História Uma chance - Narusasu - Sorvete?

Acordo cedo com um peso em cima do meu peito, abro meus olhos e vejo que era o Sasuke. Ele é tão fofo dormindo "não Naruto você não pode… espera ele está deitado em cima de mim?" Pego ele nos braços o colocando deitado na cama, me levanto e indo ao banheiro. Fiz minhas higienes matinais, decidindo tomar um banho quente para começar o dia. Termino o banho, indo para o quarto me assusto com um Sasuke sentado na cama só de cueca box corado.

– Bom dia, Naru — diz educadamente, me olhando com suas orbes negras.

– Bom dia Sasuke — sorri retribuindo seu bom dia. Me dirijo até minhas roupas pegando uma camisa.

– Você dormiu bem? — Pergunta se espreguiçando de uma forma fofa.

– Um pouco, e você? — Pergunto passando um desodorante.

– Dormi sim. Vamos tomar café? — pergunta colocando uma camisa que mais parecia um vestido… fofo.

– Sim vamos.

Saímos do quarto, mas uma coisa não saia da minha cabeça, "por que ele estava corado, quando eu saí do banheiro". Não sei o porquê, mas eu me senti diferente ao ver aquele rostinho corado… "não Naruto, ele é filho da pessoa mais influente de Londres e do resto do mundo, não posso decepcioná-lo''. Sou acordado de meus pensamentos.

– Naru, o que você quer para o café? — Pergunta gentilmente encostando sua cabeça em minhas costas.

– Pão com margarina — respondo simplista me virando para ele, retirando sua cabeça de minhas costas.

– Só isso? — Perguntou incrédulo, com sua boca rosada aberta.

– Sim, por quê? — Balbuciei não entendendo o que ele quis dizer, com aquele, "só isso".

– Nossa aqui vocês são muito diferentes. — Diz pasmo com nosso costume diário. Tenho até medo do que ele come, mas a curiosidade também fala alto em minha cabeça.

– O que você costuma comer? — Perguntei interessado, e curioso com sua resposta.

– Ovos com bacon — diz apoiando os cotovelos na mesa, me observando, atentamente.

– Nossa aqui se nós comermos isso no café, é pedir pra passar mal. — Digo com sinceridade. Nosso costume de alimentação é diferente do dele, isso é fato, mas comer algo tão pesado no café? Como ele não engorda? Quero o corpo dele pra mim, comer sem engordar é meu sonho de consumo.

– Que triste… — fez uma carinha de cachorro sem dono, "acho que ele sente falta de casa e de comer besteiras no café" suspiro me decidindo.

– Eu vou fazer uns ovos mexidos pra você. — Levanto-me da mesa, puxando uma cadeira para que ele se acomode enquanto eu faço o café.

– Naruto não precisa fazer isso — diz com uma vergonha notável, que chega a ser fofo.

– Que nada eu insisto — sorri gentilmente sentindo uma enorme vontade de beijar seus lábios róseos.

– Tá bom então — diz finalmente se sentando na cadeira, depositando seu queixo sobre a mesa.

Sigo em direção a cozinha abrindo a geladeira, pegando os ovos, em seguida fecho e vou em direção aos armários pegando uma frigideira. Faço os ovos mexidos, e desligo o fogo; pego um prato, colocando todo o conteúdo nele. Sigo para a mesa depositando o prato em sua frente, vendo seus olhinhos negros brilhando em felicidade por receber sua comida.

– Pronto — anunciei me sentando novamente em meu lugar.

– Naruto não precisava. — Vejo suas bochechas adquirindo um tom avermelhada 

– Que isso, é só um agrado pra você — "o que eu disse Jesus? Estou louco" pensei balançando minha cabeça.

– Agora eu tenho a obrigação de fazer algo para você, pode pedir qualquer coisa — diz com um olhar fixo em mim, me deixando com um enorme interrogação em minha cabeça.

– Hum, qualquer coisa? — pergunto pensando em algo. 

– Uhum. — Assente positivamente, sorrindo meigo. Céus esse sorriso, senhor, como ele consegue?

– Eu quero que você aceite ir tomar sorvete comigo — digo esperando a rejeição, é até normal acontecer.

– Tudo bem eu aceito. — Respondeu corado, fazendo meu corpo estacar no lugar.

Eu não sei o que eu estou fazendo, só posso ser maluco em pedir uma coisa dessas, quando eu cheguei a esse ponto eu não posso fazer isso com ele, mas ele aceitou então não faz mal né?

– Você é muito bom cozinhando. — Muda de assunto, fazendo minha atenção voltar à vida real.

– Obrigado — disse pomposo empinando meu nariz, mas rindo em seguida.

– Naru eu quero dar uma volta na cidade… você poderia me levar se não for incomodar? — fica vermelho pelo seu pedido.

– Não incomoda — sorri bagunçando seus fios gentilmente.

– Thank you — começa a comer de uma forma gostosa de se ver.

– De nada. — Sorri bobo colocando meu queixo em cima da palma de minha mão.

Agora que eu fui perceber que ele tem um corpo mais feminino… deve ser por causa do hermafroditismo, céus ele é tão bonitinho, uma gracinha.

– Sasuke, o que você costuma vestir? — perguntei inesperadamente e invasivo, acho que fiz merda.

– Oi? — balbuciou perdido, acho que choquei com minha invasão.

– Ah eu fui sem noção desculpa por isso. — Coço a nuca sem graça, tenho que parar de falar na impulsividade.

– A! Tudo bem, respondendo sua pergunta, eu visto mais é shot, por quê? — arqueou a sobrancelha tentando racionar aquilo que estava acontecendo no momento.

– Nada não era só aquilo mesmo. — Tento mudar de assunto após ele me responder.

– Naru, o que foi? — diz não acreditando na minha "desculpa". Sério, tenho que parar de me colocar em situações assim.

– Nada, eu só queria te avisar que aqui no Brasil tudo é bem diferente de onde você mora. — Coço minha nuca tentando procurar palavras para explicar aquilo.

– E? — diz revirando os olhos em ironia.

– Tem pessoas que não concordam com homens vestindo este estilo de roupa — pontuei o fato, mentes fechadas odeiam o fato de que existem pessoas que gostam disso.

– Não me importo com a opinião de terceiros, eu tenho dois ouvidos, um para entrar e outro pra sair. — Rebateu estressado, se levantando da mesa.

– Tudo bem então. — Levanto meus braços em rendição.

– Naru, você viu meus avôs? — dá um longo suspiro tentando controlar o estresse anterior.

– Ainda não os vi. — Falei com sinceridade, realmente ainda não os visto hoje.

– Ah tudo bem, vou me trocar — se retira me deixando sozinho em meus pensamentos.

– Tchau. — Resmungo baixo a fim de que ele não escute.

– Bye. 

"Merda ele ouviu" me praguejo em pensamentos.

Não sei o por que, mas eu fiquei um pouco incomodado com o que ele falou, não sei quando comecei a me importar tanto com os outros… sempre vivi sozinho, mas quando ele está aqui, eu me sinto completo, coisa que me falta desde o dia em que minha mãe morreu naquele acidente. 

Suspiro cerrando o punho resmungando. Não posso fazer isso, ele é muito novo, e seus pais não iriam gostar, eu posso ser até preso e nunca mais vê-lo.

Sasuke POV

Acordo e não vejo sinal do Naruto em lugar algum, levanto e direciono-me ao banheiro, quando eu abri a porta me deparei com o loiro de costas, o que fez meu coração falhar algumas batida e minha alma sair do meu corpo por um segundo o que pareceu uma eternidade, volto a realidade e sai rapidamente do banheiro me sentando na cama. Começo a pensar em coisas entediantes para sumir com essa vergonhosa ereção que funcionou, porém meu rosto continuou pegando fogo. Sinto um calafrio percorrer minha espinha ao perceber que só estou de cueca, me fazendo corar aos quatro ventos.

– Bom dia, Naru — digo educadamente vendo ele secar seus fios loiros ao entrar no quarto.

– Bom dia Sasu — deu um sorriso de orelha a orelha me derretendo.

– Você dormiu bem? — me espreguiço bocejando em seguida.

– Um pouco e você? — passa seu desodorante enquanto me olhava.

– Dormi sim, vamos tomar café? — Pergunto saltando da cama.

– Sim vamos. — Me observa enquanto terminava de se arrumar.

Visto uma camisa bem grande de pijama que eu tinha e o segui até a cozinha o café foi algo inesperado, porque ele fez ovos para mim eu não esperava que isso fosse acontecer confesso que fiquei muito surpreso, mas ao mesmo tempo eu gostei de comer algo feito por ele .

– Agora eu tenho a obrigação de fazer algo para você, pode pedir qualquer coisa — chamei sua atenção o fazendo olhar fixo em si.

– Hum qualquer coisa? — Perguntou pensativo. "Espero que não seja besteira, sério se for eu não olho mais pra ele" digo em pensamentos.

– Uhum. — Assenti positivamente. "Lá vem, nossa eu tô até vendo o que ele vai pedir"

– Eu quero que você aceite ir tomar sorvete comigo. — Agradeço aos céus por não ser nada estranho.

– Tudo bem eu aceito — coro levemente. – Você é muito bom cozinhando.

– Obrigado.

– Naru eu queria dar uma volta na cidade e queria saber se você poderia me levar se não for incomodar. — Peço já preparado para a rejeição.

– Não incomoda — suspiro em alívio, ele vai comigo.

– Thank you. — Agradeci sorrindo, minimamente.

– De nada.

Começo a sentir seu olhar sobre mim o que me deixou um pouco desconfortável. Mas ignoro até um certo ponto.

– Sasuke, o que você costuma vestir? — Estaquei… como assim? Roupas normais ué… pensei olhando para ele.

– Oi? — perguntei-lhe não entendendo o que quis dizer.

– Ah, eu fui um pouco sem noção desculpa — coça a nuca constrangido, pela pergunta.

– Ah tudo bem, respondendo sua pergunta, eu visto mais é shot, por quê? — Olho fixamente para ele.

– Nada não era só aquilo mesmo — tenta mudar de assunto o que começou a me estressar.

– Naru, o que foi? — alfinetei não acreditando na sua desculpa.

– Nada eu só queria te avisar que aqui no Brasil tudo é bem diferente de onde você mora. — Continuo sem entender onde ele queria chegar.

– E? — Reviro meus olhos.

– Tem pessoas que não concordam com homens vestindo este estilo de roupa. — Sinto toda minha paciência e vontade de ser pacífico sumindo.

– Eu não me importo com a opinião de terceiros, eu tenho dois ouvidos, um para entrar e outro pra sair — disse estressado, odeio quando reclamam do meu estilo de roupa.

– Tudo bem então. — Levanta seus braços rendido, não discutindo mais..

– Naru, você viu meus avôs? — perguntei porque eu não os vi ainda.

– Ainda não os vi.

– Ah, tudo bem, eu vou me trocar — digo retirando-me ainda irritado, mas não deixando transparecer muito.

– Tchau. — Diz baixo, mas ainda deu para mim escutar.

– bye. 

"Por que eu não posso ser feliz me vestindo como eu quero? Todos falam que eu deveria me vestir mais como homem, que dia que eu deixei de ser? Usar isso não significa que eu seja menos homem. E o pior é que eu achava que o Naruto era diferente, mas me enganei".

Entrei para o quarto indo para o banheiro, escovei os dentes, despi-me entrando no chuveiro depois.

"Por que eu tenho que ficar aqui? Maldito seja você Fugaku. Mãe eu queria tanto te abraçar, Itachi eu queria que você estivesse aqui, para te contar sobre como aqui está sendo um inferno, e ouvir você me dando um sermão por ter um pavio tão curto e ter sido grosso com o Naruto. será que isso tudo estava escrito para acontecer?" Termino meu banho, me secando e saindo do banheiro com a toalha amarrada em minha cintura. Levo um susto com um certo loiro sentado na cama encostando suas costas na cabeceira.

– Naruto, o que você está fazendo aqui? — gritei surpreso quase infartando com sua presença.

– Ah desculpa eu só não queria ficar lá na cozinha sozinho — diz cabisbaixo. "Será que foi pelo o que eu disse? Céus meu coração apertou agora" pensei receoso em me vestir.

– Naru, me desculpe por eu ter sido grosso no café — digo arrependido.

– Tudo bem eu que fui errado, não deveria dar opinião na vida alheia. — Se desculpa sentando levantando da cama.

– Pelo menos aceite minhas desculpas por favor, se não eu vou ficar mal por ter feito você ficar triste — digo me sentindo miserável, com meus olhos cheios d'água.

– Tudo bem aceito suas desculpas só não quero que você chore — diz se aproximando e me dando um abraço apertado que, o que foi retribuído.

– Naru deixa eu me vestir aí nós podemos sair. — Coro quando percebo que eu ainda estou só de toalha, sem nada por baixo.

– Ah sim. — Fui solto e vejo ele indo para fora do quarto, dando privacidade, para que eu me vista.

– Miew — Me assusto com um gatinho que apareceu do nada.

– AHHH! — Gritei caindo no chão, e um Naruto extremamente preocupado apareceu no quarto vendo uma jaca madura caída no chão sem nada me tapando.

– Sasu, tudo bem? — corre extremamente preocupado comigo, me levanto enrolando a toalha em minha cintura novamente. Em meio ao desespero ele não percebe uma pequena poça de água ali, e acaba escorregando e eu que sou extremamente azarado escorrego também, caindo em cima de seu colo só com a toalha me tampando..

– N-Naruto. — Coro e puxo minha toalha para baixo, tapando minhas coxas.

– Desculpa — tenta se levantar escorregando outra vez, só que dessa vez fazendo nós nos beijar.

– Desculpa, desculpa — fico envergonhado sentindo o gosto de sua boca na minha.

– Foi só um acidente — segura minha cintura me ajudando a levantar, ficando em pé em seguida. – Você está bem?

– Uhum. — Assenti positivamente envergonhado pelos acontecimentos recentes.

– Que bom. — Beija minha testa, me fazendo virar um pimentão. – Vou sair pra você se vestir.

– Miew.

– Esse gato, tira ele daqui por favor. — Pego o felino entregando para o loiro.

– Calma Sasuke. — Pega o gato nos braços. – E esse é o Juubi ele é bonzinho.

– Tá bom, só sai. — Cruzo meus braços quase esganando o gato e o Naruto.

– Que mal humor meu Deus — disse saindo do quarto.

– Tá Naruto! Só vaza com esse gato! — Taco um travesseiro nele, mas a porta se fecha antes de que acertasse nele. 

"Finalmente eu posso me arrumar, mas que roupa eu uso?" Abro o guarda e fico ali vegetando até que eu penso em uma ótima combinação. Pego uma camisa branca, um short jeans preto bem colado, pra finalizar um ALL Star preto. Passo perfume e desodorante. Saindo do quarto me deparando com um Naruto afoito pela bagunça que o gato fez, que maravilha.

– Naruto, o que aconteceu? — Pergunto quase me descabelando.

– Eu comecei a brincar com o Juubi, ai meio que ele se empolgou e começou a arranhar tudo. — Desliga o laser o colocando no sofá.

– Meu Deus dai-me paciência, Juubi para com isso! — grito fazendo ele obedecer.

– Sasu, nós ainda vamos? — Pergunta receoso.

– Sim, vamos — apontei para a porta em sinal de que era para ele ir primeiro.

– Olá pessoal. — Me assusto com meu avô que apareceu do nada.

– Oi vovô eu e o Naruto estamos indo dar uma volta — sorri vendo ele semicerrar os olhos para o Naruto.

– Juízo — meu avô Tobirama grita do quarto.

– Sim vô Tobirama, vamos ter — respondi e saímos em direção a sorveteria. 

Tinua?