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História A chave do coração - O baile


Escrita por: Teylla

Notas do Autor


Meus amores u-u
Como vocês estão? *U*
Acho que demorei demais pra postar não é? Gomen! ><
To tendo provas esses dias ( que por sinal, são muito difíceis)
Ainda tô tendo que ensaiar pra um filme, ou seja, gravar muitas falas, e nem to tendo tempo direito pra entrar no pc, está uma situação muito difícil :c
Mas eu vou ver se posto outros capítulos hoje em outras das minhas fics, então, podem ficar calmos \õ HUASDAAISDUHASDIUASD
Obrigada por todos os comentários, prometo que irei respondê-los logo que possível!
Aqui tá um pequeno capítulo pra vocês, espero que gostem tá? *---*
Boa leitura! <3

Capítulo 3 - O baile


Fanfic / Fanfiction A chave do coração - O baile

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                  A chave do coração.

 

                                                                       Por Teylla.

 

                                                                       Capítulo 3.

 

 

 

Assim que os dois puseram os pés na entrada do salão, todos os olharam encantados, os homens ficavam boquiabertos com tamanha beleza que encaravam, algumas mulheres estava com raiva e surpresas, outras começaram a cochichar para saber quem era a loira. Lucy apenas mantinha sua  cabeça erguida, ignorando todos os comentários e olhares, ela estava nervosa, e isso era um fato.

 

Sherry que estava tendo uma conversa divertida com seu irmão, logo parou, pois sentiu o silencio de todos e encarou a porta de entrada, onde se encontrava Jude e sua filha, e logo sorriu de felicidade, ela era linda, assim como sua mãe previra.

- Sherry?  - Natsu perguntou tentando chamar a atenção de sua irmã.

- Hn? – Sherry perguntou sem prestar atenção. – Ela chegou! – Ela completou feliz.

- Ela quem? – Natsu seguiu o olhar para a irmã, e olhou para o outro lado do salão.

E logo os olhos castanhos chocolate, se encontraram com outro par de olhos negros.

- Sherry, quem é ela? – Natsu perguntou interessado.

- Lucy Heartfilia. – Sherry sussurrou, impedindo seu irmão de ouvir.

- O quê? – Natsu perguntou novamente.

- Nada, nada Natsu, o que é? – A irmã perguntou revoltada.

- Qual o problema da troca de humor? – Natsu perguntou estranho.

- Hn, ok, certo. – Sherry falou saindo do lado do irmão, deixando Natsu sem entender nada.

- Natsu... – Uma voz conhecida sussurrou em seu ouvido, e Natsu virou-se sorrindo.

- Srta. Strauss. – Disse Natsu esbanjando um sorriso perfeito para a albina que esta noite vestia um vestido verde, longo, com alguns enfeites dourados, o cabelo branco estava solto com apenas uma presilha dourada na cabeça, o colar que demonstrava ter custado uma fortuna, ficava perfeito no pescoço da mesma.

- Oras, Sr. Dragneel, não precisa de tanta formalidade, já nos conhecemos o suficiente para nos tratarmos  com informalidade, não concorda? – Lisanna sorriu maliciosamente.

- Sim, é verdade. – Natsu concordou tomando um longo gole de sua bebida.

- O que achas, de fugirmos daqui? – Lisanna perguntou segurando a gola do paletó de Natsu.

- Claro, por quê não? Só espere minha mãe descer, se ela não me vir aqui, ficará uma fera. – Natsu falou sorrindo.

- Então, ainda tem medo da mãe Natsu? – Lisanna falou provocando-o.

- Você sabe que não é bem assim Lisanna, sempre faço todas as suas vontades, você sabe. – Disse Natsu.

- Eu sei Natsu, como dá para todas as suas outras amantes, acha que não sei? – Lisanna falou um pouco irritada.

- Qual é Lisanna, vai ficar de besteira agora é? Também ando sabendo, que está noiva. Por quê não me contou nada? – Natsu perguntou um pouco incomodado.

- Adiantaria de alguma coisa? Você me pediria em casamento Natsu? Tenho certeza que não! Você não me ama o suficiente para fazer uma coisa dessas, e eu sei bem disso! – Lisanna falou irritada.

- Quem disse que não lhe amo e que não te pediria em casamento Lisanna? – Natsu perguntou suspeitoso.

- Oras Natsu, você é o conde de Dragneel, conhecido por ter todas as mulheres em sua cama, sua riqueza e tudo mais! O que iria querer com uma simples mulher como eu? – Disse Lisanna.

Natsu Dragneel apenas lambeu os lábios, comprimindo-os.

- Lisanna... – Disse Natsu.

- O que é? – Lisanna perguntou triste.

- Hn... Nada. Espere-me até o final da festa, lhe farei uma surpresa. – Natsu disse com frio na barriga.

- Por quê eu deveria te esperar Natsu? Ou melhor para quê? – Disse Lisanna.

- Querida, sabes muito bem, que eu nunca te desaponto, não é? – Disse Natsu acariciando o queixo macio da albina.

- Sim, eu sei Natsu... – Disse Lisanna concordando.

O baile começou a lotar, tudo era bem caro, desdás cadeiras até o piso do chão, afinal, a mansão tinha sido feita por um arquiteto famoso na época em que fora construída. Os pisos brilhantes, refletiam as pessoas, como se fosse um espelho. As paredes de cor quase ouro, davam um toque no lugar, os candelabros espalhados por todo canto davam vivacidade nas pessoas.

Elas valsavam pelo salão ao som da música, que por sinal, era bem animadora.

- Natsu! – Sherry apareceu afobada.

- O que houve Sherry? – Natsu perguntou preocupado.

- Ele está aqui! – Disse Sherry preocupada e estressada.

- O que ele está fazendo aqui Sherry? Quem o chamou?! – Disse Natsu irritado.

- Eu não sei! Pelo que eu saiba, mamãe não o convidou, principalmente pelo incidente de anos atrás. – Sherry disse pensativa.

- Que diabos! Não creio que aquele canalha está aqui! – Natsu falou perdendo a paciência.

- Quem é essa pessoa? – Perguntou Lisanna confusa.

- Lisanna, meu amor, por favor. Fique quieta sim? – Disse Natsu já se afastando da albina.  – Volto logo.

- Ah... Espera Natsu, onde você vai? – Lisanna perguntou puxando-o pelo braço.

- Por favor Lisanna, não me pergunte nada. – Natsu a olhou irritado e soltou-se se dirigindo ao lugar onde sua irmã explicou.

Natsu Dragneel andava rapidamente se esbarrando nas várias pessoas presentes no salão, estavam todos bem amontoados em um só lugar, o que fez o rosado pensar em como conseguiam ficar ali.

- Desculpe-me. – Disse Natsu olhando para trás.

- Olha papai, como aquele rapaz é mal educado. – Lucy disse chamando a atenção do seu pai que estava vagando com o olhar por ai, a procura de uma certa mulher.

- Hn? Quem? – Jude Heartfilia voltou a atenção para sua filha que olhava incrédula pro rosado que andava rapidamente para fora do hall.

 - Aquele jovem de cabelo rosa, como ele pode sair se esbarrando nas pessoas desse jeito?

- Oh, Natsu Dragneel.  – Jude sorriu ao ver o rosado, porém Lucy não ouvira direito o que ele falou.

- Você o conhece papai? – Lucy perguntou arqueando sua sobrancelha.

- Claro que sim, ele é uma boa pessoa Lucy. – O Heartfilia falou alegre.

- Uma boa pessoa? – Lucy arqueou novamente sua sobrancelha. – Por quê tenho a impressão que só você acha isso?

- Ah, deixe de bobagens minha filha, você nunca conviveu com o moço para achar que ninguém gosta dele. – Jude falou emburrado.

- E você já conviveu? – Lucy perguntou áspera.

- Hn...

- Papai!

- O que foi? – Jude perguntou voltando sua atenção para outro lugar, deixando sua filha falando suas asneiras sozinha.

 

Natsu corria desesperadamente para fora de toda aquela súbita e insuportável movimentação. Um rapaz estava parado em frente a uma grande janela observando alguém dentro do hall, ele era alto e trajava um terno azul escuro, com seu chapéu combinando com a roupa. Provavelmente ele estava tentando esconder sua face para não ser reconhecido pelos moradores da casa.

Natsu Dragneel percebera o jovem e empurrou-o na parede com bastante força.

 - Como ousas pousar os seus pés imundos novamente na propriedade dos Dragneel? Você não tem vergonha na cara não? – Disse Natsu alterado, ele estava segurando o rapaz alto pela gola, levantando-o um pouco.

- Haah, Natsu Dragneel, quanto tempo não acha? Um olá para você também, meu amigo. – Disse o rapaz com uma certa ironia.

- Cala boca! Você não merece dizer o meu nome, e eu nem quero ouvi-lo de uma pessoa com a boca tão suja quanto a sua! – Disse Natsu o empurrando com mais força contra parede.

O rapaz que se encontrava encostado na parede, estava sufocado por conta da força de Natsu.

- Oras, o que aconteceu meu velho amigo... Natsu? Não entendo o motivo dessa sua súbita alteração.

- Seu desgraçado! Não digas o meu nome de novo! Já te disse que sua boca é suja demais para fala-lo. – disse Natsu deixando o outro rapaz novamente sem ar por um tempo.

- Qual o problema? – O rapaz perguntou provocando-o.

- Depois daquilo que você fez... Como ainda tem coragem de aparecer aqui desgraçado? Você deveria estar em um lugar bem longe daqui! Ou preso se possível! – Disse Natsu irritado, nesse exato momento o rosado se controlava para não bater no outro rapaz.

- Como tem tanta certeza que fui eu? – O rapaz perguntou arqueando a sobrancelha. – A policia não teve provas o suficiente para me por na cadeia, você sabe.

 - Eu estava lá! Eu te vi naquele momento! – Natsu falou balançando a cabeça. – Você não deveria ter feito aquilo!

- Quem é você para falar algo assim? Você sabe que não fiz por querer! Você sabe... – O rapaz começou a desmoronar em lágrimas.

- Eu não sei de nada! Só sei que você não deveria ter feito aquilo, eu havia te avisado! – Disse Natsu sem pena alguma.

- Você é pior do que eu Natsu Dragneel! Engana as mulheres pra leva-las para a cama e depois abandona-las! Você acha que isso é digno para um homem? Você não perdoa nem as pobres virgens, principalmente aquela moça... como é mesmo o nome dela? – o rapaz deu um sorriso amarelo. – Ah sim... o nome dela era...

- Cala a boca seu desgraçado! – Natsu interrompeu-o dando um soco direto em seu rosto, fazendo sangrar seu nariz. – Pelo menos quase nunca matei ninguém! E você sabe bem mais que eu, que ela mentiu para mim dizendo que já era bem mais experiente que qualquer outra mulher! – Completou.

- Não me importo com o que você diz Natsu, o que você fez já está feito, você não poderá voltar mais ao passado para concertar aquele erro, provavelmente ela deve ter se suicidado bem após do que aconteceu. Pobrezinha, eu não a culpo. Deve ter sido bem difícil enfrentar a sociedade burocrática que temos hoje. – O rapaz balançou a cabeça e voltou a olhar para o rosado friamente.

- Você... – Natsu desferiu outro golpe no jovem, fazendo-o se contorcer de dor. – Vá embora! Não quero mais ouvir nenhuma palavra de você!

- Por quê? – O rapaz começou a rir para provocar. – Não aguenta ouvir a verdade Natsu Dragneel? Você é um fraco! Encare a realidade, fugir da mesma não mudará em nada na sua vida, esse pesadelo irá te assombrar pra sempre, você vai morrer com ele! – O jovem ria enquanto falava.

- Cale-se! Eu já mandei você se calar seu desgraçado ! – Natsu deu mais alguns murros no jovem, mas o mesmo mantinha sua postura risonha para irritar o rosado, e isso estava claramente estressando-o.

O jovem olhou pela última vez para dentro da janela e sorriu, logo após voltou sua atenção para o Natsu.

- Por hoje é só, apenas vim checar umas coisas. Até logo meu querido amigo, Natsu. Eu irei voltar. – O jovem se despediu com um sorriso amarelo nos lábios.

Natsu respirava fundo para se acalmar do que acontecera. Ele estava realmente puto com a situação. A muito tempo que não via aquele rapaz, pensou que provavelmente ele estaria morto pela culpa do que aconteceu á alguns anos atrás. 

O rosado pôs sua mão na cabeça em uma tentativa falha de ficar mais relaxado.

- Natsu...? Oh meu Deus Natsu! Tem sangue no chão! O que aconteceu?! – Disse Sherry correndo até o irmão.

- Sherry. – Disse Natsu levantando o olhar até sua irmã.

- Sim? – Perguntou.

 - Eu o esmurrei bastante, ele me provocou e eu não aguentei... – Disse Natsu tranquilo.

- Mas o quê?! Natsu! – Gritou a irmã.

- Isso mesmo, ele falou daquela garota... Então não aguentei...

- Oh, entendo... Mas... vamos esquecer esse assunto e entrar, mamãe nos espera no salão. – Disse Sherry segurando o braço do seu irmão e guiando-o para dentro.

- A mamãe já desceu? Ela deve estar furiosa por eu ter sumido de lá! – disse Natsu um pouco desesperado.

- Tem razão, ela está. -  Sherry respondeu em um tom seco que fez o seu irmão ficar um pouco hesitante em prosseguir.

 

Lucy decidiu se sentar ao lado do pai em uma mesa perto do salão de dança, afinal, ela já estava cansada de ficar em pé com aquele salto fino e estava incomodada com tantos olhares sobre ela, mesmo porque, nada tinha mudado, continuavam encarando-a alguns com desejo e outros de inveja.

- Pai, podemos ir embora? – Lucy perguntou insistente, havia sido a quinquagésima vez que ela tinha perguntado aquilo nessa noite, e isso estava deixado o pai estressado.

- Escute Lucy, vou lhe responder pela quinquagésima vez, não! – Jude falou exaltado.

- Mas eu estou ficando incomodada com tantos olhares sobre nós. – Lucy falou um pouco desesperada.

- É porque você é linda minha filha! – Jude respondeu sorridente.

- Não era você que dizia que eles falavam que eu era feia e tudo mais? – Lucy perguntou arqueando a sobrancelha nesse momento.

- Oh, eu disse? – Jude perguntou rindo.

- Disse! – Respondeu Lucy. – Não acredito, você mentiu! – Completou irritada.

- Não... Não ao todo. – Respondeu Jude risonho.

- Como assim não ao todo?!

- Bom... Eles desconfiavam de você ser realmente feia... Mas veja bem, seu pai é muito lindo, não teria como sua filha ser feia. – Jude falou se gabando o que fez Lucy dar um riso leve.

- Não acredito como você pode ser tão cínico! – Lucy ainda dava seus risinhos.

- Oras, mas não é a verdade? – Jude perguntou sorrindo.

- Claro papai, claro. – Disse Lucy.

- Veja lá – Jude apontava para as pessoas que valsavam pelo salão com sorrisos – por quê não vai dançar também? Já surgiram tantos homens aqui pedindo-a para dançar, mas você recusou todos! T-o-d-o-s! Sabe o que isso significa? – Jude perguntou triste.

- Não papai, o quê? – Lucy perguntou já imaginando a resposta.

- Você é uma sem graça! – Jude respondeu.

- Não sou sem graça, sou apenas reservada. – Lucy respondeu mantendo sua postura.

- Reservada? – Jude arqueou a sobrancelha.

- Sim, para o amor da minha vida, Gray. Minha primeira dança especial tem que ser com ele! – Lucy respondeu sonhadora e o pai bufou.

- Novamente com essa história Lucy? Ele te deixou, duvido muito que volte.

- Ele vai voltar papai! Você irá ver. – Lucy respondeu sonhadora.

A entrada de Lucy na sociedade londrina não poderia ser considerada como um sucesso irrestrito. Somente por causa de seu pai, ela fora convidada para vários bailes, apesar de não ir para eles e esse ser o primeiro baile dela, mas estava suficientemente claro que nunca seria considerada valorosa o suficiente para ser admitida no santuário da aristocracia inglesa, o Almack’s.

As salas de reunião do Almack’s era um clube social em Londres, e o primeiro a admitir homens e mulheres. Ele era formado por mulheres e homens da classe mais alta da Inglaterra. Um lugar bastante agitado e perfeito para as mulheres solteiras arranjarem um marido rico.

Lucy olhou para seu cartão de dança seguido pelo seu pai, estava totalmente vazio, apesar dos vários rapazes terem ido até ela pedindo-a para dançar. E isso era triste para seu primeiro baile que deveria ter muitas danças como outras mulheres presentes ali. Alguns conhecidos de Jude chamaram-nos para vários eventos, reuniões desjejuns, teatros musicais e outros, a maioria dos rapaz naquela noite estavam indo falar com a loira, mais para flertar do que qualquer outra coisa.

Um rapaz de cabelos loiros se aproximara da loira com um sorriso no rosto.

- Podemos conversar? – Ele perguntou galanteador.

- N...

- Claro que podem, vão lá! – O pai interrompeu Lucy fazendo-a lançar um olhar terrivelmente assustador para ele.

Ao virar-se para o garoto, sorriu e levantou-se meio trêmula.

- Olá, eu sou o Lorde Eucliffe, e você, como se chama? – Estava na cara que ele sabia quem era a mulher á sua frente, Lucy respondeu firme para não lhe dar uma resposta afiada.

- Lucy, Lucy Heartfilia. – Ela sorriu amigável.

- Quer beber alguma coisa? – Lorde Eucliffe perguntou com um sorriso sedutor.

 - Pode ser. – Lucy sorriu e o Eucliffe levou-a em uma parte do salão do baile que tinha uma grande mesa cheia de bebidas com um arranjo de margaridas no meio. Lucy olhou para a porta a fim de averiguar o tempo e avistou Natsu com sua irmã Sherry, ele estava um pouco machucado no rosto – isso é o que ela pensara.- e arqueou sua sobrancelha.

Lucy decidiu evitar de vê-lo e olhou para outro lado, enquanto os dois subiram atrás de sua mãe, minutos depois um homem todo vestido usou uma trombeta para anunciar a chegada da dona da festa. Lucy olhou para cima e viu que Natsu Dragneel se encontrava no topo da escada de três degraus que levava ao salão de baile, com a cabeça inclinada para escutar algo que a mãe dizia. Uma mulher de cabelos curtos e brancos, estava ao seu lado, e logo Lucy reconhecera quem era srta. Strauss parecia pequena perto dele, a loira já havia estado ao seu lado naquela noite e sabia que ela a superava em altura, Sherry estava ao lado da mãe.

As duas tiveram um passado nada legal.

— Aqui está seu ponche, srta. Heartfilia. — O par da Lucy havia retornado com a bebida.

— Quem é aquele, conversando com a srta. Strauss? — Lucy indagou. O sr. Eucliffe olhou para o homem na escada.

— Aquele é Dragneel. — Havia um inconfundível tom de admiração em sua voz. — Um homem rico, que lutou por vários ideias no nosso pais. Apesar de ser um grande libertino.

Natsu sempre era elogiado pelo duque de Cheney, e suas façanhas haviam sido louvadas no Parlamento. O rosado sempre tivera do que se gabar, apesar de não fazê-lo.

A música que estava tocando parou, e Lucy ficou feliz, aquela música era terrível.

Ela voltou a olhar para Natsu e o observou cruzar o salão. Seu cabelo, de um rosa claro, brilhou quando ele passou sob um dos três candelabros de cristal que pendiam do teto. Os convidados abriam caminho conforme ele avançava, Lucy o viu trocar uma ou duas palavras cordiais com as pessoas que ele conhecia, sem interromper seu progresso. Parou diante de uma garota alta e delgada, que a loira sabia ser a filha do duque de Strauss. Eles conversaram por alguns instantes e, quando a dança seguinte foi anunciada, foram à pista juntos.

Meu pai surgiu ao meu lado e retirou-me da companhia do sr. Eucliffe. Disfarçando minha relutância, acompanhei-o até a escadaria. Ele se inseriu na fileira de pessoas, perto de uma mulher baixa, com o cabelo rosa, um pouco mais escuro do que ao de sua filha, seus olhos negros eram bastante expressivos.

Ao avistar Jude, ela abrira um sorriso imenso.

- Jude! Quanto tempo! – disse Dewna.

— Dewna, minha querida. Como tem passado? – respondeu Jude carismático.

— Bem... – ela agora olhava para Lucy sorrindo docemente – e essa jovem, quem é?

— Lucy, minha filha. – Jude respondeu envergonhado.

— Oh! Lucy! – Dewna agora apertava as bochechas de Lucy amavelmente, conhecia a loira desde pequena.

— Hm... Olá. – disse Lucy sorrindo.

— Como ela cresceu Jude! Quantos anos ela tem? – perguntou Dewna.

— Ela é apenas dois anos mais nova que seu filho Dewna. – Jude respondeu, tocando gentilmente o cabelo da loira.

- Oh, entendo. Falando nisso, cadê o Natsu? – Dewna o avistou ao lado de Lisanna e foi até lá arrastando o Jude e a Lucy.

Lucy estava confusa para onde estava indo exatamente, até que avistou o Dragneel, Dewna parou na frente de seu filho sorrindo torto.

Lucy tomou o seu lugar ao lado da lady Lisanna Strauss.

Lisanna sorriu ao abrir espaço.

— Como está, srta. Heartfilia? — ela perguntou em sua voz doce e suave. — Espero que esteja gostando bastante do baile.

— Está sendo muito agradável, lady Lisanna – Lucy respondeu polidamente.

 

- Oh, vejo que já conhece a srta. Strauss não é Lucy? – disse Dewna com um olhar torto para Lisanna.

- Hm... Digamos que sim. – Lucy respondeu desconfortável.

Após a formação estar concluída, a música soou, e a dança teve início. Era uma quadrilha, uma dança nova importada da França.

Lucy não sabia dançar perfeitamente, pois vivia em casa.

— Dragneel — Dewna disse com seu sorriso mais charmoso —, permita-me apresentar-lhe a filha do meu amigo, srta. Lucy Heartfilia.

Dragneel tinha um cabelo tão claro que Lucy deduziu que os olhos também seriam. Porém, eram de um surpreendente castanho-escuro.

— Como vai, srta. Heartfilia? Espero que esteja apreciando o baile — ele falou em uma voz profunda.

— Está sendo muito agradável — Lucy respondeu pela vigésima vez aquela noite. Da proximidade em que se encontravam, podia notar como ele era realmente alto.

Lucy olhou para trás e reparou que as pessoas ao redor tentavam não demonstrar que estavam olhando-os, mas isso era exatamente o que faziam.

- Dewna, gostaria de me conceder esta dança? – Jude perguntou cortês.

- Claro que sim. – Dewna concordou, corada.

Um rapaz alto de cabelos negros aproximou-se de Lisanna com um sorriso carismático.

— Pode me conceder esta dança, lady Lisanna? —perguntou o rapaz.

Ela olhou para Dragneel, como se buscasse uma orientação, mas o rosto dele era indecifrável. Portanto, ela sorriu amavelmente para o jovem e permitiu que ele a conduzisse de volta para a pista de dança. Deixaram Dragneel ao lado de Lucy.

— Pode me conceder esta valsa, srta. Heartfilia? — Natsu pediu com polidez.

— Creio que precisarei fazer isso — Lucy olhou para seu pai, que a encarava de modo terrivelmente assustador, então a mesma concordou contragosto. — O senhor parecerá rude se me abandonar aqui. – menti.

Ele torceu os lábios.


Everytime you kissed me. I trembled like a child. Gathering the roses
We sang for the hope. Your very voice is in my heartbeat
Sweeter than my dream. We were there, In everlasting bloom

                          Everytime you kissed me - Pandora Hearts ost

— De fato. Eu lhe peço que salve minha reputação e dance comigo. – Natsu respondeu ao olhar para a Lisanna.

— Eu não sei dançar muito bem — Lucy avisou. -, digamos que eu não aprendi essa nova dança ainda...

— Tudo bem, eu te ensino. — ele prometeu e deu uma leve risadinha.

Lucy acompanhou-o até a pista de dança e foi envolvida pelos fortes braços de Natsu.

Quando a valsa foi introduzida na Inglaterra após o Congresso de Viena, muitas pessoas consideraram-na imoral, mas até aquela dança com Natsu, a loira nunca havia compreendido o motivo, afinal, nunca dançou com ninguém.

Os dois não tinham dado seis passos quando a loira percebeu que as sensações provocadas pela proximidade de seu corpo eram excitantes demais para serem apropriadas. Após uma volta completa no aposento, convenceu-se de que eram imorais.

Lucy não sabia como reagir a isso. Ele a segurava a uma distância correta e não tentou apertar a cintura dela. Porém, estava intensamente consciente da sensação provocada pelo toque da mão grande e pela proximidade do corpo forte.

Era uma experiência enervante, e Lucy ficou contente com o fato de não ter precisado falar com ele! Quando a valsa terminou, avistou seu pai conversando com a Dewna.

Natsu estava se despedindo de Lucy, quando a mesma sentiu uma vontade de ir ao banheiro.

- Hm... Poderia me dizer, onde fica o banheiro? – Lucy perguntou envergonhada e Natsu riu.

- Não entendo o motivo de ficar envergonhada, qualquer pessoa vai ao banheiro – Natsu sorriu -, mas, é só subir aquela escada – O rosado  apontou para a escada onde ele se encontrava antes – e virar a esquerda, você irá encontrar uma porta enorme e dourada. Só isso.

- Obrigada Sr. Dragneel, sou realmente muito grata.

- Oh, por nada srta. Heartfilia. – Natsu sorriu.

Lucy deixou Natsu conversando com um dos amigos dele e subiu a escada devagar, aquele salto estava matando-a, principalmente depois de dançar com Natsu. Ela ficou confusa ao se deparar com tantas portas douradas, será que ele não falou a certa de proposito?

Ela não sabia.

Mas decidiu arriscar em uma que ficava no fundo do corredor. Ao abrir a porta, fechou-a cuidadosamente, não era o banheiro.

Era um quarto.

Cheio de pinturas, bebidas, lápis e tudo mais, havia até uma pintura de alguém conhecido, mas, que no momento ela não pôde identificar já que só tinha apenas um candelabro acesso. E infelizmente, ficava longe do papel. O cheiro selvagem predominava no lugar, ela respirou fundo e decidiu sair dali.

Mas por puro azar, ouviu vozes no corredor e se escondeu rapidamente debaixo de uma peça escura que tinha ao lado da porta, ela ficou em silencio e logo após, alguém abriu a porta rindo.

- Eu te prometi uma surpresa não é? – Lucy não conseguia reconhecer a voz.

- Me prometeu sim, mas, eu esperava mais... – agora era uma voz de uma mulher.

- Acha que terminei? Apenas vim buscar um objeto e lhe dar um beijo.

As duas pessoas pararam de se falar e Lucy ouviu um barulho que podia ser considerado um beijo, a loira foi perigosamente tentar olhar quem era.

Natsu e Lisanna.

A Heartfilia estava chocada.

- Eu te amo. – disse Lisanna.

- Eu sei, agora espere-me lá embaixo. – Natsu respondeu, ignorando completamente a declaração da moça.

- Tudo bem.

Lucy ouviu os passos se aproximarem do local onde ela estava, e a mesma soluçou, na mesma hora a Heartfilia pôs as duas mãos na boca.

Natsu que estava próximo, estranhou o barulho, já que não tinha ninguém ali e decidiu ignorar e continuou o que estava fazendo, abriu a gaveta do cômodo escuro, pegando uma caixinha.

- Achei! – Natsu exclamou.

Ele abriu a porta e fechou silenciosamente indo para o baile novamente.

 Lucy tentou sair, porém uma parte do vestido estava preso em um gancho, ela puxou com tudo e conseguiu se livrar, respirou fundo e continuou seu caminho. Logo ao sair, deparou-se com a grande porta dourada que o rosado estava falando.

                                                  

Lucy desceu as escadas e avistou o rapaz de cabelo rosa conversando com um grupo de pessoas, todas seguravam suas taças, um garçom passou em sua frente oferecendo champanhe, ela optou por recusar.

Ficou olhando a movimentação das pessoas, tanto que não percebeu a chegada de algumas mulheres atrás dela.

— É sabido que lorde Dragneel está prestes a pedir a mão de lady Lisanna Strauss. – Uma das mulheres falou atrás de Lucy. – Porém, por que será que ele dançou com a filha do sr. Heartfilia em vez dela?

- Quem sabe, essa Heartfilia seja a outra? – disse a outra

Lucy estava se sentindo incomodada ao ouvir aqueles murmúrios atrás dela, e foi para outro lugar da festa.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, e logo, logo terão mais capítulos!


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