História A Detetive - Capítulo 11

POV Itachi:

Esperei todos irem embora, dor de cabeça era o que me representava, Gaara deveria ter disfarçado mais, sei que é irmão dele, até porque o meu é o dono da máfia, mas porra né Gaara.

- Me chamou? - ouço Gaara perguntar, olho para ele.

- Chamei - respondo - senta ai Brother - falo mostrando a cadeira, ele senta e me encara sério.

- Já sei. Foi por causa de mais cedo, certo? - fala ele suspirando.

- Na próxima vez disfarça, você sabe que a Sakura é esperta, ela vai atrás de tudo - falo para ele.

- É verdade, ela vai até o final sempre - fala ele sorrindo.

- Mas eu não te chamei aqui só para chamar sua atenção - falo olhando sério para ele, ele me encara franzindo a testa confuso. 

- Me chamou para que então? - ele me pergunta.

- Eu tenho que viajar amanhã para fazer uma missão em Paris durante 5 meses, mas com essa situação da Norowa ai, eu fico preocupado e preciso de uma pessoa como você para ficar de olho. Faz isso para mim? - pergunto.

- Claro! Vai ser bem interessante dar de cara com os pirralhos. - fala ele bem-humorado, eu acabo acompanhando ele na risada - quando e por onde começo? - pergunta ele.

Sorrio e viro o notebook para ele mostrando onde Sasuke está, sempre soube os passos dele, pois antes de deixar ele eu dei um celular para ele de presente, pelo visto ele ainda tem ele.

- Começa agora e eu quero ele até amanhã na delegacia - falo bem sério e o encaro. 

- Mas você não vai viajar? - pergunta ele.

- Vou sim, mas só a tarde, de manhã estou aqui.

- Vai falar com ele?

- Vou. E ele vai ser obrigado a ajudar Sakura no caso dela - eu explico.

- No caso Rochi? - ele pergunta curioso.

- Nele também, mas de primeira ele vai ajudar no primeiro caso dela, que é o caso da morte de Karin Namikaze, que era uma dos de confiança de Sasuke e a ex dele. - explico.

- Por que acha que ele ajudaria Sakura nisso? - ele pergunta.

- Porque eu vou obrigá-lo a ajudar e sem falar que ele está com raiva, já que teve um traidor da máfia dele que matou a ruiva e eu sei muito bem quem foi. - falo sorrindo fraco, ele me encara desconfiado.

- Foi meu irmão não foi? - ele pergunta e eu afirmo com a cabeça - sabia. Ele tem cara de traidor mesmo, afinal, ele é um fruto de traição - fala ele sorrindo fraco.

- Situação complicada em cara!  - falo tentando consolar ele.

- Ele escolheu essa vida, agora tem que aguentar as pauladas! - ele fala não dando a mínima para a situação - Ok! Deixa eu ir fazer meu trabalho. Aah é! A puta loira vai comigo - ele fala me dando satisfação. 

- Ótimo, Sasuke nunca anda sozinho, sempre com um dos braços direito dele, não é atoa que ele está com o Suigetsu - eu explico.

- Aquele cabeludo cinzento do capeta? - ele pergunta.

Acabo gargalhando com a comparação que ele faz, até porque ninguém sabe a cor e nem se o capeta tem cabelo.

- Ele mesmo. Toma muito cuidado, ele é conhecido por ser bom em socos e facas - eu o alerto e ele já olha direto para meu olho roxo.

- Percebi mesmo que ele é bom em socos - ele gargalha de mim, acompanho ele na risada, esse Gaara é um babaca viu, ele perde a amizade, mas nunca perde a graça.

- Vai logo caralho! - eu falo, ele balança a cabeça positivamente e sai da minha sala.

Suspiro cansado, olho o GPS do celular que dei para Sasuke no notebook, pego o meu celular, tiro uma foto da localização correta dele e mando para Gaara, foto enviada, eu guardo o celular e saio da minha sala já trancando tudo para ir logo para minha casa.

Espero muito que Gaara consiga o que pedir, eu não canso enquanto não tirar Sasuke dessa vida, tentarei de tudo e eu vou conseguir, eu tenho que conseguir.

POV Sasuke:

Agora que eu vi, estou é feito com esses babacas em meu pé. Me debato mais uma vez sem sucesso. 

- Para pirralho, você não vai se soltar. - fala o curupira de Satã, sério! Eu odeio o Itachi.

- Eu não fiz nada, porque eu tenho que te acompanhar? - pergunto rolando os olhos.

- Tá bom! Eu não sei nada de sua vida né Sasuke - ele fala com ironia.

- Ainda bem que você não sabe - respondo sorrindo irônico. 

Ele aperta mais ainda meus braços me fazendo grunhir de dor, desgraçado filho de uma puta carrancuda!

- Deixa de ironia seu pirralho birrento e vem logo - ele fala com raiva e me empurrando.

- Ok, ok, ok! Eu posso até ir, mas vai liberar o albino.

- Claro que não!

- Claro que sim! O seu assunto e o daquele puto do Itachi é comigo e não com ele. - falo bem sério.

Olho de soslaio para ele e ele está me olhando com a sobrancelha que ele não tem erguida, ele tira os olhos de mim e olha para o loiro, fazendo um sinal para soltar Suigetsu, o loiro solta Sui e logo o mesmo puxa uma faca, mas o loiro foi mais rápido e logo aponta a arma para Suigetsu que na mesma hora paralisa todo.

- Achou mesmo que eu ia ser idiota de baixar minha guarda assim fácil? - pergunta o loiro sorrindo de canto - joga essa porra de faca no chão agora - ele finaliza e Suigetsu engole seco e acaba por jogar a faca no chão

- Vai embora Sui, fica tranquilo que vou ficar bem - falo, ele balança a cabeça afirmando e o ruivo me empurra para o rumo da viatura.

Entro calado e tranquilo, olho pelo vidro para Sui, ele abaixa a cabeça triste como se fosse o culpado por eu estar indo preso, volto meu olhar para frente, vejo Gaara me encarar pelo retrovisor, sorrindo de minha cara e eu rolo os olhos, se acha o bonzão esse babaca.

O caminho inteiro foi de um silêncio insuportável, e olha que eu amo o silêncio, mas esse estava insuportavelmente perturbador. Sinto o carro parar e olho para o lado vendo a delegacia que tanto conhecia.

- Chegou no seu hotel pirralho, vem! - fala Gaara abrindo a porta e me puxando pelo braço para fora do carro e já entrando na Scotland Yard.

- Não sei porque me chama de pirralho, você só é mais velho que eu 1 ano - respondo rolando os olhos - você é melhor amigo de meu irmão, mas não da mesma idade seu otário - finalizo e sinto minha nuca arder com um tapa que ele me dá.

- Antes de te levar para a cela, que tal um papo familiar? - pergunta ele rindo de minha cara, me levando por um corredor, olho confuso para ele e vejo uma porta se abrir.

- Olá Senhor Owa, queira me acompanhar por favor? - ouço Itachi perguntar, abre uma porta e aponta a entrada da mesma para mim.

Me assusto com ele aparecendo do nada, encaro ele e mais uma vez ele me faz fraco, odeio isso. Ando até a porta, olho para ele com raiva e vou logo entrando na sala, sentando na cadeira. A mesa estava cheia de papeis, ouço a porta ser fechada e os passos de Itachi na direção da outra cadeira em minha frente, vejo ele sentar e me olhar.

- O que diabos estou fazendo aqui se eu não fiz caralho nenhum? - pergunto rolando os olhos.

- Deixa de palhaçada Sasuke. Mentir para a polícia é crime.

- Eu vivo do crime Itachi, mais um não faz diferença - falo e deixo ele sem fala.

- Eu quero o seu bem irmão.

Sorrio e o encaro vendo ele totalmente com cara de triste, parece que meu irmão tem sentimentos, que fofinho!

- Se quisesse meu bem, ficava comigo desde sempre e não matava nossos pais - falo e vejo ele rolar os olhos.

- Já disse que não matei, acredita se você quiser.

- Ótimo, eu não acredito.

- Eu sei de tudo Sasuke, sei de sua máfia, dos crimes, dos portes de armas, das mortes, da traição, de sua ex, sei de tudo. - ele fala e eu acabo assustando com toda essa revelação. 

- Como... Você sabe... E por que ainda estou solto? - pergunto gaguejando, droga de sentimentos!

- Isso não vem ao caso. Eu quero Sasori atrás das grades e você vai ajudar - ele fala me encarando e eu ergo minha sobrancelha.

- O que ele aprontou além de me trair na máfia? - pergunto.

- Muitas coisas.

- Tipo o que?

- Muitas coisas. E quando ia preso, inventava uma historinha idiota.

- Ele sempre faz isso - falo sorrindo de canto - e como quer que eu ajude? - pergunto.

- Trabalhando junto com minha chefe para botar ele nas...

- Sua chefe, Detetive Holmes? - pergunto para ele, me olha confuso e afirma que sim. - sério que você está me pedindo para trabalhar com a Holmes? - pergunto fechando os olhos e suspirando.

- O que é que tem você trabalhar com ela? - ele pergunta.

- Já não está bom eu ter que te aturar, e você ainda quer que eu ature a Holmes? Difícil! - falo relaxando minha coluna no encosto da cadeira, ele faz o mesmo e suspira cansado.

- Dá uma trégua vai, é para a felicidade de todos. Tanto eu, como você e Holmes quer ele atrás das grades. Entenda isso Sasuke! - ele explica.

Fico alguns segundos em silêncio olhando para ele e ele me olhando de volta, estreito meus olhos para ele.

- E o que eu ganho com isso? - eu pergunto.

- De início sua libertação, mas se eu souber que está usando de má fé, serei obrigado a te prender - ele fala me ameaçando.

Sorrio, balanço negativamente a cabeça e olho para ele. Se eu aceitar, as coisas podem ficar mais fáceis, mas se eu pisar na bola, fico nas mãos de Itachi. O que eu não entendi é que, ele sabe tudo sobre mim, mas ainda estou solto, será que ele me dá cobertura nas coisas?

- Só vou aceitar porque quero ver o Sasori morto.

- Você não vai matar ele.

- Eu não, mas a cadeia sim - falo sorrindo de tudo - que dia a gente começa? - pergunto.

- Você vai passar a noite aqui, amanhã a gente vai conversar com todos - ele me explica.

- Todos? Achei que era só você e sua Chefe - falo confuso, ele me olha fixo.

- Eu quero ele atrás das grades, mas o caso é de minha chefe e de mais três que estão com ela no caso Sasori e você será o quarto ajudante dela - ele explica mais uma vez.

- Ok! - respondo.

- Gaara! - Itachi chama Gaara, o mesmo aparece na mesma hora - leva ele para a cela dele. Amanhã a coisa vai ser puxada - ele finaliza.

Gaara vem em minha direção para me levar, levanto da cadeira e vou sendo levado para a cela, ele vai me empurrando em alguns corredores e vejo uma cela logo em minha frente, Gaara a abre e eu vou logo entrando. 

Olho de um lado para o outro, e sento na cama, suspiro cansado e acabo lembrando que tinha combinado de encontrar com Sakura. Ela vai me matar, eu só consigo pensar nela, o que é estranho.

- Me perdoe Sakura! Me perdoe! - sussurro suspirando cansado abaixando a minha cabeça.

POV Sakura:

Segunda-feira, 05:40 da manhã. 

Hoje eu não acordei bem, acordei virada no Jiraya, a pessoa diz que vem encontrar comigo e dá um baita bolão, sem dar nenhuma notícia, uma ligação, uma mensagem, um e-mail, nada.

- Já vi que você não está nada bem né Chicletinho? - pergunta Lee assim que eu chego na cozinha toda arrumada para ir trabalhar, olho para ele e suspiro.

- Você ainda acha que eu não estou bem? Não consegui dormir cedo - respiro fundo.

- Seu pai? - pergunta ele.

- Também! - falo sorrindo fraco, abaixo a cabeça um pouco triste.

- Então não é só seu pai, você estava pensando no GG né, Safadona das Orgia - fala ele sorrindo malicioso.

Gargalho alto por causa do apelido, ainda quero saber onde ele arranja esses apelidos malucos, ele me acompanha na gargalhada.

- Só você mesmo para me fazer rir - falo controlando a risada.

- Que pau gostoso é esse em, Chicletinho que fez você gostar tanto? - ele pergunta todo eufórico - finalmente achou um boy que presta minha Querida, porque aquele seu ex lombriga gasparzinho tem cara de que é PF e péssimo de ca...

- OK! Chega Lee! - interrompo perdendo um pouco da minha paciência e levanto - deixa eu ir, já estou atrasada e você vai buscar meu carro na oficina hoje viu - falo autoritária com ele.

- Aah não Chiclete, tenha dó vai, tive insônia, estou morrendo de sono, eu ainda vou dormir e você ainda me pede para dirigir? - ele pergunta choramingando, rolo os olhos com esse drama dele.

- Eu não pedi Lombriga Londrina, eu mandei. Porque se você não for buscar, nós vamos ficar andando de ônibus. Tchauzinho, beijo e até mais tarde! - falo saindo do apartamento e mando beijo para ele, espera ai! Ele disse PF? Que diabos é isso?

Paro no meio do caminho confusa e viro de vez olhando ainda confusa para Lee, ele olha para mim com a sobrancelha erguida.

- O que foi?

- Que merda é PF?

- Pequena e Fi...

- Já entendi! - interrompo ele sorrindo sem graça - realmente é mesmo - finalizo, ele me olha com a boca aberta e solta uma gargalhada espalhafatosa e alta.

- Sério? Sabia que ele não era isso tudo - ele fala ainda gargalhando, seguro a risada para não dar muita ousadia para Lee.

- Tchau!

- Espera ai Chiclete, conta isso dire...

- Não! - interrompo ele e saio de vez de casa, batendo a porta e andando rápido para o elevador, entro no mesmo e aperto o botão do térreo.

Esse Lee não tem jeito, sempre ousado e curioso, por isso dá certo com Ino, iguaizinhos! O elevador abre, eu ando para sair rápido do prédio e fico a espera de um táxi, assim que aparece um, estico a mão chamando ele, entro no táxi e falo para onde vou. Sinto uma vibração na minha bolsa e pego logo meu celular, olho o número desconhecido na tela, estranho!

- Alô?

Silêncio total, apenas uma respiração funda. 

- Alô? - repito.

- Sakura! Sou eu - reconheço essa voz.

- Mãe? - pergunto confusa e assustada.

Ouço ela fungar segurando o choro, isso me dá agonia, eu fico maluca quando ouço ou vejo minha mãe chorar.

- Você tem que parar com esse caso Sakura, por favor.

- Por quê? - pergunto estranhando o pedido.

- Eles não vão parar, desiste desse caso meu amor, eu imploro - ela sussurra desesperada.

- É o meu trabalho mãe, eu não posso. Me diz o que está acontecendo? - pergunto desesperada.

- Eu te amo muito minha linda, sempre vou te amar, nunca se esqueça disso - ela fala fungando e desliga o celular.

- Mãe! Alô! ALÔ! - continuo chamando ela e nada acontece.

Disco o mesmo número duas vezes e cai na caixa postal. O que foi isso tão de repente? Por que isso? O que está acontecendo? Por que eu tenho que desistir?

- Senhorita, chegamos! - ouço o taxista falar me tirando do transe que tive.

Dou o dinheiro a ele e saio do carro, olho meu relógio e nele marcava 06:20, meu apartamento é tão longe assim? Eu em!

Entro na delegacia, faço os rituais de todos os dias, entro no elevador ainda pensativa, espero o andar chegar, a porta abre e eu vou para o rumo de minha sala, abro a porta de vez e vejo Itachi na mesa dele, ele me olha com o sorriso lindo dele que tenho impressão que já vi em algum lugar, só não lembro onde.

- Bom dia Saky! - ele me cumprimenta.

- Bom dia lindo! - falo sorrindo fraco.

- Está tudo bem? Parece até que alguém mor... - ele se interrompe todo sem graça, olho para ele com um olhar de óbvio que alguém morreu.

- Se eu ficasse em casa era pior - falo suspirando e sentando em minha cadeira.

- Eu entendo! Sou bem assim também - ele fala me olhando triste - me desculpa - finaliza ele sorrindo fraco.

Balanço a cabeça afirmando, abro o notebook já pesquisando sobre o caso Sasori, agora mais do que nunca sei que ele é um filho da puta traidor.

- Já disse que não Naruto. Não pode encher um balão com gasolina e colocar na fogueira - Gaara entra na sala suspirando com Naruto em seu encalço. 

- Claro que pode, basta uma fogueira está acesa - fala Naruto, olho para Itachi com a sobrancelha erguida.

- Poder até pode, mas não vai acabar o mundo igual o Big-Bang seu tapado - fala Gaara sem paciência, Itachi olha para mim segurando o riso e eu seguro também.

- É claro que vai, basta o balão ser grande cara - ele fala todo orgulhoso da "inteligência" dele e senta no mini-sofá, Gaara fuzila ele com o olhar.

- Deixa de ser tap... - ele se interrompe respirando fundo - é Naruto. Basta o balão ser grande - ele sorri forçado e desiste de discutir com o loiro.

- Viu! Descobri como foi o Big-Bang - fala o loiro todo orgulhoso de sua "descoberta", Gaara rola os olhos suspirando, eu e Itachi tenta segurar a gargalhada, mas fica impossível. 

- Bom dia meninos! - falo e gargalho alto, Itachi não aguenta segurar e me acompanha.

- Bom dia! - os dois respondem juntos, um olha para o outro e rola os olhos.

Eu e Itachi continuamos rindo desses dois, eles não tem jeito. Eu limpo minhas lágrimas e fico olhando para Itachi ainda rindo, eu estava mesmo precisando de rir assim.

- Gaara, tudo certo com aquele lá? - Itachi pergunta parando de rir, olho para ele com a testa franzida.

- Sim, e foi complicado manter ele calado, para não dizer ao contrário - ele fala rolando os olhos - eu ia trazer os dois mas ele disse que era para deixar o cinzento do Satã cuidar da máfia para ele - Gaara responde e olha para mim.

Estranho. Por que estão tão desconfiados? Quem é essa pessoa? Estou achando essa história mal contada demais, olho para Itachi e para Gaara séria.

- De quem vocês estão falando? - pergunto desconfiada. 

Os dois ficam nervosos e se encaram engolindo seco, ai tem coisa!

- Falem logo e parem de enrolação! - falo suspirando cansada.

- Eu mandei o Gaara trazer o chefe da Norowa para nos ajudar a prender Sasori e desmascarar o Rochi - Itachi explica.

- Como assim? Vocês trouxeram um inimigo para dentro do depar...

- Ele não é nosso inimigo - Gaara me interrompe - ele sempre foi só mais um bandido, o Rochi é o real inimigo, tudo o que está acontecendo é por causa dele - explica o ruivo.

- E o logo da Norowa, por que aparece em algumas mortes? -pergunto com a testa franzida.

- O Sasori é um traidor, ele é da Herus e traia Owa por causa de dinheiro, você sabe que bandido, quanto mais dinheiro melhor. - Itachi fala olhando sério para mim.

Olho desconfiada para eles, eles se encaram engolindo seco e volta os olhares para mim.

- Como sabem de tudo isso? - pergunto ainda com a testa franzida, eles respiram fundo e Itachi fecha os olhos bem apertados. 

- O Owa é meu irmão mais novo - ele responde e me encara, olho espantada e os olhos dele se entristecem.

- Por isso nunca prendeu ele - sussurro ainda espantada.

- Claro que não! Meu emprego e ele ser o que é não tem nada a ver - ele responde.

- E porque só agora você me conta o que você já sabia? - pergunto séria e fechando um pouco meus punhos.

- Porque a ameaça ficou séria Sah, não é atoa que seu pai está mor...

- MEU PAI NÃO TEM NADA A VER COM NADA - eu altero dando um murro na mesa - aconteceu porque aquele desgraçado do Rochi não sabe a diferença entre vida pessoal e profissional - eu grunho de raiva.

- É por isso que temos que ter um aliado que conhece máfias melhor do que nós, quem melhor do que Owa para esse papel? Ninguém! - Itachi explica - já conversei com ele, mesmo ele não suportando querer trabalhar com você, ele não quer ver Sasori solto e Rochi pintando e bordando por ai. Só confia em mim Saky, tenho fé que será tudo ótimo. - ele finaliza.

- E posso saber o porque dele não querer trabalhar comigo? Que eu saiba, eu nunca botei ele atrás das grades para a minha tristeza - eu falo erguendo minha sobrancelha. 

- Segundo ele, você se mete demais no caminho dele - Gaara fala sem entender, eu gargalho dessa babaquice.

- Ok! Se ele diz, traga ele. Quero saber o que ele tem a dizer e ajudar - eu falo e vejo a porta da sala abrir e uma Ino entrar olhando tudo.

- Amor, traga o Owa por favor! - Gaara fala .

- Posso pelo menos respirar um pouco? - ela pergunta rolando os olhos, eu sorrio dela e Itachi também.

- É claro que deixo meu Amor! Você quer um beijo também? Um sexo explícito? Eu faço isso sem problema nenhum! - o ruivo fala sem nenhum pudor, ela sorri maliciosa e ele sorri cúmplice. 

- Vai logo Ino! - Itachi fala suspirando cansado - eu ainda vou viajar hoje a tarde - finaliza ele.

Ela sai rapidamente, eu relaxo na cadeira para esperar, cada um dos meninos vão para seus lugares de diferente escolha, eu fico olhando para o teto tentando recapitular tudo o que os meninos me falaram, suspiro cansada e penso em todos os ocorridos de uns tempos para cá, tudo muito bagunçado e complicado, abaixo a cabeça e a apoio na mesa. Uns minutos se passam e ouço uma batida em minha porta e ela se abre, ouço passos e levanto minha cabeça, olho para frente e me deparo com a última pessoa que eu poderia encontrar aqui na delegacia, paraliso de um jeito que nem sentia minhas pernas, vejo o olhar dele de confusão e espanto para mim.

- Você? - nós dois perguntamos juntos.

- Já se conhecem? - Gaara pergunta confuso. 

- Sim! - sussurro - conheço até demais, com licença! Eu preciso tomar um ar - falo e saio depressa da visão de todos.

- Sakura! - ele me chama e eu paro no meio do caminho e olho por cima do ombro para ele - eu posso explicar - ele fala me olhando de soslaio, eu fecho meu punho e aperto meus olhos com força, respiro fundo e abro a porta.

- Solta as algemas dele Ino, agora! - eu mando e saio de vez da sala - ele não vai fugir, eu não vou deixar.

- E nem eu quero fugir! - ele me retruca e sorrio irônica.

Eu ando rápida no corredor e ouço os passos dele atrás de mim tentando me acompanhar, de repente sinto meu corpo virar bruscamente e eu ficar de frente para ele.

- Será que pode parar de pressa e me escutar? - ele pergunta.

- Te escutar? Para você não me dizer a verdade como fez? Me poupe Sasuke, se esse é mesmo seu nome! - eu falo com raiva.

- Eu nunca menti para você.

- Ah não! - falo e sorrio ironicamente - só me fez de palhaça, certinho! - finalizo, me desvencilho de sua mão e entro no elevador, aperto o botão para ir para a cobertura, me certifico de que minha arma está na cintura, o caminho inteiro foi um silêncio perturbador, olho de soslaio para ele e ele estava encostado na parede do elevador com os olhos fechados e os braços cruzados.

- Por que não me encara de vez? Assim como você, eu também não sabia que você é policial, e muito menos que é a Holmes. Tem noção de quantas vezes eu quis sua morte? - ele pergunta, eu não falo nada, o andar chega e eu saio deixando ele para trás.

Ele corre atrás de mim e me prende na parede desnorteada de tudo, me debato para tentar sair, ele me olha nos olhos e eu o olho também, tento me soltar mais uma vez sem sucesso, afinal, ele é homem e mais forte que eu.

- Eu quis você desde quando pus os pés naquela boate. Vieram várias mulheres para cima de mim, mas eu só conseguia ter olhos para uma rosada na pista de dança - ele sussurra tentando controlar o nervoso dele, assim como eu tentava controlar o meu.

Eu aperto os olhos tentando controlar minha respiração, o corpo dele, a aproximação, o olhar feroz e esse sorriso dele me deixa louca. Abro meus olhos e o encaro séria, ele estava me olhando com os olhos um pouco marejados, eu estou vendo direito?

- Você foi a única mulher que me encantou Sakura, nem minha ex me encantou como você - ele sussurra com os lábios perto dos meus.

- Por que tudo isso Sasuke, com o nome renomado de sua família, uma reputação e você entra nessa vida - eu sussurro olhando para baixo desencostando um pouco do rosto dele - por que? - pergunto.

- Eu nunca tive família e eu não dou mínima para essas merdas de reputações - ele fala levantando meu rosto para que eu o olhasse - eu só importo comigo e agora com você - ele fala encostando em meus lábios, afasto de seu rosto e saio de onde ele me prensava.

- Engraçado que me quis e não pensou duas vezes em mentir para mim, eu sou mesmo uma idiota - falo sorrindo irônica voltando ao meu posto de mulher durona. 

- Eu não menti para você, quantas vezes tenho que te dizer isso? - ele me pergunta dando um tapa na parede - você não me perguntou nada e eu não falei nada, simples assim - finaliza ele. 

- EU PERGUNTANDO OU NÃO, VOCÊ TINHA QUE FALAR, O BANDIDÃO AQUI É VOCÊ E NÃO EU! - acabo alterando com ele. 

- VOCÊ QUER SABER DA MINHA VIDA E NÃO EU! - ele altera comigo também. 

- Não foi eu que te encantei? A mulher que você mais amou? Tinha que começar falando a verdade, certo? - eu faço várias perguntas ironicamente, ele franze a testa confuso. 

- Você me encantou sim. Agora a mulher que mais amei? Quando você ouviu isso da minha boca? - ele pergunta, eu olho para ele com a testa franzida. 

- Você falou a menos de 2 minutos atrás. 

- Eu nem sei se me amo Sakura, veja lá amar outra pessoa - ele fala rolando os olhos. - eu nem sei se consigo tal coisa, nem sei se alguém possa ter esse sentimento por mim. - ele finaliza. 

Olho sentida com essas palavras dele, eu imaginei que ele não me queria só na cama, mas essas palavras pesadas não imaginei que sairia da boca dele. 

- Acha mesmo que ninguém se importa com você? Por acaso você é retardado? 

- Não, eu simplesmente sei que ninguém se importa comigo. 

- Seu irmão é louco por você - eu sussurro. 

Ele me olha com a testa franzida e começa a gargalhar alto, meu Deus esse menino é louco. 

- Acha mesmo que ele é um poço de amores assim? Se liga Sakura! - ele fala. 

- Acha que eu não me importo com você? - eu pergunto ainda embasbacada com ele. 

- Tenho minhas dúvidas - ele fala suspirando cansado e passando a mão no cabelo nervoso - não me enlouqueça Sakura, por favor! - finaliza ele. 

- Eu deveria ter enxergado mesmo que você não prestava, que era só mais um babaca que me magoaria - falo sentindo uma lágrima escapar de meu olho direito, passo o dorso de minha mão rápido e levanto minha cabeça e olho com determinação para ele. 

Ele se espanta ao me ver limpando uma lágrima do meu olho, aperta os olhos com força e abaixa a cabeça. 

- Sakura, eu não... 

 - Só cala a porra da sua boca! - eu interrompo ele com raiva. 

Fecho meus punhos e respiro fundo tentando não matar ele naquela mesma hora, isso foi o cúmulo do dia, mais uma vez a história se repete, eu realmente não tenho sorte com o sexo oposto. 

Balanço a cabeça retirando todos os pensamentos de querer beijar e ficar com ele do meu lado, olho para ele com raiva e ele me encara de volta me olhando triste, porque eu tive que nascer tão besta para gostar rápido das pessoas? Odeio quando isso acontece, odeio ser fraca, odeio mentiras, odeio gente que mente, odeio falsidade, odeio tudo. 

- Eu odeio você! - eu falo segurando minha raiva, ele me encara. 

- E eu gosto de você - ele fala - mas eu fui obrigado a entrar nessa vida de máfia, não imaginei que você entraria em meu caminho - ele finaliza. 

- Obrigado? Por acaso colocaram uma arma em sua cabeça assim - pego minha arma e ajeito ela na testa dele - e falou pra você entrar ou você morreria? - eu pergunto engatilhando a arma. 

Ele não se mexe e fica no mesmo lugar me encarando com um olhar de tristeza. 

- Não, mas quando você é obrigado a viver sozinho no mundo sem ninguém para te apoiar e pessoas que você jura que querem seu bem te colocam nesse mundo de marginalidade, ou você entra por gratidão ou entra por que quer - ele explica tentando encostar perto de mim, mas eu continuo firme com a arma apontada na sua testa - acha mesmo que entrei porque eu quis? - ele me pergunta. 

Encaro o olhar dele de tristeza e coloco o dedo no gatilho seguro as lágrimas que insistem em cair, respiro fundo e fecho os olhos. 

- Odeio quando pessoas se fazem de vítima e eu fico com dó - eu falo não conseguindo mais segurar a arma na testa dele, fecho os olhos e suspiro, retiro a arma de sua testa e miro para cima dando o tiro para cima. 

Abro meus olhos e encaro ele, ele vai abrindo devagar os olhos, olha para mim e depois para a minha arma mirada para cima, ele suspira aliviado. 

- Sorte sua que preciso de você - finalizo com essa frase de duplo sentido e dou as costas para ele sem dar mais nenhuma palavra. 

Afinal, eu realmente preciso dele, tanto para me ajudar, quanto em minha vida, infelizmente ele me endoida. 

- Só por isso não me matou? - ele pergunta me olhando com esperança, me viro de frente para ele e o olho séria. 

- Sinta-se um homem de sorte por eu está poupando sua vida. - falo e viro de volta para ir ao rumo do elevador - venha logo, estão todos esperando por nós. - finalizo e ouço os passos dele vim em minha direção. 

- E se eu recusar em ajudar depois dessa conversa? - ele pergunta. 

- Ai você deixa de ser um homem de sorte e leva um tiro na cabeça sem dó e nem piedade - eu respondo ele e entro no elevador com ele ao meu lado. 

O caminho foi todo em silêncio, apenas nossas respirações se  misturando enquanto não chegava o andar de minha sala. Passam-se uns segundos e o andar chega, eu saio primeiro e vou para minha sala as pressas, entro sem nem pedir licença e não dando a mínima para o povo ao meu redor e indo sentar em minha cadeira. 

- Está tudo bem Sakura? - pergunta Gaara todo preocupado e ele olha para Sasuke todo quieto, olho para o moreno mais novo e volto o olhar para Gaara. 

- O que vocês mandam sobre o caso Sasori? - pergunto não dando a mínima para a pergunta do ruivo, Itachi me olha desconfiado e olha para Sasuke. 

- O que a gente sabe é que ele não presta e está por trás das mortes em Nova Iorque. - Shikamaru fala - agora por que ele fez isso com a própria máfia? - ele pergunta. 

- Por vingança! - Sasuke responde colocando um copo de vodca com gelo que fica no lado esquerdo de minha sala, é muita folga desse... Desgraç... Ai senhor a quem eu quero enganar, esse homem é gostoso demais. 

- E por que vigança? - pergunta Temari cruzando os braços. 

- Por que ele sempre ficou debaixo da minha asa e ele sempre quis ter todas as mulheres ao seu alcance, mas isso só eu tive - fala ele sorrindo de canto e me olha. 

 - Realmente, putas gostam de dinheiro, por isso sempre teve muitas "mulheres" ao seu alcance - falo fazendo aspas e dando ênfase no mulheres, sorrio cínica e ele retira o sorriso do rosto. 

- Mas só por isso? Não creio que seja só por isso, tem que ter algo a mais - fala Ino pensativa. 

- Ele nunca suportou o fato de eu mandar nele e ele não ser nada além de um capanga meu - Sasuke fala. 

- Ou seja, você acha que tudo tem que ser destinado em girar ao seu redor, é isso? - eu pergunto séria, ele me olha sério também. 

- Você me ouviu dizer isso? - ele pergunta. 

- É por isso que estou lhe perguntando e não afirmando - eu retruco, Itachi estranha a situação e se mete. 

- O que é que está acontecendo aqui? Posso saber? - ele pergunta. 

- Não é nada Ita. 

- Eu não tenho obrigação de te responder nada - Sasuke fala dando um gole em sua bebida, eu encaro ele com raiva. 

- Eei! Vamos parar a DR e focar no assunto Sasori por favor! - Ino fala chamando a atenção de todos - obrigada! - finaliza ela. 

- Eu ainda acho que tem muita grana envolvida nisso tudo, apenas grana, grana e muito mais grana - Shikamaru fala colocando a mão no queixo. 

- Acha mesmo que eu não tenho dinheiro para cobrir a quantia que Rochi dá a ele? - Sasuke pergunta rolando os olhos. 

 - E por que não cobriu bonzão, acha que ele é só mais um Zé Droguinha de sua máfia? - eu pergunto irônica. 

- Mas ele é um qualquer da minha máfia, só fiz dele meu "braço direito" porque ele mora em Nova Iorque, fora isso, ele é um merda - ele fala sorrindo de canto. 

- Engraçado que esse merda quase te mata. 

- Engraçado que você caiu na lábia de um bandido disfarçado de bom moço achando que estava abalando - ele me retruca, meu sorriso morre e a raiva se espalha para todo o meu corpo. 

- Ei, ei, ei! Parou! Que porra é essa aqui em? - pergunta Itachi perdendo a paciência. 

 - Sabe o que é que eu acho? Que o Sasori é nada mais nada menos que um agente duplo, ele nunca foi da Norowa, mas entrou para acabar com a máfia a mando de Rochi, porque de acordo com todas as pesquisas que fiz e minhas intuições, o Sasuke foi um capacho do Rochi até ele se virar contra o próprio para ser dono do próprio nariz, nisso entra a famosa guerra de máfias. A máfia mais forte ganha. - falo e sinto o olhar de espanto de todos os presentes. 

- Como chegou a essa conclusão Saky? - pergunta Itachi impressionado. 

Olho para ele e olho para o moreno mais novo, ele está olhando espantado para mim e sem palavras. 

- Pesquisas e intuição minha - falo sorrindo fraco. 

- E por que acha que isso é verdade? - Sasuke me pergunta. 

- Por que seu rosto não nega! - eu falo dando uma piscadela para ele. 

Vejo os olhos dele tremer e ele fica nervoso com a situação, Itachi olha para mim e olha para Sasuke, eu ainda estou olhando para Sasuke vendo cada detalhe do rosto dele, o nervosismo, o olhar pensativo, os olhos tremendo com um pouco de tristeza, uma situação complicada, mas ele escolheu assim. 

- Como vai ser as coisas? - pergunta Shikamaru.

- Sasuke, o que você acha? - pergunta Gaara encarando o moreno, ele olha para Gaara e depois me encara. 

- Eu não acho nada, quem está no comando da missão é a Detetive Holmes. Sou apenas um ajudante - ele fala ainda me encarando, todos se viraram para mim esperando eu falar algo, olho para o rosto de cada um. 

- Temos que ter um plano certeiro para pegar ele de uma vez. Pensei em cair na armadilha dele de propósito para depois vocês agirem. - eu falo com a mão no queixo pensativa. 

- Não acha isso perigoso? - pergunta o moreno mais novo. 

- Não acho. Por que seria perigoso? - pergunto com a sobrancelha erguida. 

- Porque Sasori não perdoa, se você atrapalha, ele te mata. 

- E por que você ainda está vivo? - pergunto séria para ele, ele abre a boca para me responder, mas acaba apenas suspirando. 

 - Quando vocês foram para Nova Iorque você o investigou, certo? - pergunta Itachi olhando para mim, balanço a cabeça afirmando - descobriu alguma coisa? - ele pergunta mais uma vez. 

- Muitas coisas! - falo sorrindo de canto e olho sapeca para Sasuke, o mesmo me olha confuso e sério. 

- Ótimo, o que conseguiu descobrir? - pergunta Itachi. 

- Que a família dele é a mais famosa de Nova Iorque... 

- Mesmo sendo Japonesa, já que se ele morasse aqui em Tóquio e fosse a um século atrás, ele seria um bastardo filho de uma puta que traiu o marido bestão - me interrompe Sasuke sorrindo de canto e olha na direção de Gaara que acaba perdendo o controle e avança sobre Sasuke, mas é segurado por Naruto. 

- FALA ISSO DE NOVO E EU QUEBRO SUA CARA SEU PIRRALHO DE MERDA - grita Gaara com raiva. 

- Ok, não está mais aqui quem falou - ele responde levantando as mãos se rendendo. 

Olho desconfiada para os dois e achei bem de repente a raiva do Gaara, será que... 

 - Você é o irmão mais velho do Sasori - afirmo encarando o ruivo que me olha suspirando cansado. 

- Sou sim, mas isso não vem ao caso. Estamos falando de um bandido, de um outro bandido, certo Sasuke? - ele pergunta irônico para o moreno. 

- Touché! - fala o moreno mais novo dando uma piscada para Gaara, rolo os olhos. 

- FOCOO! - grita Ino sem paciência. 

- Bom, de acordo com o tempo que passei com ele, ele demonstrou ser um menino muito triste por ser um fruto de traição, ele comentou que tem um meio irmão mais velho e que não tem muito apego com ele - explico e olho para Gaara, o mesmo abaixa a cabeça. 

- Sasori é um cara muito esperto, mentir é com ele mesmo. - fala Sasuke - ele só nunca conseguiu mentir para mim, até porque mentir para mim é impossível - finaliza ele. 

- Verdade! Mentir para mentiroso é impossível mesmo - alfineto ele. - certo, vamos fazer o que eu falei, ele vai me ligar mais tarde e vou deixar vocês atentos com tudo, depois é só atacar. - explico para todos, Sasuke encosta na mesa cruzando os braços. 

- E eu? O que tenho que fazer? - pergunta ele. 

- Você vai fazer o que eu mandar, só fique atento - falo e pisco para ele, ele me fuzila com os olhos e respira fundo. 

- Sim senhora! - ele fala com tom de raiva. 

- Estão todos dispensados! Boa viagem e boa sorte na missão Itachi. - falo para o moreno mais velho e ele agradece com um aceno de cabeça, como podem ser tão lindos? Família do sangue bom viu. 

Cada um vai saindo da minha sala sem dar nenhuma palavra, fecho meus olhos, ajeito meus cabelos e ouço a porta de minha sala se fechar e passos em minha direção, abro meus olhos e dou de cara com um Sasuke inclinado em minha mesa me encarando com raiva, encaro ele de volta. 

- Quem você acha que é para querer mandar em mim? - ele pergunta. 

- A dona da missão, agora sai de minha sala e não pisa na bola, se pisar eu não vou ter dó - eu falo séria, ele morde os lábios nervoso e sai de perto da minha mesa. 

- Só espero que saiba o que está fazendo Sakura, com máfias ninguém brinca - ele fala parado e de costas para mim. 

- Por acaso está me ameaçando Sasuke? - pergunto e ele continua no mesmo lugar parado. 

- Não. Estou apenas te avisando. Vou lhe ajudar, mas vou querer algo em troca no final, ou no meio da missão - ele fala andando devagar para o rumo da porta, estreito meu olhar confusa. 

- Quer algo em troca? - gargalho alto - e o que seria? - pergunto ainda rindo, ele para mais uma vez e me olha de soslaio, sorri de canto e me dar uma piscadela, meu sorriso morre e ele gargalha baixinho da minha cara me dando as costas e andando. 

- Até mais tarde, Sakura! - ele fala, abre a porta e sai de vez de minha sala. 

Desgraçado infeliz charmoso filho do belzebu corno do fundo do inferno, eu odeio ele por ser tão tentador assim, fecho os olhos respirando fundo, fecho meus punhos e dou um murro em minha mesa. 

- Droga! - murmuro com raiva - tem castigo pior não meu Deus! - sussurro fingindo tristeza e decepção. 

Aonde eu fui me meter pegando esse caso, eu realmente não tenho sorte com nada, NADA mesmo!