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História A descendente de Merlin - Mina Harker


Escrita por: Feiticeirodaspl

Notas do Autor


Oi amigos
Neste capítulo vamos conhecer uma personagem que tem uma grande importância na família da Mariana. Estão prontos?

Capítulo 67 - Mina Harker


 Bastet, Mariana, Magnus, Sadie, Morgana, Zattana, Vitória e Celeste se puseram a casa da tal Srta.Mina.

  Celeste se surpreendeu ao saber que eles desaparataram na sua cidade, onde pensava ter uma vida normal. Haviam saído ainda em um lugar que ela conhecia. Havia saído na rua da sua escola. Na esquina, havia um carvalho, onde ela e Vitória haviam se conhecido. No outro lado da rua, havia um poste, no qual Magnus tinha acertado o nariz uma vez. 

  - Tantas lembranças, não é?- falou Vitória, olhando o carvalho.

  - Sim, muitas- falou Celeste- você lembra do carvalho?- e apontou para árvore. 

  - Lembro, foi lá que nós nos conhecemos. 

  Enquanto a mente da menina voltava para o feliz dia na qual a garota do cabelo bonito ia falar com a novata de pingente que tinha o costume de ficar embaixo do carvalho durante a saída da escola, uma pergunte brotou. Celeste perguntou, tentando escolher bem as palavras:

  - Vi, posso te perguntar uma coisa meio...pesada?

  - Pergunte.

  - Você passou muito tempo com sua mãe? Antes de ela...você sabe...

  - Entendi. Olhe, ela e meu pai morreram quando eu tinha 6 anos. Veja a história: Embora eu tenha nascido em Paris e Magnus tenha nascido em Curitiba, nós morávamos todos no chalé McKinnon, em Londres. Voldemort e os comensais da morte destruiram a casa quando mataram minha avó, mas o chalé se reconstruiu sozinho, devido a um feitiço, e nossas famílias ficaram morando lá. Quando Magnus e eu tinhamos 6 anos, nossas famílias fizeram um churrasco. E nesse dia morganianos invadiram a nossa casa e mataram nossos pais. E teriam nos matado, se não fosse pelo irmão da mãe do Magnus, Cerberus Langarm, e pela irmã do meu pai, Marina Romanova. Cerberus derrubou o único morganiano que meu pai não consegiuu derrubar e minha tia nos escondeu até que a batalha acabasse. Celeste, quando eu vi aquela cena, os quatro corpos caídos eu... eu...

  Vitória parou de falar, pois sua voz ficara embargada. Falar da morte de seus pais era um assunto triste para a pocionista.

  Celeste abraçou a amiga. E perguntou:

  - Quem cuidou de vocês depois disso?

  - Várias pessoas- falou Vitória- mas ainda continuavamos no chalé. O tio do Magnus era responsável por nós. Magnus tem uma madrinha que sempre nos visitava. Lembro que em um natal ela me deu biscoitos em forma de urso. Minha tia Marina também vinha sempre junto com ela. Elas eram colegas de trabalho, e embora elas sempre estavam viajando pelo mundo todo, todo natal elas apareciam.

  - Onde elas trabalham?

  - Já ouviu falar de uma organização conhecida como a agência?

  Celeste ficou surpresa:

  - É aquela polícia internacional que resolve crimes no mundo todo?

  - Exato. As duas trabalhavam lá. Minha tia era analista de perfil, e...ah meu deus. 

  Vitória tinha virado o rosto para o lado enquanto falava do trabalho de sua tia. E depois disse:

  - Olha só amiga.

  Vitória apontou para um terreno com algumas ruínas. Não havia nada lá além disso. Celeste percebeu que era isso que Vitória queria mostrar. Não havia nada lá. Alguma coisa deveria estar lá.

  Com um aperto em seu coração, Celeste levou as mãos a boca. Reconheceu o lugar.

  Alí deveria estar sua escola.

  Doeu para Celeste ver um lugar que havia sido parte da sua vida destruído daquele jeito. Embora muitas vezes havia passado raiva por causa da escola, ela até que gostava do lugar.

  Vitória disse:

  - Udonna nos trazia informações dessa dimensão, informações que os informantes dela descobriam. Ela nos disse que a prefeitura realocou os alunos temporariamente, até que a construção da escola fosse concluída. Mas como não encontraram nem você nem sua mãe, acharam que você tinha se mudado.

  Celeste sentiu tristeza. Magnus, tentando cortar essa tristeza, disse a Celeste e a Vitória:

  - Vamos meninas. Vamos.

  Eles subiram a rua. 

  Na rua de cima da rua da escola eles parararam em uma casa. Pelo estilo da construção a casa estaria melhor colocada em um campo do que em uma cidade. As paredes eram de um tom mortuário de bege, e as janelas estavam abertas. A porta era pesada, e na esquerda dela havia uma plaquinha com o número da casa. O muro era verde, e o portão de ferro estava fechado. Havia uma campainha ao lado do portão. Magnus a tocou.

  - Já vou- uma vozinha disse.

  Algo abriu o portão.

  Olhando melhor, Celeste viu que o algo que tinha aberto o portão era uma criatura baixa, com um nariz grande, orelhas semelhantes a de um morcego e olhos do tamanho de uma bola de tênis. Sua pele era clara , e sua roupa consistia em um tapetinho costurado, transformando-o em uma roupinha feia.

  - No que posso ajudá-los?- disse a criatura.

  - Gostaríamos de ver a Srta. Mina Harker- disse Mariana- meu nome é Mariana Van Helsing.

  - Ok. Queiram entrar, por favor. Vou avisar minha senhora que desejam vê-la.

  O elfo os conduziu pelo bem cuidado jardim, com direito a rosas brancas e crisântemos, e abriu a porta. Eles entraram em uma sala senhorial, com várias pinturas e uma armadura.

  - Vou avisar minha senhora- falou a criatura- esperem aqui.

  Quando a criatura saiu desengoncadamente da sala, Magnus se virou para sua namorada e falou:

  - Não sabia que ela tinha um elfo doméstico.

  - Eu também não- disse Mariana.

  - Aqui era um elfo o quê?- perguntou Celeste.

  - Um elfo doméstico- explicou Vitória- criaturas que realizam serviços domésticos para seu mestre, que eles tem que servir por toda a vida. Eles sempre usam roupinhas como aquela por que é a marca da sua escravidão, e só podem ser libertados se seu dono lhes presentear com roupas normais. Eles também tem seu próprio tipo de magia, mas não podem usá-la sem o consentimento de seus donos. Seu próprio tipo de magia incluem, por exemplo, aparatar onde bruxos não podem. Eu particularmente não concordo com o tipo de sistema que eles vivem.

  - Eu também não- disse Magnus. Mariana disse que também não concordava.

  - Aliás- disse Morgana- todos os merlinianos são membros de uma organização criada pela ministra Hermione Granger, O F.A.L.E, Fundo de assistência a libertação dos elfos domésticos. 

   Morgana iria continuar falando do F.A.L.E mas a chegada do elfo doméstico a interrompeu. 

  - Madame vai recebê-los- disse a criatura- venham comigo.

  Saíndo por uma porta lateral, eles passaram por um corredor com pinturas e chegaram em uma porta. O elfo fez uma reverência e disse:

  - Queiram entrar.

  Eles entraram.

   A sala parecia uma sala de jantar. As cortinas estavam fechadas, deixando a sala com pouca iluminação. As paredes eram azul claro, e havia um grande lustre no teto. Uma mesa comprida estava a um canto, com algumas cadeiras. Uma fruteira estava na mesa. Do outro lado da sala havia uma televisão, ligada em um canal de desenhos animados. A luz da televisão irradiava sobre uma menininha de cabelos e olhos pretos, que estava vidrada no programa. Atrás dela estava um sofá vinho.

  - Olá- disse uma voz.

  Eles viraram rapidamente para o lado. Perceberam que a menininha não era a única pessoa da sala. Havia uma mulher sentada em uma poltrona, perto da menininha.

  A primeira coisa que Celeste, mesmo com pouca luz, consegiu reparar é no cabelo da mulher. Era preto e comprido. A mulher parecia ser jovem, de no máximo uns 30 anos. Os olhos dela eram pretos e penetrantes. Suas roupas consistiam em um vestido preto.

  - É a Srta. Whilhemina Harker?- perguntou Mariana.

  - Sim- disse a mulher- estava esperando por você, Mariana. Queira sentar, por favor.

  Mariana sentou-se. Mina falou, indicando os merlinianos:

  - São seus amigos?

  - Sim- respondeu Mariana- esses são...

  - Espere, espere- falou Mina- deixe-me descobrir algumas coisas sobre eles.

  Mina levantou-se e aproximou-se de Magnus. Ela respirou fundo. Não, ela não estava respirando fundo. Ela estava farejando. 

  - Sinto um ligeiro cheiro de terra- falou Mina- nas suas mãos, garoto. Também sinto cheiro de Acônito Lapelo, o que indica que você mexe com plantas mágicas. Acredito que você seja um herbólogo. E a julgar pelo fato que você e a Srta.Van Helsing possuem o mesmo anel, vocês namoram. Estou certa quanto a tudo?

  Magnus assentiu. A surpresa era visível no seu rosto.

  - Qual é seu nome, meu jovem?

  - Magnus- disse o garoto, mais surpreso pela moça não ter adivinhado seu nome.

  - Prazer, agora você- e se virou para Morgana. Fez a mesma coisa- é cheiro de ambrósia que eu estou sentindo? Você certamente é uma olimpiana. 

  - Acertou- falou Morgana- sou filha de Poseidon e Atena. Meu nome é Morgana.

  - Prazer, Morgana.

  Mina fez o mesmo com os outros merlinianos. Sentiu cheiro de gato em Bastet e de poção do sono nas mãos de Vitória.

  - Como você fez isso?- perguntou Celeste depois que Mina adivinhou o chiclete preferido de Sadie.

  - Ah, eu tenho olfato apurado- falou Mina- e tenho uma boa capacidade de dedução.

  - A Srta.Mina- falou Mariana- foi acometida pelo o que os caçadores de monstros chamam de batismo de sangue. 

  - Drácula me forçou a ingerir seu sangue- falou Mina, enojada- foi uma experiência terrível. Horrível mesmo. Isso acabou me transformando em uma vampira. 

  - Quando meu avô e seu grupo mataram Drácula- disse Mariana- a Srta.Mina foi livrada da maldição. Mas algumas coisas nela ainda ficaram. O olfato apurado, por exemplo. E a habilidade de queimar coisas ao toque. E a transformação. E a longevidade. Mas as fraquezas foram retiradas.

  - Pois é- disse Mina- minha filha, Mavis- e indicou a menininha, que agora se ocupava em assistir Miraculous: as aventuras de Ladybug- adora quando me transformo.

  - Ela herdou alguma habilidade sua?

  - Não sei. Ela só tem 5 anos, ainda é cedo para dizer. Mas, Srta.Van Helsing, vamos tratar dos negócios. Pedi para cócegas ir cuidar do jardim, então estamos sossegadas.

  Celeste logo entendeu que ela estava se referindo ao elfo.

  - Há anos, forneço informações para os Van Helsing sobre Drácula- disse Mina, aos merlinianos- sabe o que precisa fazer, Srta.Van Helsing?

  - Sei- falou Mariana- essa técnica é passada de geração em geração na minha família.

  Ninguém, nem mesmo Magnus, que era mais próximo de Mariana do que os outros, sabiam do que elas estavam falando. Mina sentou-se novamente e disse:

  - Pode começar.

  Mariana aproximou-se da mulher. Tocou sua testa. Realizou vários gestos e murmurou algumas palavras.

  Mina Harker, pouco a pouco, foi fechando seus olhos e ficou imóvel. Magnus perguntou a namorada o que ela havia feito.

  - Uma das coisas que Mina ainda tem é uma conexão com Drácula, embora ele não se lembre disso. Através da hipnose, os Van Helsing podem explorar essa ligação.

  - Então você a hipnotizou?- perguntou o menino.

  - Precisamente.

  - E não foi uma hipnose qualquer- disse Morgana, analisando Mina- você usou a hipnose de Charcot. Impressionante. 

  - Obrigado Morgana- disse Mariana- agora as perguntas.

  Mariana virou-se para Mina. Morgana explicou para Celeste quem era Charcot, o professor de Sigmund Freud. Mariana perguntou:

  - Onde se encontra?

  - Não sei- falou Mina Harker-é um lugar ensolarado. 

  - O quê ve e ouve?

  - Minha visão é está em um nível mais baixo que a de um ser humano comum. Esquisito. 

  - Deve estar trasformado- falou Mariana- e como está dia ele não vai poder mudar de forma.

  - Espere- falou Mina, subitamente- o que é aquilo? Parece um castelo. É grande, e fica perto de um rio. 

  - Espere- falou Morgana- um castelo que fica perto de um rio? E se for...

  - Está vendo algo de diferente no castelo?- perguntou Mariana- o castelo por acaso possui algum pendão?

  Celeste nunca chegou a ouvir a resposta de Mina. Em um momento a voz de Mariana começou a se distanciar, como se estivesse saíndo do outro lado de una comprida sala. Uma explosão de luz amarela varreu a cena. Celeste não via mais a sala mal iluminada de Mina Harker. Já não via mais Mariana demonstrando a hipnose de Charcot.

  A luz amarela fora cedendo seu lugar a outra cena. Um campo aberto havia se formado. Os pés ds menina tocavam a grama e o sol começava a nascer. Na frente da menina havia uma colina, e sobre ela havia algo que lembrava um grosso bloco de pedra. Algo estava sobre ela. Esse algo parecia estar sem vida.

   Duas meninas deixavam o local, parecendo imensamente desoladas. Uma delas era mais velha, e tinha longos cabelos pretos e olhos azuis. A mais nova tinha olhos castanhos e cabelos castanhos curtos.

  Quanto a atenção de Celeste se dirigiu para as meninas, o chão tremeu subitamente. Celeste ouviu um barulho de estalo, como se algo bem grande e pesado tivesse quebrado. Celeste olhou para o bloco de pedra. Ele havia se partido em dois. 

  Celeste pensou no que poderia ter acontecido com o que estava em cima da pedra. E sua pergunta logo foi respondida quando ouviu um grito da menina mais nova:

  - Aslan!

  De fato, o leão estava lá, afrente da pedra.

  Celeste logo entendeu. O algo sem vida em cima da mesa era Aslan.

  - Mas ele está vivo!- exclamou Celeste, admirada.

  Depois de ouvir uma das meninas perguntar se ele era um fantasma, e Aslan demonstrar que não, Celeste resolveu se aproximar da cena. E logo percebeu que nem o leão nem as meninas notavam sua presença. Ela era pouco mais que um fantasma, invisível e inaudível.

  A menina mais velha pediu explicações. Aslan, bondosamente, respondeu:

  - Explico: a feiticeira pode conhecer a Magia Profunda, mas não sabe que há outra magia ainda mais profunda. O que ela sabe não vai além da aurora do tempo. Mas, se tivesse sido capaz de ver um pouco mais longe, de penetrar na escuridão e no silêncio que reinam antes da aurora do tempo, teria aprendido outro sortilégio. Saberia que, se uma vítima voluntária, inocente de traição, fosse executada no lugar de um traidor, a mesa estalaria e a própria morte começaria a andar para trás.

  Isso sem dúvida havia sido bem esclarecedor. 

  A imagem tremeu. Celeste logo percebeu.

  Estava sendo acordada de mais uma visão.


Notas Finais


Oi amigos.
Bom, primeiramente sei que estou postando esse capítulo um pouco tarde, em comparação com os outros.
Segundamente, nós conhecemos hoje Mina Harker, a famosa personagem de Drácula. Sua história é bem interessante, assim como seu papel com os Van Helsing.
Terceiramente, conhecemos uma personalidade história. O francês Jean-Martin Charcot, professor do pai da psicanálise, Sigmund Freud. Charcot era um médico que se utilizava da hipnose para tratar diversos transtornos psíquicos. Viu gente, essa fanfic também é cultura.
E por último, tivemos essa visão de Celeste. Fora uma situação bem curiosa. Aslan havia morrido mas voltou a vida. Porque será que Celeste teve essa visão? Vamos ver nos próximos capítulos.


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