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História A Era dos Tronos - Doutro domo


Escrita por: AndrewFerris

Notas do Autor


No capítulo anterior conhecemos um dos pontos de vista da nossa fic, hora de conhecer outro deles!!!

Capítulo 2 - Doutro domo


As engrenagens se agitam. O som do deslocamento familiar de sua nave o deixa animado, afinal, é disso que sua vida é feita. O Doutor ajusta sua gravata borboleta antes de arrumar o suspensório de sua calça e, instantes depois, puxa a alavanca da TARDIS para que a viagem cessasse. Ele sorri convicto e sai da máquina, observando a praia à sua frente com um olhar compenetrante.
— Que dia, que dia! - Ele se vira e começa a caminhar pela areia, até que um clarão ofuscante no meio das árvores ao longe chama sua atenção. Ele corre para ver o que está acontecendo quando se depara com uma versão de sucata da TARDIS, uma versão sem muito capricho e com algumas marcas estranhas nas laterais. A porta se abre e, para sua surpresa, uma pessoa que não via há muito tempo estava outra vez à sua frente.
— Rose?
— Por essa você não esperava, não é garanhão? - As ondas batem nas rochas enquanto o Doutor, repleto de fascínio e ceticismo, observa a estranha máquina do tempo pertencente a Rose.
— Essa versão me parece um pouco retrógrada. Precisa de uns ajustes e coisas do tipo, nada difícil de resolver, mas a verdadeira pergunta que eu quero muito ver respondida é: como conseguiu?
— Eu esperava ouvir algo como "Que saldades, Rose", "por onde andou Rose?".
— Que bom te ver Rose - Declara o Doutor sem dar muita atenção para o que ele próprio fala.
— Obrigada. E onde está?
— Onde está o que?
— Sua parceira?
— Estou sozinho.
— Desde quando o Doutor viaja sozinho? - Questiona Rose surpresa.
— Desde que o Doutor percebeu que devia parar de arriscar as vidas dos outros - Ele para um instante, suspira cansado e em seguida olha para Rose - Posso ver seu interior?
— Você também nunca foi de chavecos - Observa Rose espantada.
— Estou falando da máquina. Essa TARDIS ou o que quer que seja - Rose abre a porta da sua TARDIS e logo os dois estão em seu interior, o Doutor atento aos detalhes minuciosos da máquina.
— O que acha dela?
— Tem um design bem rústico - Admite sem jeito.
— É sua. Achei que devia trazer até seu legítimo dono - Explica Rose se aproximando sem jeito.
— Minha? Do que está falando, Rose?
— Essa sua TARDIS foi criada por um ser chamado Doutor, um senhor do tempo do planeta Gallifrey. Ele criou uma máquina que quebrou todas as leis temporais conhecidas e descobriu que não havia apenas uma Guerra do Tempo. Há centenas de milhares de Guerras do Tempo, cada uma com um destino diferente, e da mesma forma há milhares de doutores - O Doutor olha para Rose estupefato, passa as mãos no cabelo e arruma sua gravata.
— Tem certeza disso?
— Eu não sou a Rose que você conheceu. Vim do mesmo mundo que o Doutor criador dessa TARDIS por que aconteceu uma coisa que só você pode resolver.
— Como assim? Se existem milhares de doutores, então há milhares de pessoas que podem resolver isso.
— Não, não há. Milhares de mundos e você é o único Doutor entre todos eles que tem a capacidade, a inteligência, a ousadia e a humanidade necessários para tal façanha.
— E por que ele mesmo não resolve isso? - Pergunta o Doutor cético.
— Por que ele está morto. Ele sacrificou sua encarnação para ativar essa TARDIS nessa realidade.
— Isso é coisa demais até para mim. Por que agiu como se me conhecesse? Brincou com meus sentimentos?
— Por que estamos de alguma maneira conectados, como uma continuidade.
— Está dizendo que...- O Doutor não ousa terminar a frase.
— No meu universo, você me deixou e foi atrás de novas aventuras, mas isso foi antes de eu vê-lo morrer. Você morreu e a escuridão tomou conta, então eu fui salva numa tentativa desse Doutor de corrigir o destino do nosso universo.
— Está me dizendo que existe uma continuidade temporal mesmo que haja infinitas linhas do tempo?
— Por isso estou aqui. Eu trago comigo duas linhas temporais que agora se unem à sua. Você é o Doutor que representa três diferentes universos.
— Qual é o problema, afinal?
— Primeiro precisa entender que muita coisa não vai fazer sentido à primeira vista - Rose aperta um botão e puxa uma alavança e, segundos depois, a TARDIS dela fica idêntica à TARDIS do Doutor.
— Como fez isso? - Ele corre pelos andares - Melhor dizendo, o que você fez?
— É um processo criado pelo segundo Doutor que conheci chamado RPR.
— Eu por acaso posso saber o que seria esse tal de RPR?
— Sinto muito. O que eu fiz pode gerar lapsos temporais entre nossas linhas. Entenda, o mundo desse Doutor é diferente do nosso. Isso que você conhece chamado Terra, na realidade dele tinha uma geografia totalmente diferente. O mundo se desenvolveu diferente de tudo que você imagina. Precisamos voltar muito no tempo, primeiro por que vamos mudar o destino de dois mundos, segundo, por que foi no passado que isso ocorreu.
— Sabe que precisa ser mais específica comigo quando fala de passado e futuro, não sabe?
— Me desculpe, é o costume. Vamos voltar uns mil anos no tempo, talvez mais.
— Já vi o começo e o fim de todas as coisas mais de uma vez, o que pdoe haver nesse mundo que eu não conheça?
— Se chama magia, Terodore.
— Não me chame de Terodoro.
— Para facilitar. O meu Doutor eu chamava de Priodore. O do universo que iremos conhecer eu chamava de Segodore. Nada mais justo que você seja Terodore.
— Esses sujeitos podiam deixar que você os chamasse do que bem entendia, mas acontece que eu não sou esses sujeitos. Eu sou o primeiro e último senhor do tempo - Ele toma a frente para acessar o painel - Sou filho de Gallifrey - Ele aperta um botão e seleciona uma data - Eu sou o Doutor - Ele puxa a alavanca, mas a TARDIS entra em curto, balançando pelo tecido temporal até que as duas TARDISes se revesavam no túnel. Rose empurra o Doutor e puxa a alavanca de volta.
— Mas você não é o Doutor que criou essa TARDIS. Assim como não é o meu Doutor, então se sente e aprenda. Existem mecanismos nela que você não conhece, e são eles que propenciam a viagem entrerealidades - Ela aperta mais alguns botões e sorri para o Doutor, satisfeita, pronto?
— Vamos fazer do seu jeito, então.


Notas Finais


Complicado demais? Se nem nosso doutor entendeu direito essa história, aguardem que em breve teremos mais de nosso universo!!! Ou seria o plural?


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