História A Chuva de Verão (PROJETO ATUALMENTE PAUSADO) - A grande e esperada viagem Part.2

"Marcar uma viagem é marcar a vida para sempre" - Anonimo

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      Cascão esperava ansiosamente que acabasse a última aula. Olhava sem parar o relógio e suava que nem um porquinho, estava quase voltando a cheirar quando era pequeno. O rapaz deu uma olhadinha nas costas da Monica, a garota se virou e deu uma piscadinha, ela provavelmente havia lido a mente do jovem.
      Ele também reparou que Magali o encarava com extrema raiva, ódio e sei lá mais o que se passava pela cabeça daquela moça. Cascão tentou fingir que não reparava na atitude estranha dela, mas era quase impossível não notar alguém que te olhava todas as aulas com olhar de nojo. "Ela deve ter ficado irritada com o lance da Cascuda, aah cansei de achar que a Magali é uma garotinha inocente e legal".
     O garoto quase deu um pulo de felicidade quando viu no relógio, pendurado em cima do quadro, que já ia dar o sinal de férias, liberdade, distancia daquilo tudo que estava acontecendo, de sair e ir para bem longe.             Quando finalmente bateu todos os alunos sairam correndo tão rápido que quase atropelavam o professor, o jovem esperou os colegas deixarem a sala de aula e também esperou sua amiga arrumar seus materias para irem embora juntos.
     Na sala ficaram o grupo que tinha tido que limpar o corredor, que se aproximaram se forma agressiva e acusadora para perto dos dois jovens que só queriam ir embora daquela maldita escola.
-Então o casalsinho lixo resolveu esperar para apanhar? - Cebola apresentava uma postura de ditador como de costume, o líder da turminha cata-lixo.
-Vo adora coloca essa matéria no meu blog principal -  Denise mostrava um sorriso como se aquilo fosse o babado da semana : "CasxMo".
-Me admira que agora voces sejam um casal, lixo sempre combina com lixo - Magali tinha os braços colocados em volta da cintura de garota megrela que ela era, mesmo assim a jovem acreditava que era a bonitona do colégio.
-Cascão vou bater tanto na sua cara para perder dentes, por me deixar por essa gorda - Cascuda estava sendo segurada pela Marina e pela Carmem, se não ela ia realmente bater no ex namorado.
-Voce realmente acham que com essas ofenças e ameaças mediocres conseguem nos intimi- Cascão foi intenrompido pela mão da sua amiga que tinha um olhar de mistério, mas que ele conseguiu entender.
-"What doesn't kill you make stronger" - a garota disse aquilo enquanto fechava os olhoes e quando volta a abri-los, pega na mão do amigo e o arrasta até a porta da sala - Estamos indo turminha cata-lixo - ela sorriu deixando-os ainda mais irritados.
-Voce vai ver Moni-Gorducha, no sábado faremos uma visitinha na sua casa - Cascuda falava aquela frase sem remorço e nem mesmo compaixão.
-Vou estar esperando pela porta da frente, Q-U-E-R-I-D-A - Monica foi andando acompanhada pelo Cascão que quase dava gargalhadas por eles acharem que os dois estariam em casa no fim de semana.

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      Monica caminhava com seu amigo ao lado tentando conter suas risadas, fazendo com que ela também começasse a rir. Indo em direção a entrada da escola, todos os olhavam com o mesmo olhar entendiante de toda maldita semana, depois dessa mudança eles estavam começando a ver o verdadeiro lado das pessoas, quando acreditam em boatos ou se deixam levar por um líder idiota.
Enquanto eram encarados pela multidão, a garota tirou os fones da bolsa e colocou no ouvido de ambos. Ouvindo "Eye Of The Tiger", começaram a andar na calçada imitando os músicos da banda: Monica era o cantor e Cascão na guitarra e todas as pessoas que olhavam os dois fazendo tal loucura riam ou olhavam com cara de "voces são pirados".
      Chegaram na casa dela cansados de tanto ficar fingindo ser de uma banda. Ele se despediu da garota com um beijo no rosto e disse que voltaria depois do almoço para irem ao aeroporto no voo das 15:30.  A jovem viu o amigo entrar em sua casa, que era do outro lado da rua, e antes dele entrar deu um último tchauzinho por prevenção.

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      Cebola havia chegado em casa um pouco atrasado e teve que escutar bronca dos pais. "Que besteira desses velhos me culpar por não estar aqui para ajudar no trabalho daquela pirralha, isso que dá ter uma irmã" o rapaz via os pais bufarem e fingia escutar o que falavam, ele julgava aquela discussão desnecessária e sem lógica alguma. No final apenas concordou que tinha entendido o recado, mas inventou uma desculpa para não ajudar a irmã no trabalho e seus pais disseram que apenas daquela vez passaria.
       O rapaz subia as escadas com o sorriso sarcástico de sempre, empurrou a porta do quarto com o pé cheio de barro, quando se virou a fechou quase derrubando a casa inteira. Dentro do quarto, que agora estava arrumado, ele começou a jogar as roupas do treino de futebol cheirando a gambá morto em cima da cama limpinha que agora estava verde de tanta sujeira, jogou as chuteiras e as meias de baixo da cama, ficando só de cueca sentado na escrivaninha, lendo o facebook e nas mensagens combinando os detalhes finais do plano.

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      A garota, que já havia almoçado, levava as malas, uma mochila e um travesseiro para a sala de estar com a ajuda do pai que estava morrendo ansiedade de deixar sua filha viajar sozinha e com um amigo que ele mal conhecia. Monica percebeu o nervosismo do pai, então resolveu abraça-lo para se acalmar um pouco.
       Ela, logo em seguida, se sentou no sofá esperando seu amigo tocar a campanhia para irem ao aeroporto. Quando ele bateu na porta dela, a moça saiu correndo quase tropeçando e abriu a porta para o Cascão que levou um susto ao ver que a jovem quase tinha caido no chão bem na sua frente. Ele deu um risada enquanto sua amiga tentava disfarçar o seu desajeitamento.
      Seu Souza colocou as malas de ambos dentro do porta-malas do carro e pediu para que já fossem entrando dentro do automóvel. A adolescente deu um último abraço bem apertado na mãe, entrou dentro do carro com Cascão sentado ao seu lado e colocaram o cinto.
     Quando o carro começou a andar, os dois olharam através da janela, se olharam e suspiraram como se estivessem indo embora para não voltar mais. Enquanto Cascão escutava atentamente as dicas do pai de sua amiga, Monica escutava música dando leves risadinhas vendo a cara de seu amigo atenta a tudo que seu velho falava.
      Chegando no aeroporto, Seu Souza quase teve um treco em deixar sua filha ir sozinha, mas depois de muito insistir ele deixou os adolescentes tirarem as malas e irem esperar o voo, claro que Monica deu um último beijo na bochecha do pai e saiu correndo para acompanhar seu, agora, colega de viagem.

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     Cascão olhava para todos lados e percebia o quão grande era um aeroporto para viagens internacionais. Monica tinha o deixado esperando perto da máquina do restaurante, porque ela fora confirmar as passagens e se o horário estava correto. O rapaz de tão ansioso começou a tacar uma moedinha de 1 real para cima e para baixo.
     A moça vinha em sua direção correndo ofegante e muito desesperada.
-Cascão nosso voo é mais cedo do que estava no site - Monica precisou pegar a garrafinha de água que estava na mochila e tomar.
-O que? E agora? - o garoto ao ouvir aquilo quase começou a roer as unhas de tão nervoso que aquela situaação havia se tornado.
-Vamos correr que conseguimos entrar naquele voo - a moça agarrou na mão do jovem e os dois corriam feito atletas em olimpíadas.
     Conseguiram deixar a comisária de bordo deixa-los entrarem a bordo do avião, porque ela percebeu que eles realmente não sabiam que o voo tinha sido adiantado; Entrando na cabine, os jovens se sentaram em sua poltronas, apertaram os cintos, suspiram aliviados por ter chegado a tempo e mandaram uma mensagens aos pais que tinham conseguido chegar em segurança.
     O garoto relaxou na cadeira e pediu que a jovem colocasse uma música para ele escutar em seu celular. Ela deu um tapinha no ombro dele, dizendo que o amigo estava sendo folgado demais, mas deu o celular e deixou-o escutar as canções, enquanto a garota escrevia coisas aleatórias no WordPad para passar o tempo. Olhou pela janelinha, vendo a embarcação sair do chão riu ao lembrar que a turma ia fazer alguma coisa com eles, sem sequer os dois estarem lá.