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História A Dança - Capítulo XXI


Escrita por: Lucy_Jackson

Notas do Autor


Oi amores!!!!!

Gente, só tenho a agradecer pra quem está me acompanhando até aqui. Sério, vocês são demais ❤

Eu estou com dificuldades com a narração do Nico, então nem pensava em postar hoje, mas não aguentei kkkkk

Espero que isso passe agora que minhas provas acabaram e eu possa postar mais e mais capítulos!

Agora... Boa Leitura!!

Capítulo 22 - Capítulo XXI


Will

Para o futuro médico, não foi muito fácil controlar o nervosismo ao chegar na casa do namorado.

Ele tinha certeza que suas mãos estariam tremendo caso ele não fosse uma pessoa tão controlada. Afinal, era preciso manter a calma quando queria se cursar medicina para não cometer erros bobos mais pra frente. Bem, pelo menos era isso que seu pai falava. Entrar em desespero nunca ajudava em nada, era preciso manter a calma e respirar fundo antes de qualquer coisa.

E era isso que Will estava fazendo. Ele já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha respirado fundo desde que saiu de casa. Porque aquela não era uma situação comum, não pra ele. Quando que ele imaginaria ser apresentado como namorado de alguém em um jantar de família? Nem em sonhos.

Will tinha se relacionado poucas vezes e em nenhuma delas sequer cogitou assumir algo sério, afinal sua prioridade sempre fora estudar. Mas então veio o baile, Nico, os beijos e logo ele se viu perdidamente apaixonado pelo moreno, onde tudo que ele queria era estar ao lado de seu anjo. E aquilo tudo tomou proporções que ele não planejava, mas não se arrependia. Nunca trocaria o que tinha com Nico por nada nesse mundo.

Ele tomou coragem e tocou a campainha, segurando a garrafa de vinho com cuidado. Aquilo tinha sido ideia de seu pai, porque de acordo com ele "Jantares tradicionais o convidado leva a bebida" ou algo assim, Will não tinha prestado muito atenção no comentário do louro mais velho.

Pouco tempo depois a porta foi aberta, dando visão para uma mulher de cabelos negros e olhos claros que logo sorriu pra ele. Will retribuiu educadamente.

- Boa noite Sra. Di Ângelo – diz cumprimentando a mulher e lhe beijando a mão.

A mulher sorriu pra ele gentilmente, como se achasse fofo o gesto.

- Entre, querido. Nico está te esperando – diz abrindo mais a porta – Aliás, pode me chamar de Maria.

- Obrigado Maria – diz entregando a garrafa de vinho a mulher, que sorriu em agradecimento.

Will se permitiu ficar um pouco mais aliviado depois daquilo, talvez não fosse tão ruim assim. Ele seguiu a matriarca até a sala, onde logo pode ver Nico a sua espera.

- Will – diz quase aliviado.

Nico anda em sua direção e o abraça, aparentemente sem ligar que estavam todos na sala. O louro retribui o abraço com carinho, sentindo o peito se aquecer daquele jeito que sempre acontecia quando ele estava com o moreno.

- Oi meu anjo – sussurra beijando a testa do namorado, que apenas sorri pequeno em resposta.

- Pensei que não vinha mais – murmurou baixinho.

- Desculpa o atraso, pequeno – diz baixinho, repreendendo-se mentalmente por deixar o namorado preocupado.

- Tudo bem, o que importa é que está aqui – sussurra de volta.

Nico se separa dele e entrelaça seus dedos carinhosamente, olhando para a família.

- Pai, esse é Will Solace, meu namorado. Will, esse é meu pai, Hades Di Ângelo – apresenta os dois.

- Desde quando se conhecem? – pergunta em uma voz rouca e um tanto fria.

Will estremece de leve, apertando um pouco a mão do moreno contra a sua. Ele sorri sutilmente para o seu "sogro".

- Oficialmente desde o início de julho – respondeu Will com a voz suave, embora seu estômago estivesse dando voltas.

- E começaram a namorar faz quanto tempo?

- Não muito. Apenas algumas semanas.

- E quais são as suas intenções com o meu filho?

- 'Tá bom, pai. Ele já entendeu. Não precisa interrogá-lo dessa maneira – interrompe Nico antes que o louro possa responder a outra pergunta.

- Só quero saber quais as intenções dele com o meu bebê – diz de forma simples, fazendo Nico corar e esconder o rosto no peito do louro.

- Argh, pai. Não me chama assim. Vamos estar esperando lá em cima – diz encerrando o assunto.

E antes que Will possa falar qualquer coisa, Nico já está o puxando para o andar de cima. Quando eles chegam ao quarto do moreno, o maior se permite rir. Uma risada um pouco nervosa e constrangida, devido ao interrogatório dos últimos minutos.

- Não ri! – briga fazendo um bico e se afastando.

- Desculpa, é que foi engraçado meu amor – diz ainda sorrindo e se aproximando novamente.

Nico revira os olhos e se deixa ser abraçado pelo maior, fazendo Will beijar sua testa com carinho e sorrir pra si mesmo.

Ele ainda sentia suas mãos levemente mais quentes, o que sempre acontecia quando ele estava nervoso ou simplesmente ansioso para alguma coisa. Desde pequeno era assim, o que o lembrava do contraste que tinha com Nico. Um frio e o outro quente, um dia e o outra a noite, um louro e outro moreno; e mesmo assim estavam juntos.

O seu anjo sorriu pra ele, o tirando de seus pensamentos. E ver aquele sorriso fez tudo valer a pena. Ver o brilho e o carinho em sua íris negras fazia com que todo o resto desaparecesse e Will amava isso. Amava como se sentia quando estava ao lado do menor. Simplesmente amava.

- Desculpa pelo meu pai – diz olhando em seus olhos.

Will somente abre outro sorriso.

- Tudo bem. Entendo ele. Seu pai apenas está preocupado e eu não tiro a razão dele, bebê – provoca fazendo o namorado corar novamente.

- Não me chama assim! – briga envergonhado.

- É bonitinho. Acho que vou começar a te chamar assim, bebê. Eu gosto – brinca com um pouco de verdade.

- Não gosto desse apelido – Nico faz um biquinho sem perceber – Além que eu gosto de anjo – sussurra dessa vez.

- Oh meu anjo. Você é tão fofo – diz beijando o pescoço do moreno e o fazendo rir.

Will pega o menor no colo e o leva até a cama, jogando-o sobre o colchão e começando a lhe fazer cócegas com um sorriso divertido.

- Para Will! – gargalha tentando se afastar do louro.

- Meu anjo é tão bonito rindo – comenta sorrindo e fazendo o namorado rir ainda mais.

- Para! – pede.

O louro atende o pedido do menor, o qual já estava com a respiração rasa naquele momento. Will se deita ao lado do moreno e o puxa para perto de si, abraçando-o.

- Você não tem jeito – diz sorrindo – Eu odeio minha risada.

- Por quê?

- Porque ela é estranha – Nico faz outro biquinho sem perceber.

- Ela é linda, meu anjo. Adoro te ver rindo – diz sincero.

- Ela é esquisita – protesta – e você só diz isso porque é meu namorado.

- Não, eu digo isso porque toda pessoa sorrindo é bonita. É alegre e é puro. Gosto de sorrisos – diz simples.

Aquele era um dos motivos dele querer ser médico, Will gostava de ajudar as outras pessoas. Gostava de vê-las sorrindo, de vê-las felizes. Principalmente crianças. Ele queria se tornar pediatra porque ele simplesmente amava aquelas criaturinhas.

- Eu odeio quando você tem razão – diz Nico batendo no peito do namorado.

- Odeia nada – provoca sorrindo.

- Hum – murmura.

Will sorri com aquilo e ataca o namorado com cócegas novamente os fazendo rir ainda mais. Eles quase caíram da cama com a brincadeira, mas a alegria compensava.

***

Mais tarde eles desceram para jantar. E pelo visto Will não era o único a ser apresentado para a família. Ethan também estava lá, parecendo tão ou mais nervoso que o louro, enquanto Bianca apenas sorria docemente para o companheiro.

Will achava bonito como os dois pareciam combinar, já que tinham uma sincronia incrível. Talvez fossem os anos de convivência que os fizeram assim. O louro se perguntava se um dia ele e Nico poderiam dizer o mesmo deles.

Outra coisa que o maior reparou que antes ele nunca tinha percebido era que Nico era muito mais anti social do que ele imaginava. O moreno quase não participava das conversas, permanecendo em silêncio a maior parte do tempo. E tinha momentos que ele ficava com a mesma expressão de seu pai, o rosto impassível e parecendo apenas pensativo.

Mas Will conhecia o namorado o suficiente para saber que ele não estava impassível por completo, apenas escondia bem o que sentia. Talvez como ele próprio só que de forma diferente. O louro sorriu pequeno com o pensamento. Tinham alguma semelhança, no fim das contas.

- Seu pai tem bom gosto, querido. Agradeça a ele por mim – diz a matriarca de forma gentil.

Will sorri pensando que seu pai vai ficar todo convencido quando souber daquilo.

- Agradeço sim – diz.

- Essa é uma boa safra – concorda Hades.

Nico apertou sua mão por baixo da mesa, como se dizendo que seu pai tinha gostado do presente. Will acariciou a pele do moreno com o polegar e sorriu novamente, satisfeito.

- Apenas faltou o Frank. Ele não podia mesmo vir, querida? – pergunta a matriarca.

- Ele tinha uma competição hoje, mamãe. Por isso não pode vir – diz a garota corando.

Will franze as sobrancelhas tentando entender parte da conversa.

- Meu pai conheceu o pai do Frank por acaso. Eles ficaram amigos e logo descobriram que a Haz e o chinês estavam meio que de rolo. Agora está todo mundo esperando eles assumirem – sussurra Nico em seu ouvido.

- E sua irmã? Gosta dele? – pergunta sussurrando de volta.

- Sim. Ela adora o garoto – diz baixinho e abrindo um pequeno sorriso ao olhar para irmã.

- Então acho que logo eles estão juntos.

- É talvez.

- Parece que Frank também gosta dela.

Nico franze o nariz.

- Você acha?

- Sou meio que amigo da irmã dele. O namorado dela era da minha turma, por isso às vezes nos falamos. Ela disse que o irmão é um palerma apaixonado – sussurra rindo baixinho.

- Que amor – diz ironicamente.

- É o jeito da Clarisse. Mas ela é boa observadora e é o irmão, afinal, deve estar certa – sussurra e em seguida beija o nariz do moreno.

Nico abre um sorriso pra ele e encosta a cabeça em seu ombro, fazendo o louro passar o braço por seu ombro e o acomodar ali. Will beija a testa do menor com carinho, percebendo em seguida que os outros familiares olhavam para eles discretamente.

- Você não é muito de carinho, é? – pergunta baixinho.

- Hum não. Mas gosto de ficar assim – responde – Por quê?

- Acho que sua família não está acostumada com esse seu jeito comigo, só isso.

Nico cora um pouquinho e esconde o rosto no pescoço do louro, fazendo Will sorrir.

- Você adora me deixar envergonhado, não é?

- Você fica lindo de qualquer jeito, meu anjo.

Nico bufa meio irritado e meio divertido.

- Você e suas frases – revira os olhos.

Will abre um sorriso e beija os lábios do namorado levemente. Naquele momento ele se sentiu ainda mais amado por Nico, porque ele sabia que ele era aberto consigo. Expressava o que ele realmente era, com suas qualidades e defeitos. E o louro amava tanto isso no seu anjo, porque o jeitinho dele era adorável.

O resto da noite passou tão tranquilamente que Will nem percebeu o tempo passar. Eles conversaram casualmente como se fosse algo natural, até um tanto familiar.

A matriarca Di Ângelo era uma pessoa incrivelmente gentil e comunicativa, diferente do marido que quase não se pronunciou durante as conversas. Ele parecia bem mais reservado que Nico, embora o moreno não tivesse conversado muito também. Entretanto, mesmo assim a noite foi muito agradável para Will.

- Acho melhor eu ir, meu anjo. Já está tarde – diz o louro para o namorado que assente.

- Tem certeza? – pergunta.

- Uhum – murmura lhe dando um selinho.

- Já está indo, querido? – pergunta Maria.

- Estou sim. Já está tarde.

- Durma aqui. É perigoso ficar saindo esse horário – diz a mulher preocupada.

- Não tem problema, Maria. Estou de carro.

- Mas mesmo assim, eu insisto. Tem lugar em casa e isso vale para Ethan também. Amanhã de manhã, se quiserem, eu mesma os chamo – diz gentilmente.

Will sorri de leve com a preocupação da mulher. Já fazia muito tempo que ele não tinha alguém se preocupando com ele daquela maneira, aquela preocupação que só uma mãe tinha. E o louro gostava da sensação. Ver a mulher insistir o fez lembrar de sua mãe Naomi, ela sempre se preocupava com todos e odiava ser contrariada.

- O que acha, pequeno? – pergunta baixinho.

- Vou gostar de ter você aqui – responde simplesmente.

- Além que não seria a primeira vez – comenta Hazel entrando na conversa.

- Haz! – protesta Nico fazendo o maior sorrir.

- O que? É verdade – ela faz um biquinho proposital e pisca para Will, fazendo-o rir.

Hazel gostava de provocar o irmão e a melhor forma, segundo ela, era fazer isso quando Will estava por perto. O louro se divertia com a relação deles. Sabia como o namorado era, ele só deixava pessoas que ele realmente gostava serem assim com ele.

- Então você vai ficar – exclama a matriarca sorrindo – Filho, você arruma as coisas pra ele, sim? Depois levo alguma coisa pra vocês. E Ethan, querido, você já conhece a casa.

- Sua mãe é um amor – diz Will.

- Ela é sim. Vem, vamos antes que meu pai fale alguma coisa.

E novamente Nico o puxa antes mesmo que ele possa falar alguma coisa. Mas Will não se importava, estava bem ali. Quase se sentia parte da família e aquilo era bom, muito bom. Nico era sua família.


Notas Finais


Own, que fofinhos esses dois ❤❤

Gente, eu ri horrores com Hades chamando o Nico de bebê kkkkk

E, por favor, comentem aí. Sério, vocês não fazem ideia do quanto isso me incentiva, então façam a autora feliz!!!! 😘

Beijos no <3 e até o próximo


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