para sairmos da multidão, ela ria e parecia tonta dando passos cruzados. Estava preocupada e praguejava em busca da saída, sabia que minha amiga não estava em seu melhor estado e a deixei sozinha.

— Ya, deixa ela em paz, ela só quer se divertir. - Senti o tranco da garota sendo puxada no sentido contrário, fazendo sua mão escorregar e sair de contato com a minha. — Você é muito estranha garota!

Era o mesmo rapaz que havia dado o drink vermelho a Jennie, está que resmungava tentado sair de seu aperto. Ver aquilo me deixou furiosa, tive que respirar fundo e contar até dez antes de fazer um show ali mesmo.

— Uau, não vou nem conseguir dormir por conta da sua opinião. - A puxei de volta um tanto bruta. Sei que minha amiga não tem culpa do que está acontecendo, ela nem mesmo deve estar entendendo tendo em vista sua embriaguez, mas se quisesse tirá-la daquele cretino teria que agir firme. 

Um segurança apareceu entre a gente e barrou o rapaz, acenou com a cabeça para eu seguir e assim fiz, me retirando daquele lugar com Jennie apoiada em mim. 

Aparentemente essa era uma cena típica do lugar, já que as pessoas presentes não se chocaram e sequer nos olharam naquele estado. 

E como se tivesse um botão de ligar, assim que pisamos na saída do lugar Jennie jogou para fora toda a bebida que havia ingerido. Agora sim quem passava pela rua começou a reparar em nós duas ali, afinal, havia uma garota vomitando litros sem qualquer censura.

Segurava minha amiga da maneira que conseguia, impedindo que sujasse seu cabelo com vômito. O olhar dos seguranças ali fora parecia falar, transbordando a raiva que eles estavam sentindo ao ver uma garota sujando toda a entrada da casa noturna.

— Aish, Jennie...- Choraminguei frustrada, digamos que não é a primeira vez que isso acontece nesse mesmo lugar, só que de tanto desgosto aparentemente havia bloqueado essa memória.

A garota me olhou com um bico em seus lábios e uma cara enjoada de quem iria acabar vomitando novamente a qualquer momento. A coloquei em minhas costas torcendo para não vomitar em cima de mim e caminhei até o final da calçada, acenando para o nada esperando um táxi passar ali. 

Quando o veículo parou em nossa frente eu a fiz entrar e com certa dificuldade entrei também, já que a garota havia deitado ocupando o banco todo. 

Vi o olhar desconfiado do motorista pelo retrovisor, ele saiu antes mesmo de eu dizer o endereço o qual queria que nos levasse, pois nem mesmo eu sabia para onde ir. 

Não poderia ir para minha casa com Jennie nesse estado, tampouco para a casa da própria, o que os pais dela pensariam de nós por deixar isso acontecer? 

Hotel estava fora de cogitação, eles dizem ter restrição de informações dos hóspedes, no entanto basta um descuido para ter todos os repórteres de fofoca na entrada do prédio. 

— Srta. vou ter que pedir para se retirarem... - Disse o motorista, ele havia estacionado à uma quadra dali, em uma rua pouco movimentada e encarava Jennie inconsciente no banco.

— Ãh? O q-que...Mas, por que? - Indaguei atordoada, por qual motivo ele pediu isso?

— Sua amiga não parece bem, cheiro de vômito não sai nada fácil. - Olhei para Jennie, ela fazia caretas e estava massageando o estômago, de fato não estava em um bom estado e precisava ir o quanto antes a algum lugar para tomar um remédio.

— Eu pagarei o dobro, não...o triplo da corrida. - Propus, seus olhos fraquejaram em torno do veículo, seus lábios apertados e em uma linha fina indicava que estava ponderando. Notei que estava tentado a aceitar, até olhar novamente a garota ao meu lado e seu semblante se tornar confiante.

— Irei recusar. - O motorista disse por fim.

Bufei irritada, estalei a língua e abri a porta saindo do veículo. Jennie já estava novamente se apoiando em mim. Avistei um lugar que poderia colocá-la sentada até eu pensar em uma saída para essa situação, e a deixei ali.

Enquanto andava de um lado para o outro com o celular em mãos, não conseguia pensar em nada. Deslizava meu dedo pelos contatos em minha agenda mas ninguém parecia acessível para pedir tal ajuda. 

Digo, havia uma única pessoa, a última que eu queria ter que pedir algo nesse momento.

(Manager)

Venha me buscar nesse endereço. E sem perguntas! [Localização] (23:00)

Está tudo bem? (23:00)

Eu disse sem perguntas! (23:00)

...

Algum tempo depois um veículo parou em nossa frente, olhei e era Jimin com o carro da empresa. Ele saiu e veio até nós, o mesmo estava com as mãos no bolso e parecia curioso para questionar o que havia acontecido. 

Minha amiga já estava melhor, pelo menos eu acho. Ela não resmungava mais nem parecia que iria vomitar, mas simplesmente apagou deitada em meu ombro, de um jeito ou de outro ela era minha responsabilidade esta noite. 

Ignorando o rapaz eu apenas me levantei tentando erguer Jennie também, uma tentativa falha, a garota estava completamente inconsciente.

— Omo!

Eu simplesmente iria ao chão junto a Jennie se Jimin não tivesse segurado ambas no momento certo. O olhei com a pior cara de uma criança birrenta, sabendo que deveria agradecer ao invés disso. 

Estava contra seu peito, ele segurava firme em volta da minha cintura com um braço e amparava Jennie com o outro. O contato visual entre nós foi quebrado quando virei meu rosto para o lado oposto, saindo dali e o deixando livre para segurar minha amiga bebada.

Andei até o carro ouvindo o riso soprado do rapaz. Que abusado. Abri a porta e liberei a passagem para ele colocar a garota ali, está que ele segurava em seu colo de forma cuidadosa. O mesmo fez o que havia previsto e ajudei a deixá-la lá dentro confortavelmente. 

Não o olhava, sabia que estava agindo de maneira infantil mas não me preocupava, no momento estava brava demais com a situação e bolando quais xingamentos iria usar em Jennie amanhã quando acordar de ressaca, por me fazer passar por isso.

Entrei ao lado dela e fechei a porta, por fim tirando a máscara e o boné, deslizando os dedos por meus fios afim de arrumá-los e respirando livremente. O carro da empresa era ótimo para esse tipo de situação, ninguém conseguia ver dentro por conta dos vidros escuros, me possibilitando relaxar da maneira que conseguia. 

— P-posso perguntar onde devo te levar? - Jimin ocupou o banco do motorista, vestiu o cinto de segurança e depois de algum tempo decidiu se pronunciar, questionando algo que não sabia como responder.

—Não sei... 

— Se me contar o que aconteceu, talvez eu possa ajudar. - Seus olhos me observavam pelo retrovisor, aqueles malditos olhos. Por que estava mexendo comigo estar sobre esse olhar? 

— Jennie bebeu demais, não posso levar ela para minha casa, nem para a dela. Não posso ir a um hotel ou sauna, e você sabe o motivo. - Não era mais birrenta, estava mais para uma criança que aprontou e não sabia como se livrar da bronca. Olhava pela janela, a noite estava apenas começando e já havia me envolvido em problemas. 

— Talvez eu passe a noite no carr-...ei, para onde estamos indo? - Antes que conseguisse concluir meu raciocínio, Jimin já havia começado a nos guiar para algum lugar. 

— A um lugar onde vocês poderão ficar...


Notas Finais


Jimin é ciumento demais...meio problemático isso aí em. Para onde ele está levando elas? 🤔

As vezes eu gosto da Choi não vou negar kkkk

Espero que tenham gostado, comentários são bem vindos.
Meu perfil: @Miaya
Até o próximo capítulo. ♡


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