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História A Cor Púrpura De Teus Cabelos - Desastre Iminente


Escrita por: thecolorpurple

Capítulo 13 - Desastre Iminente




– Estávamos à sua espera! - Lúcio levantou da cadeira, deu um beijo no rosto da mulher e puxou uma cadeira para ela se sentar.
– Boa noite! - a loira retribuiu o beijo no rosto em Lúcio, então finalmente fitou Lola e foi cumprimentá-la.
– Bom, esta é a Michele, a namorada do papai. - Lúcio apresentou a mulher para sua filha.
Lola ficou sem palavras para o que estava acontecendo. Por dentro, seu corpo queimava de raiva por seu pai não ter lhe dito que não jantariam à sós. E a menina logo pensou: '' estava muito bom para ser verdade''. Lola julgou que Michele tinha chegado para estragar completamente a noite perfeita que teria com seu pai.
– Como ela é linda, Lúcio! - disse a mulher como se Lola não estivesse presente.
– Não vai cumprimentá-la, querida? - disse meio sem jeito o pai de Lola.
– Boa noite. - disse entre os dentes a jovem.
– Bom, sente-se Michele, pedirei o cardápio ao garçom. - Lúcio disse.
Lúcio pediu a opinião das duas mas elas relutavam à escolher algo para comer, então ele mesmo resolveu fazer a escolha do jantar daquela noite. Enquanto aguardavam o jantar, Lúcio pediu licença e se retirou da mesa para ir ao banheiro, deixando as duas mulheres sozinhas.
– Bom, o seu pai fala muito de você e eu estava ansiosa para conhecê-la. - Michele falou, tentando assim quebrar o silêncio.
– Suponho que ele não tenha lhe contado coisas boas ao meu respeito. - disparou a jovem rebelde.
Neste momento, o garçom tinha chegado à mesa e colocou três pratos de raviolli com molho bolonhesa acompanhado de camarão. As duas ignoraram a presença do pobre homem no meio do ''fogo cruzado''.
– Creio que esteja completamente errada, minha jovem. Seu pai só me contou coisas boas com relação à você. Só me esqueceu de me contar o quanto era bonita. E a propósito, que belo cabelo você tem. - sorriu a mulher, enquanto colocava o guardanapo encima de seu próprio colo.
– Obrigada pelo elogio, mas não acredite que com isto irá conseguir com que eu goste de você. - disparou com toda a sinceridade a menina, levantando uma das sobrancelhas enquanto espetava um raviolli recheado com o garfo.
– Olhe aqui, garotinha. Os deuses são testemunhas que estou tentando ser legal com você, com a filha do meu novo namorado. Eu sei que deve ser difícil para você aceitar que outra mulher pode ocupar o lugar de sua mãe que morreu, mas criança, a vida é assim, nem sempre conseguimos tudo que queremos. - disse Michele, lançando um olhar fulminante para Lola e sorrindo sarcasticamente.
– Ninguém vai tomar o lugar da minha mãe! Muito menos alguém como você! - esbravejou Lola.
– E quem vai me impedir de ficar com o seu pai? Você? Uma menininha indefesa? Ou talvez a ex mulher, que se encontra morta? - Michele disse com raiva.
Lola ficou boquiaberta e o sangue ferveu dentro dela. Encarou a mulher em sua frente, olhou para o prato em cima da mesa e então não pensou duas vezes antes de cometer o seguinte ato: pegou o próprio prato de comida , cheio de raviollis, levantou da mesa e esticou o prato até a mulher, jogando toda a massa com molho vermelho em cima da loira. A mulher gritava e se debatia, respingando molho vermelho por todos os lados. Lola cobriu a mão na boca e começou a rir. Neste exato momento, Lúcio avistou a confusão de longe e saiu correndo de encontro com as duas.
– O que está acontecendo aqui? - gritou Lúcio.
Todos que estavam por perto olhava para a mesa dos três com olhares curiosos e uns balançavam a cabeça como reprovação, afinal o restaurante era de luxo e as pessoas que o frequentavam não estavam acostumadas com tamanha confusão no local.
– Sua filha derramou de propósito o prato de comida em cima de mim! - disse gritando enquanto esperneava de raiva.
– Lola, como você pôde? Porquê fez isso? Você passou dos limites, garota! - disse aos berros e com raiva.
– Pai, ela estava falando da minha mãe! Zombando da morte dela! Isso eu não admito! - Lola cruzou os braços enquanto olhava de cara feia para o pai.
Neste momento, o gerente do local se aproximou deles e disse:
– Convido os três a se retirarem deste restaurante, pois estão perturbando a paz dos outros clientes. Sugiro que resolvam suas desavenças fora deste local. Isso nunca aconteceu aqui neste local! Isso é um absurdo!
– Me desculpe, senhor! Já estou me retirando e quero que saiba que pagarei a conta.
– Disso eu não tenho dúvidas, a menos que queiram terminar a noite lavando os pratos. - disse o gerente com sarcasmo.
Michele, antes de ir embora foi ao banheiro do restaurante para tentar se limpar dos restos de comida e Lúcio arrastou sua filha pelo braço enquanto saíam do restaurante.
– Lola, isso não vai ficar assim! Peça perdão à Michele quando ela chegar aqui.
– Pedir perdão? Você não ouviu oque eu lhe disse? Ou não acredita em mim?
– Duvido muito que ela tenha dito aquilo para você.
– Você está duvidando da sua própria filha? - disse arregalando os olhos.
– Com o comportamento que você vem apresentando nesses últimos dias, creio que não posso acreditar em uma só palavra sua. E Michele é um doce de pessoa, duvido que ela estragaria esta noite por puro capricho. Ela tentaria se entender com você mas como tem um gênio forte não conseguiu se entender com você. - lamentou o pai enquanto passava as mãos pelo cabelo.
– Então, é assim que vai ser? Você está cego de amor! Que raiva que você! - a menina caiu no choro e entrou no carro batendo a porta com força.
O pai tinha desistido de conversar com sua filha. Enfim, Michele saiu do restaurante, agora com nenhum molho escorregando pelas vestes mas agora se encontrava com a roupa toda manchada e úmida e o cabelo todo molhado mas com resquícios de comida italiana.
– Meu amor, perdoe o mal comportamento de minha filha. - disse Lúcio, acariciando a mulher.
– Ou você coloca a sua filha no eixo ou vai acabar solteiro pelo resto da vida! - disparou a mulher se desvencilhando das carícias do amante.
– Volte aqui, Michele! - gritou Lúcio.
Mas já era tarde demais e talvez ela não tenha o ouvido pois o barulho do carro dela anunciava que estava partindo. Assim, Lúcio ficou sozinho naquela noite que poderia ter sido perfeita como Lúcio havia planejado. Tudo oque ele queria era ter uma vida normal, com uma família feliz e unida e depois da morte de sua mulher, conseguiu se recuperar depois de anos para tentar ter um relacionamento firme com alguém, claro que passou pela sua cabeça que talvez Lola não estaria pronta para isso ainda e que talvez teria sido melhor ele ter continuado se relacionando ''às escondidas'', mas como a relação dele com Michele estava ficando finalmente séria, ele resolveu dar este passo, apresentando as duas naquele jantar. E a briga que tinha tido com Lola, só aumentou a certeza que a hora dele tomar o controle de tudo naquela casa, tinha chegado, ainda mais pelo comportamento de Lola, que não lhe dava crédito de escolha sob nada.
Lúcio entrou no carro e não trocou uma só palavra com sua filha.
Os dois voltaram para casa e Lola o tratou da mesma forma. A jovem foi direto para o seu quarto e Lúcio foi para o dele. Na hora de dormir, Lúcio se perdeu em seus pensamentos e concluiu que talvez tinha chegado a hora de escolher entre agradar sua filha a todo custo ou finalmente tentar ser feliz novamente.
E a hora da escolha estava mais próxima que ele tinha imaginado: ''As coisas mudarão por completo a partir de agora. Ninguém vai me impedir de ser feliz.'' Lúcio pensou alto enquanto pegava no sono, no fim daquela noite desastrosa.



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