História A Different Love - You want to be my valentine?

Grace Pov’s

O corpo de Dianna já tinha sido achado, e a policia suspeitava de bala perdida, o que realmente não tinha sentido, já que foi um tiro certeiro no coração. O enterro seria nessa manhã, mas eu resolvi não ir, porque eu não sinto muito pela morte dela e na real eu não sinto nada por isso, apenas ódio.

Eu contei para o Justin o que eu faria, e ele apenas disse que é uma escolha arriscada minha. E realmente é, mas quem liga?

Eu precisava aprender tudo o que o Richard sabe, incluindo atirar, matar friamente, lutar entre outras coisas. Eu jamais virarei uma assassina, eu sempre tive nojo dessa espécie, eu apenas vou ficar preparada para um confronto de frente com ele, e para isso eu preciso saber me defender.

Brian, um dos melhores amigos do Paulo e que também era um dos principais agentes do F.B.I, é a pessoa mais indicada para isso. Ele tem 29 anos, bem mais novo que o Paulo e eu tenho que confessar que ele é maravilhoso. O ruim nele é que ele faz do tipo certinho, então se eu chegasse e falasse o real motivo pelo o qual eu quero aprender isso tudo, ele no mínimo mandaria me prender.

Despertei-me dos meus pensamentos e fui tomar um banho quente, que durou em cerca de 40 minutos e fui me arrumar.

Botei uma calça skinny vermelha, um moletom fofinho e um coturno com salto preto, fiz uma maquiagem leve e estava pronta.

Entrei no meu carro e comecei a dirigir em direção a sede do F.B.I na Califórnia, que ficava um pouco distante da minha casa. Isso explicava o fato do Paulo acordar todo dia as 4h da manhã para ir para o trabalho.

Depois de cerca de 1h de viagem, eu cheguei á sede, estacionei o meu carro no estacionamento e fui em direção a entrada. Eu já era conhecida por ali por eu ter vindo algumas vezes aqui com o Paulo, então não foi necessário minha identificação para eu poder entrar.

- Grace? O que faz aqui? – perguntou Olivia, a secretária.

- O Brian está? – fui direta.

- Só um minuto. – ela disse pegando o telefone, provavelmente para perguntar se a minha entrada era autorizada. – Ele disse que a senhorita pode entrar, sala 201, segundo andar. – sorriu simpática.

Assenti com a cabeça e entrei no elevador.

Eu nunca gostei dessa Olivia, ela já teve um caso com o Paulo, uma semana depois da morte da mamãe e isso quando eu era criança, me fez ter um ódio sem igual dela.

Sai do elevador assim que apitou que eu tinha chegado ao segundo andar, e fui em direção a sala 201. Entrei na mesma sem bater, já que ele estava a minha espera, e o encontrei relaxado na cadeira, bebericando um café.

- Vejo que cresceu, pequena Grace. – ele disse deixando o café na mesa e me encarando com malicia.

- Digamos que sim. – respondi me sentando na cadeira em sua frente.

- O que te trás aqui? – perguntou.

- Vou ser direta. – comecei falando.

- Por favor. – me incentivou a continuar.

- Me meti em problemas, e estou sendo perseguida. – pausei. Preciso aprender a me defender, saber atirar, lutar e eu sei que não tem ninguém melhor do que você para me ensinar. – completei dando um sorriso malicioso.

- Posso saber em que problemas você se meteu? – perguntou interessado.

- Coisas pessoais. – respondi.

- Eu até posso te ajudar, se isso não envolver nada ilegal. – disse desconfiado.

- E não é. – menti. – E sobre as armas, eu sei que eu possuo porte, por meu pai ter sido um dos melhores agente daqui e por eu ter 21 anos. – sorri vitoriosa.

- Sim, de fato. – pausou. – Eu irei te ensinar tudo o que eu sei, esteja aqui toda manhã, amanhã começaremos.

Sorri em agradecimento e fui até ele dando um beijo em sua bochecha e quando eu ia me virar para ir embora, ele me puxou, me fazendo cair sem jeito em seu colo, com as nossas bocas bem próximas.

Ele puxou a minha nuca e grudou nossos lábios, em um maravilhoso beijo. Ele era lindo, e tinha uma ótima pegada, mas em todo beijo eu pensei somente no Justin, o que foi estranho para caralho.

Ele separou os nossos lábios com um breve selinho e sussurrou no meu ouvido.

- Me agradeça assim. – e deu um sorriso maravilhoso.

Sai do seu colo e fui em direção a porta sem falar nada.

O caminho todo para a minha casa eu fiquei pensando no que acabou de acontecer. Eu estou realmente gostando do Justin, porque se não era bem capaz de eu ter transado com o Brian ali mesmo, porque porra, que homem é aquele. Mas não, eu pensei no Justin a todo o momento, pensei em que eu queria os lábios dele e não os do Brian.

Meu celular vibrou dentro do meu bolso, peguei o mesmo para ler a mensagem.

De: Justin.

‘’ Preciso conversar com você, posso passar ai de noite?’’

Respondi logo depois.

‘’Sim, beijos’’

Cheguei em casa, tirei os sapatos e fiquei com a mesma roupa mesmo, já que estava bem friozinho e fui para a cozinha comer alguma coisa.

Peguei um pedaço de bolo que eu tinha feito esses dias e comecei a comer o mesmo, comi um pedaço inteiro e quando eu ia para o segundo, senti uma náusea terrível que me fez largar o prato e correr para o banheiro, botando tudo o que eu tinha acabado de ingerir para fora.

- Mas que porra. – resmunguei dando descarga.

Sai do banheiro e sentei no sofá, fiquei vendo New Girl até a hora do Justin chegar. Não tranquei a porta, então ele entrou sem bater, me dando um belo susto, fazendo o mesmo gargalhar.

- Não te ensinaram a bater na porta não? – eu disse tacando uma almofada no mesmo.

- Não te ensinaram a trancar a porta não? – repetiu a minha pergunta.

Não respondi, apenas dei o dedo do meio para o mesmo.

- O que tu quer conversar comigo? – perguntei assim que ele sentou ao meu lado.

- Promete não me interromper? – assenti com a cabeça. – Então, como você sabe eu não sou de namorar, ou muito menos de me declarar para uma garota. Eu já namorei uma garota lá no Canadá, ela se chamava Caitlin, nós éramos de mundos diferentes, mas mesmo assim nós nos amávamos. Ela morreu por uma doença e eu prometi para mim mesmo nunca mais amar ninguém, e me tornei isso que eu sou hoje, um cara frio, porque o amor é uma fraqueza Grace. Mesmo depois de dois anos que isso aconteceu, eu sempre tive medo de me apaixonar novamente, de sofrer novamente, então eu sempre tive um bloqueio interno, para mim mulher servia apenas para sexo, até você aparecer. Você com esse seu jeito parecido com o meu, fez voltar um lado meu que nem eu mesmo lembrava que ainda existia. Com você eu tento ser melhor, tento ser menos impulsivo, tento pensar antes de falar, eu tento ser o melhor para você. – pausou. – Grace, hoje eu ia comer a Jess, e na hora do sexo eu só conseguia pensar em você. Eu só conseguia pensar no seu corpo, nos seus lábios, eu queria você me beijando, me chupando, eu queria o seu corpo no lugar do dela. E acredita? Eu broxei pela primeira vez na vida, e isso me fez enxergar que eu to gostando para caralho de você Grace. – tirou uma caixinha preta de dentro do bolso e porra, eu não tava acreditando nisso que estava acontecendo. – Eu ainda não to acreditando em que eu Justin Bieber vou te perguntar isso mas Grace, você aceita namorar comigo?