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História A Clínica - Sai


Escrita por: MSabaku0206

Notas do Autor


Oi!

Boa leitura!

Capítulo 5 - Sai


Fanfic / Fanfiction A Clínica - Sai

Naruto Uzumaki:

 

- Então... quem gostaria de contar sua história hoje? – Shizune perguntou e eles se entreolharam, até que um garoto de cabelos e olhos negros e pele muito branca levantou a mão.

- Eu posso falar. – o garoto falou e ela assentiu sorrindo, lhe dizendo para começar – Boa tarde, meu nome é Sai e eu tenho 17 anos...

 

Flashback on:

 

            Eu morei com meus pais e meu irmão mais velho Shin até os doze anos, quando nossos pais morreram e nós fomos levados para morar com nosso avô, Danzou. Eu não gostava dele, achava estranha a maneira que ele me olhava, mas meu irmão sempre dizia que estava tudo bem e que nada de ruim iria acontecer. Ele estava enganado.

            No primeiro ano não aconteceu nada demais, ele apenas me olhava esquisito e às vezes ficava me espiando trocar de roupa. No segundo ano, as coisas começaram a piorar e ele começou a me tocar, acariciar o meu corpo, principalmente enquanto estava dormindo. Eu me sentia estranho, sentia nojo e medo. Contei ao meu irmão, mas ele disse que era coisa da minha cabeça e que eu estava exagerando. Eu não estava exagerando.

            No terceiro ano, quando eu estava com 14, as coisas pioraram de vez e um dia eu cheguei da escola triste, havia recebido uma nota baixa, ele então agarrou o meu braço e me levou até o seu quarto, trancando a porta e me jogando na cama de qualquer jeito, tirando as próprias roupas em seguida.

            Eu o olhei assustado, sem saber o que fazer, jamais antes havia estado nem pensado estar naquela situação, ele se aproximou lentamente de mim, arrancando as minhas roupas a força, dizendo que iria me ensinar uma lição, que eu era um garoto mau, que merecia ser castigado e que o que ele iria fazer era apenas disciplina.

            Eu me debati e consegui tirá-lo de cima de mim, correr até a porta e abri-la, porém jamais iria imaginar o que aconteceria em seguida, quando estava quase saindo, meu irmão chegou, me pegou pelo braço, me levando de volta para aquele lugar. Meu próprio irmão.

            Danzou me virou de costas e logo enfiou um dedo, sem cuidado algum, suas unhas arranhando tudo por dentro e eu gritei de dor e tentei me soltar, mas Shin me segurava e ele era bem mais forte que eu.

            Danzou ficou mexendo aquele dedo nojento dele por mais alguns minutos, até que finalmente tirou, substituindo por algo maior.

            Ele me penetrou e eu gritei, implorando para que parasse, mas ele não deu importância e aumentou ainda mais a velocidade e força dos movimentos, dizendo que eu era a sua putinha e que iria obedecê-lo.

            Eu chorei durante todo o tempo, até que ele finalmente gozou dentro de mim, deixando sair seu sêmen, misturado com o meu sangue, saindo do quarto, sorrindo e assobiando feliz, me deixando lá, acabado.

            Eu me encolhi na cama, chorando, Shin me olhou com os olhos cheios de lágrimas e tentou me abraçar, mas eu o empurrei. Não queria que ele se aproximasse de mim, para mim ele era um traidor.

            Chorei por horas e ele se encolheu no canto do quarto, chorando também, me pedindo perdão a todo instante, mas eu estava com raiva dele, não queria lhe ouvir.

 

- Por quê? Por que fez isso comigo Shin? – perguntei entre lágrimas.

- Me perdoa Sai... eu estava com medo. Ele me ameaçou, disse que me expulsaria de casa se eu não o ajudasse, que eu iria para a rua, passaria frio e fome, e que homens se aproveitariam do meu corpo. Eu fiquei com medo. Me perdoa, por favor. – ele falou, enquanto chorava, mas eu estava magoado e não conseguia perdoá-lo.

- Eu nunca vou te perdoar. – falei, ele chorou ainda mais forte e correu do quarto.

 

            Uma semana depois, quando cheguei em casa da escola, dei de cara com uma cena que eu nunca mais vou esquecer: meu irmão pendurado na árvore de trás da casa, com uma corda no pescoço. Ele havia se matado. Ele não aguentou a culpa de ter permitido e ajudado o nosso avô a abusar de mim, deixou um bilhete escrito “sinto muito” e uma carta, que eu até hoje não tive coragem de ler.

            Depois disso as coisas só pioraram e o Danzou me estuprava quase todos os dias, até um dia em que eu não aguentei mais e contei a um professor, o qual denunciou o meu avô, que foi preso.

            Meu professor solicitou a minha guarda e me trouxe até essa clínica, onde eu consegui me abrir e conheci pessoas iguais a mim, que passaram por situações semelhantes à minha e entendiam perfeitamente a minha dor. Conheci amigos de verdade e minha linda namorada Ino, a pessoa mais importante da minha vida.

 

Flashback off

 

            O garoto terminou de falar, com lágrimas nos olhos, assim como a loira, que segurava fortemente a mão dele e sorria, ele em resposta sorriu para ela, que deitou a cabeça em seu ombro.

            Olhei para meus amigos, que estavam chocados e novamente Sakura chorava, ela realmente estava se tornando sensível, eu nunca a tinha visto desse jeito.

            Depois da reunião, nós fomos trabalhar e vimos os pacientes indo embora. Sai e Ino saíam de mãos dadas, sorrindo e brincando um com o outro e eu não pude evitar sorrir, os dois passaram por situações horríveis e haviam se encontrado nesse lugar, haviam descoberto uma luz em meio a toda a escuridão que os rodeava. Era bonito e eu me senti feliz por eles.

 

- Acha bonito? – me virei ao ouvir a voz e meu sorriso se desmanchou, vendo o irritante Uchiha.

- Acho. Acho bonito sim. Um ser o apoio do outro, é muito bonito. Talvez você devesse tentar, talvez fosse mais feliz e parasse de me encher. – falei e ele me olhou irritado.

- Não diga o que eu devo ou não devo fazer, seu imbecil. Você não me conhece. – ele praticamente cuspiu e eu o olhei, arqueando uma sobrancelha.

- Eu te entendo, você deve sofrer não é? Por isso está aqui, buscando uma maneira de se entreter... mas eu não sou um bichinho. Por que você não procura quem queira ser incomodado por você? – falei e ele pareceu mais irritado.

- Não fale como se me conhecesse. Você não sabe nada de mim. – ele falou entredentes e eu sorri.

- Olha a pobre vítima aqui... Pare de se fazer de coitado garoto. Por que não faz como seus amigos? Eles passaram por coisas tão ruins quanto você e estão se reerguendo. – ironizei e ele me soltou, balançando a cabeça em negativa.

- Eu não vou perder meu tempo com você. – ele se virou e começou a andar, mas parou no meio do caminho, olhando para trás em minha direção – E não... eles não passaram pelas mesmas coisas que eu. – ele saiu e eu fiquei confuso. Afinal, o que ele quis dizer com isso?


Notas Finais


Amanhã posto mais cinco capítulos.
Continua...


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