Onde será que o pai dos meninos mora? E quem será ele?
Estava me perguntando isso e sinto uma mão em meu ombro, ao me virar vejo ninguém mais ninguém menos que Chara
(Chara)- eae, deu certo?
(S/n)- deu certo o que Chara?
(Chara)- nada não. Bem você já arrumou as suas coisas?
(S/n)- arrumei a uma hora, eu acho. Por que a pergunta?
(Chara)- só perguntei pra saber se você quer que eu te leve até a nossa nova casa. A Tori e o Azzy já estão por lá.
Parei para pensar por um tempo. O certo seria ir agora não? Sim, esta seria a melhor opção, mas eu estou com uma sensação estranha na barriga, acho que ainda me sinto culpada por hoje mais cedo.
Me decido e rapidamente digo a Chara que não vou agora pois preciso dar uma última checada nas minhas coisas
(Chara)- sei... pode ir. Ah é, o Frisk deve estar ou no quarto ou nos jardins
(S/n)- que?
(Chara)- sei lá, vai que você se encontra com ele... Por acaso.
(S/n)- Não começa Chara, Tchau.
Me viro e volto para as ruínas, a pior parte foi a maldita ponte, mas graças a Deus não tinha ninguém por perto para me ver engatinhar de maneira ridícula pela ponte.
Atravesso todo o percurso e no momento em que ia abrir a porta alguém abre antes de mim, olho para cima e vejo o Frisk que estava com um leve ar de confusão até me ver claramente.
(Frisk)- o que está fazendo aqui? Pensei que já tivesse arrumado tudo e estivesse em direção a capital-- diz falando calmamente com sua voz aveludada e abrindo os olhos.
(S/n)- o Chara queria que eu fosse com ele, mas eu recusei
(Frisk)- recusou? Por quê?
(S/n)- é que eu não queria ir agora. Eu pensei em voltar e ver se você precisava de ajuda-- digo pondo as mãos no suéter que o Azzy tinha me dado para suportar o frio de snowdin.
(Frisk)- é bem gentil da sua parte, mas eu meio que já terminei tudo, não preciso de ajuda-- diz fechando a porta atrás de si com uma mochila e duas malas.
(S/n)- Ah... bem, eu posso levar pelo menos uma das duas malas? Elas parecem ser meio pesadas
Tento pegar uma das malas das mãos dele, mas ele não deixa.
(Frisk)- Não precisa, elas são pesadas e por isso mesmo que não quero que você carregue elas -- diz sorrindo docemente em minha direção.
(S/n)- eu insisto. Já não basta eu ter quebrado seu nariz, não posso deixar você carregar tanto peso-- digo pegando uma das malas a força
(Frisk)- tanto peso? Não é só porque você conseguiu quebrar meu nariz que eu sou fraco sabe? --- diz me olhando com um falso olhar de tristeza.
(S/n)- desculpa se vou estar sendo rude Frisk, mas você é tão... dócil. Eu realmente não consigo te imaginar como uma pessoa super forte.--- digo olhando para ele com um olhar de descrença.
(Frisk)- ta duvidando da minha força? E desde quando eu sou "dócil"?!
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa vejo o Frisk largando a mochila e a mala no chão, e logo me lançar um olhar... não sei bem explicar. E então, de repente meus pés não estão mais no chão
(S/n)- FRISK ME LARGA!!
(Frisk)- Não até você pedir desculpas.
(S/n)- Não sabia que você tinha um ego frágil!-- digo dando soquinhos de leve em suas costas
(Frisk)- Você, nessa situação está fazendo piadinhas? Nesta situação?!-- ele diz começando a me fazer cosquinhas enquanto me segurava em cima de seu ombro
(S/n)- pffffftt para!! hahaha eu e-eu meu Deus Frisk! Ajahahajaha!!
(Frisk)- só paro quando você me pedir desculpas!
Começo a me remexer tentando me soltar dele, e essa não foi uma boa ideia.
Ele acaba perdendo um pouco do equilíbrio, e ao ver que íamos ao chão ele me joga na neve logo caindo nela também.
(Frisk)- majestade. Você ainda não me pediu desculpas...
Eu o ouvi meio abafado pois estava com a cara enterrada na neve. Ao me levantar para poder olhar em sua direção me arrependo imediatamente.
Tudo ficou escuro, e gelado. Eu não pensei que ele seria tão baixo ao ponto de tocar uma bola de neve na minha cara
(S/n)- Frisk! O que você pensa que es-
Outra bola de neve...
(Frisk)- desculpe majestade, eu não consegui entender o que você quis dizer-- fala enquanto começa a fazer uma terceira bola de neve
Ah mas eu não vou deixar barato. Antes que ele consiga jogar a terceira bola de neve, eu o empurro com tudo na neve, e antes que ele tenha chance de se levantar eu subo em cima dele e começo a pegar e jogar neve na cara dele
(S/n)- o que foi princesa? Consegue me ouvir agora ou você está atolada demais para isso?!-- digo fazendo um montinho de neve em sua cara.
Ele põe as duas mãos na minha cintura e só então eu percebo que estou sentada no colo dele. Eu congelo na hora, mas antes de poder fazer algo ele aperta minha cintura e toma impulso, saindo do montinho de neve que tinha em sua cabeça.
(Frisk)- ma-ma-majestade você ai-ainda não p-ped-pediu desculpas...-- ele estava claramente com frio, tanto que mal conseguia falar de tanto que os dentes batiam.
(S/n)- então me perdoe, princesa. --- digo pondo minha mão em sua testa, ele estava frio!
(Frisk)- fi-fico f-feliz que tenha... *suspira* se d-desc-desculpado-- diz sorrindo em minha direção
(S/n)- Frisk! Você está congelando!-- digo depois de sentir sua testa e ver sua bochecha nariz e orelhas de tonalidades rosadas
(Frisk)- q-que?! Eu n-não est-estou com fri-f-fio!
(S/n)- para de mentir para si mesmo Frisk. Você precisa se esquentar, não quero que pegue um resfriado.
Sem pensar muito no que fazia, eu simplesmente o puxo para um abraço. Ele tenta se soltar mas eu não deixo, vou tentar esquentar ele da melhor forma.
(Frisk)- v-você... está bem per-perto não?--- ele diz levantando um pouco a cabeça para poder olhar no meu rosto.
(S/n)- sim, mas eu prefiro estar perto do que deixar você adoecer-- digo fazendo um leve cafuné em seus cabelos.
(Frisk)- hmmm...--- ele fecha lentamente os olhos e inclina a cabeça na minha mão, como se fosse um filhote de gato. Ao mesmo tempo ele me puxa para mais perto me abraçando com força.
[...]
Não sei quanto tempo ficamos ali, sentados um sobre o outro na neve e abraçados, só sei que acabamos cochilando
(Frisk)- majestade~
Abro os olhos lentamente e vejo os olhos dourados dele me sondando
(Frisk)- está confortável ficar no meu colo?-- ele diz com um ar malicioso.
(S/n)- desculpa! --- me levanto rapidamente, e tiro o pouco de neve que se acumulou em mim.
(Frisk)- Ah não! Por que se levantou? Estava tão bom-- diz com um tom falsamente triste.
(S/n)- chega de piadas princesa. Temos que ir-- digo estendendo minha mão para ele se levantar.
Depois dessa guerrinha de neve e esse breve cochilo nós partimos em direção a nossa nova casa. Dessa vez o Frisk deixou que eu levasse uma das malas
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