Era uma linda manhã de sábado quando meu whatsapp apitou, anunciando que minha melhor amiga Ângela já estava de pé e programando nosso fim de semana. E eu claro, só vou no embalo dela, até porque, tímida que sou, não seria capaz de sair sem ela.
Sou uma pessoa caseira, mas sempre que saio, algo extremamente surreal acontece. E eu não faço ideia do porquê achei que dessa vez seria diferente! Óbvio que eu estava errada! Ao olhar a mensagem, direta e reta, de pronto, aceitei o convite.
“ Hoje à noite. Casa dos Pyung. Te pego as 19h. Se arruma bem gostosa.”
Revirei os olhos com o último comentário. Será que é possível alguém se arrumar gostoso? Mas eu entendi o que a safada quis dizer. Mas não me arrumaria tão depravadamente, ela com certeza iria.
“Pode deixar, safada!” – Respondi.
A manhã estava como sempre, agradável, até uma mensagem vinda de alguém que eu não tenho salvo nos contatos, depois da apresentação, entendi quem era.
Pyung Ji Kim. O filho mais novo da família Pyung, um anjo de pessoa, mas não sei o que queria comigo.
“Bom dia S/N, vai ter festa aqui na minha casa, quero convidar você e sua amiga. Começará as 19h”
“Bom dia Kim, agradeço o convite. Vamos sim, com certeza!”
Lógico que não seria mal educada e dizer que já sabia. Pelo menos agora não serei penetra. A família Pyung é extremamente educada na mesma proporção em que é rica. São uma tradicional família coreana, e suas empresas espalhadas pela cidade garantem o emprego de cerca de 70% dos moradores, incluindo o meu pai.
Eu queria ir mais refinada do que gostosa, porque com certeza, eles são requintados. Mas pela forma como a doida falou, a festa deve ser dos filhos.
Meu dia passou lindamente tedioso, meus pais saíram e meus irmãos viajaram com meus avós. A casa era toda minha! E o calor estava me matando.
Mais ou menos umas 18h, já tomei meu banho e comecei a me arrumar. Estava uma noite de 29 fucking graus, era melhor ir de vestido. Usei o clássico vestido branquinho de renda com aquela alcinha que não para de cair no ombro de forma “nada proposital”. Coloquei meu amado ked branco e uma make bem delicadinha para não derreter o reboco da minha cara no caminho. Estava borrifando um tiquinho de perfume quando a maluca me ligou:
- Fala delícia! Já está pronta?
- Estou sim, doida e vc?
- Tô na porta da sua casa!
- Já estou descendo!
Mal chego na porta e lá está a espalhafatosa e glamourosa Ângela Albuquerque Ricarte de Fonseca, toda trabalhada na beleza. Uma verdadeira celebridade.
– Você vai assim? – Ela me olhou incrédula.
– Estou feia? – Questionei.
– Não amiga, mas tá muito simples! Os boys nem vão notar você!
– Não quero ser notada, só quero tomar uma!
– Nada disso! Tome uma com um boy gato no seu cangote! – Ela disse e estacionou o carro, saiu e com uma sacola na mão, já deu indícios do que ia fazer.
Voltamos para o meu quarto e ela tirou da sacola um lindo vestido vermelho, curtinho, de alcinha e o tecido uma seda de tão lisinho. Me obrigou a vestir.
Caçou pelo meu quarto o salto scarpin que ela amava me fazer usar. Ao acha-lo, calcei.
– A make está ótima, mas precisa de um batom vermelho! – Disse isso já tirando o seu da bolsa. – Agora sim, tá modesta, mas tá um arraso! Solta o cabelo, fica mais sexy!
– Você é uma fofa! Piriguete, porém, fofa!
– E você é uma virgem! – Rimos e fomos à festa.
Já na mansão, o espetáculo estava garantido. Era enorme, linda e elegante. Talvez eu devesse estar mais comportada, mas ao ver o povo numa bagunça tremenda, eu estava vestida adequadamente para a ocasião. Uma mistura de jovens de todas as etnias, falando idiomas que eu não interpretaria nem com mímica, num primeiro momento me fizeram rir, mas depois, fiquei apavorada.
– Ângela, é melhor irmos pra cas... – Mas antes que eu pudesse concluir a frase, um cara já estava engolindo minha amiga.
Eu estava num mato sem cachorro. Até que eu tive a brilhante ideia de ir até o anfitrião, e lá estava ele, preparando as bebidas.
– Oi Kim, como vai?
– Oiii s/n! Tranquilo e você?
– Vou ficar bem depois de uma batida...
– Morango, maracujá, kiwi... É só falar!
– Morango com saquê!
– Saindo...
– A propósito, brigada pelo convite!
– Para ser sincero, alguém me pediu para convidar você! – Ele disse com um ar misterioso, e apontou para a mesa à frente. – É meu irmão, Cho.
“Que faz jus ao nome, é lindo!” – Pensei.
– Entendi agora, e seu irmão vem aqui ou tenho que ir lá? Não sei se você sabe, mas eu sou uma pedra de timidez.
– Não é necessário, eu venho até você! – Ele disse um tanto próximo de mim e um misto de tesão e susto se fez em meu semblante.
– Muito gentil de sua parte... De onde me conhece?
– Eu dei uma volta pela facul ontem e vi você sentada na pracinha dando pão para um cachorro. – Depois de uma leve pausa, continuou. – Gosta de animais?
– Muito.
– Tem cara mesmo. Uma moça tímida, delicada e que ama animais. – E olhando fixamente para os meus lábios, completou. – Chega matar de fofura!
Rimos. Apesar de não compreender o que ele queria realmente.
Enquanto conversávamos, um dos irmãos dele, Bae, se aproximou e disse:
– Cho, o tio já saiu do aeroporto, disse que em quinze minutos estará aqui!
– Beleza, quando ele chegar, manda o Kim falar com ele!
– É nóis! – Ele respondeu e saiu.
– Onde estávamos? Ah já sei! – Sem nenhuma cerimônia me puxou para si e o beijo quente misturado com sabor de saquê invadiu minha boca.
Estava uma delícia, mas tem um, “porém”, os toques indicavam exatamente que o beijo são seria somente beijo, ele com certeza queria mais.
– Vamos para um lugar mais reservado? Quem sabe, o meu quarto? – Ele falou baixinho no meu ouvido enquanto beijava meu pescoço.
– Cho... Não me leve a mal, mas... Não me sinto à vontade para isso e...
– Relaxa, o Kim me falou como você é! Não vou te forçar a nada, mas... Eu hoje não tô a fim de ficar só nos lábios, se é que você me entende! Fica na boa, aproveita a festa... – Dito isso, ele simplesmente saiu e voltou pra pista de dança.
Enquanto estava ali, fiquei um pouco mal, não por ter recusado me deitar com ele, mas por saber que mesmo que tivesse ido, amanhã ele mal lembraria meu nome.
Resolvi pedir mais uma, no entanto lembrei que não é esse tipo de bebida que eu tomo. Em toda festa é assim, eu sempre acabo sozinha, meio bêbada e sem ter ficado com ninguém. A Ângela bem que podia ficar por perto. Ela é um amor de pessoa, mas só quer saber de macho. Vaca do meu coração!
Decidi procurar pelo banheiro dentro daquela casa enorme, precisava retocar a make e ver se ainda estava com cara de mocinha. Juro pelos céus que abri várias portas e a maioria dava em quartos, salas de estar e pasmem! Havia mais de uma cozinha.
Depois de muito andar, achei um banheiro (do tamanho da minha casa) e sim, o espelho era gigantesco, pude me ver de corpo inteiro. Continuava linda. Tirei o batom da bolsa, limpei a boca e retoquei. Agora, somente a boca do copo tiraria meu batom.
Ao sair do banheiro, surpresa! Eu estava perdida. Tentei fazer o caminho inverso ou seguir a música, mas não deu muito certo. Quanta gente mora nesse lugar? Enfim, continuei andando até que uma porta se abre em minha frente e me deparo com o homem mais lindo do mundo!
Não era velho, mas com certeza não tinha a minha idade. Era asiático, julguei ser coreano pois se parecia um pouco com o Kim, talvez fosse um primo dele, não sei. Era alto, forte, seu cabelo escuro e liso estava penteado num topete bem charmoso. A pele de porcelana clara dava o contraste perfeito com os olhos negros. Usava um terno, sem gravata e os quatro primeiros botões estavam abertos.
Ficamos nos olhando em silêncio quando ouvi o Kim gritar atrás de mim:
– Tio Hyun! Achei que fosse chegar amanhã!
– E com esse pensamento, deu uma festa? – Falou com uma voz grave e séria.
– Bom... É que...
– Estou brincando, não precisa se explicar! Seus pais?
– Estão na casa da “noona”! Ah, a propósito tio, essa é a s/n! S/n, esse é meu tio Kim Tae Pyung! Mais conhecido como Hyun!
– É um prazer conhece-la! – Ele disse estendendo a mão e abrindo um largo sorriso, denunciando lindas covinhas.
– O prazer é meu, Sr. Pyung...
– Hyun, somente! – Ele me corrigiu sorrindo.
– Tá bom... – Respondi timidamente.
Após conversarmos e o Kim, me levar de volta, tentei achar a Ângela, mas em vão! Sendo assim, depois de um tempo, fui para a cozinha e tomei a liberdade de procurar um vinho. O Kim disse que eu poderia ficar à vontade, então... Fui bisbilhotar.
Achei um vinho dentro do armário, já havia sido aberto e a julgar pelo cheiro, não estava tão ruim. Peguei uma taça, sentei-me na mesa da copa e me servi.
– Esse vinho deve estar horrível! – Ouvi aquela voz grossa novamente.
– Bom... – Respondi me virando e era ele, Hyun.
– Experimenta esse! – Ele falou me entregando uma garrafa e pelo rótulo devia ser caro.
Joguei o outro na pia e me servi. O vinho dele era realmente delicioso
– Muito obrigada... Com toda a certeza, é a primeira vez que experimento este! – Respondi tentando não demonstrar nervosismo, afinal, ele não era só um carinha da festa, ele era um dos tios do Kim.
– Nunca vi você em uma festa do Kim, é nova na universidade? – Ele perguntou sorrindo.
– Na verdade, não! Só é a primeira vez que o Kim me convida... – Dei uma pausa e beberiquei mais um pouquinho. – O senhor... quer dizer... Você, sempre está presente nas festas do Kim?
– Na maioria, esse moleque sempre faz festa na mesma época em que os pais viajam ou visitam meus pais, logo vai virar tradição! – Brincou.
– Ele costuma dar muita festa? – Continuei.
– Mais ou menos, creio que ele faça isso duas vezes no mês. Ele não costuma te convidar?
– Não... – Respondi meio desanimada. Com certeza não era o Cho, mas sim a Ângela, o motivo de eu estar aqui.
– Se você quiser, te aviso quando ele der festas, pode dizer que eu te convidei! – Ele piscou e sorriu mostrando as covinhas novamente.
– Obrigada! – Devolvi o sorriso.
Ele então pegou uma taça no armário e aproximando-se de mim disse:
– Me permite? – Apontou para a taça, afirmei com a cabeça. – Desculpa por eu ser tão curioso, mas por que você não está lá no meio da bagunça? – Questionou se servindo e bebendo um pouco.
– Bom, eu não sou tão extrovertida e, eu vim meio que arrastada por uma amiga.
– Mas não queria estar aqui?
– Sim e não! – Sorvi mais vinho. – Eu não tenho nenhum lugar melhor para ir, porém, aqui sou um peixe fora d’água. Mas a culpa é minha, posso ser um tiquinho tímida e um outro tiquinho careta.
Ele riu e me servindo um pouco mais de vinho disse:
– Talvez, você não seja careta, só é reservada e talvez, você não seja tímida, só é ponderada. Estamos conversando a um tempinho e você não demonstrou timidez ou caretice. – Ele bebeu um pouco mais. – Na verdade, você demonstrou maturidade e classe. E está apropriada ao ambiente!
– Mas não para a ocasião...
– Na verdade... – Ele respondeu chegando um pouco mais perto. – A ocasião, não está apropriada para você!
Arrepiei. Sorri timidamente, agora sim eu estava rubra como o vestido.
– Se me permite, posso deixar a ocasião perfeita!
– E como isso é possível? – Indaguei curiosa.
– Mudando o ambiente! – Ele respondeu pegando delicadamente em minha mão e direcionando-me ao corredor após a cozinha. – A sala do piano tem uma acústica incrível, o som que está fora não entra e o que está dentro não sai!
E ele estava certo. Ao adentrarmos a sala, as batidas do som da festa foram sumindo, até que ao fecharmos a porta, o som cessou completamente.
– Há alguma música específica que queira ouvir? – Ele disse calmamente.
– Na verdade não, o silêncio me deixou bem mais à vontade aqui!
Passei os olhos pela sala toda, que não era pequena. Os móveis modernos se contrastavam com os objetos de decoração antigos, não precisava ser nenhum especialista para saber que eram uma fortuna. Para a minha surpresa, Hyun abriu um frigobar camuflado ao lado da estante de livros e eu fiquei impressionada. Ele sorriu com a minha expressão de surpresa.
– Já tomou soju? – Ele questionou.
– Nunca.
– Lá na Coréia, isso é tão popular quanto cerveja aqui no Brasil! – Ele disse colocando dois copinhos na mesa de centro da sala e me serviu.
– Esse sofá parece uma nuvem de tão macio...
– Trouxemos da Coréia no ano passado! – Ele respondeu.
Gelei. Não acreditei que havia comentado tão alto! Mds, como sou desnecessária. Tentei não dizer mais nada e a respeito da decoração e disse:
– Você não vai beber?
– Vou, mas é costume um servir o outro!
– Não seja por isso! – Disse e logo enchi o copinho dele. Ele sorriu.
Brindamos e bebemos. O gostinho de uva verde invadiu minha boca, era gostoso. Dava para sentir o cheiro do álcool e o sabor da fruta.
– Então?
– Uma delícia, azedinho! – Eu disse e ele sorriu contente.
– Hyun? Seu nome é Kim, igual ao seu sobrinho. É normal os familiares terem os nomes iguais na sua cultura?
– Depende, mas no caso da minha família, eu e meus irmão decidimos colocar os nossos nomes em nossos sobrinhos, só por diversão, para causar confusão na família!
– E de onde vem o nome Hyun?
– É uma longa história... Digamos que eu utilizo esse nome para fins profissionais, mas ele pegou tão bem que agora só me chamam assim.
– É realmente um nome bonito, no português soa como uma nova palavra! – Rimos.
Nos servimos de soju novamente e ele me contou muitas coisas acerca da cultura coreana. Confesso que me senti muito bem conversando com ele e por alguns segundos, eu podia jurar termos a mesma idade, mas eu tinha que cair na real, o cara era lindo e dezoito anos mais velho do que eu.
– Obrigada por salvar minha noite! – Ele disse me olhando tão profundamente nos olhos que eu podia jurar que estava vendo minha alma.
– Como assim? – Questionei, observando seu rosto antes branco e agora vermelho por causa da bebida.
– Eu estava acreditando fielmente que iria dormir cedo, pois, no meu quarto o tédio me mataria, mas é tão bom conversar com você que perdi completamente a noção do tempo.
– Sendo assim, eu que agradeço, pois minha noite com certeza seria igual a sua se não tivéssemos nos encontrado. A essa altura do campeonato, eu já teria ido pra casa.
Sorrimos. O álcool estava exercendo a sua função. E num ímpeto da loucura, da minha loucura, beijei-o.
Ele retribuiu e curiosamente, não queríamos parar. Seus lábios eram tão macios e quentes, misturado ao sabor do soju, o beijo estava diferente de qualquer coisa que eu já tenha provado na vida. Eu devia parar e pedir desculpa, mas eu queria? Definitivamente não.
Achei que ele fosse me afastar, mas sua mão passou pela minha cintura me puxando cada vez mais para si. Passei minhas mãos por sua nuca e o puxei para mim. Não quero soltá-lo.
O sofá macio, só contribuiu ainda mais para que ficássemos colados e sem cessar o beijo, tombamos nossos corpos no sofá. Ele não ia parar, então, intensifiquei o beijo.
Suas duas mãos em minha cintura fizeram pressão com os dedos. Seus lábios desceram pelo meu pescoço e com leves beijos chegaram até o lóbulo da minha orelha, com carinho ele mordeu de leve. Arrepiei.
Sua boca em meu ouvido sussurrou bem baixinho:
– Como você é cheirosa...
Não resisti. Puxei-o para o beijo novamente. Dessa vez, eu vou me permitir e que se dane o amanhã. Ele puxou o vestido para baixo com a ponta dos dedos até que meus seios ficassem à mostra. Seus lábios desceram até os meus mamilos e com leves sugadas meu corpo já dava indícios de que aquilo não ia prestar.
Eu estava completamente hipnotizada com os toques dele em meus seios, quando de repente, uma de suas mãos apertou minha coxa debaixo do vestido, soltei um leve gemido. A mão era tão quente quanto os lábios e pressão dos dedos era gostosa. Quase não resisti quando apertou minha bunda. Eu me entreguei. Bandeira branca pra você, Hyun!
Ele subiu e os beijos aumentaram a intensidade. Desabotoei sua camisa e expus um abdômen definido, mal pude crer no tamanho de seus braços. Esse homem vai acabar comigo! E sem me conter arranhei de leve suas costas, ele soltou um grunhido e olhou fixamente em meus olhos, senti o desejo dele pesar sobre mim, o tesão aumentou.
Com certa força (e um tiquinho de violência) ele rasgou minha calcinha e eu torci para que não fizesse o mesmo com o vestido. Mas claro que ele não fez e delicadamente subiu o vestido, olhando minha intimidade, que a essa altura do campeonato já estava encharcada, separou minhas pernas e num rápido movimento começou a sugá-la.
– Faz tempo que eu não provo uma bucetinha assim... – Disse em um tom de desejo.
Era como se uma descarga elétrica estivesse sendo dispensada em cima do meu corpo. A língua quente e macia dele fazia movimentos deliciosos, gemi. Mas gemi alto. Vendo como eu estava gostando, ele introduziu dois de seus longos dedos na minha entrada. Os movimentos rápidos aliados à sua língua em meu clitóris era o meu fim. Logo, o primeiro orgasmo se fez presente. Vendo minha cara de satisfação, ele com toda a certeza queria uma retribuição e não seria de bom tom recusar isso a ele.
Vendo-o desabotoar a fivela do cinto me coloquei de quatro (uma bela posição de ataque) e ajudei a remover qualquer peça de roupa restante. Seu membro estava saborosamente duro e sua glande exposta enchia minha boca d’água. Ao ver que havia se aconchegado no sofá, não esperei muito e abocanhei seu pênis como se nunca tivesse comido nada na vida. O gosto era bom, a pele era deliciosa, sem contar que o tamanho preenchia toda a minha boca que em contraste era pequena.
Enquanto o chupava podia jurar que em seu rosto havia um semblante de prazer e carinho, estranhei, mas não parei. Vendo-o tombar a cabeça para traz com satisfação, não prestei a devida atenção e pega de surpresa, ele puxou meu cabelo.
– Vai com calma, amor... Não quero isso agora...
Entendendo o que ele quis dizer, assenti. Aproveitei que ele estava sentado e me posicionei em cima dele. Outro beijo invadiu meus lábios e brasileira que sou, me pus a rebolar em cima dele. Seus braços envolveram minha cintura e como se fosse um abraço ele me travou:
– Tá ficando louca? – Ele disse com um tom bravo, me assustei, mas isso me deu mais tesão. – Quer que eu goze agora?
– Naum... – Respondi fazendo biquinho.
Com mais um beijo estonteante ele me penetrou bem lentamente, quando já estava todinho dentro de mim, pude sentir uma fisgada, nunca senti algo entrar tão profundamente. Eu não era virgem, mas ele era grande o bastante para me fazer acreditar que sim.
Comecei a quicar no seu colo, primeiro devagarinho e depois com mais velocidade. Sem esperar ele novamente me travou com seus braços e começou a estocar com força. Uma dorzinha se fez presente, mas isso só serviu pra dar mais tesão, o jeito como ele fazia me deixava louca de prazer.
Eu já estava quase lá quando ele levantou e me jogou no sofá. Maluco. E antes que eu me desse conta ele já estava em cima de mim, voltou a me penetrar com vontade. Eu estava a ponto de subir pelas paredes e talvez eu tivesse o machucado um pouco com os arranhões nas costas.
E o Hyun? Ele simplesmente não parava. Aquilo estava divinamente gostoso. Cada estocada era um gemido e novamente, meu orgasmo batia na porta e como se adivinhasse, novamente me trocou de posição interrompendo meu deleite. Me colocou de quatro e começou a acariciar minha bunda.
– Hyun?
– Hm?
– Você pode... Ah! – Gritei. Mal terminei a frase e o safado me deu um tapão delicioso. Ele falou algo em coreano, mas eu não entendi nada. – Você pode repetir?
E outro tapa foi desferido.
– Eu tava falando do que você dis... Ah! – Mais um tapa, dessa vez na minha coxa.
– Eu disse, que você é muito gostosa! – Ele falou bem no pé do meu ouvido. Me fez arrepiar.
Depois disso, advinha? Mais um tapa na minha bunda. O safado alternou os lados e eu sabia o motivo disso. Os arranhões em suas costas não eram de graça. Me penetrou de novo com mais força. Sem parar de me penetrar ele segurou a minha mandíbula como se quisesse me conter, aproximou novamente do meu ouvido e sem sessar as estocadas disse:
– Você é tão deliciosa... Eu quero te devorar a noite toda!
Tudo o que ele fazia tinha um misto de delicadeza e agressividade. Juro que é a primeira vez que isso me acontece. Um homem assim... Me devorando assim... Nunca que eu teria isso com os meninos lá da festa.
Mais um pouco e eu não resisti. Gozei. Gostosamente, eu gozei. Mas ele não parou. Ficou por cima de mim novamente e segurou minhas mãos acima da minha cabeça para garantir que não mais arranharia suas costas.
Meteu com força. Com vontade. Com tesão.
Gozou em cima da minha barriga. Safado. Gostoso.
Mais um beijo delicioso eu senti. Me abraçando com certa ternura disse:
– Você definitivamente salvou minha noite!
– E você, a minha! – Respondi.
– Você é maravilhosa, me deliciei com cada pedacinho de você! – Sussurrou.
– O prazer foi todinho meu! – Disse e beijei-o novamente.
Depois de um tempo deitada em seu peito, me lembrei da Ângela. Será que ela estava em uma situação parecida com a minha? Ou será que notou a minha falta? Ou ainda, ela deve ter achado que eu voltei pra casa!
Me levantei devagarzinho para não o acordar. Meu deus, que homem lindo! Me ajeitei e peguei a bolsa e fui em direção a porta, obviamente trancada.
– Ia mesmo embora sem me dar um beijo? – Sua voz ecoou na sala.
– Não queria te acordar, perdão...
Ele se levantou, colocou a roupa e veio em minha direção. Me puxou para mais um beijo.
– A gente vai se ver de novo, não é? – Ele perguntou.
– Bom, podemos. Mas, devemos? – Eu disse.
– E por que não?
– Sei lá... – Respondi meio sem jeito.
– Me dá seu telefone? Sempre que eu estiver no Brasil e se você estiver sozinha, a gente pode sair... – Ele me olhou nos olhos e acariciando meu rosto continuou. – Eu nunca gostei de vir para cá, mas agora eu tenho um bom motivo para voltar e ficar mais tempo.
– Sua família não é um bom motivo para isso? – Perguntei (abusada!)
– Sim, é um bom motivo, mas não um motivo tão delicioso como sua companhia!
Ele não disse isso. Impossível. O doido queria me ver novamente.
– Com certeza, sempre que quiser, me liga! – Respondi sorrindo, sem saber se era certo ou não.
– Pode deixar! – Ele respondeu e me puxou para mais um beijo. – Vou te deixar em casa.
– Obrigada.
Ao sairmos da mansão, o dia já estava claro. Não é possível. Transamos a noite toda? Olhei no relógio. Seis da manhã, misericórdia. Que potência esse homem tem!
– Espere aqui por favor!
Não demorou muito tempo e uma linda Ferrari Azul parou bem na minha frente, meu queixo caiu por alguns segundos, mas eu lembrei que ele era um Pyung e isso para ele era fichinha:
– Vamos?
– Sim! – Respondi e entrei no carro.
Já na frente de casa, me lembrei de passar o telefone para ele. Trocamos nossos números e demos um beijo de despedida.
Ao sair do veículo, ele segurou minha mão e me puxou de volta para dentro:
– Posso mesmo ligar pra você?
– Claro!
– Você vai me atender?
– Com certeza!
– Promete?
– Sim... – E mais um beijo, dessa vez intenso e demorado foi depositado em minha boca.
Entrei em casa e tomei um banho. Não estava com um pingo de sono, mas mesmo assim decidi deitar no sofá, só pra relaxar.
Após um tempo comecei a pensar em tudo o que aconteceu, será que aconteceu mesmo ou foi um surto da minha cabeça? Era impossível um homem como ele sentir atração por mim. Com certeza eu devo ter bebido demais.
E perdida em meus pensamentos, o celular faz o barulhinho da mensagem. “Ângela!” pensei. Tinha umas 30 mensagens dela, do Kim e dos meus pais. Mas apenas uma dele. Abri.
“Talvez tenhamos ido um pouco longe demais. Talvez, nossas idades sejam discrepantes e nossos países distantes. Talvez o soju tenha subido demais até nossas cabeças. Mas talvez, e só talvez, eu tenha sentido algo além do prazer.
Mas ainda assim, não me arrependo de nenhum segundo sequer com você. E se tiver disposta, podemos repetir a dose quantas vezes quiser, até que o “talvez” se torne um “Com certeza”.”
E eu acho Hyun, que você talvez fará a maior bagunça na minha vida, mas acredite, eu com toda certeza irei amar!
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