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História A epopeia de duas virgindades perdidas - Primeiras tentativas


Escrita por: bleedingrainbow

Notas do Autor


Oi, pessoal!!

Notas importantes:
- o conteúdo dessa fic tem muitos elementos bem sexualmente explícitos entre dois adolescentes (17 anos), e eu não sei se isso não vai acabar em ban, mas enfim. O importante é que a ideia não é sexualização, e sim lidar com os detalhes e as experiências que envolvem dois garotos se descobrindo, descobrindo sensações, impressões, desejo, vontades e limites; e, mais ainda, um ao outro.
- a fic é bem cômica, descontraída. Não vai ser hilário nem nada, mas é pra ser bagunçado, debochado e até engraçadinho no sentido de fofo
- shortfic, provavelmente três capítulos.
- eles são quirkless, é de AU (@kamishinseroAU)

Capítulo 1 - Primeiras tentativas


Toda vez que perguntavam para Eijirou como ele tinha trincado o nariz, ele quase tinha um ataque de riso antes de conseguir falar a história que eles combinaram. Se Katsuki estivesse ao seu lado, então, e ele visse a expressão de raiva e vergonha no rosto dele, era 100% certeiro que ele riria até perder o fôlego. O pior é que no começo rir ainda doía um bocado.

A história até aquela ocasião era longa, e, curiosamente, começava no primeiro beijo de Eijirou e Katsuki.

O beijo havia sido há quase três meses, e a intimidade entre os dois crescia todos os dias. Eijirou, naturalmente afetuoso, sentia-se cada vez mais confortável para abraçar Katsuki ou pegar na sua mão e adorava enchê-lo de beijos só porque podia - mesmo que Katsuki rosnasse. Amava poder tocá-lo assim livremente e senti-lo corresponder. Katsuki era menos efusivo mas sempre estava encostando nele quando podia; cada vez que sentia um dedo dele enganchando nos seus debaixo da mesa do laboratório ou da biblioteca ou quando sua perna cruzava com a sua, pés lado a lado, Eijirou sentia faltar seu ar. Como se realmente fosse um crush e não com quem ele já saía e quem ele beijava todos os dias.

Esse aspecto doce e singelo da afeição deles era a parte boa. A ruim era que essa situação de toque cada vez mais livre também era fonte de um enorme problema: era combustível para o tesão incendiário que Eijirou sentia por Katsuki. Era assustador até pra ele mesmo e estava se tornando um contratempo de verdade. Se quando estavam ao ar livre, mesmo sem plateia, Katsuki era comedido, quando ficavam a sós no quarto dele ele estava cada vez mais incisivo - e Eijirou já não sabia mais o que fazer.

Desde o comecinho - desde antes de ficarem, mais esporadicamente, mas rotineiramente desde tão cedo quanto o segundo beijo - Katsuki já era a razão das ereções de Eijirou. A visão de Katsuki já era de tirar o fôlego e já o desconcertava, já podia deixá-lo pegando fogo, mas o toque... poder encostar naquele corpo e senti-lo contra si era demais para um adolescente de sangue quente que nem ele. 

Ele adorava beijá-lo, queria fazer aquilo por horas, só senti-lo, mas quando estavam sozinhos, em especial no seu quarto, aquilo se tornava um suplício. Bastava que Katsuki deslizasse as mãos por seu tronco ou deitasse sobre seu corpo para que ele ficasse duro feito pedra. Então ele virava Katsuki na cama, puxava os quadris para longe dele e sorrindo como se nada tivesse acontecido dizia que ia na cozinha beber água ou fazer uma pipoca, perguntava se ele queria ver um filme, jogar videogame ou ler os novos gibis que ele tinha comprado.

Às vezes o cheiro de Katsuki ficava em seu travesseiro. Ele o abraçava sorrindo, o coração acelerado, mas logo seu corpo idiota estava fazendo uma cabana nos seus shorts de pijama. Eijirou tinha dobrado, quase triplicado a rotina de punheta cotidiana para não passar mais vergonha e não ser sempre o tarado perto de Katsuki. Não era um animal e estava firme na meta de ser um bom companheiro e esperar quando Katsuki desse as dicas e a indicar que queria ir adiante.

O que Eijirou não via, porque estava muito ocupado se policiando, era que Katsuki já estava dando aquelas dicas há pelo menos um mês.

Não que aquele cuidado de Eijirou não tivesse sido muito importante no começo pra Katsuki, porque era a adaptação e ele precisava se garantir de que se sentia mesmo atraído e que era aquilo que ele queria. Mas Eijirou nunca ia adiante, nunca nem tentava usar mão boba - e, assim, Katsuki também não o fez. Eijirou era um tradicional romântico e bom menino, era normal que não quisesse ficar de safadezas. Mas quando cada tentativa sua de descer um pouquinho a mão ou mover um pouquinho o beijo fazia Eijirou interromper tudo, ele começou a ficar incomodado de verdade.

Do que Eijirou estava fugindo?

Estava esperando? Esperando o quê? Katsuki começou a cogitar se teria que fazer um pedido de namoro formal ou alguma bobagem daquelas, mas ficou paranoico com elementos idiotas: eles já eram namorados de fato, não eram? Que porra. Além disso, ia ser muito covarde da parte dele fazer um processo tosco que ele não achava necessário só para que eles possam transar.

Era isso, então. Queria transar com Eijirou.

Só que o que isso sequer queria dizer? Eles eram dois homens. Alguém teria que dar para alguém, era isso? Era esse o problema para Eijirou?

Compreensível. A ideia era horrível. Tudo naquilo era sujo, doloroso, humilhante, degradante. Não tinha a menor condição de ele se submeter àquilo, e honestamente também não queria fazer isso com Eijirou. 

Naquele terceiro mês, contudo, odiava o fato de que ainda estava cogitando.

Em mais uma tarde em que acabaram no quarto de Eijirou, Katsuki perdeu a pouca paciência que tinha. Não iria forçá-lo, óbvio, mas iria deixar bem claro o que ele queria. Pressionou os dois pulsos de Eijirou contra a cama e prendeu seu corpo entre seus joelhos. 

Eijirou ganiu feito um filhote de cachorro quando Katsuki beijou e mordeu seu pescoço. Era absurdo como Katsuki era másculo. Olhou para o teto tentando pensar em alguma coisa ruim, como a prova de química de sexta, pra ver se conseguia resistir decentemente, sem sucesso. 

"-Suki..." Ele implorou com um fio de voz.

"Qual é, porra...? Você não quer?"

Ah, ele queria. Se tinha uma coisa que Eijirou queria, era isso.

"Q-querer?"

"Não quer que eu encoste em você?" Katsuki soltou uma mão de Eijirou para botá-la sobre a virilha dele, sentindo-o rijo contra sua palma. Segurou-o e não conteve o sorriso de lado quando fê-lo se contorcer e rolar os olhos. Eijirou agarrou o pulso dele.

"Para! Eu não-"

Katsuki parou e puxou a mão de volta, cruzando os braços.

"Tch. Que merda, Eijirou! Toda vez que você começa a me deixar na porra do clima você interrompe. Você tá com tanto medo assim de transar, caralho?"

Eijirou não conseguiu nem processar aquela pergunta direito.

"Quê?"

Katsuki ajoelhou e sentou sobre os calcanhares, entre as pernas de Eijirou.

"E a gente não precisa transar só porque você ficou de pau duro, porra."

"Transar? Como assim?"

"Que porra de "como assim", Eijirou? Dois homens transando, cacete. Um dando o cu para o outro. Quer que eu desenhe?"

Eijirou achou que fosse explodir, o rosto pegando fogo e o coração acelerado; estava afobado, confuso, excitado, envergonhado e assustado, tudo ao mesmo tempo. Puxou o corpo e se sentou à frente de Katsuki.

"A gente não precisa fazer isso, né? Tipo ir até o final. É que eu, porra, você mexe demais comigo, Katsuki. Eu não queria ser esse pervertido sempre, mas toda vez que você encosta em mim eu fico desse jeito..."

Envergonhado, ele abaixou as pernas e deixou mostrar o seu estado sob os shorts. Katsuki bufou.

"Tch. Senta na beirada da cama."

"Por quê?" 

"Anda, porra!"

Eijirou obedeceu, e Katsuki sentou-se atrás dele, abaixando os shorts dele e metendo a mão pra dentro.

Caralho. Eijirou era enorme. Já o tinha visto sem roupa, mas não duro daquele jeito - e ali quando o segurava apenas ponta do seu dedo médio tocava seu polegar. Não. Nop. Na-na-nah. Nem pensar. Aquilo não ia caber nele nem em mil anos. Iam ter que pensar em alguma outra coisa.

Estava ele conjecturando mil cogitações enquanto acariciava Eijirou, enquanto este só estava pensando naquele conceito clichê de que tinha certeza que se morresse ali morreria feliz. Nos braços de Katsuki, com a mão dele- caralho, a mão dele lhe batendo uma punheta, cada vez mais rápido. Olhar para aquilo, sentir a mão linda e firme dele, inspirar o cheiro de Katsuki, aquele que ficava no seu travesseiro às vezes e ele batia uma sentindo - ali, real, intenso, o abraço quente atrás de si, a respiração pesada dele...

Gozou em menos de um minuto, com tanta força que jogou a cabeça pra trás, em espasmos.

"Você ainda tá duro." Katsuki riu em escárnio, saindo de detrás dele, limpando a mão no lenço do criado-mudo. 

Arfando, Eijirou virou-se para Katsuki rindo de êxtase.

"Caralho, Katsuki, isso foi maravilhoso. Nem perto de-" ele riu de novo, "de quando eu fazia pensando em você."

"Pervertido da porra."

"Você nunca fez isso- nunca bateu uma pensando em mim?"

"Claro que não, imbecil! Isso é coisa de depravado que nem você.", Katsuki rugiu, corando, de um jeito que Eijirou sabia que queria dizer 'sim'. 

Eijirou era feito de felicidade e tesão naquele momento.

Quando o loiro virou, Eijirou estava sobre ele, beijando seu pescoço, a mão na sua virilha.

"Tira a camiseta, Katsuki..."

Katsuki o fez.

"Agora você tira a sua", rosnou logo que deixou a camiseta de lado, e Eijirou se livrou da peça em um par de segundos. 

Logo estavam os dois sem roupa em sua cama com Eijirou sobre ele e Katsuki estava rígido em todos os sentidos. Não só como excitação, mas porque virou uma pedra de tensão debaixo do corpo de Eijirou; pernas trancadas juntas e mãos agarrando o lençol para não se deixar virar. Se este tentasse erguer suas pernas, virá-lo de costas ou qualquer gracinha do tipo Katsuki estava realmente disposto a dar uma surra nele.

Claro que até Eijirou iria perceber aquilo.

"Relaxa, Katsuki..." sussurrou ao seu ouvido.

"Se você tentar qualquer coisa engraçadinha de botar esse seu pinto onde não foi convidado-"

Eijirou riu e acariciou o cabelo dele.

"Qual é, quem você pensa que eu sou? Acha que eu vou tentar te forçar a alguma coisa?"

Agora que Eijirou falava isso em voz alta realmente parecia absurdo. Calado, expirou com força, soltando o corpo.

Eijirou começou a descer com os beijos e ao passar da clavícula para o peitoral que nunca havia tocado antes e honestamente achou que podia chorar. Podia explorar o corpo dele inteiro, aquele corpo másculo, forte, lindo, lindo em cada centímetro, ali para ele encher de beijos. Aquele abdome firme em que ele podia quebrar os dentes e logo abaixo...

Não era possível achar o pau de alguém bonito, mas o de Katsuki era. O desenho era tão bonito quanto o resto daquele corpo e ele choramingou quando o segurou em sua mão, sentindo-o pulsar e ouvindo Katsuki soltar um pequeno ganidinho como se não tivesse conseguido segurar.

"Posso tentar chupar você?"

"P-pode." Katsuki nem acreditou que tinha gaguejado.

Eijirou experimentou a textura na sua língua e a visão de Katsuki assim de baixo era incrível. O gosto, por algum razão tudo aquilo era incrível e excitante pra ele. Só que não parecia caber direito na sua boca. Ele tentou um pouco, a ponta, e se empolgou com o pequeno gemido que arrancou de Katsuki, tentando levar até o mais fundo que conseguisse, mas engasgou e teve reflexo de ânsia logo em seguida, olhos enchendo de lágrimas. Porra, era muito difícil!

O gemido seguinte de Katsuki não foi de prazer; o dentes de Eijirou pareciam serrinhas contra pele extremamente sensível. Na segunda vez, Katsuki puxou-o pelos cabelos.

"Os dentes, porra!"

"Ai, desculpa." Ele murmurou, saliva escorrendo até seu queixo.

"Deixa isso quieto e vem aqui."

"Mas eu quero aprender a chupar você!"

Katsuki deu uma risada.

"A gente vai aprender, seu idiota. Você vai ter todas as oportunidades."

Por alguma razão aquilo soou extremamente fofo para Eijirou, como juras de amor, e ele deixou Katsuki virá-lo na cama e deitar sobre ele, sempre um sorriso adorável. Ele então sentou sobre as coxas de Eijirou e segurou-os juntos, a ereção dos dois uma contra a outra. A mão de Eijirou ajudou-o e eles sorriram um para o outro para depois se beijarem.

Foi uma bagunça maravilhosa. Não conseguiam manter um ritmo nem segurar-se juntos direito e acabaram com as pernas entrelaçadas bem juntas, se movendo como podiam, quadril contra quadril. Acabaram por segurar a si mesmos quando estavam perto do orgasmo e bater uma punheta um sobre o outro.

E aquela era a melhor sensação até então. O toque dos corpos, tão perto, assistir o outro desesperado por alívio e depois rolando os olhos, o gemido que não se conseguia segurar. Sorriam um para o outro encantados e se beijaram, o bastante para ficarem excitados mais uma vez e começar de novo.

Depois daquela experiência, Katsuki e Eijirou viraram coelhos nas próximas semanas. Tinham ficado obcecados por aquilo como pré-adolescentes que acabaram de descobrir masturbação. Nem tentavam mais sair pra praia ou tomar um sorvete; iam da escola pra casa de Eijirou passar a tarde nessas mesmas experiências. 

Quando os pais de Eijirou voltaram para passar algumas semanas em casa para o fim do ano, foi um suplício. 

"Viajar?" Katsuki rosnou ao telefone, sentado na janela de seu quarto.

"Sim, eles vão ficar aqui para o Natal e no ano novo vamos todos viajar. O Tamaki tá aqui também! Eu tava com saudade dele!" Eijirou estava deitado na cama.

"Hm. Aproveita sua família então aí."

Eijirou rolou no colchão e agarrou o travesseiro, suspirando.

"Eu tô feliz que eles estão aqui, mas já tô com saudade de você, Suki..."

"Muita saudade?" 

"Muita. O que você tá fazendo?"

"Nada. Tava indo tomar banho."

Eijirou engasgou.

"Você tá sem roupa...?" 

Foi quando eles aprenderam sobre "sexo por telefone". Começaram a fazer aquilo de conversar um com o outro e falar enquanto se masturbavam, mas era um acerto a cada dez tentativas porque algum dos dois acabava caindo na risada com cada frase nova de bate papo estilo "engasgar com seu pauzão". Até o final do mês estavam se chamando de cadelinha e se xingando e morrendo de rir antes de realmente baterem uma punheta (não são de ferro afinal).

O final de ano foi assim, frequentemente, e graças a essas supostas dirty talking eles começaram a ficar confortáveis de verdade em sugerir coisas um para o outro, até se fosse com aquele tom de brinadeira. Katsuki desligava o telefone e tentava processar o que foi dito, tipo Eijirou falando que iria botá-lo de quatro e puxar o cabelo dele enquanto metia. Ao telefone ele xingou Eijirou pelo que comporia um parágrafo inteiro, até fazê-lo ficar sem ar de rir, mas ali na sua cama imaginando aquilo sua respiração estava bem pesada.

Ele queria tentar.

Para Katsuki era um inferno ter que ficar em casa, de modo geral. Seu acesso à internet era limitado e seu computador desktop fica na sala de casa com internet discada, ele começou a pesquisar mais sobre sexo anal até em lan houses e na biblioteca.

Pra limpar lá dentro você enfiava o chuveirinho no rabo, era isso mesmo? Chuveirinho. No rabo.

Vai pra porra com essa merda.

Logo outra informação dizia que não era bom fazer isso.

Com cada descoberta nova ele desistia de novo e voltava a pensar quando falava com Eijirou e o imaginava contra seu corpo daquele jeito.

Encontrou Eijirou alguns dias antes do Natal. Saíram para tomar sorvete. Não queria entrar naquele assunto mas se viu só olhando para aquele bobalhão sorrindo feito o raio de sol que ele era. Eijirou até corou. 

"Que foi?"

"Pensando no quanto você é idiota."

"Grosso! Isso lá é jeito de falar com seu namorado?"

"Você é minha putinha, eu falo com você do jeito que eu quiser." Katsuki soltou e Eijirou quase cuspiu o milkshake inteiro em si mesmo. Ele tinha certeza que um pouco tinha ido para o nariz. Nem Katsuki conseguiu não rir do que disse, e abaixou a cabeça apoiando a testa na mesa e rindo alto. E lá se viu Eijirou, meio babado de milkshake, rindo, com um tesão estranho remanescendo, mas, acima de tudo encantado por aquela risada tão gostosa e ácida. Katsuki ria tão fácil ultimamente, era tão lindo de ver.

Ele pegou na mochila um presente de natal para Katsuki e estava tão enternecido no sorriso dele que se embananou inteiro; entregou o pacote e disse "Feliz Natal, Suki, eu tô tão feliz que a gente tá junto, sério, eu amo você de um jeito-" e engasgou. Ficou roxo de vergonha de perceber que confessou, tentando consertar e apavorado de poder afastar Katsuki, quando o loiro só abaixou a cabeça, corando, e rosnou.

"Eu também."

"Huh?"

"Eu também, porra. Não vai me fazer falar."

Katsuki não acreditou que o idiota literalmente começou a chorar em plena sorveteria. Bufando ele mandou Eijirou parar de frescura e se levantou da mesa. Na verdade era dele mesmo que ele estava com raiva; de não ter feito um presente pra ele de volta. Eijirou o seguiu e foram a pé juntos para a casa do primeiro, onde Katsuki o deixou antes de ir para a sua.

Antes de ele viajar, então, foi até a casa dele de noite e quase arrumou coragem para chamá-lo para que descesse escondido.

Ficou com vergonha do seu presente ridículo e com medo que os pais e o irmão de Eijirou o descobrissem lá. Mandou uma mensagem para ele dizendo que tinha deixado uma coisa na caixa de correio.

Eram biscoitos de Natal que Katsuki mesmo fez e tinham quebrado quando o tonto tentou enfiar pelo espaço de cartas; mesmo que o deles fosse mais largo, ainda acabou esfarelando. 

Eijirou queria poder guardar aquilo pra sempre, mas infelizmente tinha que comer.

[20h43] Eu amei o presente! :') você é tão incrível!

[20h44] Feliz Natal, meu amor <3

Katsuki queria dar com a cabeça na parede por sentir o coração acelerar. 

[21h10] feliz natal, idiota

[21h11] vou sentir sua falta nas férias 

[21h11] VÊ SE TREINA NUMAS BANANAS PRA ME CHUPAR DIREITO NA VOLTA

A imediata defesa emocional de Katsuki fez Eijirou rir e rolar na cama comendo mais biscoitos. Ele era a pessoa mais apaixonada no mundo inteiro e o garoto que ele amava era um gato de rua bravo. Deletou as mensagens com dor no coração para mão correr o risco de seus pais verem por algum motivo agora que ele estaria perto deles.

No dia seguinte, foram viajar. Quando Eijirou estava fora, ele raramente teve possibilidade de fazer mais daquelas conversas. Ligações eram inviáveis e ele estava em um quarto de hotel com seu irmão. Estavam fora do país e tudo o que Eijirou pensava era em Katsuki. Katsuki iria adorar estar aqui. O que o Suki iria achar desse almoço? Queria estar com ele essa noite.

Queria que as aulas voltassem logo. Terceiro ano.

Katsuki tinha certeza que nesse período tinha se aprimorado. Era a pessoa com mais potássio naquela cidade de tanto comer banana tentando botá-la o mais fundo possível na garganta antes. Quando tentou com pepinos, mais grossos e perto de como era o pau de Eijirou, achou que tinha chegado no final completo da sua dignidade. Achou também que ia deslocar o maxilar.

Cogitou ainda se devia tentar algo a mais com o legume para ver se cabia e se doía e jogou-o pela janela antes de continuar o pensamento e sequer esboçar qualquer coisa. Alguém na rua certamente ficou confuso com um pepino voador atingindo a calçada.

Quando Eijirou iria voltar, porra?



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