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História A daddy for me. - L3ddy - Perigo


Escrita por: ladyarrozdoce31

Notas do Autor


Mais de oitenta favoritos e eu tô sambando em cima da minha cama.
Seus safadinhos, obrigada!!!!

Apreciem esse penúltimo capítulo e boa leitura.

=)

Capítulo 9 - Perigo



O tempo passou rapidamente, fiquei tão atribulado com a reta final da conclusão do meu curso que achei que não daria conta. Por um lado foi bom ocupar a mente e seguir com a vida buscando deixar de lado minhas inseguranças ao que se refere a Carlos Eduardo e as suas possíveis tentativas de nos importunar. Estudei mais, me dediquei, tive o apoio incondicional de Lucas e tê-lo comigo só reforçava o sentimento de simplesmente não querer mais viver sem ele.

Ele não dizia com todas as letras que era recíproco, julguei que ainda não se via preparado para expressar do melhor jeito os seus sentimentos, ou como ele costumava dizer; do jeito que eu merecia ouvir. E embora ele ainda não fosse capaz, eu conseguia ver nas pequenas coisas. O importante é que ele cuidava bem de mim e eu retribuía.

Houve um final de semana em que fomos visitar meus pais e me dei por satisfeito ao ver o bom uso do dinheiro que fizeram em seu estabelecimento. Eles adoraram conhecer Lucas e eu apenas me diverti achando graça de todo o seu embaraço diante deles, o ruivo admitiu que se sentia um adolescente prestes a conhecer os pais do namorado, mas durante o tempo em que estivemos por lá ele relaxou. Outra coisa natural foi a minha estadia em sua casa, ou melhor dizendo, a minha moradia fixa, já que estar mais lá do que no apartamento de Chris, foi algo tão natural que apenas reforçou o pedido que Lucas me fez para me mudar de vez para lá.

Suas roupas já disputam espaço com as minhas, a maior parte do seu material para estudos está no meu escritório... Você passa mais tempo aqui em casa, raramente dorme com seus amigos... então não vejo porque continuar morando lá, sendo que estamos praticamente morando juntos.

E desde então acordo e durmo com Lucas todos os dias. O curioso é que não achei que fui precipitado por aceitar, estávamos no tempo certo, embora aparentemente não parecesse devido ao tempo em que estávamos juntos. Óbvio que não haveria perfeições por toda a parte, tínhamos as nossas pequenas divergências, como qualquer casal que se prese, mas nada que excedesse seus limites e uma noite de amor quente não resolvesse. Confesso que eu até mesmo iniciava algumas discussões, porque no fim já sabia que íamos parar na cama.

E no presente momento eu não cabia em mim. Mal pude acreditar que um dos momentos mais aguardados por mim finalmente havia chegado. Eu estava nervoso e minhas mãos suavam, meu quepe esquentava minha cabeça e eu não via a hora de tirar, porém eu estava feliz. Feliz por ter conseguido conquistar o meu honrado diploma. Feliz por não ter desistido e entregado os pontos em meio às dificuldades que tive pelo caminho e mais, feliz por ter pessoas especiais comigo neste meu grande momento.

Meus olhos lacrimejaram ao erguer o canudo e receber os aplausos daqueles que me amam. Mauro tirou tantas fotos que mal pude contar, Lucas tentava esconder um sorriso de satisfação, mas era inevitável e eu o flagrei sorrindo emocionado vez ou outra no momento do discurso dos oradores da minha turma.

E agora, so me restava aproveitar e relaxar na companhia de Lucas, Mauro e Chris. Infelizmente meus pais não puderam estar presentes, porque meu pai precisou operar a visicula e estava se recuperando.

— Sua mãe chorou horrores. Eles assistiram tudo pelo celular. — Mauro filmou toda a cerimônia pelo tablet.

— Mais tarde preciso me lembrar de ligar para eles.

— Nem consigo acreditar que a sua hora chegou, amigo. Sempre soube que você chegaria até o fim. — Chris disse após me puxar para um abraço apertado.

— Você foi quem mais me ouviu lamentar do tanto de obstáculos que me instigaram a largar tudo e voltar para Ribeirão, posso dizer que parte da minha motivação veio de você e dos seus conselhos, Chris. Palavras nunca serão suficientes para agradecer a você e ao Maurinho pelo que fizeram por mim.

— Você é a nossa família também, tesouro. Nosso dever é cuidar de você. — foi a vez de Mauro querer me emocionar. O japonês se enfiou naquele nosso abraço e ficamos os três grudados.

— Ai cara, assim eu vou chorar. Vocês parem com essa porra, preciso beber. — Christian falou descontraído e tentou esconder os olhos cheios d'água com a manga da blusa. Eu apenas ri e ele saiu, certamente á procura de algum garçom.

— Por falar em beber... esta faltando um certo alguém aqui. — eu disse constatando o óbvio, que Lucas havia sumido.

— Não está mais, querido. — sua voz suou pelas minhas costas e me virei a tempo de vê-lo guardando o celular no bolso.

— Onde você estava?

— Cuidando do seu presente de formatura. — respondeu, me dando um selinho e eu o abracei pela cintura.

— Eu já disse que não precisa. — revirei os olhos repetindo a mesma frase que eu respondia desde que ele veio com essa história de me presentear.

— E eu deixei claro que faço questão. Mas por hora vamos aproveitar a sua noite, meu bem.

Nos sentamos junto a Mauro e Chris, comemos, bebemos um pouco e observamos o movimento ao nosso redor, as famílias celebrando junto aos formandos e agitação. A decoração estava impecável, digna de um grande evento e me fazendo ter orgulho de usar um blazer à altura de tudo aquilo.

Os hits antigos dos anos oitenta e noventa fizeram parte da check list da festa. Eu estava receoso sobre convidar Lucas para dançar por achar que ele não aceitaria.

— Olha, eu não sei vocês, mas eu vou rebolar a minha raba ao som de Greese porque sou incapaz de deixar esse hino passar. Vem Chris.

— Melhor não amor, eu estou cansado. — Mauro fez sua melhor expressão de falsa indignação.

— Ah é? Então vou ver se algum daqueles caras ali topa me dar a honra de uma dança. — ele apontou para um grupo de rapazes musculosos, fortes, altos que faziam parte do curso de educação física. Chris franziu o cenho e negou ao ver que estaria em zona de risco caso continuasse negando.

— Nem a pau que eu vou deixar você solto na pista. Vamos. — Mauro sorriu vitorioso e piscou para nós antes de ser arrastado para o meio da pista por um Christian levemente enciumado e tomado por um desejo grande de mostrar ser melhor do que qualquer um daqueles bombados. Eu e Lucas rimos.

— E você? Vai querer ficar parado a noite toda aqui? — ele me perguntou e me surpreendi.

— Você quer dançar?

— Estou meio enferrujado, mas dou conta do recado. — sorriu convencido se levantando da cadeira e erguendo a mão em minha direção, eu a segurei e fomos para a pista.

— Não me diga que também é bom de dança?

— Eu me viro... Posso dizer que rebolar é uma arte que eu sei como dominar. — ri segurando a sua cintura, Lucas pôs as mãos sobre meus ombros e começamos a nos movimentar no ritmo animado da música.

— Disso eu já sabia, ontem você deu uma ótima demonstração usando esses quadris para me enlouquecer. Agora, me pergunto se tenha algo sobre você que ainda possa me surpreender...

— Quanto a isso não tenha dúvidas. — sua fala saiu carregada de malícia e eu sorri. — Mas agora estou mais interessado em saber se você é tão bom de dança quanto o seu amigo ali. — ele apontou para Mauro e pude ver um semicírculo de pessoas em torno dele e Christian. Os dois roubavam a cena com uma coreografia sincronizada e totalmente adepta ao estilo da música que tocava.

Eu e Lucas permanecemos dançando juntos e curtindo um ao outro.

Nada poderia estragar minha felicidade.

~•~

Pedi licença aos meus amigos e segui Lucas até o lado de fora. Estávamos de mãos dadas como um casal de verdade, confesso que ver os olhares de espanto da maioria das pessoas ao ter Lucas Feurschütte como o meu acompanhante foi divertido, apesar de embaraçoso, já que ele se aproveitava para trocar carícias pouco discretas em público. 

Lucas também foi um dos convidados de honra da noite, discursou uma breve apresentação abrindo os trabalhos e iniciando a noite. Quase perdi o fôlego ao ter aquele homem tão perfeito, trajado impecavelmente em um blazer escuro sobre a luz dos refletores, todos os olhares atentos sobre ele. 

Após passarmos pelos portões da universidade, pude ver uma lamborghini vermelha lustrosa estacionada do outro lado da rua. Curiosos admiravam a bela máquina e assoviei diante da sua beleza. Lucas parou ao lado do veículo e pôs as mãos  nos bolsos da calça olhando para mim com um sorriso sacana.

— Então, oonde está o presente? — continuei a observar o automóvel. Realmente era hipnotizante. Certeza que era de Lucas, mas estranhei, pois tínhamos ido em outro carro.

— Está olhando para ele, querido. É todo seu.

— Você não fez isso. — sussurrei incrédulo e começando a rir de nervoso.

— Fiz e faria de novo. Vendeu seu antigo carro para conseguir alugar aquele apartamento e já me disse o tamanho do carinho que tinha por ele. Me sensibilizei pelo seu esforço, sempre vivi em boas condições e eu nunca soube o que é ter que sacrificar uma coisa ou outra por algo tão importante, mas imagino que seja. — ele me entregou a chave e eu desativei o alarme.

Abri a porta e escorreguei para o banco confortável de couro branco. Quase babei no painel incrível deslizando minhas mãos sobre o volante e olhando tudo com admiração.

— Era um celta. Porra, o que é um celta perto disso? Caralho, você me deu um carro. Um carro! — Lucas continuou a rir de minhas reações após ter entrado pelo lado do passageiro e se sentar ao meu lado.

— Você merece o mundo, isso não é nada perto do que ainda irei te dar. Estou orgulhoso por fazer parte disso e decidi que quero estar com você nas próximas conquistas que terá. — eu beijei meu homem sem condições de responder a altura, pois a emoção tomou conta de mim — Agora vamos estrear seu novo poçante.

Dei partida gargalhando ao ter o controle em minhas mãos. Dirigir me trazia uma sensação de liberdade sem igual, poder voltar a tê-la me deixava muito feliz. Meu humilde poçante corria pelas ruas pouco movimentadas para aquele horário da cidade, até mesmo acelerei ouvindo o belo som do motor potente e inebriado com o cheiro de carro novo.

Obrigado Feurschütte.

~•~

A adrenalina foi tamanha que fiquei agitado. Meia hors depôs voltamos para a festa e fui ao banheiro. Saí de uma das cabines após fazer uso dela e fui até a pia lavar meu rosto e as mãos. Meus olhos estavam fechados durante o processo, mas quando os abri para após enxugar o rosto levei um susto.

Um homem encostado ao batente da porta com as mãos socadas no bolso me encarava.

Cabelos ruivos. Olhos azuis que me fitavam através do reflexo do espelho. Um sobretudo, jeans escuro e coturnos. Ele era lindo sim, mas se eu não soubesse de quem se tratava juro por Deus que iria compará-lo a um anjo.

Mas até mesmo os anjos possuem tendência a maldade.

— Meus parabéns Lucas, tantas conquistas ultimamente … É realmente de se invejar.

— Carlos Eduardo. — ele sorriu ladino e seu jeito presunçoso me deixava irado.

— Pelo visto fez muito bem sua lição de casa, não é mesmo? Lucas deve ter falado muito de mim. — insinuou, havia segundas intenções por trás daquela fala e eu continuei a observa-lo, apesar da vontade de pular em cima dele me consumindo.

— Nada que fosse bom, claro.

— Mas que absurdo, eu só fiz bem a ele e fui pintado como um monstro? Tsc tsc, quanta ingratidão...

— O que quer aqui?

— Não é óbvio? Vim lhe cumprimentar pelas suas conquistas, ora. Primeiro o estágio, agora a formatura... e ainda tem a maior delas, o Lucas, ou eu devo dizer, tinha. 

Soquei o seu rosto no mesmo instante. Minha respiração se tornou pesada e me obtive em estado de alerta. Ergui meu braço prestes a acertar outro, mas ele foi ligeiro em impedir a tempo colocando sua mão sobre meu punho.

— Não vou deixar que faça nada com ele, ouviu bem? — eu mal me reconheci tamanha  a raiva que sentia. Dado não se abateu, mesmo com o seu lábio machucado pelo meu golpe.

— Tão valente, menino Olioti. Acha mesmo que é páreo para mim? Você não é nada aqui, é só um passo tempo, um objeto sem muitas finalidades, um atraso de vida para o Lucas. Porém, eu vim impedi-lo de continuar nesse desvio, ele vai voltar para mim e vai parar de brincar de boneca com você.

Eu ia responde-lo, mas a rapidez com que tirou a pistola da cintura e apontou em minha direção me deixou incapaz. Eu temia morrer ali mesmo sem ao menos me despedir do homem pelo qual me tornei um completo apaixonado. Porém, antes eu do que ele.

— Não tenha medo, garoto. Isso é apenas uma garantia de que o Lucas vai ser obediente e fazer o que eu mandar. — ouvi o som do gatilho ser acionado e naquele momento eu soube que ele seria capaz de qualquer coisa. Temi novamente por Lucas e no que aquele maluco poderia fazer. — Seja um perfeito cavalheiro e ande bonitinho, não se esqueça que basta um passo em falso para eu colocar essa graçinha em ação.

Ele fez sinal para que eu saísse e esteve em meu encalço durante o trajeto. Mauro e Chris acenaram para mim em meio ao aglomerado de pessoas que se soltavam no meio da pista, mas continuei a andar como se não tivesse os visto e torci para que não se aproximassem de nós.

Dado havia escolhido o tempo certo de agir, pois estávamos em risco, os seguranças foram liberados e Gabriela só chegaria mais tarde para nos levar para casa. 

Ele estava em vantagem e nós jogados a própria sorte.

Olhei para nossa mesa de soslaio e entrei em pânico, Lucas não estava mais lá. Ele havia saído para atender uma ligação, mas não voltou? Algo me dizia que Carlos Eduardo estava envolvido.

Chegamos na rua atrás da universidade e entramos em um beco onde uma Land Rover estacionada esperava por nós.

Dado saiu depressa e dirigia pelas ruas em alta velocidade, a pistola continuava apontada para a minha cabeça. Meu corpo travado, o suor escorrendo em minhas têmporas, minhas mãos tão juntas que pareciam estar amarradas por uma espécie de corda invisível.

Seu celular tocou e eu sabia que era ele, meu homem não tardaria em me procurar e pelo que eu conhecia, devia estar tentando de tudo para me encontrar.

— Parece que o nosso amado já deu por sua falta. — o desgraçado sorriu atendendo o aparelho — Só assim para você me ligar, não é? Isso me magoa, Lucas… Esperava um pouco mais de consideração da sua parte.

Onde ele está? O que fez com ele? Diga! — ele gritava, era nítido o seu desespero e quis abraça-lo. Eu não pude controlar minhas lágrimas ao ouvir sua voz.

— Calma princesa, nossa donzela esta a salvo comigo, mas não garanto que esteja por muito tempo. Isso vai depender de você e se o seu poder de convencimento ainda funciona comigo.

Esta certo, eu aceito.

 Não, ele não poderia. Tudo menos isso.

— Aceita o que? — ele quis ter o prazer em ouvir novamente. Olhou para mim como se minha expressão de terror fosse o seu maior prêmio.

Voltar… para você. Apenas deixe Lucas fora disso.

Lucas não estava bem, eu senti, ele teve dificuldades em assumir, mas o fez. Ele fez por mim. Estava se sacrificando por mim e eu não admitia aquela merda.

— Daqui ha quinze minutos, na minha casa, sem surpresas envolvendo polícia, segurança ou a merda que for. Tenho uma arma carregada aqui comigo e não vou hesitar em usá-la se estiver tentando me enrolar. Lembre-se que a vida da sua bonequinha está em minhas mãos.

— Por favor, não. — gritei com todas as minhas forças. Ouvi Lucas sussurrar o meu nome como se fosse um golpe em si, como se doesse. Falhado, cansado e sem condições de prosseguir uma conversa comigo. 

Lucas quis ser objetivo, ele pensou em mim, somente em mim e doía.

Meu amor estava em risco por minha culpa e eu jamais me perdoaria. Principalmente após ter ouvido o seu veredicto final quando respondeu:

Eu estarei lá.



Notas Finais


Quem vocês acham que vai sangrar? Luva, t3ri games, ou os dois? Que crueldade, aí aí aí
tsc tsc

Volto logo, prometo.

Aproveitem e bebam água.

Kisses

💙


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