Depois do interrogatório, eles voltaram para Hogwarts. Baltazar disse aos merlinianos o que tinha descobrido.
Um mês depois, novembro logo se apresentou. O frio já se fazia presente, e a neve começava a cair.
E, com ela, logo veio o grande dia. O dia que as escolas que participariam do torneio seriam apresentadas. Celeste soube que o dia havia chegado pois, na hora do café, Minerva havia dito:
- Como vocês devem se lembrar, hoje chegarão as escolas que participarão do torneio. As 15:00, vocês serão dispensados das aulas, e irão para os jardins esperar as delegações.
No horário da manhã, Celeste perguntou a Vitória quais os alunos que haviam sido escolhidos para competir por Hogwarts:
- Olha, eu não conheço alguns deles. Mas pelo que parece, tem uma garota chamada Ana Sílvia Von Fierce, que é da Corvinal, um primo distante meu e do Magnus chamado Lorcan Scamander, também da Corvinal, e Patrícia Greljack, da Lufa-Lufa.
As meninas estavam no que Vitória apresentou a Celeste como o lago de Hogwarts. A pocionista apontou, ao longe, seu primo distante.
- E olha só quem está alí- disse Vitória.
Também no lago, a sombra de uma árvore, estava Hugo Weasley, com sua prima Victoire e com Patrícia Greljack. Patrícia era uma menina um pouco mais baixa que Hugo, e sua pele era negra. Seus olhos eram azuis e seu cabelo preto era muito sedoso. Um detalhe amarelo em suas vestes de Hogwarts informava que ela era da Lufa-Lufa.
O jovem Hugo Weasley estava absorto em uma conversa com as duas meninas. Mas Victoire disse:
- Olha lá quem está alí.
Ao ver que Celeste estava lá, Hugo mais uma vez ficou vermelho. Não conseguia entender do porque ficava assim ao ver ela. E Victoire estava errada. Não estava gostando dela. Não estava...
- Quem é ela?- perguntou Patrícia.
- Ela se chama Celeste- disse Victoire- e ela é descendente de...
- Victoire- disse Hugo- não sei se você deveria contar. Vovó disse para não espalharmos isso.
- Mas é a Patrícia, não vou deixar ela no escuro.
Victoire chegou perto do ouvido de Patrícia e cochichou:
- Ela é a descendente de Merlin.
Patrícia fez uma cara surpresa:
- Sério?
- Sim. Vovó nos contou.
- Mas...eu nem sabia que ele teve filhos.
- Ele teve. Pelo que parece, ele teve uma filha chamada Victoria. E essa filha teve uma filho, que teve um filha, que teve um filho chamado Gabriel. Ele é o pai dela.
No fundo, Victoire viu essa preocupação com a possibilidade do fato de Celeste ser a descendente de Merlin se espalhar como um indicativo de que ele se preocupava com ela, e consequentemente gostava dela. Já Hugo via como um desejo de cumprir o que a avó havia recomendado.
- Vamos lá falar com ela?- perguntou Victoire.
- O quê?- perguntou Hugo.
- É, vamos lá falar com ela.
Definitivamente Hugo não estava esperando por essa. Eles foram até lá.
- Olá meninas- disse Victoire.
- Olá Victoire- disse Vitória- olá Hugo.
Celeste e Hugo se olharam. Ambos estavam sentindo o mesmo. E não sabiam que o outro estava sentindo. A sensação peculiar que se apresentou se misturou a dúvida crescente na cabeça de vocês: será que ele/ela sente o mesmo?
Eles conversaram um pouco. E apresentaram Patrícia para Celeste e Vitória. Quando as sineta bateu, os alunos, incluindo Patrícia, Hugo e Victoire, foram para as aulas.
As meninas então voltaram para dentro do castelo também. Durante a manhã Celeste tinha passado por algumas aulas, incluindo uma aula sobre mitologia com Morgana, Agora a tarde, antes das escolas chegarem, ela iria passar por mais uma aula com Baltazar.
Enquanto íam para o local onde iria acontecer a aula, Vitória fez uma pergunta que Celeste não esperava:
- Amiga, pergunta: quando você vê o Hugo, você sente alguma coisa?
Essa pergunta pegou Celeste de surpresa. Mas, apesar disso, resolveu ser sincera com sua amiga. Ela falou:
- Olha, eu olho para ele e vejo que, por algum motivo, ele me chama a atenção. Eu não sei porquê, mas eu vejo que ele não é um garoto comum. Mas bem, deve ser só impressão.
Uma sombrancelha de Vitória se ergueu. Na sua mente, sabia que não era só impressão. Sua amiga realmente sentia isso, e Vitória sentia que isso poderia se transformar em amor.
O mesmo havia acontecido com seu primo Magnus. Quando havia conhecido Mariana, ele lhe havia dado a mesma resposta quando ela lhe fez a mesma pergunta. E acabou dando no que deu, estavam namorando até hoje.
Quando elas chegaram na sala de aula vazia onde iria acontecer a aula, Celeste entrou. Baltazar a cumprimentou:
- Olá. Pronta?
- Sim- disse Celeste.
- Antes de começarmos, Estranho me pediu para te avisar que, talvez, a próxima aula com ele aconteça no chalé Mckinnon, e acho que eu sei porque. Ele vai te ensinar a usar o anel de transporte, não vai?
- Vai.
- Ele não vai poder fazer isso em Hogwarts porque aqui tem um feitiço que impede a utilização do anel. Mas vamos para nossa aula.
Depois de Celeste se acomodar, Baltazar disse:
- O feitiço que vou te ensinar hoje faz parte da grade curricular de várias escolas de magia, incluindo essa, e é um feitiço muito útil.
Baltazar deixou a mão de um jeito como se estivesse segurando uma esfera. E disse:
- Lumus.
Uma esfera de luz formou-se no espaço da mão de Baltazar. Celeste soltou uma exclamação de surpresa. Baltazar continuou:
- O feitiço Lumus é o melhor amigo de um bruxo ou bruxa na escuridão. Se você usasse uma varinha, ao dizer o feitiço a ponta brilharia. Mas como, assim como eu você usa as mãos, esse será o efeito.
O líder merliniano também explicou que o feitiço Lumus tinha duas variações:
- O Lumus Maxima cria uma esfera com luz um pouco mais forte. Além disso, esse feitiço permite que ela seja lançada e manipulada. Já o Lumus Solen cria um jato de luz que é tão brilhante quanto o sol. Esse feitiço é um grande aliado de Mariana.
Baltazar explicou também que o contra-feitiço se chamava Nox.
Celeste então praticou. Seguindo as instruções de Baltazar, pensou em uma fonte de luz. Pensou em uma vela. Visualizou em sua mente a chama com suas cores fortes, o calor passando pelo pavio e chegando a parafina. Deixou a mão na mesma posição que o outrora aprendiz de Merlin. E disse, se concentrando:
- Lumus.
A primeira tentativa não surtira efeito. Celeste continuou tentando. Hécate dizia palavras de incentivo em sua mente. Baltazar também falava no que Celeste poderia melhorar.
Depois de alguns minutos e de várias tentativas, Celeste disse, mais uma vez:
- Lumus.
O ar entre os seus dedos começará a mudar. Quando viu, Celeste estava segurando uma bela esfera de luz. Ao ver a luz que banhava seu rosto, Celeste ficou feliz. Baltazar e Hécate parabelnizaram-a.
Celeste também praticou o contra-feitiço Nox. Conseguira também. E recebeu mais parabenizações.
Depois da parabenização de Baltazar e Hécate, a sineta soou. Baltazar disse:
- São 15:00. É melhor irmos para o jardim.
Eles então foram.
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