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História A Devil For Me - Too Good For Me


Escrita por: SyntheticLover

Notas do Autor


Hey!!! Como vocês estão??? Foi bom o ano-novo de vocês??? Awn, estamos no primeiro cap do ano, e eu estou aqui, transbordando felicidade *-*
Viram a capa nova?? Gostaram???
Bem, não me lembro de ter postado assim, tão rapido.
Vou parar de falar e deixar vocês lerem, não me matem, boa leitura!

Capítulo 5 - Too Good For Me


Fanfic / Fanfiction A Devil For Me - Too Good For Me

Ariane’s POV

I left alone, my mind was blank

I needed time to think to

Get the memories from my mind

 

What did I see, can i believe

That what I saw that night was real

and not just fantasy

Eu ia morrer. Sentia isso. A dor de cabeça era insuportável, e a música alta não ajudava.

Mas quem é que ia ouvir música alta a essa hora da madrugada? Mas ‘pera ... é madrugada? Que horas seriam? Que dia hoje? Eu não tinha ... ESCOLA!

- PUTA MERDA VOU ME ATRASAR! – Levantei rapidamente da cama e quase desmaiei, a tontura era horrível, eu sentia tudo girando, parecia uma das crises de vertigem da minha mãe.

Lentamente, levantei, com a mão na cabeça, como se aquilo fosse parar a dor.

Fui até o banheiro e tomei um banho frio, de gelar a alma. Nunca havia bebido tanto antes. Alias, nunca havia bebido, praticamente. Essa foi a primeira vez. E foi o meu primeiro beijo.

Parei os movimentos com o shampoo, em minha cabeça, e me pus a pensar. Meu primeiro beijo, fora com Andrew. Agora, eu corava só de lembrar.

Como eu vou encara-lo hoje? Devia ignorar o que aconteceu noite passada? Fingir que nada aconteceu? Argh, o que eu faria?!

Eu não gostava dele, não desse jeito. Não era como amigo, mas também não com todo esse tipo de afeto. Ele era ... era intrigante! Ele não era normal, não era humano, não podia ser!

Como alguém podia ser tão forte? E aquela voz? Era tão parecida com a dele ... nargh! Não era real! Era coisa da minha cabeça, era isso. Que nem aquela sensação torpe ... mas por que eu só sinto isso quando estou perto de Andy ou da turma dele?

- Ariane, essas perguntas sem resposta não vão curar a sua ressaca. – disse pra mim mesma, fechando o registro.

Me enxuguei ao máximo, e enrolei a toalha na cabeça, indo escolher a minha roupa. Chequei o horário e quase tive um infarto, faltavam 15 minutos para as oito, não tinha tempo nem de tomar café.

- PUTA QUE PARIU! POR QUE TAMBÉM NINGUÉM SERVIU PRA ME ACORDAR?! – exclamei, me atrapalhando em vestir a calça. Hoje estava frio, então o look era pesado.

-MÃE?! PAI?! – chamei, atravessando o corredor em direção às escadas, aos pulos pra conseguir por a bota.  -MÃEEE?! – chamei, olhando em volta.

- PAI?! – e assim como antes, sem resposta. -DAAAAAAAN?! DANIEL?! – e de novo, sem resposta. –merda!

Invadi o quarto de meu irmão, que era uma bagunça que só, e achei seu skate no armário de roupas, que tinha poucas roupas, já que a maioria delas estavam jogadas pelo resto do quarto.

- É, esse é o único jeito. – testei um pouco até chegar no balaústre. Faz tempo que esse skate não é utilizado. Meu irmão me ensinara a andar quando era mais nova, e ainda me lembrava como era.

Desci as escadas com os pertences em mãos, apanhei a chave de casa, e parti pra escola.

...

Faltavam 2 minutos para o sinal bater, e eu lá, sendo esbarrada por todo mundo, procurando por algum sinal do meu irmão. Ia xinga-lo até umas horas ...

- ANNE! – gritei, sem me importar, o barulho era grande, na hora da entrada.

A garota de cabelos salmão virou-se em minha direção, e sorriu ao constatar que era eu. Essa era Annelyse, namorada do Daniel. É, eu sei, como um neandertal daqueles pode ter uma namorada, bonita, ainda por cima.

- Aria, você veio? Nossa, eu ... realmente não esperava. – disse, sorrindo fraco. Agora, mais perto, percebia seu olhar triste.

- Como? Bem, não importa, onde está meu irmão? – perguntei, eu estava mais preocupada em brigar com ele.

- Ele ... ué, como assim? – riu, confusa.

- Bem, ele veio sem mim, não? Olha eu não sei o que está acontecendo, todo mundo em casa sumiu, e ... – cortou-me.

- Espera, eles não te avisaram? Ninguém te avisou? – perguntou alarmada.

- Avisar sobre o que? – e eu lá, boiando que nem sacolinha plástica na água.

- Aria, sua mãe ... – começou, respirando fundo, como se fosse dizer alguma tragédia.

- O que tem minha mãe? – eu sentia, agora, preocupação.

- Ela ... bem, Danny não me explicou direito, mas ... parece que ela passou muito mal. – disse hesitante.

- Muito mal? Mas ... e como assim ninguém me avisa?! – falei alto, controlando as lágrimas. Não ligava se os outros estranhavam ou não.

- Eu ... bem eu também não entendi isso. – disse triste, desviando o olhar para o chão.

- Você sabe em que hospital ela está? – perguntei. O sinal batera.

- Não, Danny só me ligou dizendo que a levariam para o hospital, e que se, ele não me mandasse uma mensagem antes do horário da saída, era pra eu ir até a sua casa, ver como você estava. – disse, pesarosa.

- Oh, droga ... – praguejei tremendo.

- Aria, eu tenho que entrar ... você também deve ir. E se acalme, ela já está hospitalizada, não deve ser algo muito grave. – disse, olhando para o professor, que estava chegando.

- Certo, obrigada, Anne, se tiver notícias, me avise, ok? – pedi, desviando da entrada para o professor poder passar.

- Aviso sim, adeus, Aria. – sorriu, com o professor fechando a porta.

- Oh merda ... – deixei algumas lágrimas escaparem.

- Ei! Você aí, direto para sua sala! – esbravejou um monitor, vindo em minha direção.

- Cala a boca, seu monte de merda! – berrei, indo pra minha sala, secando as lágrimas que escorriam por minha face. – Vai ficar tudo bem, tem que ficar.

 

...

 

Nenhuma das aulas que tive no primeiro tempo eram com as meninas, ou alguém da trupe de Andy. O que era bom, porque não queria conversar ou qualquer coisa do tipo.

Simon, ao que parecera, faltou. O que significava que eu estava sozinha, já que estava me escondendo de todo mundo.

A notícia de que minha mãe fora hospitalizada me abalou profundamente. Não prestei atenção em nada ao meu redor.

Eu sequer pegara o dinheiro na minha mochila para comer. Não tinha vontade de fazer nada.

Pequena ...

- Ariane. – chamou uma voz grave.

 

Olhei para o lado, e vi Andrew, me encarando, sério. Se estivéssemos em outras circunstâncias, eu teria ficado com vergonha e até mesmo com um pouco de medo. Mas naquele momento, não sentia absolutamente nada.

- Andrew. – disse, com a voz baixa.

- Andy. – deu um meio sorriso. – você não parece bem.

- E não estou. – disse, dando um meio sorriso também, sentindo que logo as lágrimas viriam.

- Quer conversar sobre isso? – perguntou, sentando-se ao meu lado.

- Na verdade, não, eu não quero. – ele não merecia ouvir meus lamentos logo nesse dia tão cinzento.

- Tudo bem então, Aria ... – começou, a voz adquirindo um tom diferente.

- Sim? – virei-me para olha-lo. Ele tinha uma expressão séria no rosto, embora não conseguisse detectar emoção alguma em seu olhar.

- Eu ... preciso falar com você mais tarde. – disse, suspirando. – pode me encontrar na quadra de fora, no fim do período?

- Sim, tudo bem.  – ele assentiu, saindo. - Mas ... está tudo bem com você?

- Claro. – ele, agora, tinha um sorriso maldoso em seus lábios. Um sorriso que me dava calafrios.

Você é que não vai estar bem mais tarde, pequena.

Disse a voz novamente. Estaria eu, enlouquecendo?

 

...

 

Fim do período. Hora da conversa com Andrew.

Não tive notícias nem de minha mãe ou de meu irmão. Descobri que Julie e Brooke haviam faltado.

Não estava com vontade de conversar. Só queria ir pra casa, e ficar deitada, pensando em respostas para essas minhas perguntas. Ou melhor, tentar em não pensar em nada, pra parar essa dor de cabeça que eu não sabia se ainda era ressaca ou o excesso de preocupação com as coisas que estavam acontecendo.

Mas, no momento minha dúvida era: o que Andy queria falar comigo?

Seria sobre o beijo? Garotos não fazem esse rodeio todo pra falar sobre isso, fazem? Não se fossem ... ai meu deus, ele não ia me dar o fora, ia?

Naquele momento comecei a me desesperar. Eu não merecia um fora ... ou merecia? Eu beijava mal? Será por isso? Por que eu estava me desesperando tanto, afinal?

Ele ... era importante pra mim? Eu não tinha plena certeza de meus sentimentos por ele. Nunca tive um namorado, ou algo do tipo. Eu o achava interessante, um cara legal até ... de um jeito dele, era bom estar com ele.

Quando me dei conta, eu estava parada na entrada da quadra de fora, respirando fundo.

Procurei por Andy com os olhos, mas, pelo jeito, eu havia chegado antes.

Ariane

- Ariane. – disse Andy, junto com a voz. Isso foi sinistro. Dei um pulo.

- Andy. – respirei fundo, ainda assustada.

- Te assustei? – perguntou, sem emoção.

- Não, não, ‘magina. – só quase me matou do coração.

- Bem, vamos nos sentar? – perguntou, e, agora, conseguira detectar vestígios de emoção: receio.

- Vamos sim, claro. – disse, sorrindo forçado.

- Bem, Aria, eu não sei como dizer isso. – começou, não me olhando nos olhos. Ah não.

Dê uma de bom rapaz, faça-a cair no seu jogo. Faça-a chorar.

- Dizer o que? – ingênua, eu sei, mas eu não sabia mais o que dizer.

- Olha, nos beijamos ontem, certo? – perguntou retoricamente.

Seja cavalheiro.

- Sim, e o que há? – eu me controlava pra não sair correndo.

- Bem, aquilo ... não poderá se repetir. – disse, em voz baixa.

Isso, finja mais.

- Como? – minha voz saiu em um sussurro. Embora eu já imaginasse que ele diria aquilo, eu não estava preparada.

- Olha, foi bom. Mas ... se você nutria ou nutre qualquer sentimento por mim, esqueça. – disse seco.

- P-por que? – perguntei, sentindo meu rosto esquentar.

- Você ... é boa demais pra mim, Aria. Não faz o meu tipo, sinto muito se em algum momento eu a fiz achar que fizesse, mas não teríamos futuro juntos. – despejou as palavras cruéis, que eram mais como facas para mim.

- Eu ... ai. – eu chorava, agora. Não consegui me controlar.

- Aria ... Ariane por favor, não torne as coisas mais complicadas para mim. – se aproximou, apoiando a mão em meu ombro.

- Não encoste em mim. – disse fria, porém firme.

- Aria ...

- Você ainda vai engolir essas palavras Biersack, é uma promessa. – disse, e saí correndo.

Claro, que eu nem tinha ideia de como fazer aquilo. Só disse aquilo pra ... nem sei porque disse aquilo.

Só sei que tinha vontade de chorar. E é o que faria.

...

So save your breath, I will not hear.

I think I made it very clear.

You couldn't hate enough to love.

Is that supposed to be enough?

I only wish you weren't my friend.

Then I could hurt you in the end.

I never claimed to be a saint...

My own was banished long ago

It took the death of hope to let you go

Eu ainda chorava, ao som de Snuff do Slipknot, quando ouvi batidas (que mais pareciam socos) na porta.

Sem vontade nenhuma de atender, rolei para o lado e coloquei o moletom e o shorts. Nunca que eu iria atender a porta seminua.

Desci a passos lentos. Agora que a música estava pausada, a pessoa apenas apertava a campainha, insistente. Seria quem eu achava quem era?

- Já vai, já vai. – disse com a voz rouca. Eu realmente estava um caco.

Abri a porta, sem checar quem era e me deparei com Julie e Brooke, com roupas pesadas  de frio.

- Olá, minha ... nossa! O que aconteceu? Você está um caco. – não disse?

- Hey. – saudei fraco.

- Nossa, Aria, o que aconteceu? Você está ... horrível. – disse Brooke, em tom preocupado.

- Ah, nada. Só o Andy que me deu um mega fora e minha mãe que ficou doente misteriosamente. Só isso, nada demais.  – disse sarcástica, dando espaço para entrarem. Elas logo o fizeram.

- Que? Não ‘pera, volta a fita. O Andy o que? – perguntou Julie, de olhos arregalados.

- Como assim “doente misteriosamente”? – perguntou Brooke,  indo para a sala, junto a Julie. Olhem a diferença de uma menina pra outra.

- Bem, eu simplesmente acordei e não havia ninguém em casa. Fui falar com a namorada do meu irmão e ela disse que eles tinham ido pro hospital com ela. E só. Mais nada. – expliquei a parte da minha mãe, que era confusa, então levaria menos tempo.

- Nossa, sentimos muito, Ari. – disse Brooke, apertando a minha mão, sorrindo, solidaria.

- É, que ela melhore logo. – Julie sorriu fraco, culpada por se preocupar mais com o assunto Andy.

- É. – suspirei, agarrando a almofada do sofá.

- Tá. Agora explica, como assim ele te deu um “mega” fora?  - perguntou Julie, me olhando, atentamente.

- Bem, ele simplesmente me chamou no fim da aula pra conversar. – disse, sentindo as lágrimas se acumularem novamente. – E ... disse que eu era boazinha demais pra ele. Que não teríamos futuro e que se eu nutria algum sentimento por ele, era melhor esquecer.

Chorava de modo vergonhoso agora. As meninas me viam, e me abraçavam, tentando me fazer parar de chorar.

- Bem, nós certamente não esperávamos por isso. – disse Brooke, me olhando triste.

- Como assim? – perguntei, mais calma, apenas fungando um pouco.

- Bem, querida, você foi a primeira garota a falar com ele de modo ... bruto, por assim dizer. Sem se importar. – disse, suave.

- Como assim “bruto”? – perguntei, fungando mais.

- Er ... digamos que ele é mais importante do que você imagina Aria. – disse hesitante.

- Ah, e o que ele é? Um Deus?! – disse irônica, ficando confusa ao notar o olhar apreensivo das duas.

- Na verdade, ele é bem pior que isso ...

- Julie! – Brooke repreendeu-a.

- O que? Não falei nada demais. – defendeu-se,  Julie.

- Mas é melhor não falar disso. Ainda mais agora, que não temos tanta certeza assim. – sussurrou, mas eu obviamente conseguia escutar.

- Do que estão falando? – perguntei, mais séria.

- Nada, querida. É um assunto besta. – sorriu nervosa, Brooke. – agora, eu tenho uma pergunta: Aria, você gosta do Andy?

- Eu ... eu não sei. – disse. E eu realmente não sabia, tudo nele me confundia.

- Você mudaria por ele? – perguntou Julie, séria.

- Mudaria para faze-lo mudar de ideia, para provar a ele que posso ser tão má quanto qualquer um. – disse firme.

- Bem, acho esse motivo suficiente. – disse Brooke, se levantando.

- Suficiente para que? – perguntei sem entender, vendo as duas se prepararem para irem.

- Vamos te ajudar a fazer Andrew mudar de opinião sobre você. – sorriu Brooke.

- Mas ...

- Você quer isso, não quer, Ariane? – perguntou Julie.

- Quero, mas ...

- Então, junte-se a nós, junte-se ao grupo. – disse ela, com um sorriso maldoso brincando nos lábios, estendendo a mão.

Eu a peguei.

- Bem, pra começar, temos que nos livrar desse vestuário. – disse Brooke, me olhando com reprovação.

- Por que? O que tem demais com as minhas roupas? – perguntei, me olhando, não achando nada demais com o que visto.

- Elas não são sensuais e perigosas, baby. Se você quer que Andy te veja como uma menina má, tem que se vestir como uma. –sorriu julie, maliciosa.

- Querem dizer ... me vestir como vocês?! – arregalei os olhos.

- Algum problema com o modo que nós nos vestimos? – Brooke me lançou um olhar mortal.

- Não, claro que não, é só que ... é ousado demais pra mim. – desconversei. No fundo, eu achava meio indecente.

- Querida, o que você mais tem que ser agora, é ser ousada! Se não, Andy nunca vai ligar pra você. – disse Julie.

- Olha, eu vou ligar pra Ash vir pra cá, junto com a Sammi, já que elas manjam de estilo, ok? – perguntou Brooke, com o celular já em mãos.

- Pode ser ...

- Enquanto isso, nós vamos ver se dá pra salvar alguma peça lá no seu guarda-roupa. – disse Julie, me empurrando escadas acima.

- Não, ‘pera, a gente vai jogar as minhas roupas fora? – perguntei, incrédula. Minhas roupinhas T^T

- Não jogar fora, só esconder elas, para que você nunca as encontre, e então, nunca mais vista-as. – sorriu Julie,

- Oh, Lord! – suspirei, rindo.

O bom era que eu me sentia melhor, agora. Era bom ter amigas.


Notas Finais




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