Celeste olhou melhor os dois, e captou detalhes de suas aparências.
Ambos estavam vestidos em vestes que com certeza caracterizariam um emprego importante. O mais baixo dos homens usava um chapéu que cobria toda a parte de cima da cabeça. Aparentava ter por volta de quarenta anos, e seu rosto era duro, acompanhado por olhos escuros e um nariz largo. Já o outro homem era mais jovem, e tinha cabelos escuros bem consistentes. Seus olhos eram azuis.
Celeste observou a postura corporal mais rígida do homem de chapéu, e a ligeiramente mais leve do outro homem. Isso chamou um tanto sua atenção.
- Morgana- responderam ambos os homens.
- Muito bem senhores- disse Morgana, fechando seu pergaminho e voltando seus olhos para eles- não quero tomar muito tempo de vocês. Porque a visita?
- Queremos interrogar você sobre seu encontro com Alvo Dumbledore.
A julgar pela cara de Morgana, ela estava achando aquilo bem incoveniente. E disse:
- Ah claro. Imaginei que vocês uma hora iriam aparecer. Afinal, ele me disse, a vigilância sobre ele tinha aumentado.
- Ah disse é?- perguntou, em um claro tom de interrogatório- e o que mais ele disse?
- Antes que eu responda a essa pergunta, Torquil- treplicou Morgana, olhando firme para o homem de chapéu- não o proibiu de ir a Hogsmeade, e nem de conversar sobre o encontro, entre vocês e ele. Então, ele não fez nada de errado. Continua sem dar aula, além de ainda usar os admonitores, o que, em minha sincera opinião, foi uma atitude totalmente errada.
Torquil, obviamente, não esperava por essa. Ele disse, erguendo o tom de voz:
- Escute aqui, eu, em minha autoridade de Chefe do Departamento de Execução das Leis da magia, tenho autoridade para decidir como manter suspeitos sob vigilância.
- Mas, pelo seu tom de voz, parece que ele já foi condenado. E acredito que vocês e eu sabemos bem do histórico do homem que estamos falando.
Um silêncio palpável se seguiu. E pela primeira vez, Theseu disse:
- Morgana...não torne as coisas difíceis...
- Não estou tornando nada difícil, Theseu- disse a professora, pondo seus olhos claros diretamente nele- o que acho apenas é que vocês não estão focando no problema. Enquanto vocês estão aqui, discutindo sobre métodos de vigilância, Grindewald está lá fora, agindo.
Mais um silencio se seguiu, Torquil replicou:
- Morgana...
- Sabe muito bem que ele não disse nada sobre Grindewald. E, honestamente, nem sei porque acha que Dumbledore tem culpa nas ações de Grindewald.
- Você sabe da amizade deles...
- Amizade essa que sabemos que acabou. Acabou a séculos. Manter Dumbledore como suspeito baseada em uma amizade que você e eu sabemos que acabou é no mínimo insensato.
O rosto de Torquil contraiu-se em raiva. Morgana, como que prevendo sua fala, disse:
- Antes que você diga algo, lembre-se que, tecnicamente, já que sou uma bruxa americana, estou sob as leis do MACUSA, e os acordos firmados com a Grã-Bretanha.
Torquil ainda ardia em raiva. E, sem se despedir- virou as costas contra a bruxa e saiu andando.
Morgana o olhou se afastar, e depois virou-se para Theseu, esperando que o mesmo fizesse algo. Mas Theseu apenas disse:
- Morgana...poderia conversar com você sobre outra coisa?
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