História A Era dos Caminhantes - 7.1 Flashback

I...

Okay, vou começar, ainda estou vivo...

Parece que foi ontem que me despedi de meu pai, de minha mãe e de minha irmã, infelizmente pela última vez, agora fico com aquele peso na consciência, deixei minha família pra viajar quilômetros pra ir à uma convenção encontrar com pessoas que não conhecia pessoalmente. Eu não estava com minha família quando mais precisaram, talvez eu pudesse ter protegido eles e ainda estivessem vivos, talvez eu pudesse ter dado esperança e eles acreditassem que era possível sobreviver, talvez minha luta teria sido em vão e todos morreriam na minha frente.

Eu poderia dizer em minha defesa que não teria como eu saber que uma droga de apocalipse zumbi iria começar e milhões de pessoas morreriam e que a morte de minha família assim como de muitas pelo mundo seriam apenas questão de tempo... Mas eu poderia estar com eles, mesmo assim eu estava lutando, estava com meus amigos ajudando eles a se salvarem, sobrevivendo juntos diante dos vivos-mortos, dos grupos filhos da puta que encontramos até chegar onde estamos, sobrevivendo diante da fome e do fato de saber que é quase impossível que iremos encontrar nossas famílias, mas com a certeza de que nós formamos uma nova família, a família Walker, juntos sobrevivemos e lutamos, não perdemos a esperança de que ainda podemos ter um futuro, só basta tentar e não desistir, é uma nova era, a era dos caminhantes, e nós, os vivos, somos os caminhantes.

Agora vamos continuar na pequena cidade de Monte Alegre onde eu e meus amigos estávamos no que um dia foi uma fábrica de papelão e hoje é um refúgio de Sobreviventes como a gente. 

Os walkers estavam prontos pra seguir estrada e voltar pra Capital, Wesley se despedia dos amigos.

- Então vocês não vão ficar? - Perguntou Daniel

- Eu agradeço a oferta mas não. - Respondeu Wesley. - Como eu disse, tenho um grupo em São Paulo que precisa de mim e se eles quiserem vir, aí sim, viremos pra ficar.

- Então, boa sorte meu amigo.

- Obrigado Dani

Rafael chega e se junta com os dois.

- Desculpa o atraso, é que um amigo chegou ferido e tive que ajudar ele.

Daniel o olhou assustado

- Que tipo de ferimento?

- Nada demais, um machucado na perna, mas Maine já está cuidando disso... Aliás olha ela vindo aí.

- Trago noticias. - Disse a garota.

- Espero que sejam boas Maine. - Disse Rafael. - Já conhece Wesley?

Maine olha espantada para o Walker

- Meu Deus Wesley, você por aqui e vivo!

- Digo o mesmo Maine.- Devolveu Wesley. - Parece que cresceu mais desde a última vez que nos vimos.

- Haha, você também mas ainda sou muito mais alta.

- Mais alta que todos.- comentou Rafael

- Então se tornou a enfermeira do Apocalipse? - Perguntou Wesley

- Sim. - Falou Maine. - Meus anos de curso estão servindo pra salvar várias vidas.

- Que bom, espero que continue assim.

- Verdade. - Disse Daniel. - Perdi as contas de quantos Maine salvou aqui.

- Foi  bom te ver Maine e obrigado a vocês dois. - Disse Wesley se despedindo dos três. - Mas agora tenho que ir, a viajem é longa e perigosa. Boa sorte a todos.

Após a despedida, o líder dos Walkers entra no Munstang e Começa a dirigir.

II...

No CCD a batalha continuava do lado de fora entre o grupo recém chegado e os zumbis.

- Brito, fique com aquele três que eu pego os outros, Lia mate os que estão em cima dos corpos no portão, Kayo ajude ela.

Isabelle vai até Jonas com arma em mãos

- Quem são esses que apareceram?

- Não sabemos.

- podem ser mais Traficantes que vieram procurar pelos outros então não os deixem entrar.

- Okay.

Após alguns minutos os vivos-mortos são derrotados pelo pessoal do CCD graças a ajuda dos desconhecidos.

Diego olha para o outro lado do muro onde estavam os corpos dos zumbis e o grupo.

- Obrigado pela ajuda, mas agora podem voltar para o lugar de onde vieram.

- Calma aí Diego. - Disse Well.

Lá fora um dos caras começou a falar.

- Eu me chamo Tiago, Não nos deixe aqui fora, precisamos de ajuda, estamos com fome e cansados, e ainda com uma amiga muito ferida. Daigo pode vir.

Ao ouvir o chamado, um cara Magro usando lenço na cabeça, com olheiras no rosto aparece segurando uma garota no colo quase desmaiada.

- Ela está com muita febre e não temos remédio pra ajudar. - Continuou Tiago. - Se não quiserem que todos entrem, pelo menos salvem ela, eu imploro.

- O cara implora. - Comentou Diego.

- Se quiserem entrar joguem suas armas por cima do muro. - Pediu Isabelle.

Tiago olha para seus amigos e depois joga sua arma.

- Tem certeza Tiago? - Perguntou Brito

- Não temos outra escolha, temos que confiar neles pra eles confiarem na gente.

Ao ouvirem isso, os outros também jogam suas armas. 

Após Caren, Lavii, Cauê e Cadu pegarem as armas que foram jogadas, Isabelle da um sinal pra Jonas e Mateus.

- Abram o portão, os outros continuem atentos

O portão é aberto e Daigo entra com a garota no colo. Tiago e os outros entram em seguida.

- Rinaldo! - Disse Daigo quase deixando cair Pâmela ao ver seu amigo ainda vivo na sua frente.

- Daigo. - Foi o que Rinaldo conseguiu dizer enquanto lembranças de sua infância vinham em sua mente. - Bem vindo aos Walkers...