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História A Escola - Mudança.


Escrita por: MaskKira

Capítulo 10 - Mudança.


Na enfermaria eles continuavam a conversar, apesar de tudo só ficava uma enfermeira na recepção, então eles possuíam certa liberdade para conversar. Estavam mesmo radiantes com todas aquelas notícias boas. Monna e Kira se lembravam do que o espírito disse, mas resolveram não contar, não colocar os meninos ou Kimi nisso, iriam ao banheiro do térreo sozinhas.

 

-Mephisto, Mephisto você está bem? – A morena perguntou entrando no quarto, ele dormia encolhido da cama, ela aproximou-se, tocou o rosto dele, estava bem quente.

-O que foi? – Ele resmungou.

-Vim lhe ver, está com febre. – Preocupada, foi até o armário pegar uma coberta.

-Não deveria se importar tanto. – Sério enquanto ela o cobria.

-Por que está tão ranzinza? É porque está doente? – Curiosa.

-Não sei. – Seco.

-Hey, a avó de Kimi veio vê-la, isso não é bom? A mãe dela pediu e ela veio. – Sorria.

-E daí, não significa que nós podemos fazer o mesmo, sair daqui. Deveria parar de encher a cabeça deles de esperanças, Kira, isso é cruel. – Sério.

-Por que está dizendo essas coisas, não confia mais em mim? No que nós já descobrirmos? Temos um monte de coisas a nosso favor. – Estava mesmo preocupada com ele.

-Menos o diretor, mesmo que houvesse um meio de sair, ele não irá deixar. – Disse.

-Durma, vai se sentir melhor. – Pediu fazendo carinho nos cabelos dele, se magoou com aquelas palavras, mas acreditou que fosse a febre forte, sabia que não conseguiria leva-lo a enfermaria.

 

Dois dias se passaram em Eisenhauer.

 

...

 

-Ma-Mamãe. – Kyoko sorriu ao ver a senhora sentada em um banco, estavam em um jardim japonês, aquele sem dúvida era um dos sonhos mais lindo que já tivera. Correu em direção a ela.

-Minha filha, minha filha amada, como é bom vê-la. – A mulher a abraçou.

-Oh mamãe, quanto tempo. – Sorria em meio as lágrimas, sentia o calor da senhora.

-Sim, meu bem, mas me escute, é muito sério. Eu estive com Kimi. – A fitava.

-Kimi? A senhora a viu? – Preocupada.

-Sim, vi. Ela está naquele lugar, presa com todos os amigos dela, estão todos lá, estão bem, por enquanto. Mas precisam das orações de vocês, o que puderem fazer por eles façam, eles estão lutando para sair, e vocês devem continuar da mesma forma. – A encarava.

-Eu irei mamãe, irei avisar as outras mães, iremos ajuda-los sim, sempre.

-Ótimo, ótimo. Eu preciso ir, prometi que estaria com ela, mesmo sendo arriscado. Prometo que tentarei lhe dar notícias, não se esqueça, ore. – Pediu sorrindo.

-Não me esquecerei mamãe, não esquecerei. – Disse, Kyoko acordou com os olhos marejados pela emoção, anotou o que viu em um caderninho que tinha ao lado da cama, para não  e esquecer de dizer aquilo as amigas.

 

...

 

Monna e Kira decidiram ir ao banheiro no período da tarde, afinal nunca havia ninguém no hall de entrada da escola.

-E pensar que foi aqui que começamos.... – Monna suspirou.

-Sim, parece que estamos a uma eternidade aqui. – Kira comentou.

-Você já começou a esquecer? – A geminiana preocupada.

-Na-não você já? – A encarou.

-Não me lembro de coisas da minha infância, Saga também não. – Da mesma forma.

-Oh, Monna.... Nós temos que sair daqui logo, o mais rápido possível. – Segurou as lágrimas, não queria ficar só naquele lugar.

-Eu sei, mas quando eu e ele lemos os salmos antes de dormir, principalmente o 23, melhora. – Sorriu.

-Mas, seus corpos não ficam marcados? – Curiosa.

-Sentimos um grande mal-estar, mas não, não ficam, dissemos a Shura, ele tentou fazer isso com Kimi, mas ela reclama muito do incomodo.

-Entendo. Pronta? – Fitando a porta do banheiro.

-Sim. – Assentiu. Elas abriram a porta e entraram a fechando em seguida, o banheiro era mal iluminado, frio e sujo. E elas podiam sentir a presença do que quer que seja que estivesse ali.

-Sa-Saori, somos duas garotas, Kira e Monna, chegamos recentemente, dois espíritos falaram que você pode nos ajudar a sair! – A morena disse, não houve resposta.

-Por favor, só queremos ajudar você também. Libertamos os dois espíritos, podemos fazer o mesmo com você. – Monna pediu.

-Acham que eu posso sair? – Ela saiu de um dos boxes, parecia machucada, estava com os pulsos acorrentados, as correntes corriam por toda extensão das paredes, teto e piso. Tinha longos cabelos lilases, a pele banquinha e os olhos verdes.

-Mo-Monna, é ela. – Kira gaguejou.

-Ela quem? – Monna curiosa.

-Que-que o diretor, violentou e matou antes de se suicidar. – Kira incrédula.

-Isso-isso mesmo.... – A menina riu, parecia louca.

-Por favor, nos ajude. Você deve estar aqui desde o começo, viu tudo. – A ruiva séria.

-É, eu vi sim. E digo que tentar sair é loucura. – Séria.

-Nós somos loucas, por favor, pode nos ajudar. – Kira a fitou.

-Ele carrega uma chave, essa chave abre a porta que há atrás do balcão da bibliotecária, naquele cômodo a um enorme espelho, podem sair por lá, ele leva ao espelho que há no prédio original. – Explicou as duas garotas riam animadas. – Vocês são idiotas, ele comanda TUDO aqui, cada pessoa, cada pedra, cada partícula, se colocar os outros alunos contra vocês não terão chance e como pretendem pegar a chave? – As encarou.

-Daremos um jeito. – Monna determinada.

-Tem mais, há uma forma de destruí-lo, mas assim que o fizerem esse lugar vai começar a se desfazer e se estiverem aqui todos sumiram com ele. – Séria.

-Que, que maneira? – Kira curiosa.

-Ele se encontra com o diabo na ala onde fica a piscina, sempre depois da meia noite, os alunos dizem que é só chamá-lo, muitos tentaram sair assim, mas o que tem a oferecer a ele? Dizem que ele tem um meio de destruir o diretor, mas para saber se é verdade alguém tem que perguntar. – Normalmente. As duas se fitaram temerosas.

-A chave que abre a porta, também liberta você? – Kira perguntou novamente.

-Sim. – Assentiu.

-Ótimo, iremos voltar e soltar você também, não se preocupe. Sentimos muito. – Monna pediu.

-Eu sinto por vocês, e não se preocupe, ele me acorrentou, por que não consegue me controlar como os outros. – Saori as fitou.

-Entendemos, até mais. – Kira disse. Ela assentiu e elas saíram.

 

-Monna.... Diga aos meninos para não comentarem isso com Mephisto? – Kira pediu enquanto subiam as escadas para o 2º andar.

-O que? Por que? – A ruiva curiosa.

-Eu não sei ele.... Anda estranho. Cortou a mão a alguns dias, disse que foi se barbear, mas tinha um corte bem no meio da mão direita, ele está estranho, não sei explicar. – Pensativa.

-Mas eles se barbeiam com navalhas, Saga esses dias estava com o rosto todo machucado. – Monna acabou rindo.

-Eu sei, dois pontos, um ele é destro, mesmo que deixasse a navalha cair ela não ia fazer um corte daqueles na mão dele. Se ele tivesse se machucado fazendo a barba ou ele estaria com o rosto machucado, ou com os dedos da mão esquerda, meu avô era barbeiro, trabalhava assim, uma vez tentou ensinar meu pai e já pode imaginar o que virou. – Acabou rindo em meio a tensão também.

-É.... Faz sentido, o que acha então? – Curiosa.

-Eu não sei, só peça para não contarem, vou passear com ele, distrai-lo enquanto você informa os outros, ok? – Kira sorriu.

-Entendi. Tudo bem, nós vemos depois, tenha cuidado. – Monna pediu.

-Terei, você também. Até. – A morena disse e elas seguiram para lugares diferentes.

 

-Mas.... Isso é muito perigoso, sabe-se lá o que ele pode fazer com quem for lá evoca-lo, e como a menina disse, não temos o que oferecer. – Saga a fitava, estavam todos reunidos na enfermaria, Monna aproveitou a troca de turno.

-Que coisa horrível. – Anny comentou.

-Então. Não sabemos o que fazer, como proceder. – A geminiana suspirou.

-Mas é nossa única chance, se ele pode destruir o diretor. – Aiolia os fitava.

-Mas se o diretor trabalha para ele, por que ele ia querer isso? – Afrodite curioso.

-Por isso também não sabemos como proceder. – Monna.

-E se for preciso? Se for preciso de um de nós fique? Que um de nós ceda a ele? – O leonino questionava.

-Então alguém terá que ceder, será pelo bem da maioria, é assim que as coisas funcionam, sei que somos amigos, mas não podemos deixar essa chance passar. – Shura com seriedade. Kimi estava em silencio, aquilo era mesmo horrível.

-.... Não.... – Drik resmungou balançando a cabeça em negativa.

-Shura tem razão, minha pequena. – Aiolia a fitou.

-Não vamos fazer nada precipitado, precisamos de todos juntos para decidir isso. – Anny.

-Ah, mais uma coisa, Kira não quer que Mephisto saiba.

-Por que? – Os garotos em coro.

-Porque ela disse que ele está estranho e pelo que ela me disse é mesmo, ela teme que seja alguma influência do diretor e não podemos vacilar mesmo, já sabemos muito. Então se ele perguntar, nós não sabemos de nada. – A ruiva disse com seriedade.

-Mas isso não é justo! Vocês estão começando a ficar paranoicas, Mephisto nunca se viraria contra nós. – Afrodite a encarou.

-Não por vontade própria. – Anny. – Também acho que não devemos arriscar, por favor, Afrodite, sei que é seu melhor amigo, mas ele anda estranho mesmo, não reparou na expressão dele nas visitas que nos fez? – A pisciana o fitou.

-Como? – Monna curiosa.

-Ele está com mais expressão de mal do que antes, expressões fundas sabe? Realmente deu medo, pensamos até que ele houvesse brigado com Kira ou algo assim, Anny até perguntou, mas ele disse que estava tudo bem e como você também não comentou nada. – Aiolia explicou.

-Mais essa agora. – Saga resmungou.

-Eu sinto muito, vamos descobrir o que houve com ele e livrá-lo disso. – Monna.

-Esperemos. – Shura sincero. – Onde ele está? – Curioso.

-Kira foi passear com ele. Para que não desconfie que estou aqui. – A ruiva explicou.

 

-E então, descobriram algo interessante? – O canceriano perguntou, eles andavam pelo pátio iluminado por postes.

-Nada. – Suspirou.

-Desculpe, ter ficado bravo com você no dia em que tive febre, não quis ser grosso. – A fitou.

-Tudo bem, estamos todos tensos, cansados.... – Disse.

-Será que encontramos algo? – Curioso.

-Espero que sim, não pode ser impossível sair daqui. – Sorriu.

-É.... Ai! O que foi isso? – Mephisto resmungou passando a mão do lado direito da cabeça.

-Um cabelo branco. – Kira riu. – Você tem que parar de se estressar. – Riu. Ele realmente não entendia como ela conseguia ficar tão calma, ainda sentia as dores que aquele maldito lhe causou, queimadura e cortes profundos e ainda assim conseguia sorrir para ele. – Um não, tem mais alguns... – Preocupada abrindo o cabelo dele.

-Não puxe, isso incomoda muito. – Sério. – Pode ser estresse mesmo. – Normalmente.

-É.... – Ela concordou. – Você se sente bem? – Curiosa.

-Sim, por que? – A fitou.

-Nada, curiosidade apenas, ainda precisa que eu fique com você? – Perguntou.

-Ora, não quer mais ficou? – A encarou.

-Não é isso, só tenho medo que nos punam, mas acho que ainda precisa de alguns cuidados. – Sorriu.

-Se nenhuma notificação chegou para nós, acho que não tem problema. – Da mesma forma, ele estava mesmo estranho, parecia mais agressivo até mesmo com ela.

-É, não terá. – Concordou.

 

Os quatro se retiraram da enfermaria desejando melhoras aos amigos, Drik já conseguia articular bem algumas palavras, os ferimentos de Aiolia já o deixavam se mexer melhor e Anny e Afrodite conseguiam se locomover devagar por dentro da ala médica.

 

-Chamou-me. – Milo entrou na diretoria.

-O que está fazendo que não está olhando aqueles imbecis? – Curioso.

-Eu estava, se dispersaram. Não estão em grupinhos. – Suspirou.

-E pela manhã? – Shion o encarou.

-Estavam na aula, nada de anormal. Quem está na enfermaria já estão se recuperando e o casalzinho também. – Milo normalmente.

-Por enquanto.... Os cabelos dele estão começando a branquear, quero ver como ele vai explicar isso. – O diretor ria diabólico. – Logo ele fará tudo o que eu mandar.

-Isso vai ser divertido, vou voltar a monitorá-los. Com licença. – Milo disse, Shion assentiu e ele saiu.

 

Era ora do jantar, eles se reuniram no refeitório.

 

-Não vi vocês todos a tarde toda. – Mephisto curioso.

-Eu e Kimi fomos a biblioteca, ela me ajudou a estudar química. – Shura respondeu.

-Eu fiquei em meu quarto. – Saga normalmente.

-Fui a enfermaria ver o pessoal. – Monna sorriu.

-Mas e você? Também não lhe vimos. – Saga curioso.

-Estava com Kira. – Sorriu para a morena. Kimi viu a senhora sorrir para ela da porta de entrada.

-Eu estou satisfeita, vou para o meu quarto. – Ela sorriu. Beijou o rosto do capricorniano e se retirou.

 

Ela seguiu rapidamente para o quarto para saber o que a senhora tinha para contar.

-Eu contei a ela meu bem, ela disse que falará com as outras e que continuará rezando por você. – Explicou sorrindo.

-Eu tenho medo que.... Ele machuque a senhora. – Kimi a fitou.

-Não se preocupe, ficarei aqui em seu quarto com você, ele não saberá sobre mim. Boa noite minha neta, qualquer coisa me chame. – Ela virou uma bolinha de luz e sumiu.

-Claro. Obrigada. – Sorriu animada.

 

-A avô dela? – Mephisto.

-Quem sabe? – Kira. Esperavam que Kyoko acreditasse e levasse a notícia as outras.  Eles falavam sobre as aulas, sobre quanto teriam a temível educação física, quando não seriam torturados por não fazerem algo perfeito.

 

-Que bom que está comendo melhor. – Aiolia sorria a Drik.

-O-brigada. – Respondeu.

-Eu estou ansiosa, pelo que disseram, por D..... É muita loucura. – Anny suspirou.

-Eu sei, também me sinto assim, mas devemos ter calma, o que não me desce é Kira desconfiar de Mephisto. – Afrodite disse com seriedade.

-Sei que dói pensar nisso, mas o que podemos fazer, arriscar tudo? – A pisciana o encarou.

-Ele não faria isso conosco. – O pisciano ressaltou.

-E se fez? Não por motivos baixos, mas.... Para proteger Kira, por exemplo? – Aiolia. O pisciano se calou, pensando assim, era provável.

-Na-não faria. – Resmungou.

-Devemos esperar e ver o que acontece. – Anny. Ficaram em silencio, mas logo o cheiro de vela se espalhou pelo ambiente.

-A-Anny é você que está cheirando assim? – Aiolia a fitou. A pisciana cheirou os braços.

-So-sou. Oh, mamãe obrigada. – Sorriu, sentia-se inexplicavelmente bem.

-Espero que não briguem por isso.... – Aiolia.

-Nem aí na frente a enfermeira está, nós já estamos alimentados e de banho tomado, quem vai se preocupar conosco? – Afrodite.

-Enjoa. – Drik resmungou.

-Realmente, não é um cheiro muito agradável. – O leonino riu.

 

O refeitório ia se esvaziando aos poucos, Kira havia conseguidos mais remédios e faixas assim podia cuidar de si e do canceriano.

-Kira.... Que cheiro horrível é esse? – Máscara perguntou com o braço sob o nariz, parecia bem incomodado.

-Cheiro. Ah minha mãe. – Animada. – Sempre exagerada, deve estar muito preocupada comido, é vela e incenso. – Sorriu. – Você está bem? – Ela perguntou o encarando.

-Não esse cheiro está me incomodando muito, você não faz ideia. – Sério.

-Oh, vou abrir um pouco a janela. – Disse, abriu a janela. – A única coisa bonita aqui é o céu. – Suspirou. – Deixe eu ajudar você. – Kira se aproximando.

-Não, por favor, fique longe até esse cheiro passar, não estou aguentando. – Suspirou.

-Tudo bem. – Ela assentiu, o cheiro era estranho mesmo, mas por que ele se incomodava tanto? Kira ficou perto da janela.

 

Os outros dois casais tinham vontade de ficar juntos, mas sem uma permissão era difícil ficar no mesmo quarto no horário de dormir.

Kimi sentia-se plenamente segura com sua avó por perto, podia sentir o calor, a energia da senhora no quarto, aquilo a confortava.

Saga e Shura estavam mais preocupados sobre o que elas falaram sobre encontrar o próprio demônio, quem iria, quem se arriscaria a ficar preso ali para sempre? 

 

-Mas já? – Milo ao ouvir Shion.

-Já, quero assustá-lo que ele entenda que não tem mais escapatória e também quero saber o que anda acontecendo, tem alguma coisa aqui que não me agrada. – Shion o encarou. – Assim que a ela sair do quarto dele pela manhã eu vou lá. – Diabólico. – E você continue de olho neles.

-Sim, claro.

-Veremos como eles se saem, precisam de mais pressão, ficarem ocupados o dia todo, está na hora de se ocuparem a tarde também! – Sério. – Está na hora de mostrar a eles onde estão. – Ria.


Notas Finais


Espero que gostem :3


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