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História A Diaba e a Missionária - Letra R


Escrita por: panorosa

Notas do Autor


Eii rabiolas, tudo bom?? Vamos de +1 cap. super amável. Espero que cês gostem. Demorei um pouco, mas felizmente continuo aqui audhuahdua Não desistem da fic.

NINGUÉM PEGA NA MÃO DE NINGUÉM! lavem as mãos sempre e se cuidem, tá bom?!

Enfim, boa leitura, cadela =]

Capítulo 19 - Letra R


Fanfic / Fanfiction A Diaba e a Missionária - Letra R

Terça-feira, Rio de Janeiro.

 

— Hadson, você está eliminado. — A voz do apresentador ecoa pela casa inquieta.

As meninas pulam todas em cima de Manu, aos gritos. Os meninos ficam em silêncio, dando apoio ao homem eliminado barbudo. Eles andam até a porta de saída do programa com o Hadson, o ajudando a carregar a mala azul. Manu juntamente das meninas agradece a sua permanência, transbordando toda a sua energia positiva.

— Eu juro que tava bem esperançosa. — Ela aperta a mão de Marcela e a de Thelma, mantendo um abraço entre elas.

— Contra ele também, até eu ficaria. — Mari fala sorrindo, se aproximando delas na grama.

— Parabéns, Manu. — Petrix chega perto delas, recebendo um sorriso de gratidão da menor.

— Eles não vão liberar nada? — Gizelly pergunta impaciente, indo com Petrix até a dispensa.

—Acho que sim. Me mandaram vir aqui antes, mas o ao vivo começou e acabei perdendo estalecas. — Ele comenta abrindo a porta, vendo que sim, eles mandaram algo.

— Porra, tem que ter mais atenção, homem. — Gizelly o ajuda com o carrinho de comida que mandaram. — Ai, só uma bebidinha gelada.

Os dois andam até lá fora, com todos pegando biscoitos do carrinho enquanto andam. Os homens, mesmo abatidos, comemoram também pelas coisas que chegaram. Rafa ri da cena, a achando um tanto hipócrita.

— Viu, não precisou chorar duas noites seguidas. — Bianca anda até Rafa, comentando no ouvido dela.

— Mas não fui eu que apareci praticamente chorando ontem na sua cama! — Rafa rebate.

— Óia. — Bianca ri, ajeitando a sua blusa. — Vai comer ou vai ficar aí parada reclamando?

— Vou ficar aqui parada reclamando. — Rafa dá de ombros.

— Vem, Rafa. Para de ser a garota chata que se exclui. — Ela tenta puxar a mulher da escada do líder, mas Rafa nem se mexe.

— Vai lá, Bia. Eu tô bem aqui. — Pede com toda calma do mundo, recebendo um rodar de olhos de Bianca, que desiste e corre até as bebidas.

Rafa observa o pessoal da escada, se acomodando por ali mesmo. Petrix a vê sozinha, analisando uma ótima oportunidade de conversar com a mulher. Ele pega duas garrafinhas de Ice e anda em direção a ela.

— Aceita? — Ele direciona a garrafa pra ela.

— Não, tô bem. — Rafa ajeita sua postura, vendo que Bianca já encara os dois com seu semblante fechado. Ela ri internamente.

Sabia que a mulher não suportava a amizade dos dois.

— Sério? Tá gelada, vai, toma. — Petrix insiste, deixando Rafa levemente irritada.

— Tá bom. — Rafa pega a bebida sem vontade alguma, a levando até a boca.

O sorriso vitorioso no rosto do homem faz Rafa se revirar por dentro, voltando a beber o líquido da garrafa.

— Amiga, tem cerveja também, cê quer? — Gabi chega por trás de Bianca, apertando a cintura dela.

— Ai eu quero sim. — Bianca pega a lata, a segurando em uma mão enquanto na outra segura a Ice. — Eu já comentei que amo beber?

— Todo dia, toda hora... — Flay come um biscoito, dando um pedaço para Bianca.

— Isso tá tão bom. — Mari comenta de boca cheia, devorando as vasilhas de biscoito.

— É pra todo mundo, não é só pra você não, minha querida. — Gizelly pega a vasilha da mão dela. Mari lambe os dedos, não entendendo a revolta da menor.

— Tem um monte ali. — Ela indica para o carrinho, tentando pegar o objeto de volta.

— Morta de fome. — Gizelly entrega a vasilha pra Thelma, que ri das duas.

— Olha, você não grita com a minha amiga não. Tá louca? — Bianca amassa a lata já vazia com a mão, dando um tapinha no ombro de Gizelly.

— Você não encosta em mim. Tá achando que só porque tem oito milhões de seguidores pode fazer o que quiser? — Gizelly pega a garrafa de Bianca, bebendo em seguida.

— Acho. — Bianca dá uma gargalhada, pegando a lata da mão dela.

— Você quer casar? — Gizelly pergunta do nada, fazendo Bianca a encarar confusa.

— Eu quero. — Manu aparece atrás das duas, com Rafa ao seu lado. As duas dividem uma garrafa de Ice.

— Manuzinha, você tá bebendo? — Gizelly ri, analisando a garrafa delas.

— Depois desse paredão, eu estou totalmente fora de mim. — Manu dá alguns pulos, mexendo o corpo ao som de uma música de axé.

— Você também quer casar, Rafa? — Gizelly persiste no assunto, dando um sorrisinho pra mais alta.

— Claro. Meu sonho desde pequena. — Rafa sorri gentilmente, mexendo no seu anel.

— Viu, essa mulher toda séria, fechada e bruta quer casar. — As quatro riem, com Rafa a reprendendo.

— Para, Gizelly. — Sua voz sai manhosa, se sentindo envergonhada.

— E a Boca Rosa? — Ela pergunta, vendo que Bianca dança até o chão com Gabi e Flay. — Ei, psiu! Menina de shortinho. — Gizelly grita, fazendo Manu e Rafa rirem.

— "Menina de shortinho", todo mundo aqui. — Manu comenta, ainda aos risos.

— "Bianca", Gi. — Rafa comenta, a vendo chamar Bianca por todos os nomes, menos pelo dela.

— Bianca, vem cá. — Ela grita por fim, conquistando a atenção dela.

— Vocês não me deixam dançar em paz. — Bianca diz com a respiração acelerada e seu corpo já banhado em suor.

— Você só pode pegar outra cerveja se você me responder uma coisa. — Gizelly fecha o cooler, apoiando a mão sobre ele.

— Pedágio agora? Mas tudo bem, manda. — Bianca analisa o rosto humorado dela.

— Você quer casar? — Ela pergunta, segurando o pulso de Bianca.

— Eu quero, quem não quer? — Bianca ri, tentando abrir o cooler.

— Eu não quero. — Gizelly pega a lata, entregando pra ela. — Vamos ver com quem você vai casar, vai.

As duas riem. Bianca abre a lata, puxando o lacre de um lado para o outro.

— A, B, C, D... — Bianca trava, voltando ao movimento ainda rindo. — E, F... G. — E o lacre rompe, deixando Bianca triste.

— "G" de "eu"! — Gizelly pula em cima de Bianca, beijando o rosto dela por inteiro.

— Não! Você não! — Bianca ri, afastando a mulher. Manu e Rafa riem, observando-as. — Eu queria "R", mas nunca chega no "R". — Bianca encara Rafa, com seu semblante ainda tristonho.

— "R" de quê? — Manu pergunta curiosa.

— "R" de... — Rafa corta a fala de Bianca.

— Bia, sua música tá tocando. — Ela informa a ela, tentando controlar a situação. Sua voz sai mais rápida do que o normal, deixando claro o seu nervosismo.

Bianca para por alguns segundos na intenção de conseguir entender a letra da música.

— Porra, tá no final já esse caralho. — Ela sai correndo para junto de Flay e Mari. — Suas filhas da puta, ninguém me chama pra dançar a minha música!

— Saiu "G", vocês viram? Ela vai casar comigo! — Gizelly se emociona, elevando a mão até o peito.

— Sim, vocês vão. — Rafa ri, bebendo a sua Ice na maior cara de pau.

— Mas ela queria o "R", será que é de Ricardo, ou Rodrigo, Renan? — Manu se deixa levar pela curiosidade, buscando por nomes famosos com essa letra.

— A Bia já comentou sobre um Renan. — Rafa mente, analisando o semblante de Manu.

— Um alto barbudo? — Manu continua na sua bolha curiosa, tentando descobrir o noivo perfeito de Bianca.

— Acho que sim. — Rafa sustenta a história.

— Será que é o ex-bbb? Ela não deve me falar agora. — Ela joga seu olhar para Bianca dançando, analisando algum ponto de sanidade na mulher.

— Eu não sei. Acho que agora é melhor não, deixa isso pra lá. — Rafa anda até elas, sendo chamada por Gabi.

— Vem, é aquela dança, sempre dançamos na festa. — Gabi informa assim que as duas se aproximam.

— De novo? Eu não consigo fazer assim. — Rafa direciona seu olhar para Bianca dançando.

— Vem, eu te explico pela milésima vez. — Bianca a puxa pela mão, a deixando do seu lado.

— Não fala assim, Bia. — Rafa ri, atenta aos passos da mulher ao seu lado.

— É só puxar a mão, girar e abaixar, rebolar... — Ela faz os movimentos, tudo sobre o olhar de Rafa. — Tenta.

— É rápido. — Rafa tenta ir no ritmo, mas se perde e acaba ficando para trás.

— Vai de novo. — Bianca se afasta, observando as meninas conseguirem dançar. — Isso! — Ela bate palma, sorrindo para elas.

Ao se dar conta que está sem bebida, ela sai correndo até o cooler, sendo novamente impedida por Gizelly, que fecha o objeto enquanto encara Bianca com seu olhar desconfiado.

— Você tá bebendo demais. — Ela aperta as bochechas de Bianca, encarando a boca dela.

— Me deixa beber esse caralho, Gizelly. — Bianca balança a cabeça, se livrando das mãos dela. — Vai, abre isso.

— Sabe que aquilo foi um sinal, não é? — Ela ri, entregando uma cerveja pra Bianca.

— Sei. — Bianca puxa Gizelly pelo pulso, beijando a bochecha dela. — Dança ali comigo? Vem? — Gizelly concorda, indo até onde as meninas dançam.

A música continua numa batida frenética, energizando o ambiente. O álcool no sangue de todos ali já deixa rastro, nos semblantes débeis extremamente sorridentes, com movimentos lesados e emotivos.

— Olha, se você dançar perto de mim assim, eu não responderei por mim. — Mari fala com Thelma, apertando a cintura dela.

— Me deixa sambar em paz! — Ela grita em resposta, se soltando do corpo de Mari.

— Cadê a Rafa? Ela já foi dormir? — Bianca pergunta incrédula, procurando-a. — Manoela!

— Eu não a vi, ela estava aqui dançando, mas sumiu. — Manu tenta ajudar Bianca a subir na escada do líder, mas é impedida pela mesma.

— Rafa, sai daí agora. — Bianca bate na porta do quarto do líder, considerando a possibilidade de Rafa estar no local. — Petrix, sai de perto dela.

— Ela vai bater nele. — Flay comenta, tentando subir as escadas sentada. — Bia, desce daí.

A porta abre, aparecendo Rafa e Petrix, com Guilherme também. Os três tentavam se resolver numa conversa tranquila, onde Guilherme se sentia mal por ser amigo de Bianca, assim como Rafa, e os dois não terem uma boa convivência.

— O que é isso? — Guilherme pergunta, vendo Bianca parada na porta, Flay sentada no chão e Manu tentando a levantar.

— Gui? — Bianca o encara confusa, olhando dele para Rafa. — Do ódio ao amor. — Ela ri, tentando descer, mas sendo segura por Guilherme.

— Bia, cuidado. — Ele a segura pela cintura.

— Me solta! — Ela grita, puxando a mão e descendo dali.

— Então, estamos bem? — Guilherme pergunta para Rafa, que mantém os olhos atentos em Bianca totalmente alterada. — Rafa?

— Depois terminamos isso. — É a única coisa que ela diz, antes de descer e ir ver o que está acontecendo.

— Ela tava te procurando, acho que pra dançar. — Gabi comenta, assim que Rafa se aproxima das meninas.

— Eu comentei que ia conversar com eles. — Rafa respira fundo, vendo Bianca dançar com Felipe na sua frente.

As meninas dançam junto com ele, logo mais com Pyong e Lucas também. Os três conseguem se soltar perto delas, deixando um clima divertido pelo menos naquele momento. Felipe imita os movimentos de Bianca, arrancando risadas da mesma. Dos meninos, Guilherme era sim o mais próximo de si, mas Felipe a tratava com muita simpatia, sempre muito calmo e respeitoso com ela, coisa que não era com os outros. De alguma forma, Bianca acalmava o homem.

Um pouco afastada, Rafaella observa a cena deles dançando, já se sentindo enjoada pelo consumido de álcool. Seu organismo estava longe de se acostumar com esse tipo de consumo durante, praticamente, todos os dias.

— Manda teus passinhos aí. — Bianca pede pra Felipe, sendo abraça por Mari.

— A gente quer ver você dançando. — Mari ri, dando um beijo na bochecha de Bianca.

Felipe fica envergonhado, mas acaba cedendo. Guilherme e Pyong acompanham os passos dele, achando graça em seus movimentos. Bianca continua agarrada à Mari, incentivando os meninos com gritos altos. — Ai amiga, agora dança também. — Mari pede, rebolando com Gabi ao lado dela.

— Eu estou sempre dançando. — Bianca remexe o corpo, sentindo as mãos de Mari em sua cintura.

Flay aparece no meio deles entregando uma bebida pra Bianca. Ela bebe um pouco e logo a entrega pra Mari, ainda requebrando a cintura. De longe, Rafa conversa com Petrix, já se sentindo incomodada com a persistência do homem em si. Seus olhos uma hora ou outra vagam até Bianca, se certificando do estado estável da mulher.

— Vou ali pegar uma bebida. — Rafa se levanta, andando até o cooler, reparando que Gizelly guarda o mesmo. — Você se apossou realmente disso, ein.

— Você vai ter que fazer a brincadeira do lacre. — Gizelly comenta, entregando a latinha pra ela. — Sabe como é, não sabe? — Rafa concorda, achando graça na situação.

— A... B. — O lacre solta, fazendo Rafa se assustar. — O quê? Como assim?

— Destino. — Gizelly ri, empurrando a cintura dela.

— Você mexeu no trem, não mexeu? — Gizelly nega, ainda aos risos. — Gizelly...

— Oh, menina! — Gizelly grita, conquistando a atenção de Gabi. — Você não, a do Fit Dance. — Ela fala impaciente, se julgando burra o suficiente por não lembrar o nome de Bianca.

— Oi, Fit Dance, eu. — Bianca corre até elas, ajeitando o microfone enquanto joga o cabelo para trás.

— Aqui teu "R". — Gizelly, num ato impulsivo, empurra Bianca na direção de Rafa, fazendo os corpos delas se chocarem. — E você, o seu "B". — Ela pega a mão de Rafa, colocando por cima da de Bianca. — Casei vocês, pela latinha. — Gizelly joga o líquido da lata nas duas, causando uma crise estérica em ambas.

— Gizelly! — Rafa repreende, passando a mão pelo rosto úmido de cerveja.

— Caralho, Gizelly. Você me fodeu. — Bianca sacode a blusa molhada também de cerveja, observando a maquiagem toda borrada de Rafa. — Ei, você. Precisa usar Boca Rosa Beauty, ela é aprova d'água e cerveja. — Informa, passando a mão pelo rosto dela, tentando a ajudar.

— Perfeitas! — Gizelly joga a latinha no rosto de Rafa, recebendo o olhar apavorado das duas.

— Você tá maluca?! — Bianca pega no pulso de Gizelly com força, a empurrando para longe. — Machucou? — Bianca pergunta pra Rafa, que mantém as mãos no rosto.

—  Só tá ardendo. — Rafa nega a atitude de Gizelly, não querendo se estressar com a mulher que se encontra num estado visivelmente alcoolizado.

— Ela é louca! Isso não dá expulsão?! — Bianca tenta ir atrás de Gizelly, mas Rafa a segura pelo braço, interrompendo seus passos.

— Não, Bia. Deixa pra lá, eu tô bem. — Ela encara os olhos negros de Bianca, sentindo sua fisionomia mudar num estalar de dedos.

— Me solta, Rafa. Ela não vai te bater assim e ficar sem me ouvir. — Bianca gira o braço num movimento inútil, deixando evidente a sua indignação com os atos de Gizelly.

— Bia, você que vai acabar sendo expulsa. Eu já disse que estou bem. — Rafa tenta manter a calma, mas Bianca parece inconformada.

O interior da mais alta se revira ao imaginar Bianca querendo ferir Gizelly. Não saberia o que fazer se ambas fossem expulsas, ainda mais sem terem consciência de seus atos. Todos os seus posicionamentos contra a insistência de sair do programa de Bianca seriam jogados pelo ralo. 

Rafa respira fundo, sentindo Bianca girar o braço pela milésima vez. 

— Sai, Rafa. Me solta! — Bianca grita eufórica.

Manu se aproxima delas, vendo o jeito agressivo de Bianca, sem entender nada. Seus olhos encaram ambas com temor, já imaginando o pior vindo de Bianca.

— Eu tô bem. — Rafa fala pausadamente, irritada pela insistência da mais baixa. — Tá tudo bem. — Ela segura o rosto de Bianca, a encarando fixamente nos olhos.

— Tá? — Bianca abaixa o tom, voltando a passar a mão pelo rosto de Rafa. — Ela não pode fazer isso, não com você.

— Ela tá bêbada, Bia. Depois a gente conversa com ela e você diz que não gostou, tá bom? — A satisfação por conseguir controlar a situação habita no interior de Rafa, nem se dando conta da aproximação de Bianca.

— Mas você tá bem? — Bianca pergunta novamente, procurando algum sinal de ferimento pelo rosto à sua frente.

— Uhum. — Rafa murmura, sendo pega de surpresa ao sentir Bianca beijar o canto da sua boca. A mulher fica estática, observando Bianca sorrir e a abraçar.

O peito de Rafa evidência a alteração dos batimentos cardíacos, se comportam de um jeito totalmente frenético. Os braços de Bianca envolvem as costas da mulher, a apertando com força. Rafa ainda se mantém surpresa, mas consegue corresponder ao ato. Elas enceram o longo abraço, ainda com os corpos bem próximos. Rafa se sente acanhada com a situação, criando uma certa distância e aproveitando para pegar uma bebida, já que derramaram a sua em si mesmo.

— Ela fez aquele jogo contigo? — Bianca pergunta assim que Rafa joga o lacre da lata no chão.

— Sim, ela fez, antes de surtar do nada. — Rafa tenta abrir a garrafa. Bianca ao ver a incapacidade dela, resolve a ajudar, pegando a garrafa para abrir, de um jeito totalmente inusitado: com o seu braço. — Ah eu vi isso em um vídeo seu! — Rafa ri achando graça no movimento, pegando a bebida de volta.

— Então você vê meus vídeos? — Bianca pergunta se aproximando dela, com seu olhar astucio.

— Bia... — Rafa a repreende com uma certa vergonha, empurrando o corpo dela com cuidado para longe do seu.

— Tá bom. — Bianca ri, se abaixando para pegar uma bebida também. — Qual letra saiu?

— E isso importa? A sua foi "G". — Ela desvia o olhar, focando no pessoal dançando de frente para o espelho.

— Não me lembra! Se não eu vou atrás dela. — Bianca procura por Gizelly, não a encontrando no seu campo de visão.

— Ela entrou com a Gabi, acho que tava passando mal. — Rafa dá de ombros, desviando do olhar de Petrix sobre si, lá da multidão. Algo a faz retrair os ombros e passar as mãos pelos próprios braços.

Ainda lá da multidão, Mari grita e chama por Bianca, que fica confusa sobre onde ficar. — Tudo bem você ir, Bia. Vai dançar. — Rafa decide por ela, percebendo sua indecisão.

— Você vai ficar bem? E se alguém tentar te machucar de novo?

— Tô bem. Pode ir lá, qualquer coisa eu te grito e você vem me socorrer. — Rafa a incentiva.

— Tá, eu salvo você. — Rafa ri, negando com a cabeça. Bianca a puxa pela cintura, dando um beijo em seu pescoço e saindo correndo para ir dançar.

Bianca do céu. — Ela pensa com seu espírito inquieto, sentindo ferver a alma.

Rafa suspira e tenta ocupar a sua mente conturbada. Ao vagar seu olhar pelo local, acaba encontrando Thelma dançando distante do pessoal, perto da piscina. Num movimento rápido, Rafa dá meia volta e caminha em passos apressados até Thelma, fazendo companhia para a mesma. Nessa altura, nem se lembrara mais de estar com a roupa toda molhada, muito menos de ter sido agredida com uma lata possivelmente cortante. Sua mente focara nos atos de Bianca, em como seu corpo reage a eles sem que permitisse... Seria a sua própria ruína.

— Você só pode tá de brincadeira comigo. — Marcela diz ao ver Bianca conseguir beber duas garrafas inteiras em menos de um minuto. — Isso vai te matar, garota! — Ela ri, empurrando o ombro dela.

— Mata nada! — É a única coisa que Bianca diz, antes de correr aos risos até Flay, remexendo o corpo no mesmo ritmo.

— Isso aí vira uma máquina alcoólatra, Mah. — Guilherme se aproxima de Marcela, admirando a dança atrativa exposta à sua frente.

Tudo ali parece contribuir para o corpo energético de Bianca. Nem se lembrara de estar confinada dentro de um programa, para si só existia aquilo ali: a dança com as pessoas mais loucas da sua vida.

— Você não vem sarrar em mim, visse? — Flay dá alguns passos para frente, desencostando seu corpo de Bianca.

— Não, Flay. — Bianca se reaproxima, virando-se de costas e rebolando. Flay faz o mesmo, rindo do reflexo das duas no vidro espelhado.

O suor encharcando a pele dela a deixa calorenta, parando seus movimentos para se abanar com as próprias mãos. Bianca arruma seu microfone, sentindo Mari chegar por trás, dançando. Flay se une pela frente de Bianca, movimentando seu corpo no mesmo balanço.

Petrix, que antes estava observando as meninas dançar, começa a procurar por Rafa, a julgando por estar sozinha com Thelma. Pensara que seria difícil a fazer deixar a mulher e ir com ele para o quarto do líder, mas seu ego o faz confiar fielmente no álcool e o julgar um dos seus aliados, já que a mulher parece beber desde cedo.

— Posso? — Petrix pergunta, se aproximando delas. Ninguém vai contra, o deixando dançar ali perto.

O homem investe inúmeras vezes em Rafa, tentando dançar colado a ela, mas Rafa desvia em todas, sentindo um enorme desconforto. Thelma também percebe a insistência do homem, resolvendo puxar Rafa para dançar colada consigo.

— Obrigada. — Rafa sussurra assim que Thelma a abraça, balançando seus corpos ao som de um sertanejo lento.

Já se dando por vencido, Petrix se distância, com o semblante alvoroçado. Ele caminha com passos pesados até o quarto do líder, para a felicidade e tranquilidade de Rafaella.

— Por Deus, esse cara não tem noção. —Thelma solta Rafa, passando a mão pelo braço dela em um ato de carinho. — Ele te incomodou?

— Não muito. Eu meio que tô acostumada, só não esperava isso dele. — Rafa confessa com o olhar baixo.

— Você precisa conversar com ele sobre isso, claro, se você quiser. — Thelma sorri gentilmente para ela, que retribui o ato.

Ao longe, Rafa vê Bianca se soltar dos braços de Mari e Guilherme, vindo correndo em sua direção.

— Sertanejo... — Bianca fala sem fôlego, apressada. — Você gosta, vem. — Ela fala e puxa Rafa para onde o pessoal dança em dupla, fazendo dela o seu par.

As duas dançam de uma forma um tanto harmônica, apesar da diferença gritante de ânimo entre elas. Mesmo com sua habilidade para a dança, Bianca se deixa conduzir por Rafa, que consegue o fazer com a maior facilidade. A sensação indecifrável que percorre o corpo de ambas reflete num enorme sorriso no rosto. Rafa se afasta um pouco de Bianca, na intenção de a fazer rodar em um passo de dança. Bianca quase cai aos risos, mas consegue se segurar na mulher mais alta a tempo.

O estilo de música continua, já que o pessoal parece gostar. — Não vai saber o que fazer... — Bianca ri enquanto canta olhando para Rafa, a fazendo rodar em seguida. A mulher faz o movimento com a maior naturalidade, deixando Bianca orgulhosa.

— O que você sabe de funk, eu sei disso. — Rafa informa, apoiando as mãos em volta do pescoço de Bianca, a trazendo mais para perto.

— Você me ensina a dançar sertanejo e eu te ensino funk. — Bianca fala com a voz rouca, tentando se concentrar nos passos da dança.

Por mais fácil que o movimento seja, para Bianca no momento parece a coisa mais difícil. Sua mente se perde ao sentir Rafaella tão próxima de si, a envolvendo de uma forma tão dócil. O cheirinho ameno que os fios castanhos transmitem mexe diretamente com a imaginação e estado de Bianca. O sorriso não se desfaz nem por um segundo dos seus lábios, apertando com zelo o corpo de Rafa e sentindo o seu esquentar a cada movimento alheio.

— Ei, dança essa comigo? — Guilherme se aproxima delas, as fazendo parar e o encarar. — Posso?

— Claro. Por que não poderia? — Rafa responde forçando um sorriso, soltando a mão de Bianca.

— Não, Rafa... — Bianca sente as mãos de Guilherme a puxar, enquanto fica inconformada por Rafa ter a soltado.

— Tá tudo bem, eu deixo você me guiar. — Ele ri, ignorando o semblante tristonho de Bianca.

— Só essa, depois eu volto lá. — Bianca fala tentando dançar com o homem.

Rafa respira fundo, não admitindo para si mesma se incomodar com tal situação. Por sorte, Gabi a chama para dançar com ela, uma dança mais solta. Rafa agradece mentalmente, pois a dança a faz ignorar qualquer pensamento hostil momentâneo. Gabriela comenta sobre como Guilherme parece ser uma pessoa bacana e gentil, fazendo Rafa se revirar por dentro.

Gabi não iria a ajudar, não com esse assunto. Mas Rafa leva tudo numa boa, aconselhando Gabi a seguir o extinto dela.

— Você acha que ele pode gostar de você também? — Rafa questiona, observando Gabi olhar para o homem dançando com Bianca.

— Ele nunca olhou direito pra mim, vive atrás da Bia... — Confessa, dando um gole na sua bebida.

— Mas eles são só amigos. — Rafa ri.

Nem mesmo ela acreditava nisso.

— Você acha? — Gabi pergunta inocente.

— Uhum. — Rafa contém o riso, não querendo magoar os sentimentos de Gabi.

— Mas olha só aquilo. Como que eu vou competir com ela? — Gabi lamenta, observando o físico de Bianca.

— Né. — Rafa murmura sem pensar, recebendo um olhar confuso da mais baixa. — Não tem como competir, é claro. Até eu ficaria insegura. — Ela tenta contornar a situação, ainda observando Bianca.

— Ah sim, mas você é alta. Pessoas altas são mais atraentes. — Gabi aperta a bochecha de Rafa, a fazendo rir.

— Por isso você gosta dele, não é? — As duas riem.

— Talvez. — Gabi fala sem jeito, observando Bianca se aproximar delas.

— Ei, Bia. Eu acho que já vou dormir. — Rafa informa assim que a mulher para ali perto.

— Já? — Bianca lamenta, olhando de Rafa para a Gabi.

— Já. Amanhã tem festa.

— Verdade! Olha... — Bianca arrota, recebendo uma careta de nojo das duas. Ela ignora. — Eu vou ali buscar a Mari e a Flay, você me espera? — Ela pede, segurando o braço de Rafa.

— Cê quer ajuda? Eu te ajudo com elas. — Bianca aceita a ajuda, andando até as meninas com Rafa ao seu lado.

Elas como sempre se negam a ir dormir, mas pela insistência acabam indo sem reclamar.

— Miga, você vai dormir com ela de novo? — Mari pergunta pra Bianca, se apoiando no ombro dela para conseguir andar com mais firmeza.

— Não sei, ela vai dormir com o Petrix. — Bianca ri, atravessando a sala com Mari.

— Aqui no quarto céu? — Mari pergunta abismada, abrindo a porta do quarto.

— Não sei! — Bianca a ajuda a tirar a roupa. — A Flay... ajuda ela. — Ela comenta com a Rafa, que respira fundo já imaginando o sufoco que enfrentaria.

Por sorte, Flay é bem passiva com Rafa, não indo contra nenhum dos movimentos dela, até a ajudando de certa forma. Ela por fim se deita na cama de Bianca, na intenção de dormir com Mari. A mesma também já se encontra deitada e vestida num pijama preto.

— Bia, você vai dormir no chão? — Rafa comenta ao vê-la estirar a coberta no chão.

— Sai, vai pro outro quarto. — Bianca tira o salto, se ajoelhando para ajeitar melhor a coberta.

— O quê? — Rafa ri, a encarando confusa.

— Amanhã é a festa dele, que é praticamente a sua. — Bianca fala com escárnio, jogando o cabelo para trás e o enrolando.

— Ah sim, a festa. É totalmente dele, só dei algumas sugestões. — Rafa se senta na cama, ajeitando o travesseiro e a coberta.

— Rafa, você é esquisita. — Bianca se levanta, voltando a mexer no cabelo. — Eu vendo maquiagem, você quer comprar? — Bianca fala calmamente, observando a mulher à sua frente retirar a maquiagem.

— Bia, você é hilária. — Rafa dá uma risada, logo se contendo ao lembrar que há pessoas dormindo no local. — E sim, eu compro quando sair, pode deixar.

— Tá bom. — Seu semblante esbanja um sorriso alegre, contagiando Rafa.

— Você vai mesmo ficar no chão? Não tem problema você dormir aqui de novo, eu não me importo. — Rafa diz ao terminar de retirar a maquiagem, incomodada com a cena de Bianca deitada no chão.

— E o Petrix?

— Bianca, você deveria ter vergonha na sua cara. — Ela a repreende. — Deita logo aqui, anda. Antes que eu mude de ideia. — Rafa fala impaciente, não querendo mais tocar no nome do líder.

Bianca ri, praticamente se jogando na cama. Ela se mantém rindo baixo, sem nem saber o porquê. As luzes se apagam, e para a felicidade de Rafa, Bianca se contém, ficando em silêncio. — Bia? — Rafa até estranha o comportamento dela, imaginando algo de errado com a mesma.

— Shh... — Ela faz sinal de silêncio com o indicador, o elevando até a boca de Rafa. — Tem gente dormindo. — Sussurra, encarando o rosto calmo de Rafa com toda a sua atenção. 

— Bia, você tá bem? Não tá enjoada, ou algo assim? — Rafa pergunta, passando a mão pelo pescoço dela, testando sua temperatura corporal.

— Não, eu tô bem. — Bianca continua encarando Rafa, estendendo sua mão até o cabelo dela, escorregando-a até o queixo. — Até no escuro você é linda. — A voz serena de Bianca ecoa pela mente extensa de Rafa, a deixando sem reação, sem respiração por segundos.

Sem conseguir controlar absolutamente nada, Rafa sente seu corpo responder de imediato, entrando num colapso nervoso. Mentalmente ela suplica para Bianca se afastar, mas nada consegue a fazer transmitir tal desejo. — Você tá bem? — Ela pergunta, sentindo a respiração descompensada da mais alta. — Rafa?

— Sim, tá tudo bem. — Rafa dá um sorriso de canto, se ajeitando na cama.

Bianca, que está de lado, resolve deitar de costas para ela, tendo a audácia de pegar as mãos de Rafa para si, as deixando sobre sua barriga. Mesmo não aprovando o seu ato, Rafaella não o desfaz, chegando até a vira-se para as costas de Bianca, formando assim uma espécie de concha.

A pele suave da palma da mão de Bianca contra a de Rafa causa uma sensação prazerosa, assim como o encaixa dos corpos cria um clima confortável. Sem ser percebido, a dependência da presença de um corpo sobre o outro se faz cada vez mais presente em ambas, seja fisicamente ou emocionalmente.

Na cama, Bianca alinha seu corpo, aproximando-se mais de Rafa, apertando as mãos dela com mais segurança. Não a deixaria sair. A respiração já contida de Rafa assopra contra a pele quente da nuca de Bianca, arrepiando até a alma alheia. Nesse ambiente sereno, elas se permitem adormecer. — Eu tirei a letra "B". — Rafa sussurra antes de adormecer de vez, nem querendo constatar se Bianca a ouviu.


Notas Finais


Espero de verdade que cês tenham gostado audhuahduah E que também consigam entender o quão esses momentos são cruciais pra elas!!

Obrigadaaa pelo enorme apoio que cês tão dando pra fic. Eu fico lisonjeada com tato afeto, carinho... Cês são a Rafa da minha Bia, real KKKKK Amo vocês.

É isso, guys. Hasta pronto!
XoXo :*
RABIA VIVE


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