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História A Coroa de Espinhos - A Canção dos Herdeiros ( Interativa ) - Jem I - Fúria


Escrita por: RobbyPrince

Notas do Autor


Mapa da história na capa, espero que gostem.

Capítulo 1 - Jem I - Fúria


Fanfic / Fanfiction A Coroa de Espinhos - A Canção dos Herdeiros ( Interativa ) - Jem I - Fúria

Jem sentiu a presença do velho mestre ao seu lado, mas nenhum deles falou nada, apenas observaram juntos das muralhas os plebeus e camponeses entrando pelo Grande Portão com suas carroças de grãos e comida e vinho e especiarias tomarem abrigo no Pátio Interno - Que por ordem do jovem rei, haviam sido levantadas tendas e barracas para abrigá-los - as pressas. Com a escuridão noturna acima deles, cada um cuidara em trazer suas tochas e archotes em mãos para iluminar seu caminho, e um frio subiu pela nuca de Jem quando ele percebeu que aquilo parecia uma cerimônia fúnebre.

- Quanto tempo, mestre? - O rei perguntou, apertando as ameias com tanta força que as juntas de seus dedos ficaram esbranquiçadas. Sem resposta, o jovem virou-se e tornou a perguntar: - Quanto tempo até eles chegarem no Vale?

- Na melhor das hipóteses... uma quinzena. - Mestre Fen respondeu, com sua voz cansada.

- Na melhor das hipóteses? - Jem perguntou, arranhando a pedra branca das ameias com suas unhas, irritado.

- Se os seus vassalos resolverem lutar. A Casa élfica Loraphine, A Casa Fyre dos dragões, Os anões da Casa Meryn... - O Mestre citou, com certa preocupação. - Milorde, sem apoio nós não teremos homens o suficiente.

- Rei, velho. - Jem virou-se, com o peito inflado de coragem e raiva. - Reúna o conselho o mais rápido possível, e assim que for feito, envie uma carta para os Lordes da Água. Precisamos de navios.

- Certo, Majestade. - Mestre Fen fez uma curva reverência e com todos os anos pesando em suas costas ele apressou-se.

A Coroa de Espinhos repousava no ninho de fios brancos em sua cabeça, machucando-o com seus espinhos de ouro. Porque seus ancestrais resolveram que uma coroa de flores e espinhos eram a melhor coisa para demonstrar seu poder e autoridade o garoto não sabia, mas durante toda sua vida vira o Rei Artys usá-la sem queixas, como se fosse parte de si. E agora, com traidores crescendo em seu reino, a usaria do mesmo jeito.

Jem virou-se e caminhou pelas muralhas, pensativo e tentando criar em sua mente alguma estratégia, descendo as escadas em espiral de uma das torres de vigia que havia one as muralhas encontravam-se. Uma dupla de guardas protegia as torres, com suas armaduras prateadas escamosas e lanças em mãos. Reverenciaram-no quando passou por eles, seguindo por entre as tendas no pátio. Mulheres, crianças, velhos e doentes abrigavam-se nas asas do jovem rei, e todos eles morreriam se invadissem a fortaleza.

Um dos Guardas Dourados surgiu por entre as tendas ao seu lado, com seu elmo coroado por espinhos cobrindo seu rosto, deixando visível apenas os brilhantes olhos verdes.

- Você está com medo? - Arthur sussurrou, aproximando-se do rei enquanto o acompanhava castelo a dentro.

- Estou. - Jem admitiu, deixando que seus pés o guiassem para a Sala do Trono, onde seu conselho já estaria esperando-o. - Soa ridículo, não é?

- Não, não soa. - Arthur colocou sua mão no ombro do amigo, sentindo seus ossos pontudos por cima do tecido branco que usava. - Estamos entrando em uma guerra, você deve ter medo, mas cresceu a vida toda aprendendo como governar. Não deixe que o medo tome as decisões no lugar de seu cérebro.

Ambos pararam na frente das grandes portas de carvalho negro, e com uma ordem feita por Jem, os dois guardas que as protegiam empurraram para dar passagem. Jem puxou o braço de Arthur.

- Fique do meu lado. - O rei sussurrou, sentando no trono feito da mais fina e cara pedra branca do Vale, aquela que só era encontrada nas paredes das profundas cavernas aquáticas onde outros milhares de reis sentaram antes dele.

A Sala do Trono era magnífica, feita de pedra e coberta por uma fina camada de pedras brancas e douradas, grande o suficiente para abrigar um exército e alta o suficiente para que a corte se empoleirasse nas galerias acima. Um grande tapete vermelho com fios de ouros ia do trono até as portas, e seis cadeirões de madeira escura foram colocados em arco a frente do trono. A Corte, formada por importantes ladys e lordes de Lahen, se espremia nas galerias para observarem atentos o novo rei.

Lady Nerissa Penrose ocupava um dos cadeirões, representando os Elfos. Seguida por Lorde Ornn Freljord, representando os Anões e Lorde Raen Clearwater, representando o Povo da Água.

Jem percebeu com fúria que os representantes dos Senhores Dragões, Fadas e Noturnos não estavam ali para apoiá-lo. Logo após o Rei Artys I Longthorn conquistar Lahen, ele concedera aos povos o direito de escolher um entre seus muitos lordes para representar seu povo no Conselho do Rei, e por anos o conselho permanecia como símbolo de que lealdade aos Reis Longthorn, mas agora tudo havia mudado. A garganta do jovem secou e as palavras perderam-se nela.

- Majestade, os Elfos sentem a perda de vosso pai, e como fizemos por anos e anos, continuaremos fieis a sua linhagem. - Lady Nerissa falou, levantando-se para fazer uma reverência prolongada e voltou a sentar-se em seu lugar.

- Estou agradecido, milady. - Jem entregou-lhe um olhar complacente. O garoto não havia perdido somente seu rei naquele banquete, mas sua mãe e irmã de Nerissa, A Rainha Élfica Elynn. - Os traidores, que mataram o seu rei e sua linhagem, agora marcham sobre nossas terras e pedem que o recebamos de braços e portões abertos.

- Os Goldengriff podem ser traidores, mas tem mais homens e aliados do que nós, Majestade. - Lorde Ornn se pronunciou, com sua voz retumbante como um trovão. - Alta-Nehene é a maior fortaleza do Vale, mas nem mesmo suas poderosas muralhas nos protegerão se o exército das fadas marchar ao lado deles.

- Não marcharão. - Jem garantiu-lhe. - As Legiões Faeri não correriam o perigo de serem pegas de surpresa pelo exército élfico. Na verdade, acredito que elas ficarão bem quietas em seu lugar, apenas assegurando que não recebamos reforços.

- Ainda há o mar, Rei Jem. - Lorde Clearwater lembrou, se levantando do cadeirão. - Os navios do meu povo podem transportar exércitos até seu porto.

- Meu Mestre já enviou corvos para os Lordes da Água, só nos basta esperar por uma resposta. - O Rei batucou seus dedos na braçadeira do trono, sentindo a pedra raspar em suas unhas. - Não há nada para ser feito. Não temos as espadas necessárias, nem os barcos ou os aliados. Se os Senhores Dragões voarem sobre nós, estaremos mortos na melhor das hipóteses...

Um silêncio pesaroso recaiu sobre a corte inteira enquanto as palavras pairavam no ar, junto com a espada que pairava sob a cabeça do jovem rei, prestes a cair para tomar sua vida e sua coroa. Desista, era o quê todos queriam dizer mas nenhum deles se atrevia.

- Esvaziem a corte. - Jem ordenou, com sua voz tão cortante quanto uma adaga. - Lady Nerissa, pegue os poucos barcos que restam em nossos portos e leve seus elfos para casa. Ornn, meu querido amigo, volte para Heorith, se contornar as Montanhas da Lua hoje talvez evite o encontro com os Goldengriff. Lorde Raen, pegue seus navios mercantes e volte para a Ilha de Sthitia junto com os seus.

- Esta desistindo do seu trono, Jem Longthorn ? - Ornn perguntou com aquele tom de surpresa. - O quê acontecera com aqueles que você jurou proteger quando assumiu a coroa de seu pai?

- Sobreviverão. É isso o quê vai acontecer com eles. - Jem levantou-se do trono, tomando seu caminho para uma das portas atrás do assento que levaria até os antigos aposentos do Rei. A Corte explodiu em protestos, os representantes tentaram acompanhá-lo mas pararam em frente a Arthur, que empunhava sua espada de Ouro Sagrado. - Já basta. Esvaziem a corte, têm menos de uma quinzena para isso.

***

Jem não achou que quinze dias pudessem passar tão lentamente assim, mas passaram. Seguindo a suas ordens, já não restava mais ninguém na corte ou na fortaleza que não fosse seu próprio povo e homens. Cavaleiros vestiam suas armaduras com a ajuda de seus escudeiros, ou selavam seus cavalos ou poliam suas espadas. Os poucos arqueiros que tinham se espalhavam nas muralhas exteriores e nos cantos de cada torre ou janela no castelo, enquanto catapultas eram armadas na muralha interior para proteger o espaçamento entre ambas.

Arthur prendeu uma placa de peito no amigo, apertando as tiras.

- Empunhará uma espada também, Majestade? - Arthur perguntou com seu tom zombeteiro. - Ou vai entregar sua própria cabeça sem lutar?

- Já basta, Arthur! - Jem virou-se com raiva, fechando suas mãos em punhos. - Não havia esperança para nossa causa. Seriam só mais vidas para serem sacrificadas por nada.

- E você decidiu que seria melhor sacrificar a sua própria? - O Cavaleiro falou com raiva, mas acima de tudo magoado. - Quando cair em batalha, tudo estará perdido. Toda nossa vida não vai ter valido nada.

- Não vou cair em batalha. - Jem falou com determinação, pegando as manoplas de ouro sagrado em cima da grande mesa de carvalho e as calçando.

O Rei e seu cavaleiro seguiram castelo a dentro, descendo pelas longas escadarias até que a luz do sol foi substituída pela dos archotes e as paredes de pedra branca se fundiram com a da montanha onde Alta-Nehena fora erguida. O Subsolo da fortaleza era tão grande quanto a própria, mas não tão ocupado assim. Poucas salas serviam para algo lá embaixo: As celas, as antigas câmaras de tortura e o Salão da Deusa, uma sala tão grande quanto a do trono cheia de tesouros antigos e presentes.

As portas estavam sendo guarnecidas por dois guardas com lanças, que fizeram uma reverência ao ficar de frente para o rei.

- Estão liberados. - Jem falou em tom solene. - Subam e digam ao General Dickon para organizar nossas tropas, eu liderarei a linha de frente pessoalmente.

- Sim, Majestade. - Os guardas falaram em uníssono e saíram as pressas.

Jem ajoelhou-se de frente as portas e encostou as mãos no chão, respirando fundo e sentindo o poder fluir de dentro de si para as rochas, para toda a montanha em que estava.

E o chão se abriu. Das rachaduras do chão raízes espinhosas surgiram, serpenteando pelas portas e cobrindo-as como defesas naturais, escondendo a madeira atrás de si. Mesmo de costas para ele, Jem soube que Sor Arthur estava de boca aberta o encarando surpreso.

- Eu sei o quê eu faço. - O Rei sussurrou, batendo no ombro do amigo e voltando a subir para o castelo. Trocando o silêncio do subterrâneo pela gritaria da guerra, que explodiu por todos os lados quando saíram para o pátio.

Seus poucos homens estavam totalmente prontos, divididos em quatro grandes batalhões de guerra. Na linha de frente seus cavaleiros empunhavam grandes escudos dourados com a rosa Longthorn esmaltada em vermelho e entre cada brecha da parede de escudos haviam lanças afiadas e prontas para ceifarem a vida de seus inimigos. Atrás deles estavam os poucos homens que restavam, com suas espadas na mão e pequenos escudos presos as costas, de armadura completa. Os outros dois batalhões eram de cavaleiros, com seus corcéis de guerra protegidos por armaduras e empunhando as mais diversas armas. Lanças, espadas, foices, arcos, bestas.

- Queimaram o Templo Sagrado. - O Mestre Fen falou ao seu lado, com a raiva visível em sua voz e dentes cerrados. - Meu pequeno príncipe, mate-os. Mate-os todos. No campo de batalha, em suas camas, em seus sonhos.

- Farei isso. - Jem o abraçou. Era o único pedaço de família que lhe restava, e faria de tudo pelo velhote. - Agora vá, faça o que direi e voltaremos a nos ver.

- Não se curve. - O velho avisou, caminhando de volta até o castelo.

Jem esfregou uma mão na outra, marchando no meio de seu exército até que estivesse na linha de frente, a frente dos escudos e das lanças. Quando virou-se para olhar tudo aquilo que lhe restava para resistir aos traidores, não encontrou homens fracos ou assustados, mas cavaleiros e espadachins dispostos a proteger um rei criança que não achava ser digno de tal ato. Mas não falou nada, não os incentivou com palavras - porque já não haviam palavras que pudessem ser ditas - nem os fez juras de vitória ou glória. Apenas esperou, olhando uma última vez para o céu azulado e livre de nuvens que pairava acima de suas cabeças.

Se as histórias estivessem certas, os Longthorn traçavam sua descendência até Nehena, A Deusa da Destruição, e era nela que Jem ia se apegar. Na destruição. O chão tremeu com milhares de homens marchando em sua direção, fazendo retumbar a montanha e a própria fortaleza.

- Abram os portões! - O Rei Jem gritou, tão alto que julgava que poderia ser ouvido até mesmo do lado de fora das muralhas. - Abram os portões!

Os portões internos se abriram primeiro e sua grade de ferro também, abrindo o campo de visão para os portões externos, que foram abertos de uma só vez para a guerra do lado de fora. Ninguém se mexeu. Escudos, lanças, cavaleiros e espadas ficaram parados olhando para o seu pequeno rei.

Allard Goldengriff liderava seu exército, montado em um corcel de guerra tão escuro quanto a noite, trajando sua armadura de ouro puro e seu elmo era a cabeça de um grifo dourada. Seus olhares se cruzaram de relance, e Jem podia jurar ter visto divertimento em seu rosto, mas o que quer que seja, foi trocada por ódio sanguinário quando ele avançou trazendo seu exército consigo. Ao seu lado estava Kitt, tão grande e forte quanto o pai, em uma armadura esmaltada em tons de amarelo e vermelho, como se estivesse em chamas e empunhava uma espada de aço com runas desenhadas por toda a lâmina.

Jem inflou o peito, e no lugar de dar ordens ou avançar com seu exército, o jovem correu sozinho na direção dos malditos Goldengriff.

Assim que os traidores passaram pelas muralhas exteriores, Jem enterrou os calcanhares no chão para desacelerar sua corrida e invocou a força que havia dentro de si, invocou a destruição de Nehena e a vingança por sua mãe. Sua boca se abriu para gritar, mas o quê saiu de sua garganta não foi algo humano, mas um som gutural e amedrontador que chacoalhou os pilares do mundo e abafou a maré de violência que estava vindo em sua direção. Grandes cipós irromperam do chão como uma onda no mar, avançando pelos portões e cortando o exército Goldengriff como uma espada.

Mas não foi o suficiente para contê-los.

 

 

 


Notas Finais


Bem, aqui começamos uma jornada nesse mundo fantástico que quero escrever para vocês! Enviem seus personagens com base na ficha abaixo, sabedoria jovens! xD

Regras:

1- Todos personagens serão tratados como iguais na história. Não é porque você é uma fada com poderes que vai ser mais forte que um humano normal, ou porque X é da corte e Y um camponês que um é mais importante ou vai aparecer mais do que o outro. Até os peões fazem jogadas e têm suas vontades.

2- Tentem ser o mais razoáveis possível com a história de seus personagens. Todo mundo é protagonista da sua própria história.

3- Qualquer dúvida pode ser tirada nos comentários de todo capítulo, mas fichas só serão aceitas nesse daqui.

Dito essas três regrinhas, vamos as fichas. ( * = obrigatório )

Raça*: Humano/Fada/Elfo/Noturno(vampiro)/Povo do Mar(sereias e tritões)/Senhores de Dragões/Anões/Mestiços (Humano+Raça)
Nome*:
Casa pertencente: (ex: Targaryen, Penrose, Longthorn... Não é obrigatório ser uma dessas casas listadas. Podem criar sua própria casa. )
Emblema da Casa: (ex: Um dragão de três cabeças vermelho sob um fundo preto, uma rosa vermelha, um relâmpago azul... Não é obrigatório escolher um desses três emblemas, podem criar os seus, para se adequar ao seu personagem e etc ).
Posição*: Corte/Camponês/Exército
Alinhamento*: Bondoso/Maldoso/Cinza (entre ambos)
História*:
Aparência*: (foto ou descrição)
Personalidade*:
Gosta de*:
Não gosta de*:
Objetivo*:
Extras:
(Caso escolha ser Elfo, seu personagem vai ter uma afinidade com a natureza. E se escolher ser fada, tem a opção do seu personagem "dominar" um elemento qualquer, e isso pode ser ou não mostrado em sua personalidade, mas vai afetar a corte em que vive)
(Fiquem atentos as notas finais, no decorrer da história vou precisar tirar algumas dúvidas com vocês)


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