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História A Consciência Além do Tempo - (Reescrevendo) - Os maus fazem isso


Escrita por: Melousa

Notas do Autor


Boa noite, pessoinhas. ( Ou bom dia ou boa tarde se vc não ler no mesmo horário em que estou postando 😜)

Aqui está, mais um capítulo. Aproveitem e comentem💚💚

Capítulo 52 - Os maus fazem isso


A cabeça loira afirma com a cabeça e sorri discretamente. Harry arregala os olhos olhando a pessoa à sua frente intrigado, surpreso e sobretudo confuso.

- Mas como...?

Hermione ia abrir a boca de Draco quando viu o outro moreno voltar a avançar para si. Potter seguiu seu olhar intrigado e rapidamente puxou-a para trás de suas costas.

- Não faça nada!

Tom arqueou uma das sobrancelhas irritado:

- Sério, Harry? Vai defendê-lo agora? - Tom se aproxima do menor de óculos, enquanto este puxa ainda mais a amiga para longe. Riddle estreita os olhos antes de continuar, suspirando – Ah, tudo bem. É porque ele veio do mesmo lugar que você, certo? É de casa... !

Harry abriu a boca para responder mas desistiu. Era complexo demais. Primeiro, não poderia responder à altura porque Chris estava presente na sala. O castanho não sabia sobre o fato de que o menor havia nascido no futuro e só estava ali por conta de um vira-tempo quebrado.

E segundo, tinha prometido que ficaria ao lado de Tom. E Riddle fazia aquele estardalhaço porque "Draco" era um bom motivo para ir embora.

Apenas deixou o outro moreno continuar a lhe dizer absurdos.

- Você sempre defende a pessoa errada, já percebeu? Esse loiro idiota não deveria ter feito uma cena ridícula para tentar enganar a mim e ao Avery para fugir do quarto! Muito menos ter corrido para cá, o Chris precisa descansar!

Harry teve vontade de responder que Tom era provavelmente a pessoa que mais defendia na vida, o que o tornava uma "pessoa errada". Porém, tudo o que o menino fez foi morder o lábio inferior e inspirar fundo.

- A verdade, pirralho, é que você precisa se decidir logo...- Riddle abaixou a voz e puxou Harry para perto, afastando-o de Draco. Seu tom ficou mais brando enquanto ele sussurrava - Harry... você mesmo já disse... que vai me abandonar quando for embora. Por favor... não desperdice os momentos que ainda temos com... ele. Você terá muito tempo para isso...

O jovem Potter engoliu em seco. A mágoa de Tom não havia sumido, só ficou escondida. E o moreno de óculos sentia como se seus ouvidos fossem sangrar ao ouvi-la.

- Você sabe... Se o Chris realmente... morrer... eu vou voltar a ficar sozinho. Por completo. – Riddle  falou apenas para ele e viu Harry abaixar o olhar. Não tinha dito aquilo na intenção de fazer o menor sentir-se culpado. Mas queria e precisava do apoio do outro. Em sua cabeça, Potter deveria ter consideração pelo estado frágil de Chris e não abandoná-los antes da hora.

Para Tom, Draco não prestava. Pois não suportava ser enganado.

E se não prestava, que se afastasse de Harry.

- Por favor... me escuta, e me deixe cuidar para que esse loiro idiota fique onde tem que ficar – ou volte para casa sozinho pensava Riddle. – Da última vez que você “defendeu” alguém de mim, o Chris ficou um bom tempo nas mãos desse alguém...

- Já chega...!

Tom virou a cabeça de lado ao mesmo tempo em que Harry piscava para dissipar as lágrimas que se formaram. O menor também se virou para enxergar um Chris com a face retorcida e uma expressão irritada.

- Chris...

- Você não acha que está exagerando...? – perguntou o castanho com claro desapontamento na voz. Mesmo apesar das dificuldades que estava tendo para falar, sua mágoa havia sido muito explícita.

Potter e Riddle estavam boquiabertos. Lestrange nunca havia respondido seu líder na vida.

- Obrigado... – Sussurrou Harry, fazendo Chris olhar para ele. O rapaz amaciou o olhar e sorriu para o menino. Depois olhou para Draco, da forma mais amigável que conseguia.

– É um prazer... Conhecê-lo.. – Hermione percebeu o estado deplorável que o castanho se encontrava e na dificuldade que ele tivera para lhe dirigir menos que meia dúzia de palavras. Lestrange se virou novamente para o menino de óculos – Harry, por que você e seu amigo... não vão conversar lá fora? Parece que precisam resolver algumas coisas...

O garoto concordou puxando Hermione para longe da ala hospitalar, vendo um Tom Riddle incrédulo que alternava o olhar entre ele e Chris. Sem pensar duas vezes passou pela porta da ala e caminhou com a amiga rapidamente até um lugar seguro.

 

- Harry, por Merlin, é você mesmo! – disse Granger assim que pararam de andar, abraçando o moreno novamente. 

Era um abraço apertado, cheio de alívio e felicidade. Potter sorria, apesar de ser estanho ter Hermione no corpo de Draco. Nenhum dos dois tinha pressa de se soltar.

- Senti tanto a sua falta, Mione...

- Não mais do que eu senti a sua. Você quase me matou de preocupação... – Granger soltou o moreno, olhando-o de cima a baixo, para se certificar de que ele realmente estava bem. Seus olhos foram de encontro a mão enfaixada de Harry.

O garoto seguiu seu olhar e explicou:

– Quando eu vim pra cá, estava muito machucado. Dumbledore teve que transfigurar a minha mão em algo mais sólido, como pedra. – começou a desenfaixar o local. – Mas acabou rachando. Eu ganhei uma nova cicatriz.

Sorriu para dizer que não era nada preocupante e que estava bem.

– Harry... – sussurrou a jovem devagar – Suponho que o Draco tenha te contado sobre a sua situação no futuro...

- Sim – respondeu sombrio. – Eu tenho que voltar rápido, certo?

A menina concordou com a cabeça. Nenhum dos dois queria mencionar a palavra “morte”.

- Bom, eu já sabia que você tinha vindo para cá machucado. Seu corpo original também está... Mal. A diferença é que não se cura enquanto estiver sem você. – respondeu rápido enquanto passava a mão no cabelo loiro de Draco. – Tive medo... que algo realmente grave tivesse acontecido enquanto estava aqui, no estado em que se encontrava. Precisava saber que estava bem, então eu e o Rony mandamos o Draco para cá assim que conseguimos.

Potter digeria tudo devagar. Era bom ouvir o nome do ruivo, já que, quando Draco estava ali, praticamente mencionava apenas Hermione.

- Como você... fez isso? – perguntou apontando para o corpo de Draco.

A menina suspirou antes de responder:

– Nós conectamos o corpo do Malfoy ao seu. Assim, a consciência do Draco veio para cá, onde você está. Usamos uma magia de sangue, rara e poderosa. Foi complicado achar alguém que fosse compatível... – olhou para as mãos daquele corpo novo, um pouco chateada. – Sabe como o Draco é, cheio de segredos. Precisei fazer algo para ter certeza de que ele não estragaria tudo.

- Então... isso é possessão?

Hermione olhou para o teto enquanto mordia o lábio inferior:

– Sim e não. É complicado de explicar. – Granger olhou para os lados se certificando de que ninguém os estava ouvindo e abaixou ainda mais a voz. – É... um feitiço proibido. Eu ainda estou na década de noventa, Harry. Se alguém tocar em mim lá, vou sentir. Se alguém estiver perto, pode me escutar falando. Diferente de você e o do Draco. Não sei quanto tempo faz que estão aqui, já que o tempo passa mais rápido nesse lugar do que lá. Para todos os efeitos, Malfoy está “dormindo “ faz duas horas. Foi o tempo que eu levei para fazer... Isso.

Ela apontou para o corpo do loiro antes de continuar. Harry estava perplexo. Não podia acreditar naquilo. Draco estava ali há dias. Considerando que o jovem já estava quase no fim do período letivo, se perguntava o quanto ficou  coma no futuro. Mesmo com o loiro dizendo que as aulas tinham acabado de começar no futuro, achava que era uma grande hibérpole.

Granger continuou:

- Bom, eu não estou ligada ao Draco. Só alguns dos meus sentidos. Olfato, audição e visão para ser específica. Além disso, controlo o subconsciente dele. É como... uma marionete. Eu tentei falar com Malfoy sobre isso, coloquei um feitiço no corpo original antes de ele vir para cá. Posso assumir o reflexo dele. Mas por causa do tempo distorcido dessa realidade é tudo muito difícil...

Potter estava começando a entender. Era brilhante e maravilhoso saber que os amigos não pararam de pensar nele.

– Então, o Draco ainda está aí?

–Sim. Me xingando. – deu de ombros rindo. – Mas não consegue te ver, nem te ouvir. Nem sentir cheiro algum. E não controla as próprias funções como andar e fala.

– Já entendi porque esse feitiço é proibido.

–  É, o bruxo que a inventou pensou muito antes de fazê-lo... –Harry viu o olhar da amiga escurecer junto com a preocupação e culpa claramente invadindo-a. Já ia perguntar quem tinha inventado o encantamento de “quase possessão” quando a menina forçou-se a sorrir e espantar os pensamentos ruins. – Enfim, temos mais coisas para discutir. Por exemplo, quem era aquele cara que discutiu com você e que quer bater no Draco?

Potter não gostou de Hermione ter trocado de assunto tão descaradamente. 

Ainda mais para aquele assunto.

Como ia explicar tudo justamente para ela?

Havia sido mais fácil com Draco. Não precisou dizer tudo e, por não serem amigos, não se importava se o rapaz ficaria com raiva dele.

– É uma longa história. – disse engolindo em seco – antes de eu contar, tem que me prometer uma coisa.

– O quê?

Harry suspirou, seu peito doendo com a ansiedade e incerteza daquela conversa.

– Por favor, não me mate.

 

Tom sentou na poltrona, ao lado da cama de Chris. Queria gritar com o castanho, porém se importava demais com ele para fazer isso.

Pelo menos diretamente.

– Você não deveria ter dito aquelas coisas para ele...

– E você não deveria ter me desacatado na frente daqueles dois!

Chris recuou um pouco, assustado pela voz maldosa de Tom, mesmo que tivesse sido uma fala baixa.

– Eu nunca tinha feito isso antes... sinal de que... pela primeira vez você está errado... – Riddle virou a cabeça bruscamente, com raiva. Encarou Lestrange furioso, impedindo-o de conseguir sustentar o seu olhar.

Chris tinha plena consciência que se não estivesse naquela cama, Tom teria lhe lançado alguns cruciatus dolorosos. Mas agora ele era tão leal a Harry quanto a Tom. 

Apenas depois que Riddle desviou o olhar, percebendo que era desleal se aproveitar do estado de Christopher que o castanho continuou:

– O garoto está se esforçando pra te agradar...

– Tá se esforçando pra me fazer sentir a falta dele isso sim. – Tom não planejava dizer aquilo em voz alta. Apenas disse sem perceber. Chris não entendia o que ele queria falar, já que não sabia sobre Harry ser um estrangeiro futurista.

– Ele vai ficar junto com você... não há motivo para “sentir falta”.

– Não, Chris, ele vai embora. – respondeu grosseiramente, mais ríspido do que desejava. 

Lestrange estreitou as sobrancelhas.

–  Isso seria te abandonar... Harry jamais faria... Isso.

Riddle revirou os olhos, sem perceber que estava deixando o castanho estressado e ansioso com aquela frieza desnecessária. Só estavam conversando, não era pra tanto. E Chris já estava sentindo dor o suficiente, não precisava que elas piorassem por causa de estresse.

– Eu sei de algo que você não sabe, Christopher! – Respondeu alto. – Ele vai voltar pra casa... Com aquele..  aquele..  loiro bastardo!

Lestrange percebeu que Tom queria dizer “sangue-ruim”. Entretanto, tinha consciência de que o tal Draco era sangue puro. O que ironicamente deveria irritar ainda mais o o seu lorde.

– Que casa...? A mãe dele não morreu... por um seguidor de Grindelwald...? – sussurrou fraco, sentindo sua dor piorar. Novamente Tom revirou os olhos e bufou. Christopher segurou a mão dele, como podia naquele estado. O moreno olhou para a cama, para as mãos juntas. – O que eu sei, é que ele me prometeu uma coisa... antes de você entrar... algo importante...

- Deve ser... muito importante... – respondeu sarcástico– olha, eu realmente...

- Ele prometeu que ficaria junto com você...! S-Sempre...  – respondeu interrompendo o outro.

Tom arregalou os olhos e se calou. Estava perplexo. Não sabia se deveria sorrir ou ficar ainda mais chateado com aquilo. Se fosse algo sério, ficaria muito feliz, contudo, Harry queria voltar pra casa. Abusar dos sentimentos de Christopher era muito cruel. Não era uma mentira qualquer.

- Por que ele prometeria isso?

- Porque eu pedi... precisava ter certeza de que não ficarão sozinhos... quando eu me for...

Tom abriu a boca e quase pulou da poltrona, como se tivesse acabado de acordar de um transe. Suavizou a voz e a expressão, percebendo que descontava em Christopher. A última pessoa que podia aguentar a raiva dos outros.

Percebeu que o tempo era curto e estava gastando sendo egoísta.

- Chris...

- Harry sequer... Revidou as suas acusações bobas...! Quer maior prova de que ele vai levar essa promessa adiante... do que essa...? Eu pedi isso... porque me importo muito... Com os dois. – respondeu piscando uma vez, sentindo o rosto ficar molhado. - e você me trata assim...? Dói, muito... sabia..?!

Tom balançou a cabeça, envergonhado. Era como levar um choque. Sentia-se idiota.

- Eu não queria...

- Sabe... o que realmente... Me deixou magoado...? Foi você ter comparado esse... tal Draco... Com... Com... Com o filho da puta que vai me separar de vocês...! – Chris piscou chateado e deixou uma lágrima escorrer por seu rosto ferido. A pior coisa que viria com a morte era deixar os poucos amigos que tinha para trás. De repente olhou para os lados, arregalando os olhos assustado. Sua respiração ficou mais acelerada e atropelada. – Por Merlin, e se... Ele tiver me escutado...?

Tom viu o olhar do castanho baixar enquanto tentava se aproximar dele. Queria abraça-lo e pedir desculpas. Confortá-lo.

Entretanto, uma voz soou no local.

- Quem escutou o quê? 

Chris virou o olhar para Albert enquanto este sorria em sua direção.  Deitou outra vez a cabeça no travesseiro, enxugando a lágrima solitária antes que Avery a visse.

- Não é nada...

Riddle não gostou de ver o castanho deitar na direção contrária à sua. Era irritantemente torturador. Contudo, não podia negar que Christopher estava certo em ficar magoado.

Albert percebeu a tensão no lugar e tratou de endireitar o travesseiro do castanho e ajeitá-lo nas cobertas. Até mexeu no soro de Lestrange, organizando as poções conectadas a ele. Depois puxou uma outra poltrona e sentou no lado que Christopher havia virado. O rapaz estava de olhos fechados, porém, Albert sabia que ele não dormia. Passou um tempo observando-o, até que Riddle saiu do quarto, desconfortável com o silêncio que havia se instalado. Ele e Tom haviam se separado para ir atrás de Draco, e o herdeiro de Salazar é quem conseguiu seguir o loiro.

Avery ajeitou a camisa. Havia guardado algo na barra da calça que ninguém que entrasse ali precisava ver. Era um pequeno frasco de poções. 

E estava vazio.


Notas Finais


* O nome do capítulo é o nome de um capítulo de um livro que gosto, chamado "Fugitivas". Eu coloquei como nome do capítulo, pq o tom enquanto personagem na história original é Voldemort. N dá pra deixar ele bonzinho, mesmo com os amigos, o tempo todo.(lembram quando ele empurra a Bella no chão, no relíquias da morte? 😜). Ele tem que cometer erros aqui.
Apesar disso, essa fic mostra que ele é capaz de se arrepender.

Muito obrigada pelos leitores que favoritaram, recentemente, sejam muito bem-vindos. E galerinha, comente POR FAVOR. É MUITO IMPORTANTE!
(Ainda mais que agora que é fim do semestre, quero ver quantas pessoas realmente estão acompanhando)

Muito obrigada por terem lido, bjs de luz.
💚💚💚


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