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História A concubina do Faraó (hiatus) - Saga 1: Capítulo 14.- back.


Escrita por: Wikene_devil

Notas do Autor


Hum voltei. Eu sei que disse que iria voltar só depois de uns dias. Mas o última cap ainda não está betado então ia demorar uma eternidade para vcs lerem. Mas vcs não merecem isso! Esperar mais um mês ou dois. Eu como leitora até me sinto mal então trago a vocês o último cap da temporada 1 de Concubina ainda não betado.

Depois trago betado.

Esse cap contém Cenas violentas 18+, depende de como cada tipo de pessoas vai reagiar então lê com cuidado.

Vcs podem odiar a Ino mas sabem que sem ela aqui esse circo de fic não roda 🤣😂

Desculpa por qualquer erro 😢

Então sem mais delongas boa leitura.

Obs: o cap já está betado pela nossa diva Aika do anime designer 😍😍😍

Capítulo 14 - Saga 1: Capítulo 14.- back.


Fanfic / Fanfiction A concubina do Faraó (hiatus) - Saga 1: Capítulo 14.- back.

A Concubina do Faraó - Capítulo 14 - Back 

Escrita por Wike_devil

 

 

 

 

Alguns dias depois, palácio real antigo Egito. 3 mil anos atrás.

 

Ramsés sempre achou que era um bom partido para as mulheres do reino. Ele era gentil e fingia sorrisos só para agradá-las mesmo não gostando delas. Seu jeito intimidador fora desenvolvido pelo seu pai, ele o obrigava ser assim dizendo que era apenas desta maneira que se demonstrava poder.   

    

Mas ele estava quase para morrer, Ramsés podia suspirar aliviado agora. Sua vingança estava quase concluída e apesar daquele homem ser seu próprio pai, ele não sentia nada!

 

Entretanto, mesmo faltando mais um pouco para concluir seus planos… não conseguia ter aquela alegria que quis tanto alcançar quando era ainda criança. O dia que mataria seu pai com as próprias as mãos e se tornaria o faraó. Por Koh…

 

Por Selia...

 

Ramsés se perguntava se ela ficaria feliz com as coisas que fez até agora... ele já sabia a resposta. Aquela mulher não aprovaria por mais que estivesse sofrendo, nunca iria levantar uma única unha contra seus inimigos. Nefertari lembrava Selia. 

 

Era tão boa que acabou por morrer de maneira tola… 

 

Nefertari chamava sua atenção e cada dia que passava sentia-se mais atraído por ela. Mas ela simplesmente o rejeitava. E aquilo o intrigava ainda mais...

 

Agora estava numa sala de reunião enquanto a os sacerdotes discutiam entre si sobre sua amada e nova concubina. 

 

— Sua alteza, não sabemos onde essa mulher denominada Nefertari veio… ela é de origem desconhecida... reconsidere, por favor! Sua majestade, a rainha, acha que ela pode ser uma espiã de outro país… — informou um dos sacerdotes.

 

— Besteira! Abram seus ouvidos e ouçam com clareza, ela será minha concubina. E isso não diz respeito a sua majestade com quem eu vou me casar. — O loiro cerrou os dentes para conter a raiva. 

Aquela mulher queria estragar seus planos de casar com Nefertari. Ela queria se vingar por não ter conseguido o incriminar e matá-lo, sim ele sabia que aquela caixa de cobras não era do povo de Hitato, mas sim a própria rainha da nação. Se ele morresse, Koh seu filho legítimo estaria na liderança. Mas o pequeno não quer se tornar faraó... 

O pobre garoto tinha um trauma daquela posição que tantos lutavam para ter. E apesar da criança passar o que passou quando era muito pequeno devido ao maldito trono, aquela mulher desprezível não deixava de pressionar seu filho na boca dos jacarés.

 

— Eu acho que ainda é cedo para casar! Seu casamento com sua irmã é a prioridade. —Aconselhou outro sacerdote. — Sua alteza, o jovem é sucessor de seu pai e sol de todos nós… — Uma mulher de origens desconhecidas só trará desgraça para si — disse também o primeiro ministro falando pela primeira vez.

 

 — Eu sou o filho do faraó, abençoado por todos os deuses e se eu digo que ela será minha concubina, ela será. Estão dispensados. — Ramsés levou a mão a testa. Sentia a cabeça latejar de tanto gritar com aqueles hipócritas.

Parecia que todos se impunham ao seu casamento com bela mulher. Mas ela não podia! Porque... porque ele sentia que se ele não casasse com Nertefari de uma vez ela desapareceria da sua vista. 

 

Tinha pesadelos recentes e constantes dela desaparecendo repentinamente... Evaporando em seus braços. Ela partia sem explicação lógica. É como se os deuses o dissessem que aquela mulher não o pertencia, que não era para ele... e que não estavam destinados a ficar juntos, Isso o frustrava.

 

Sempre que a apanhava distraída olhando para paisagem de forma pensativa... notava que seu olhar melancólico era para além das daquelas dunas de areia. Ele sentia que ela iria desaparecer um dia.

 

E por isso que não podia a deixar ir…

 

— Ramsés… — A voz calma do amigo o chamando o tirando dos seus pensamentos atordoados —está interessado por senhorita Nefertari... não sei dizer se isso é bom ou ruim, mas e sua alteza Hermutemire… — A menção da irmã o deixou ainda mais cansado. — Não quer mais casar com ela?

— E-eu não sei… — Levou as mãos aos cabelos loiros os soltando do rabo de cavalo os deixando soltos. —  Nefertari se opõe a se casar comigo... diz que no país dela o que faço é "crime", mas é normal nós termos várias mulheres, não é? — perguntou para o parceiro que riu da sua cara confusa. Shikamaru viu o quanto  aquela mulher o deixava confuso e sem órbita, e o sacerdote gostava disso. Pela primeira vez na vida viu seu amigo se importar por algo além dele mesmo, seus irmãos ou sua falecida mãe. A sede de vingança o tinha consumido de tal maneira que não pensava em mais nada além da vingança.

 

—  Nunca concordei em ter várias mulheres… — respondeu deixando o amigo mais irritado. — Eu nunca aceitei essa lei e acho que você devia casar com quem realmente goste... senhor, quanto a resposta que procura eu não posso dar, o senhor tem que decidir sozinho. Me diz Ramsés, o que você quer?

 

"Eu quero casar com Nefertari e apenas ela…"

— Então acho que você já tem a resposta. Mas aposto que ela o odeia, além do mais, você já tentou matá-la uma vez... —  O relembrou. Naruto só faltou xingar o amigo por relembrar daquele pequeno detalhe ele.

 

"Nefertari porque que você não me obedece… você é realmente uma mulher complicada…"

 

 

 

(...)

 

Faziam três meses que Hinata estava naquela era sem meios para voltar à sua casa. O passatempo de Naruto era visitá-la todos os dias e passar tempo com ela. Como um animal de estimação ele a mantinha por perto.

 

Comer. Dormir. Andar pelo palácio, brincar com Koh, era uma das poucas coisas que podia fazer naquela época, sem tecnologia nem livros para se entreter. As servas a vestiam prontamente por ordem dele e agora tinha um quarto especialmente para ela. 

 

Ino já não aparecia com tanta frequência como antes. Ela a evitava. 

 

Hinata olhou para quarto cheio de presentes espalhados por entre os móveis e chão. Suas servas pessoais a mostravam bem animadas com dedicação do príncipe para si. Com o passar dos meses ficou mais íntima com as outras servas além de, Iya.

 

—  Hinata, sua alteza realmente tem interesse por ti, não é fantástico? — inqueriu Iya enquanto pegava um vestido luxuoso e mostrava contente. — Logo, e se não tiver errada, a senhora será a futura esposa do faraó. — As duas servas gritaram festejando. Hinata baixou o olhar não gostando do comentário. Elas diziam isso por ser um dos rumores que circulavam pelo palácio todo. E sobre o quanto Ramsés parecia gostar da sua nova concubina.

 

— Não pretendo me tornar a esposa de sua alteza — respondeu séria, fazendo as mulheres pararem de falar e olharem para ela. — Ino é que será a esposa de Ramsés...

 

— Mas senhora... ele só tem olhos para si você. Não seria maldade prender a princesa ao homem que não a ama? — questionou Iya, fazendo Hinata se sentir meio culpada.

 

— Eu... 

— Nefertari! — Alguém gritou ao abrir a porta, os olhos azuis quando a encontraram a fizeram tremer. 

 

Quando avistava aqueles olhos brilhantes, Hinata ficava com repulsa, tudo o que aquele homem fez voltava em sua mente e era impossível não se sentir assim. Observou as mulheres suspirarem com a presença de Ramsés. 

— Saíam! — ordenou ele sem olhá-las, seus olhos fitavam apenas Nertefari. As servas saíram às pressas. 

 

— Naruto não devias as tratar assim... — falou Hinata o olhando meio irritada pelo abuso de autoridade dele.

 

— Elas não se importam — respondeu simples. Os lábios se alargaram e esticou a mão para ela. — Ande até o jardim comigo. — Pediu estendendo a mão para ela. Hinata o olhou por uns breves segundos, suspirou e estendeu sua mão cedendo ao olhar apreensivo do rapaz. Ele apenas retribuiu com um sorriso que revelava mais uma vez suas covinhas.  

 

Caminhavam calmos pelo corredor, à noite o céu brilhava com as incontáveis estrelas espalhadas Hinata nunca achou o céu tão cativante como naquele Era, a lua dava um outro ar. Sem grandes nuvens para tapar, talvez na atualidade não ligavam muito para o quão puro o mundo era antes...

 

O loiro a puxou até um pequeno jardim no palácio que era diferente e tinha pouca vegetação era de se esperar num país tão quente. Um banco estava no canto para enfeitar um pouco o lugar. No meio uma pequena fonte. 

 Hinata o viu sentar primeiro e após, se sentou também. Era tão intimidante estar ao lado dele, mas era algo que ela guardaria para si. 

 

— Gostou dos presentes que enviei para você — questionou pegando suas mãos pequenas e as acariciando cuidadoso.

 

— Eu... — Olhar para ele a deixava meio transtornada por breves segundos. Uma cor lilás chamou sua atenção no meio daquele jardim, levantou do lugar e caminhou até a pequena plantação de flores, sentou no chão sem se importar em sujar o vestido. Ramsés a chamou confuso. — E preferiria que me desse flores em vez todos aqueles presentes caros... — murmurou as palavras, mas ele ouviu. Ele sentou ao seu lado arrancou a flor e a encarou deu uma risada bastante debochada. A flor foi amassada por seus dedos. Hinata o olhou chocada.

 

— Flores são apenas flores... — Devolveu enquanto olhava para elas. Os homens da era moderna eram mais afetivos. Hinata o olhou por breves segundos o encarando. —  O que tem de tão especial nelas?

 

Como ele podia ser tão...

 

—  Frio... que desperdício, com tanto poder que tem, mas não sabe apreciar as coisas bonitas ao seu redor — murmurou o encarando, a sobrancelha loira arqueou confusa. Hinata o olhava séria. — Você é vazio... Você realmente não sente nada não é, Naruto?

 

"Claro que não sentia! Se teve coragem de tentar matar seu pai...” 

 

As pálpebras dele tremeram por alguns segundos quando ouviu isso sair da sua boca. Ficou um silêncio pesado, Hinata levou a mão a boca meio arrependida. Ela não devia dizer coisas maldosas para pessoas sem ao menos conhecê-las, mas ela o conhecia. Sim, ela conhecia sobre suas aventuras, seu reinado, sabia tudo sobre o Grande faraó Ramsés por entre incontáveis livros, contos deixados pelo tempo, porém não sabia nada sobre essa pessoa que estava à sua frente. Nada!

 

Contudo, Hinata não conseguiu segurar... foi mais forte que ela... ficou irritada quando ele disse aquilo e só pessoas vazias pensariam algo assim. 

Mas se assustou um pouco quando viu a mão grande dele procurar pela sua, a pegou pelo pulso e a guiou até ao seu peito nu. Hinata sentiu sua face queimar levemente.

 

— Se eu sou vazio... Porque que meu coração ainda bate quando estou com você? — As palavras saíram roucas, o rosto masculino a olhava sério. Aproximou seu rosto mais perto, aquele olhar e intenso, os orbes de cor do mar a fitavam, sua respiração nunca pareceu tão pesado e o coração bater tão fortemente. Não era o dele... 

 

Seus lábios estavam a um milímetro de distância, mas Hinata se recuperou daquele encanto e o empurrou atordoada.

 

— Não faça isso! Eu já disse que eu amo outra pessoa. — Pediu se afastando, porém, a mão foi puxada novamente fazendo seus calcanhares girarem para frente dele.

 

— Porque me tortura Nefertari? — perguntou encostando a testa na dela.  A mulher sentiu algo gelado colar em sua pele a fazendo se arrepiar, olhou para baixo e arregalou os olhos quando notou o objeto na sua posse. — É um presente...

 

"Não acredito! É o colar que meu irmão me deu no meu aniversário de 18 anos… eu estava a usar ele quando fui arrastada até aqui...se eu usar ela."

 

A mesma joia tinha desaparecido do seu pescoço depois de chegar naquele lugar. Estava com a posse mais uma vez daquele artefato antigo. A joia pertenceu a mulher mais amada de Ramsés. Aquele mesmo artefato que a levou naquele lugar será... que podia voltar para casa com ela?! 

— Nefertari você está no mundo da lua de novo... —  A chamou. Hinata o olhou enrugando a testa. — Você sempre faz isso... o que está pensando?

Ramsés sempre a apanhava pensativa. Por estar na situação que se encontrava, às vezes se perdia em seus pensamentos e parecia esquecer totalmente o que estava em sua volta e Naruto parecia não se importar com isso. 

 

— Essa pulseira….

— Gostou? É uma joia especial. Eu pedi para fazer exclusivamente para ti. Para sempre a lembrar de meus olhos. — Ao dizer aquilo, Hinata reparou o quão azul era a joia. —  No momento eu não tenho poder suficiente para decidir as coisas da minha vida, mas quando eu me tornar faraó oficialmente, eu irei poder a mimar da forma que esperas... — Pegou sua mão a entrelaçando com a sua, ele parecia gostar de a tocar, pois sempre arranjava forma de tocar sua pele. 

 

Mas a expressão era meio dolorosa, Hinata ao observar seus olhos, viu que Ramsés tinha um semblante de tristeza, talvez uma grande tristeza e de rejeição.  Ela não podia ficar ali, melhor dizendo seus caminhos nem deviam ter se cruzado.  Hinata não pertencia àquele lugar e o amor que Ramsés dizia sentir ela não poderia corresponder. Em três mil anos no futuro a única coisa que restará dele seriam pinturas, livros e vários lugares passados por ele.

 

Uma viajante do tempo que pegou emprestado o nome de Nefertari, não parecia certo distorcer as coisas do passado.

— Está pensativa de novo... deve estar a pensar o quanto me odeia. —  O homem deu um peteleco com dedo, a fazendo dispersar dos seus pensamentos. — Mas você tem razão, aos seus olhos eu sou um homem cruel… — Riu seco se afastando dela e sentando-se no banquinho branco de dois lugares. Estendeu o corpo sobre este e olhou para cima. 

— Sabe, eu nunca perdoei o meu pai pelo que fez com minha mãe. A minha pobre mãe deu à luz e ele na primeira oportunidade que teve, armou para minha mãe a culpando que a criança que nasceu não era dele. 

    Hinata prestava muita atenção na história que Naruto contava, pois não tinha conhecimento sobre aquilo, os livros não falavam quase nada sobre a infância e a vida dos reis egípcios. 

— Ela não tinha mais utilidade para ele, nem a sua infortunada cabeça, é claro... — Continuou. Hinata o olhava espantada, o faraó Seti havia matado a mãe de Ramsés? — O sangue da minha mãe estava nas mãos de tantos nobres que eu estava em risco de perder o meu trono cada vez que eles citassem o nome dela. E de forma poética, tinha que encarar e sorrir todos os dias para os seus açougueiros. Sempre, como filho do grande Rei Seti! Que humilhante!  

    Hinata sentia-se incomodada pelo que Ramsés contava, ele parecia ser o tipo de pessoa que tinha sofrido em toda sua infância. 

— Eu já sujei minhas mãos várias vezes, já matei muitas pessoas também... mas eu fiz isso tudo para sobreviver! Por mim, por Koh... por Selia — sussurrou o nome da mulher, Hinata então acreditou ser a mãe dele. 

 

“Senhorita e-eu... não gosto de meu pai... aquele homem eu nunca o considerei meu pai. —  O pequeno garoto a explicou. —  Eu só pergunto sobre ele para minha mãe não ficar triste, porque para mim...eu não sei dizer se ficaria triste ou não se ele morresse..."

 

Koh parecia não gostar muito do seu pai também. Para uma criança falar sem pesar pelo seu próprio pai era algo para se estranhar.

      O jovem tirou o braço que estavam apoiados nos olhos e por fim notou a face feminina perto de seu rosto, o olhando com um sentimento que não gostava de transmitir as pessoas. 

 

— Eu não quero a sua pena… — sussurrou de forma rouca e baixa. — Me dê seu afeto pelo menos… — Suas mãos esticaram para a face da mulher a apreciando, os olhos claros a olhavam com uma compaixão. Elevou seu rosto próximo do dela, pressionando os seus lábios nos doces lábios de Hinata. Ela tentava o empurrar mais ele era bem mais forte. Ramsés enfim a soltou. Um selinho demorado era o suficiente, por enquanto Nefertari não o deixaria tão íntimo como gostaria.

 

— Sua alteza não faça mais isso! — Gritou irritada, tentou se afastar, mas o homem a puxou mais uma vez.

— É tão difícil dizer meu nome? —  Perguntou tristonho — Eu me decidi, Nefertari… — O homem se levantou deixando a mulher confusa. — Eu não quero mais me casar com Ino. Eu quero casar com você. —  Hinata o olhou chocada.

 

— O que? Eu não quero isso. Naruto, isso é loucura. E os sentimentos de Ino?

— E você já pensou nos meus sentimentos? Você diz que não levei com consideração os sentimentos de minha irmã — o príncipe deu uma pausa —, mas você, assim como eu, está fazendo o mesmo... você não considerou uma vez se quer os meus sentimentos. — A julgou irritado. — Eu irei casar com você Nefertari, eu não aceito um não como resposta, com o tempo você irá aprender a me amar. Como todas as coisas que existem nesse país me pertencem... incluindo você. 

 

Hinata tremeu. Não acreditando no que aquele príncipe dissera. Ele se quer a ouviu.

 

— Ramsés você não pode fazer isso comigo! Ramsés! — O jovem a ignorou completamente.

 

A chegar na saída do jardim, os guardas o esperavam e ele lançou a sua última ordem.

 

— Levem Nefertari para o quarto na casa da rainha e se certifiquem que ela não irá fugir hoje.

 

 

(...)

 

Ino se deparou com irmão no corredor perto do jardim, sua expressão parecia bastante abatida, mas tratou de sorrir para ele. Ramsés se perguntava se ela tinha escutado tudo. Também não importava, ele ia deixar as coisas bem claras para ela agora.

 

A princesa egípcia se aproximou e beijou seus lábios sem permissão. Ino era assim. Ela fazia o que bem entendia e quando queria. Calmo, o irmão a afastou a fazendo franzir a testa tentando entender o que se passava. Ele sempre aceitava seus beijos e agora ele a rejeitava?

 

— Ino... não faça mais isso, Nefertari pode pensar errado! —  As mãos dele estavam em seus ombros. —  Vamos anular nosso casamento — disse de maneira curta e direta.

 

Ele achou que era melhor seguir a lei do país de onde a dona dos olhos pérolas nasceu. Talvez assim ela o amaria. 

 

— O quê?! Eu não acredito nisso! E-então... Nefertari é o motivo pelo qual você quer anular casamento, é isso?!

 

Ino tremeu em raiva. Seu irmão havia a rejeitado por uma simples escrava. Ele estava tão obcecado com a forasteira que não tinha mais olhos para ela?

 

— Ela é a apenas uma escrava! — O abraçou de forma desesperada. — Se você sente o que eu acredito que seja uma pequena atração por ela, então a torne uma concubina como o plano original!

 

— Lamento irmã, mas eu não tenciono mudar meus planos. Lamento. —  Deu um beijo na testa e partiu a deixando desolada no corredor. 

As pernas trêmulas sem conseguir se sustentar de pé se ajoelharam. As lágrimas desciam de forma devastadora. Seu irmão tinha se apaixonado por Nefertari, o que ela tinha receio de acontecer, aconteceu.

 

Ino tinha sonhado desde pequena casar com aquele homem e se tornar a rainha. Mas agora as coisas estavam a desmoronar em pedaços.

 

"Ramsés eu te amei por toda eternidade..."

 

Mas uma coisa ela tinha a certeza, a culpa era de Nefertari.

 

"Meu irmão, eu não vou dar você para Nefertari… a pessoa que vai se tornar rainha e sentará ao seu lado serei eu e mais ninguém!"

 

(...)

 

Hinata precisava sair dali aquele lugar não a pertencia. O amor de Ramsés não a pertencia! Se ela desaparecer será melhor assim. Por culpa dela, Naruto perdeu o interesse em Ino. Em passos apressados na calada da noite saia pela casa da rainha. Os passos podiam ser rápidos, mas ela fazia o mínimo possível de barulho. Ao abrir a porta uma mulher a privou.

 

— Onde vai senhorita, Nefertari? — Hinata só faltou soltar um pequeno palavrão nada bonito de se ouvir. A casa da rainha era um dos sítios de menos controle no palácio, nenhum guarda controlava com precisão. Estranhou a presença da serva chefe que a olhava com uma expressão nada agradável. —  Sua alteza sabia que iria fugir e me ordenou para controlar. Me desculpe Nefertari. — O semblante de outrora havia suavizado se tornando mais triste devido as circunstâncias.  

 

— Não. A culpa é minha…— os olhos da Hyuuga arregalaram quando viu um fantasma passar pelo outro corredor um pouco longe de si. — Princesa Danúbia!

 

     A serva olhou na mesma direção que a jovem tensa. 

 

— Ela não estava morta? — Se questionou a serva confusa.

 

— ela me parece bem viva— respondeu Hinata também confusa.

 

— Porque que ela está indo na ala norte? — Olhou para possível infiltrada e após para sua pequena fugitiva. E não tinha guardas naquela região também. O que faria? Suspirou frustrada. — Jovens... só me dão trabalho, venha comigo. — A puxou pelo antebraço guiando até a princesa suspeita.

 

Ao caminhar de passos lentos e sincronizados com da princesa que parecia não se aperceber das pessoas à sua volta. O ódio era tão grande ao ponto de ignorar o que se passava ao seu redor. Ela só tinha uma pessoa em mente e nada a mudaria de cometer aquela pequena loucura.

 

     Ao virar o corredor a loira entrou numa sala religiosa onde grandes pilares de pedra sustentavam o lugar e suas paredes com vários desenhos e letras egípcios em decoração. O sítio era meio iluminado por pequenas tochas que faziam fileira em cada lateral da parede.

 

Na parede central uma estátua de um deus estava preservada em ouro puro e decorado com grandes colares e pulseiras. Aquele era uma estátua incerta do seu deus Amom. E no centro daquela sala estava Ino. Usava uma roupa mais exposta, o vestido branco transparente mostrava seu corpo de maneira ousada. Os olhos estavam fechados enquanto recitava algo para estátua.

 

Escondidas num dos pilares olhavam com atenção o que acontecia, a princesa se aproximou ardilosamente pelos pilares que tinham pouca iluminação, e as duas presentes viram algo brilhar na mão da princesa encardida.

A mulher andou de forma calma até Ino que estava de costas para ela, já perto levantou ambos os braços revelando uma faca pequena afiada, pronta para ferir seu golpe mortal.

 

— Ino cuidado! —  Gritou Hinata.

 

     Os olhos claros abriram rapidamente e desviaram por sorte da faca. Estava um pouco confusa de ver a pequena Hyuuga ali mas... Ino olhou para a intrusa e riu do Estado desprezível da mulher. 

 

— Princesa Danúbia, vejo que conseguiu fugir da masmorra! Eu esperei que apodrecesse e por fim morresse lá mesmo — disse maldosa. — Como conseguiu escapar... espera, não me diga que matou minha serva — perguntou fingindo espanto.

 

O corpo da jovem princesa tremeu, ela nunca tinha matado uma única pessoa na sua pacífica vida. Mas aquela mulher à sua frente a obrigou a isso. Sim! Era tudo culpa daquela princesa psicopata.

 

— Sim eu a matei, aquela serva abusou de mim! — Confessou. — Como se atreve a me fazer sofrer essa tamanha humilhação! E do mesmo jeito que terminei com a vida dela irei fazer com você. Eu o farei antes de voltar para o meu país. — A acusou. 

 

Ino a olhou com tédio e bocejou cansada de ver aquela mulher lamentável. Apesar de quase ter sido esfaqueada, Ino não se deixou abalar sobre a situação.

 

— Só de ouvir o nome dele você saiu que nem tonta sem pensar duas vezes. Não tenho culpa que foi burra ao ponto de cair naquela desculpa esfarrapada. Você cavou a seu próprio túmulo. — Riu do rosto tenso da mulher.

 

— Maldita sejas, Hermutemire! Nunca fui tão humilhada assim como fui nesse país dos infernos. Sua louca, depois de te matar irei contar para Ramsés a bruxa de irmã que você era. — Apontou com a faca pronta para a golpear mais uma vez. Ino analisou pela postura. Aquela patética princesa não sabia o que fazia, nem usar uma faca em condições sabia. Se esquivou sem problemas e desferiu um belo tapa forte no rosto da princesa que cambaleou facilmente para trás caindo num dos Barris de petróleo já que estava bem fraca devido à escassez de alimentação.

 

— Você é um ser bastante lamentável. — Sorriu Ino, caminhando até uma tocha e segurando a madeira que prendia a tocha. — Deixe-me sacrificar esse ser para os deuses. Fará algo útil na vida pela primeira vez que é... desaparecer da minha vista... adeus! — Atirou a tocha contra o vestido, o qual estava revestido em petróleo, fazendo-a gritar. Hinata soltou gritou em horror não acreditou no que viu. 

 

— Meu pai irá invadir Egito! Ouça o que digo Ino! Você morrerá um dia e quando esse dia chegar eu irei te esperar no pacientemente no inferno... e serei eu que irei rir por último! Se lembre disso Inooooo... — O grito de dor da mulher era doloroso de se ouvir.

 

— Narfide faça alguma coisa. A princesa irá morrer. — Pediu para serva que olhava aquilo com pavor.

— Se afaste senhorita Nefertari é perigoso! — A puxou no pulso a impediu de se aproximar do fogo.

 

— Oh meu deus… — Abraçou a serva com pensamentos em pavor. 

 

Seu estômago revirava. A comida que jantou naquela noite subiu pelo estômago a fazendo vomitar. Nunca tinha visto alguém ser queimado vivo. cheiro de sangue e pele queimada. Estava tudo aí.

As lágrimas desciam sem parar. Narfide tinha tapado os olhos para a jovem não ver tamanha crueldade. Por mais que ela não tivesse visto o último suspiro e como tinha ficado o corpo Hinata ainda conseguia sentir o cheiro horrível que vinha de lá, saiu da sala com ajuda da serva caminhando para outro sítio. Hinata com os joelhos trêmulos deixou-se cair sobre chão. O barulho da queda se fez presente, e ao perceber a mulher culpada tinha chegado.

 

Ino.. Hinata nunca pensou que ela fosse capaz de fazer uma coisa daquelas. Como ela tinha coragem de fazer aquele tipo de coisa. Ela não tinha coração? Pelo amor de Deus, ela só tinha quinze anos! 

 

— Que cruel Ino! Como você pôde, oh meu Deus. Você viu alguém morrer sem se quer pestanejar…você é cruel!

 

— Como sempre disse Nefertari, somos diferentes…  Aqueles que procuram vingança sobre mim apenas conheceram a morte por si mesmos. — Alertou para perolada que só tremia em medo pela crueldade das palavras da mulher. — Narfide saia! — Ordenou olhando fria para a mulher.

 

— Senhora o que fará com senhorita Nefertari? — Perguntou preocupada.

 

— Eu mandei sair não foi? Se quer viver saia! — A serva saiu dando um olhar preocupante para a pequena jovem que iria permanecer ali. 

 

— Ino, isso não é certo… — aconselhou. — Tirar a vida de uma pessoa é desumano, é errado.

 

 

 

— Garotinha boazinha... ela ia me matar. — Se irritou com a lógica da mais velha. — Você sabia? Meu pai era um homem bastante cruel, ele pensou que minha mãe o daria um filho, mas ela apenas deu a mim primeiro. Que infelicidade… ele sempre desprezou minha mãe por isso... — Riu seca pela dura verdade. 

 

Seu pai esperava um herdeiro homem legítimo. Mas por sorte teve Ramsés antes.  As duas estavam Perto de uma pequena varanda da sala de ritual, as estrelas brilhavam por cima de si enquanto as pirâmides eram bem vistas de longe. A noite o país dormia e ficavam um silêncio absoluto.

 

 — Mas — continuou —, ao mesmo tempo eu nunca esqueci o seu modo bruto e efetivo como lider… e eu aprendi coisas. Ele me ensinou formas de destruir e acabar com vidas das pessoas de maneiras que nunca tinha imaginado ou pensado! — Hinata a olhou assustada, se perguntando que tipo de infância aquela garota tinha passado. — Então agora eu sei como eu devo governar… eu deverei ser lembrada sempre como filha do grande Faraó Seti I! Por isso que uma mulher ingênua como você não é adequada para se sentar ao lado de Ramsés! —  A descontou a raiva fazendo Hinata recuar uns poucos passos já que estava de frente a ela. — Ramsés pediu para anular o nosso casamento! — falou de forma magoada. As lágrimas da mulher desciam. Tinha vários sentimentos presentes agora. Raiva. Decepção e mágoa. —  Eu pensei que fosse minha amiga!

 

— E sou sua amiga!

 

— Mentira! Ramsés já nem olha mais para mim. Me rejeita, ele só tem olhos para você! — exaltou a voz de maneira histérica. — Você o roubou de mim mesmo me dizendo que tinha outro homem que amava, mas agora vejo que era tudo mentira, mentiu ter um irmão para no final se aproximar de mim e eu ter compaixão... agora vejo que é mentira. — Hinata recuava cada vez mais para perto do corrimão da varanda.

 

— Ramsés está confuso só isso! — Tentou se explicar enquanto arriscava-se a tocar na loura. Por fim, Ino deu lhe um tapa em sua mão a rejeitando. 

 

— Mentirosa! Ramsés beijou você e você não se atreveu a dizer nada para mim. —  Hinata tinha arregalado os olhos, Ino havia descoberto.

 

— Eu não disse porque não quis magoar você! — Se explicou angustiada. Ela só queria seu bem e nada mais. —  Você já notou o quanto você fica descontrolada quando se trata de Ramsés?

 

— Eu não sou descontrolada! — Gritou histérica. — Você é tão igual as mulheres do harém, falsas! eu te odeio Nefertari eu desejava que nunca tivesse aparecido em minha vida! — A empurrou furiosa, Hinata sentiu cair para trás, ela ia morrer!

 

Ino havia a empurrado da varanda…

 

— Nefertari!

 

A voz angustiada a chamou, mesmo naqueles pequenos momentos, ainda conseguia ouvir aquele homem a chamar. Ramsés... talvez fosse melhor assim. Ela iria morrer daquela maneira patética. Ela tinha tantos desejos. Casar com homem que amava, ter filhos... As lágrimas já desciam. E principalmente, ver o rosto das pessoas que amava mais uma vez mais… sua casa. Neji, Hanabi, Naná, Shion... e seu pai. Ia morrer sem ao menos sem reconciliar com ele…

 

Uma luz branca saiu do colar a envolvendo numa luz quente e aconchegante. Pelo menos ela iria morrer em paz. 

 

(...)

 

Hinata piscou os olhos, o barulho dos pássaros a notificaram que era de manhã. Ela havia sobrevivido a queda?  

 

Os olhos perolados fixaram agora no teto, se deparou com o material branco e rústico, além de um lustre apagado… espera lustre...? 

 

Subitamente levantou o tronco da cama macia. Virou a cabeça para o lado e a porta se abriu, seus olhos vibraram já se tornando marejados prontos para a chorar. Aquilo era real? Aquela amada pessoa estava mesmo ali?

 

Sua irmã estava na porta alguns centímetros de distância de si. A jovem Hyuuga quando a viu acordada deixou cair a pequena bacia com água e um pano sobre o chão. Correu até a sua irmã e a abraçou. 

 

Hinata apalpou para se certificar que não estava sonhando e que aquilo tudo era real, que não estava sonhando e que finalmente havia regressado a casa. 

 

— Ha ha...você é real? Eu estou viva. Eu voltei… — perguntou de forma baixa não acreditando. Mas ela sentia que a fragrância do perfume habitual de Hanabi estava presente. Não tinha como aquele sonho ser uma mentira. — Então se não for... eu não quero acordar... eu não… —  sua voz saiu falhada e chorosa. Se aquilo não fosse real preferia morrer do que acordar de novo naquela era violenta e perigosa de novo.

 

— É real…bem-vinda de volta Hinata. — Quando ouviu claramente a voz que muito tempo não ouvia as lágrimas desceram por fim em alívio. A mulher chorou com todas as forças, abraçou sua irmã com vontade e com medo que aquilo podia não ser tão real! O som de choro que saiu da sua boca era alto e escandaloso, como uma pequena criança quando se machucava gravemente.

 

Neji entrou no quarto a correr devido aos choros altos pela casa toda e quando viu os olhos tão perolados como os seus agora abertos e seu belo rosto em vermelho por estar a chorar de forma abundante. Ele se aproximou das duas e as abraçou as assustando por alguns segundos, agora tudo estava bem. Sua irmã estava ao seu lado e tudo estaria bem agora. Hinata se afastou um pouco da irmã. e se permitiu abraçar o seu amado irmão. Ela estava em casa. E salva.

 

—  Hinata onde você esteve durante essas duas semanas? — perguntou seu irmão. Hinata analisou Neji, sua cara estava tão abatida e pálida. 

 

A garota ficou chocada, ela só tinha desaparecido durante duas semanas. Mas ela estava naquele lugar por mais de três meses…

 

— Te encontramos estendida no jardim de casa apagada e com roupas egípcias estranhas — Hanabi disse preocupada. 

 

— Eu… — quando estava prestes a explicar outra pessoa acabava de entrar no quarto. Seu pai. — Papai…— murmurou. 

 

Hanabi e Neji olharam receosos para o magnata. Que a cada passo fazia seus corações baterem de maneira rápida em medo. O que ele veio fazer. Brigar com ela?

 

— Se afastem — Ordenou o senhor. Seu pai também não estava nas melhores condições. Ao se aproximar da cama o homem olhou para o rosto da filha por breves segundos e levantou a mão a dando um tapa no rosto. Assustando os filhos.

 

— Hiashi! — Gritou Hanabi tentando afastar o pai da irmã, mas seu irmão a privou negando com cabeça. 

 

Hinata levou a mão a face vermelha pelo tapa. Mas seus olhos palpitaram quando viu seu pai a envolver em seus braços de forma... carinhosa? 

 

— N-nunca mais…— A voz saiu baixa. — Nunca mais faça uma coisa dessas... por favor…

 

Seu pai chorava. Essa foi a primeira vez que viram seu pai chorar. E foi naquele momento que Hinata prometeu a si mesma que nunca mais iria desaparecer na vida. 


 

 


Notas Finais


Eu já disse numa leitora concubina é uma fic de reviravoltas atrás de reviravoltas.

A segunda temporada está cheia disso. 😋
Nem tudo é o que parece não se apeguem muitos nas personagem só uma dica.
🤣
Porq nunca viram né o plot muda do nada enfim já dei aviso hahaha vcs vão me amar e odiar ao mesmo tempo e descobrir que brinquei com vcs o tempo todo no decorrer das temporadas.

Vcs sabiam que se eu revelar quantas temporadas são de Concubina é considerado spoiler tbm? 😏🧐🤣🙈

Vcs não sabem o que vós aguarda no decorrer dessa jornada toda.

Estou rindo até.

" Autora vc está escrevendo a segunda temporada já?"

😏😏😏😏

Até a próxima.

Hiatus.

Bjsss.


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