Tem certos momentos em que não se pensa em nada. Se perde a consciência. Ficamos atônitos. Esse é um desses momentos.
Imagino, a olhos de terceiros, como deve ter sido a cena com a rainha de Illéa sendo empurrada em uma maca hospitalar por todo o palácio enquanto berra o nome de seu marido desesperadamente, enquanto uma cachoeira de lágrimas cobre seus olhos.
Tudo é como um borrão e tudo dói. Dói de forma intensa. Meu corpo faz o que é natural para escapar de tal situação: se desliga.
POV Maxon
Corro. Corro o máximo que eu consigo. Odeio minhas pernas nesse momento, por não poderem correr mais rápido do que isso.
Deslizo por corredores, me jogo por escadas... Quando a enfermaria ficou tão longe de meu escritório?
Finalmente avisto a porta da enfermaria ao final de um corredor.
No momento em que vou empurrar a porta para entrar, um médico sai por ali pálido, como se tivesse visto a própria... morte.
- A-As Herdeiras...- Gagueja o médico, sem conseguir me olhar nos olhos.
- O que tem elas? - Espero por uma resposta. Como ele não me responde, sacudo-o pelos ombros e exijo- O QUE HÁ COM MINHAS FILHAS?
O médico, encolhido, olha para mim, com genuína tristeza nos olhos e diz:
- Elas estão a caminho.
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