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História A cunhada - O tempo parou


Escrita por: Youraxyz

Notas do Autor


Oi,

Tudo bem com vocês? Espero que sim. Também espero que ninguém tenha morrido de ansiedade. Sei que ainda estou em falta na resposta dos comentários, me perdoem, pois a semana foi uma loucura.

Vou aproveitar e responder a uma pergunta que surgiu nos comentários. Percebi que houve uma dúvida em relação a essa questão e talvez outros leitores também tenham se perguntando sobre ela. Pergunta: "Leo e Seohyun são casados?" Não, eles são apenas noivos, ou seja, ainda não se casaram portanto não são marido e mulher. Só para constar, estou respondendo a essa pergunta por não ser fator que vai alterar algo na história, ou seja, não é spoiler. Sobre os demais assuntos vocês vão descobrindo aos pouco. hehehe. Dúvida esclarecida, capítulo liberado.

Boa leitura.

Capítulo 8 - O tempo parou


Fanfic / Fanfiction A cunhada - O tempo parou

Taeyeon P.O.V.

 

Ao ouvir que estava grávida Tiffany arregalou os olhos se levantando da cama, parecia que tinha recebido uma notícia chocante. Começou a andar de um lado para o outro, resmungando alguma coisa que eu não era capaz entender. De repente parou bruscamente, me olhou estranho, mas não disse nada. Sentou na cama enquanto esfregava uma mão na outra, visivelmente nervosa. Aproximei devagar, quando ela me olhou percebi que ela chorava. Fiquei sem saber o que fazer, não conseguia entender o que estava acontecendo com ela. Tiffany parecia desesperada, desviou o olhar quando sustentei o seu olhar. De repente alguém bateu na porta e entrou sem esperar que minha cunhada autorizasse a entrada.

 

- Fany, você tem... Por que está chorando? – Perguntou Seohyun entrando no quarto. Tiffany não respondeu apenas abaixou a cabeça, era possível ver as lágrimas dela pingando em sua roupa.

- Fany, o que aconteceu? Por que está chorando desse jeito? – Perguntou ela sentando na cama ao lado de Tiffany.

- Não é nada. – Respondeu ela me olhando. Fez que não com a cabeça olhando para o teste de gravidez que ainda estava na minha mão. Acho que aquilo significava que eu não deveria falar sobre a gravidez. Coloquei o teste no bolso do vestido escondendo-o.

- Yoona. – Gritou Seohyun quase me deixando surda. Percebi que ela me olhava como se me acusasse de alguma coisa.

- Seo, não precisa se preocupar. – Falou Tiffany, mas a garota a olhou como se não acreditasse no que ouvia

- Vem aqui. – Falou Seohyun abraçando Tiffany consolando-a. Me senti estranha ao ver minha cunhada a abraçada a outra.

- Por que está me gritando? – Perguntou Yoona entrando no quarto.

- Pede a Bah que faça um chá calmante para Tiffany. – Pediu ao ver Yoona se aproximando.

- O que aconteceu? – Perguntou Yoona pegando nas mãos de Tiffany me olhando esquisito.

- Eu não sei. Quando entrei aqui, ela já estava desse jeito. – Explicou Seohyun também me olhando. Eu tinha a impressão que as duas garotas achavam que era por minha culpa que Tiffany estava daquele jeito.

- Vou descer e pedi o chá. É melhor ela descansar e dormir um pouco. – Falou Yoona indicando com a cabeça que eu a acompanhasse. Eu não queria ir, sabia que ela ia me questionar.

- Tae, você pode trazer algo para Tiffany comer? – Perguntou Seohyun me obrigando a ir com Yoona.

- Não quero comer nada. – Reclamou Tiffany.

- Você não tem se alimentado direito. – Falei sem pensar e acabei por concordar com Seohyun.

- Seo, você fica aqui com ela. Tae e eu resolveremos isso. Vamos. – Falou ela indicando que eu a acompanhasse.

- Ok. Você deveria descansar um pouco, venha se deitar. – Falou Seohyun com Tiffany retirando os lençóis da cama.

 

Saí do quarto ainda intrigada com a reação de Tiffany com a descoberta. Percebi que Yoona me olhava o tempo todo enquanto íamos em direção à cozinha. Bah ficou surpresa quando nos viu, ficou preocupada com minha cunhada. Estranhando ao saber que ela estava chorando, me deu um olhar questionador, mas não disse nada. Parecia que todos achavam que a culpa era minha por minha cunhada estar daquele jeito. Esperamos enquanto Bah preparava o chá e um pequeno lanche para a patroa dela. Me senti incomodada com o fato de Tiffany estar sozinha com Seohyun, mesmo sabendo que em breve ela também seria cunhada dela. Eu estava tão confusa que já não sabia o que pensar das coisas. Bah demorou tanto a nos entregar o que havia feito que quando voltamos para quarto, minha cunhada dormia.

 

E mais uma vez, eu havia perdido a oportunidade de conversar com ela. Nada estava colaborando para que essa conversa acontecesse. Decidimos deixar que ela dormisse já que ela estava mais calma. Mais tarde pediríamos a uma das empregadas que levasse algo para ela comer. Quando saímos do quarto notei que Yoona e Seohyun trocavam olhares, senti que tinha algo haver comigo apesar de não me falarem nada. Deixei as duas sozinhas e voltei para o meu quarto. Lembrei-me do teste que ainda estava em meu bolso, peguei-o conferindo novamente o resultado. Somente agora que caiu a ficha, Tiffany teria um filho de John e eu seria tia. Comecei a pensar que talvez minha cunhada estivesse preocupada com o fato de ter que criar uma criança sozinha. Não tinha nem um mês do falecimento de John e essa notícia com certeza a surpreendera.

 

Peguei o teste e joguei no lixo do banheiro. Eu nunca pensei que algum dia me relacionaria com pessoas da minha família, nem mesmo com a viúva de John. Eu não tinha ninguém nesse mundo que carregasse com o meu sangue, isso tudo era muito novo. Apesar de ter uma tia, eu não fazia ideia de onde ela estava, nem mesmo sabia se ela ainda estava viva. A notícia de que dentro de alguns meses haveria uma criança que carregaria o meu sangue me pegou de surpresa. De repente fiquei feliz com a notícia, afinal eu não estaria tão sozinha.

 

Sai do meu quarto e fui em direção ao de Tiffany, eu precisava entender como ela se sentia em relação a isso. Meu coração doeu no peito só de imaginar que talvez, devido à dificuldade e sua situação atual, ela não quisesse ter o bebê. Ela não podia fazer isso, não tinha o direito de interromper uma vida. Não podia acabar com a descendência de John, afinal aquela criança seria a única descendente dele. Abri a porta do quarto bem devagar, e Tiffany ainda dormia como eu havia imaginado. Aproximei da cama com cuidado e mais uma vez fiquei observando ela dormir. Retirei o cabelo que cobria seu rosto, apesar do semblante tranquilo o rosto ainda estava marcado por causa do choro.

 

Ela se remexeu na cama inquieta, antes que eu pudesse afastar ela segurou a minha mão abrindo os olhos. Sorriu e voltou a fechar os olhos, fiquei sem saber se realmente ela dormia ou não. Quando tentei me desvencilhar dela, senti meus dedos presos em sua mão. Sentei na cama buscando uma posição mais confortável e fiquei ali vigiando seu sono decidindo o que fazer. Aos poucos sua respiração foi ficando suave indicando que ela voltara a dormir. Dormindo Tiffany parecia tão frágil, parecia uma garota. Alguém que precisava ser cuidada e protegida, eu sabia que naquele momento ela não tinha ninguém para protege-la. E naquele momento eu era a pessoa que havia magoado os seus sentimentos mesmo quando ela estava tentando ajudar. Me senti incomodada com este pensamento, mas eu não sabia o que fazer.

 

Anne entrou no quarto e me olhou intrigada quando me encontrou sentada na cama ao lado da minha cunhada. Trazia uma bandeja que Bah havia enviado que vinha acompanhado de uma ordem, obrigar Tiffany comer de qualquer jeito. A bandeja era tão grande que ela tinha dificuldade para equilibrar sem derrubar tudo o que estava dentro dela. Sorri ao pensar no jeito nada delicado de Bah de nos obrigar a fazer coisas que não queremos. Pedi a ela que deixasse a bandeja na mesa e que eu mesma me encarregaria da tarefa. Ela agradeceu avisando que limparia o meu quarto aproveitando que eu não estava lá. Soltei a mão de Tiffany que ainda segurava a minha e conferi o que havia na bandeja. Despejei o suco de laranja no copo e passei manteiga em duas torradas.

 

- Tiffany. – Chamei baixo para não assusta-la.

- Hum. – Ela respondeu sem abrir os olhos.

- Tiffany, acorda. – Falei tocando em seu braço.

- Me deixa dormir, por favor. – Resmungou ela virando na cama para o outro lado.

- Tiffany, acorda. Você precisa comer. Vamos, sente-se. – Falei sentando ao lado da cama sacudindo seu braço devagar.

- Por que você não me deixa... – Tiffany falou virando na cama, mas parou de falar arregalando os olhos quando me viu.

- Taeyeon, o que faz aqui? – Perguntou ela sentando na cama.

- Bah mandou uma bandeja para você. – Falei apontando para a bandeja.

- Não quero comer nada. Acho que terei que ter uma conversa com Bah sobre suas atitudes. – Falou ela parecendo pensativa.

- Não faz assim. Bebe pelo menos o suco. – Falei pegando o copo estendendo-o para ela.

- Vocês duas vão parar de me atormentar se eu comer? – Perguntou ela, mas o tom era de afirmação.

- Vamos. – Respondi lhe entregando o copo.

- Eca. – Falou Tiffany fazendo uma expressão de nojo quando aproximou o copo da boca.

- O que foi? – Perguntei quando ela me devolveu o copo.

- Não quero isso, está me deixando enjoada. – Falou ela apontando para o copo.

- Que tal outra coisa? – Perguntei levantando da cama, pegando uma xícara.

- O que tem aí para beber? – Perguntou ela descendo da cama.

- Tem chá, suco, café e leite. – Respondi indicando cada um.

- Quero o café com leite. – Falou ela pegando uma torrada da bandeja, comendo um pedaço.

 

De repente o mundo parou, é sério, o tempo parou. Olhei Tiffany comendo a torrada, não consegui não olhar. A única coisa que conseguia ver era a boca dela suja de manteiga, balancei a cabeça quando algo estranho surgiu em meus pensamentos. Havia alguma coisa errada comigo, desde o momento que a vi transtornada com o que eu disse sobre ter medo dela, algo em mim havia mudado. A imagem que eu fazia dela sumiu, dando lugar a outro tipo de imagem. Ela já não era tão assustadora, principalmente depois que ela passou a me ignorar. A situação havia invertido, agora era que me olhava esquisito todas as vezes que eu me aproximava. Sempre parecendo assustada quando eu estava por perto, fugindo quando eu tentava falar com ela.

 

- Taeyeon? – Chamou ela passando a mão em frente aos meus olhos.

- Que? – Perguntei ainda olhando para sua boca.

- Você ouviu o que eu disse? – Perguntou Tiffany parecendo intrigada.

- Ouvi, você disse que quer café com leite. – Respondi desviando o olhar servindo o que ela havia pedido.

- Que? Você não ouviu o que eu te disse depois disso? – Perguntou ela parecendo confusa.

- Hã? Não, acho que não. – Falei entregando o copo a ela sem olha-la.

- Percebi que você estava aérea. – Respondeu ela bebendo um pouco do líquido do copo.

- Você pode repetir? – Perguntei tentando não olhar para ela que sorria.

- Disse que não precisa se sentir pressionar a participar do aniversário do meu irmão. – Repetiu ela.

- Ah. Obrigada. – Agradeci.

- Não precisa agradecer. Já lhe disse que pode escolher o que quer fazer. – Explicou ela sem me olhar. Isso me fez lembrar que as coisas entre nós duas ainda estavam estranhas.

- Tiffany, eu quero... – Comecei a falar, mas parei quando alguém entrou no quarto. Por que sempre tem alguém para atrapalhar? Perguntei-me pensativa.

- Oh! Vejo que conseguiu algo que eu mesma não consigo com facilidade. – Falou Bah entrando no quarto.

- Que? – Perguntei confusa.

- Você conseguiu fazer com que Tiffany comesse. Às vezes tenho que brigar com ela, sempre comendo feito um passarinho. – Explicou ela.

- Ah. Ela comeu um pouco. - Falei confirmando o que ela disse.

- Está melhor criança? – Perguntou Bah diretamente para minha cunhada.

- Sim, estou. Não precisava mandar tudo isso. – Falou Tiffany apontando para a bandeja.

- Você não tem comido direito, fiquei sem saber o que lhe agradaria. – Explicou ela sorrindo parecendo satisfeita.

- Dá próxima vez, não exagere. – Falou ela sorrindo para a empregada. Observei que era o mesmo sorrindo que ela sempre tinha nos lábios. Meus olhos cruzaram com os dela, de repente o sorriso sumiu.

- Criança, preciso falar com você. – Falou Bah. Quando a olhei sua expressão havia mudado, ela parecia preocupada.

- Pode falar, Bah. – Respondeu Tiffany parecendo não se importar com a minha presença.

- Não, criança. Preciso falar com sua cunhada. – Explicou Bah olhando diretamente para mim.

- Comigo? – Perguntei confusa.

- Sim, criança. – Confirmou ela olhando para mim.

- O que precisa falar com ela? – Perguntou Tiffany com uma expressão estranha no rosto.

- Tenho algumas tarefas para ela. – Falou Bah, mas percebi que não era bem isso que ela queria comigo.

- Que tarefas são essas? – Questionou Tiffany parecendo tão intrigada quanto eu estava.

- Não precisa se preocupar com isso. Eu não faria nada que deixasse a menina desconfortável. – Explicou ela olhando para nós duas.

- Você não vai me dizer o que é, não é? – Perguntou Tiffany como se já soubesse a resposta.

- Direi, mas não agora. Tenho algumas coisas para fazer agora, conversaremos mais tarde. – Explicou ela encerrando o assunto enquanto caminhava em direção à porta.

- O que será que ela quer comigo? – Falei pensativa.

- Não sei, mas se não quiser fazer basta informar a Bah. Ela não vai te obrigar a nada, eu garanto. – Falou Tiffany.

- Eu sei. É só que me pareceu que ela estava estranha. – Respondi pensando na maneira estranha com que Bah estava me olhando.

- Também achei, mas se precisar de alguma coisa é só me avisar que resolvo o problema com ela. – Ofereceu ela.

- Obrigada. – Agradeci, mesmo ciente que eu conseguiria resolver, caso houvesse, o problema com Bah.

- Acho que precisamos conversar? – Falou Tiffany mudando bruscamente de assunto.

- Pode ser depois? Tenho algo para fazer agora. – Falei fugindo da conversa. Toda a coragem que eu tinha juntado havia desaparecido.

- Ok. Conversaremos em outro momento. – Falou ela parecendo apreensiva.

- Ok. Preciso ir agora. – Falei caminhando em direção à saída.

- Até mais tarde. – Falou ela se despedindo.

- Até logo. – Respondi saindo do quarto.

 

Eu não conseguia entender por que eu havia agido de forma tão covarde quando a oportunidade de conversar com Tiffany havia surgido. Eu estava confusa com o que havia acontecido comigo enquanto estava na presença dela. Entrei em meu quarto, me assustei quando encontrei Bah sentada em uma cadeira. Ela tinha uma expressão estranha no rosto, eu não fazia ideia do que ela queria comigo. Nem mesmo conseguia imaginar, aproximei dela enquanto ela observava a minha aproximação.

 

- Criança, sente-se aqui perto de mim. – Falou ela apontando para a cadeira ao seu lado.

- O que está acontecendo? Por que está tão séria? – Perguntei sentando ao seu lado.

- Bom, eu queria conversar sobre algo que me contaram, mas... – A interrompi curiosa.

- E o que foi que te contaram? – Perguntei um pouco ansiosa.

- Isso não importa agora, teremos que deixar essa conversa para depois. – Respondeu ela me deixando confusa.

- Fiquei confusa agora. Então tem outro motivo para estar aqui? – Perguntei tentando entender.

- Sim, em outro momento conversaremos sobre o que eu ouvi. Mas neste momento preciso que me faça um favor. – Explicou ela com expressão estranha.

- Que favor? – Perguntei intrigada.

- Ah. Eu recebi uma ligação... e agora John não está aqui para resolver... eu não sei o que fazer... – Bah falava pausado me confundindo.

- Bah, eu não estou entendendo o que quer de mim. – Falei confusa.

- Bom. Hoje eu recebi a ligação da mãe de Tiffany e agora John já não está mais aqui. Você entende? – Perguntou ela.

- Eu não entendo. O que a mãe de Tiffany queria? – Perguntei tentando conduzir a conversa para que eu pudesse entender.

- Ela disse que amanhã estará aqui para o aniversário do Leo. – Explicou ela.

- Isso é normal, já que o filho dela estará aqui. – Justifiquei.

- O problema é que ela quase não vem aqui, passa meses sem aparecer. E quando vem faz Tiffany chorar, digamos que ela não é uma mãe amorosa. – Explicou ela e eu começava a entender qual era o problema.

- Elas não têm uma boa relação? – Perguntei preocupada. Tiffany já não estava muito bem, outro problema poderia deixa-la pior.

- Não, não têm. Por isso preciso de sua ajuda. – Explicou ela.

- O que quer que eu faça? – Perguntei querendo ajudar.

- Não quero que ela esteja aqui quando a mãe dela chegar. – Explicou ela visivelmente preocupada com a situação.

- Você quer que eu a tire de casa? – Perguntei imaginando que essa seria a ideia.

- Sim, quero arrume um jeito de tirá-la daqui até que a mãe dela tenha ido embora. Antigamente John cuidava de tudo, mas agora ele não está mais aqui para resolver esse problema. – Afirmou ela.

- Mas eu não sei como fazer para convencê-la a sair quando o irmão dela está comemorando o aniversário dele nessa casa. – Expliquei enquanto pensava em algo para ajudar.

- Eu preciso apenas de um tempo para convencer a mulher a ir embora. – Informou Bah.

- A situação é tão grave assim? – Perguntei ainda mais preocupada, afinal Tiffany estava grávida e precisa de paz.

- Tudo o que aquela mulher faz é para humilhar a minha menina, sempre a maltratando. Tiffany perdeu o marido a menos de um mês, não sei se ela é capaz de lidar com essa situação agora. Você viu como ela está nos últimos dias, não precisa de mais sofrimento. – Explicou ela.

- Eu vou tentar, mas ainda não sei o que fazer para tira-la de casa. – Expliquei.

- Não importa o que peça a ela, tenho certeza de que Tiffany atenderá o seu pedido. Por isso estou pedindo a sua ajuda. – Explicou ela parecendo aliviada.

- A mãe de Tiffany disse que horas ela chegaria? – Perguntei querendo o máximo de informação possível.

- Onze horas, mas ela nunca chega no horário combinado. Às vezes chega antes e as vezes chega depois. – Informou ela.

- O ideal seria sair antes das dez horas? – Perguntei calculando quando seria o melhor horário para sair com Tiffany.

- Sim, acho que esse horário está bom. Obrigada por me ajudar. – Falou Bah sorrindo.

- Não precisa agradecer. Tentarei o meu melhor para que nada aconteça a ela. – Falei decidida a evitar a qualquer custo que Tiffany se encontrasse com a mãe dela.

- Vejo que as coisas começaram a se acertar entre vocês duas. – Comentou ela ainda sorrindo.

- Mais ou menos. – Respondi ciente de que as coisas ainda não estavam resolvidas entre a gente.

- Não precisa se preocupar com isso, tudo vai se acertar. Depois conversaremos sobre o outro assunto. – Afirmou ela voltando a me olhar esquisito.

- Bah, você não pode adiantar o assunto e me dizer sobre o que é que quer conversar comigo? – Perguntei curiosa.

- Depois, criança. Uma coisa de cada vez, primeiro vamos resolver o problema com a Tiffany e depois resolveremos o seu problema. – Falou ela se levantando da cadeira.

- Meu problema? – Perguntei confusa.

- Sim, eu já sei de tudo. Mas tenho algumas tarefas a cumprir, vejo você depois. Novamente eu agradeço pela sua ajuda. – Falou ela abrindo a porta do quarto.

- De nada. – Respondi vendo Bah sair do quarto.

 

Eu sabia que Bah não me falaria nada naquele momento, por isso deixei que ela fosse embora sem questionar. Mais confusa eu estava depois de conversar com ela, não fazia ideia de qual problema ela estava falando. Como ela sempre se preocupava com tudo, fiquei imaginando que seria algo que talvez eu ainda não tivesse pensado que fosse um problema. Ou talvez eu poderia ter um problema futuramente, eu não sabia o que pensar. Apesar da curiosidade, deixei de lado esse assunto para me focar em ajudar minha cunhada. A forma com que Bah pedira ajuda e a maneira como demonstrava estar preocupada indicava que a relação entre mãe e filha era a pior possível.

 

Isso me fez lembrar da minha madrasta, sempre me maltratando mesmo quando não havia motivos para isso. A situação dela era ainda pior, afinal era a própria mãe que a tratava assim. Eu começava a perceber que Tiffany não tinha tido uma vida fácil, mas agora eu faria de tudo para ajudar. Havia surgido em mim o desejo de protegê-la, mesmo quando eu sabia que essa não era a minha função. E que talvez eu não fosse à pessoa mais indicada para isso, mas só de imaginá-la sofrendo eu podia sentir meu coração doendo no peito. Eu faria o que estivesse ao meu alcance para evitar que ela sofresse.


Notas Finais


Acho que alguém está mudando. Não acham?


Até o próximo capítulo.


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