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História A Cor Púrpura De Teus Cabelos - Sonhos Incertos


Escrita por: thecolorpurple

Capítulo 68 - Sonhos Incertos


Fanfic / Fanfiction A Cor Púrpura De Teus Cabelos - Sonhos Incertos

NARRAÇÃO DE LOLA

Eu estava em uma rua deserta e apenas o brilho do luar iluminava o meu caminho. O barulho ensurdecedor de um trovão fez-se ouvir lá do alto do céu daquela noite escura e fria.
  Eu poderia sentir a presença de alguém que estava me seguindo, então eu apressei os passos.  Tentei olhar para trás mas não vi ninguém, porém a sensação de alguém me perseguindo continuava e um frio percorreu a minha espinha naquele momento. Quem seria a pessoa que estava me seguindo? Porquê estaria fazendo aquilo?
 Eu tinha a sensação de estar me esquecendo de alguém, então algo se acendeu em minha mente e comecei a correr tentando me proteger da chuva que estava engrossando. Correndo pela rua ainda deserta,  dobrei a esquina e me deparei com algo que congelou o meu coração.
  Alguém jazia no chão. Não saberia dizer se a pessoa estava morta ou não. Quando resolvi me aproximar do corpo que ainda não conseguia reconhecer, senti duas mãos fortes em meus ombros cobertos por um casaco grosso de couro falso. A mão me pegava com força e me machucava. No exato momento em que virei o rosto para ver quem era que estava me perseguindo o barulho do trovão me assustou e eu dei um grito. Então senti uma mão gelada em meu braço e quando abri meus olhos vi que era Miranda.

****

- O que houve? – perguntou Miranda.
Lola havia sonhado e acordou Miranda com seu grito. A menina estava tremendo de medo e preocupou a professora. Ainda sem saber onde estava e sem saber diferenciar o que era real ou imaginário ela respondeu à pergunta de Miranda:
- Eu... Eu tive um sonho horrível.
- Um pesadelo? Você deu um grito...
- Me desculpa...
- Que isso, não precisa se desculpar. Me diga, com o que você sonhou?
- Eu não lembro direito. Só de que eu estava sendo perseguida e ...
-  Perseguida? Por quem? – perguntou curiosa.
- O corpo! Foi horrível! Alguém estava morto no chão daquela rua!
- Acalme-se. Foi apenas um pesadelo.
 Lola começou a chorar, pois a sensação ruim daquele sonho tomava conta de seu ser, então Miranda se aproximou dela e a abraçou enquanto fazia carinho em seu cabelo longo, grande, liso e colorido. Naquela noite, lá fora, também havia começado a chover, como no sonho em que ela tivera e o barulho do trovão, novamente a assustou então ela deu um pulo da cama e abraçou a professora.
- Calma. Eu estou aqui com você...
 As duas ficaram abraçadas por um tempo, enquanto os dedos de Miranda deslizavam pelo cabelo de Lola e lá fora a lua cheia iluminava as duas sentadas naquela cama.
- O sonho foi horrível... Eu...
    As duas se olharam e ficaram caladas por uns segundos. Os olhos verde esmeralda de Miranda fuzilaram os olhos castanhos de Lola que por sua vez penetraram a alma de Miranda a fundo. Os olhos verdes da professora miraram os belos lábios da aluna e a menina o umedeceu com a língua, fazendo com um desejo surgisse dentro da professora. Era o desejo de beijá-la.
 - Que bom que tenho você comigo...
 Disse Lola, enquanto se aproximou do rosto de Miranda que por sua vez não se esquivou. Agora com cara a cara, as duas estavam respiravam apreensivas. Sabiam que quando seus corpos ficavam tão próximos, o desejo de entrelaçarem suas almas as cegava e seus corpos latejavam e ansiavam por este encontro. As duas baixaram a guarda e Lola foi a quem teve a iniciativa. Com suas mãos pequenas,lisas e brancas, levou-a até ao rosto de Miranda e com isto se a trouxe para mais perto. Fechou seus olhos e encostou seus lábios carnudos nos lábios finos de Miranda. As mãos de Lola deslizaram para a cintura de Miranda enquanto as duas encaixavam suas bocas. O ritmo do beijo era lento e Miranda abriu sua boca de leve para receber a língua doce e morna de Lola em sua boca. O beijo aqueceu aquele momento e Miranda levou as mãos à cintura da menina e a puxou para mais perto. Corpos colados e bocas se encontrando. O beijo teve um ritmo acelerado e ardente. Miranda chupou a língua de Lola, enquanto Lola também explorava a boca de Miranda com sua língua. De intervalos as duas se desvencilhavam para recobrar o fôlego mas voltavam em seguida para se beijar. Lola, que estava de lado para a professora, resolveu mudar de posição e colocou seu corpo sobre o da mulher. Miranda abriu as pernas para receber o corpo de Lola vindo ao seu encontro. Lola beijou o pescoço de Miranda e foi subindo até chegar a sua boca, passar pela bochecha e chegar na orelha, onde lá deu mordidinhas de leve e depois levou a língua para a parte de dentro da orelha da professora e isto a fez delirar. Ouviu-se o gemido dele de Miranda e Lola sentiu seu corpo se contorcer debaixo de si e com isso soltou uma risada sacana. Lola arrancou a camisola que vestia e com a ajuda de Miranda, tirou-a por cima e levantou os braços se livrando da peça de roupa. Agora somente de calcinha e sutiã, o brilho de desejo no olhar de Lola brilhou-se e mordeu o próprio lábio enquanto sentia seu corpo arder de desejo. Miranda a puxou para perto e foi surpreendida pela mão de Lola a pegando e a guiando para um lugar desconhecido. As pontas dos dedos de Miranda tocaram a parte íntima de Lola, com a mesma segurando a mão da amada enquanto a incentivava a explorá-la. Lola fez com que os dedos de Miranda entrassem debaixo de sua calcinha preta de renda e chegasse em seus grandes lábios que estavam molhados e prontos para ser preenchido de amor. Os dedos de Miranda ficaram úmidos, então Lola os levou para perto da próprio boca e provou de seu próprio gosto. Ela era como uma flor e seu líquido interno era como pólen. Seus olhos castanhos viram quando Miranda revirou seus olhos verdes ardendo de desejo. Ela queria mais. Queria despir-se e despir sua amada por completo, mas algo veio em sua mente a interrompeu, fazendo com que se quebrasse o encanto do momento em que Lola estava curtindo tanto.
- É melhor pararmos...
- O quê? – exclamou a garota incrédula.
- Não é certo... não neste momento.
- O que houve? Fiz algo errado?
- Não é você, sou eu.
 Lola colocou a mão na cintura e sua cabeça caiu de leve para o lado tentando absorver tal informação.
- Você não me quer. É isso?
 Miranda engoliu em seco. Era claro que a queria. Era o que ela mais desejava mas, naquele momento ela não estava totalmente no ‘’clima’’ para ser amada e fazer com que Lola também se sentisse. Ainda estava triste pelo que havia acontecido entre ela e o marido e estava confusa com seus próprios sentimentos com relação à isso.
- Não é isso...
- Então é o quê? – indagou a menina.
- O que eu mais queria era ter você para mim esta noite mas não é o certo a se fazer.
- E quem decide o que é certo? Ou você quer ou não quer. Simples assim.
- Não é tão simples assim...
- Você não me ama? – os olhos da menina se entristeceram ao perguntar.
- É claro que amo. Não tem um momento em minha vida em que não penso em você, ultimamente.
- Então qual seria o problema? É o seu marido? Ainda o quer?
-  Não acho que seja o momento certo para finalmente ficarmos juntas, entende?
- Não entendo não. Primeiro ele te abandona e depois você ainda fica preocupada com ele?
- Não estou preocupada com ele... Estou preocupada com nós. Com nosso futuro.
Os olhos de Lola se arregalaram. A palavra ‘’futuro’’ a remetia à coisas boas. Um futuro em que as duas pudessem se amar sem que nada as atrapalhasse. Sem Henrique, sem Erick, sem Lúcio, Anna e afins. Ninguém atrapalharia aquele sentimento que a cada dia se firmava mais e mais. Ambas se sentiam bem na presença uma com a outra e se amavam mas o medo de assumir isto para todos e gritar para os quatro cantos do mundo que se amavam, era maior que tudo aquilo. Lola temia os julgamentos do pai e do amigo. Miranda temia os julgamentos do marido, que por ventura queria se separar dele e os olhos da sociedade em geral. Tudo aquilo era novo para as duas e estavam perdidas e não sabiam lidar com aquilo.
-  O futuro depende de nós duas, apenas. Faça o que você realmente deseja. – Lola se aproximou de Miranda e encostou uma das mãos no rosto dela- Eu te amo e também sinto que você me ama. Sei que a única pedra em seu caminho é o seu marido. Então faça o que deve ser feito.
- Você quis dizer... me separar dele?
- E não é o que você deseja?
- Sim, mas...
- Mas...?
 As duas ficaram sem palavras, então o poder da natureza lá fora preencheu o vazio com um barulho estrondoso de um trovão lá fora.
- É melhor irmos dormir. Amanhã tem aula.
- Tudo bem mas me pergunto até quantos ‘’amanhãs’’ vamos esperar para finalmente sermos felizes.
  Miranda ficou sem saber o que dizer para a amada. Apenas pegou a camisola dela no chão e a entregou-a. Lola pegou de mau grado e a vestiu. Miranda levantou-se da cama, abriu o armário e pegou um cobertor mais grosso pois a madrugada estava fria. Se cobriu e esperou que Lola também se cobrisse, então virou para o lado e fechou os olhos e disse:
- Boa noite, Lola.
- Boa noite... meu amor.  – a menina disse baixinho as últimas duas palavras e provavelmente, Miranda não a ouviu. Então fechou os olhos e tentou pensar em coisas boas, no futuro incerto ao lado de Miranda e sonhou com um campo verde, uma casa modesta e o cenário tinha um pôr do sol e era algo bem diferente do que havia sonhado anteriormente. Enquanto sonhava com isto, ela sorria com a esperança de viver ao lado de quem ela amava.



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