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História A Escolhida - Capítulo Oito


Escrita por: MaduCristelli

Notas do Autor


OIoioi como prometido aqui estou. Ontem eu estava inspirada e escrevi dois capítulos enormes.
A fic já está com mais de 40 capítulos, mais de 70mil palavras e 186 páginas.
Eu acho que vocês vão amar o final deste capítulo, considerando os comentários de ontem hehehe

Boa Leitura!!

Capítulo 8 - Capítulo Oito


Fanfic / Fanfiction A Escolhida - Capítulo Oito

Point Of Views Justin Bieber

Quase perdi a cabeça, quase enlouqueci ao deixar que todo o desejo do meu coração tomasse conta de mim. Se eu deixasse mais um pouco ser levado pelos sentimentos que me consomem ao vê-la, provavelmente desastres aconteceriam. É fato que Annelise me deixa louco, em todos os sentidos possíveis, do bom ao ruim. É fato que preciso olhá-la, tratá-la como um guardião zela por sua protegida. Mas é tudo difícil demais quando se trata dela, sempre foi. A chegada da morena tem apenas alguns dias e ela já conseguiu que eu perdesse a cabeça um milhão de vezes.

Eu quero matá-la, na maioria das vezes quero esfolar aquele lindo pescocinho e dizer a ela o quanto finjo ser ao lado dela. Mas ao mesmo tempo quero protegê-la de tudo e de todos, ao mesmo tempo quero encasulá-la em meus braços e cuidar.

O meu temperamento ao lado dela é instável, muda tão rápido que eu mal consigo prever, tratá-la mal às vezes é a única maneira que encontro de me sentir bem comigo mesmo e consequentemente não me deixar ser levado por algum desejo maluco do meu coração. Eu quase perco as forças quando sinto-a tão perto, quase sinto meu corpo derreter quando o cheiro de seu shampoo invade minhas narinas. Tudo isso é desde quando eu era apenas uma criança. A droga de uma criança apaixonada!

Ao encurralá-la mais cedo eu quase coloquei tudo a perder, não deveria ter feito aqueles contatos tão íntimos com ela, não quando qualquer um poderia nos ver naquele beco, não quando ela poderia usar aquele momento contra mim e aí eu perderia toda uma vida ao lado dela que preparam para mim.

— Precisa se controlar, cara. — Ryan disse assim que deixamos a sala de treinamento. Quase gritei pela fala pretenciosa do guardião, mas me mantive imparcial e continuei andando, afinal ele estava certo.

Estava preocupado com o estado que a deixamos, mas não poderia demonstrar mais do que o necessário, não quando já ultrapassara todos os limites.

— Eu sei. — Respondi. — Mas você sabe que eu não posso, que eu não consigo. — Eu murmurei frustrado.

— Justin, você é uma bomba relógio perto dela. É perigoso demonstrar o quanto ela te deixa fraco. — Ele me olhou. Eu tive que concordar. — Deveria ter recusado a missão de achá-la, já vai passar tempo demais com ela depois da formatura.

— Eu não podia deixá-la, recusar seria uma afronta. Sou o guardião oficial dela. — Rosnei, irritado com as palavras do homem. — Ryan, você sabe que eu era o único que conseguiria achá-la, eu sou o único que…

Eu parei de falar quando a voz dela surgiu em minha cabeça, um sussurro em súplica, clamando por mim. Eu paralisei, eu a vi, vulnerável na sala de treinamento, as emoções dela tomando conta do seu corpo, medo, confusão, principalmente confusão.

— O que foi, Justin? — Ryan perguntou.

Eu não o respondi, apenas segui os meus instintos e fui atrás da garota.

O caminho até ela foi rápido, já que não estávamos muito longe. Ryan sussurrou o meu nome quando a viu. Ela estava em choque, os olhos vidrados em alguma coisa atrás de mim e eles estavam diferentes, uma tonalidade puxada para o amarelo.

Justin. — Ela sussurrou de novo.

Eu fui até ela, como um imã. A toquei por instinto e uma energia transcorreu o meu corpo e quando ela me olhou, quando seus olhos voltaram a coloração azulada normal. Annelise se afastou, a energia cessou, agora havia ali uma garotinha amedrontada e confusa.

— O que? — Foi um sussurro mais pra si do que para qualquer um.

— Annelise, — Eu disse o seu nome baixinho para não assustá-la. — você está bem? — Ela não me respondeu.

A garota continuou se afastando e afastando, até se chocar contra a parede e olhar desnorteada para todos os cantos da sala. Eu olhei Ryan, ele me encarou de volta, fiz um sinal silencioso para ele sair, o guardião relutou, mas se foi. Eu voltei minha atenção para ela, que agora me olhava cautelosamente e estava sentada no chão.

— Como... — Ela estava confusa. — Eu não... — Ela puxou os cabelos. — Eu, Justin, eu. — Se perdeu nas palavras. — Justin, por que você voltou? — Ela me encarou, os olhos profundamente fixados em mim.

— Você me chamou, Anne. — Eu disse baixo. — Eu escutei sua voz.

Ela riu, quase como incredulidade e se sentou em uma cadeira. O silêncio se instalou no ambiente e quando ela prendeu o cabelo e me olhou, um riso incrédulo escapou de seus lábios

— Justin, eu sussurrei o seu nome. — Suas bochechas coraram perante a confissão. — E eu se quer estava pensando em você. — Se levantou, começando a se apavorar novamente. — Justin, tem alguma coisa acontecendo. — Jura? Eu quase deixei escapar, mas apenas concordei com a cabeça. — Ontem, hoje. Eu não consigo entender. Você não tem uma audição muito apurada para ter conseguido ouvir o meu sussurro. Um sussurro, Bieber. — Riu em pânico. — Não tem como ter me ouvido. — Caminhou até mim. — É impossível.

— Você precisa se acalmar, Annelise. — Eu disse, a voz soando de maneira que pudesse acalmá-la.

— Eu não estou nervosa. — Grunhiu e eu me aproximei, peguei em sua mão, mostrando-a as garras expostas. — Eu nem senti. — Sussurrou recolhendo a mão, as garras também desaparecendo com lentidão. Ela não se afastou. — Eu nunca perco o controle assim.

— Sempre tem uma primeira vez. — Eu disse e ela sorriu, concordando.

— Na verdade eu perdi o controle algumas vezes. — Brincou e eu arqueei a sobrancelha. Essa garota é tão instável que eu não consigo explicar. — Uma foi quando eu estava lá fora, ainda bem que era halloween, sabe? Uma garota folgada me irritou e eu perdi o controle e mostrei as presas pra ela, Lissa me segurou, mas por um segundo a mais eu arrancava a garganta dela. Foi divertido. — Me olhou.

— Foi divertido quase arrancar a garganta dela? — Eu perguntei surpreso.

— Não, Bieber. — Ela riu. — Foi divertido a cara de assustada dela. Alguns humanos são tão medrosos que é... sei lá. — Suspirou.

— Você é surpreendente. — Ela me olhou e eu quase me matei por dizer isso em voz alta. — Digo, você muda de assunto, de humor, de... você muda de personalidade muito rápido, Annelise. — Ela cruzou os braços, tornando sua feição tensa. — Estava com medo, eu diria apavorada até, e agora está se divertindo como se não tivesse…

— Eu não estava com medo, Bieber. — Ela me interrompeu de forma bruta e se mexeu desconfortável. — Talvez eu tenha ficado surpresa com o fato de você ter me escutado. — Ela me deu as costas e começou a juntar sua coisas. — Mas eu não estava com medo.

— Ah, estava sim. — Eu alterei a voz, perdendo a paciência com a morena e fui para perto dela. — Eu pude sentir.

Ela riu e as coisas que já estavam em suas mãos foram parar no chão.

— Ah, nossa, ele sentiu! — Exclamou em deboche e se aproximou do meu corpo também. — Você. Não. Sabe. De. Nada. — Falou pausadamente enquanto me empurrava.

— Não se faça de forte, Annelise. — Eu segurei suas mãos e a puxei para perto. — É uma garota fragilizada, sem controle sobre si e extremamente bipolar. — Eu rosnei e a prensei na parede, pela segunda vez neste dia. — Não tente mostrar bravura onde não tem.

— Você não sabe de nada. — Ela grunhiu. — Não me conhece...

— Ah, conheço mais do que pensa. — Soltei seus punhos, mas continuei parado no mesmo lugar. — Você é quase tão fútil quanto essas garotinhas que odeiam sujar as mãos em treino, porque acham que nós, guardiões, temos que sempre limpar a bagunça que vocês fazem. — Minha voz alterou. Ela franziu o cenho, provavelmente se perguntando porque diabos eu entrei nesse assunto. — Você, princesinha, não é nada do que o nosso povo precisa.

— Cala a boca! — Ela sussurrou em um rosnado feroz. Percebi o quanto ela se segurou para não cravar as presas em meu pescoço.

— Você é fraca! — Rosnei de volta. — Você apenas foge de todas as situações possíveis, foge das responsabilidades, foge dos seu povo, foge. — A encarei, ela me encarou. Os olhos raivosos marejados. — Uma princesa fraca, não é assim que eu vejo a minha futura rainha. — Ela mostrou as presas em resposta.

Eu disse, eu disse que perto dela eu perco todo o meu controle, perto dela eu me sinto tão frágil, além de sentir que a minha capacidade de raciocinar direito se perde. Não entendo o que acontece. Não deveria ser assim.

— Cala a boca, Justin. — Ela repetiu e me empurrou, mas eu não me mexi.

— Consegue perceber? — Eu sussurrei. — Você é patética, nem consegue me tirar de perto de você, não usa suas forças, não usa seus poderes e sem eles você não é nada. — Eu a olhei. — Você é fraca, princesinha. — E me abaixei, ficando a altura do seu rosto. — Frágil, medrosa, uma garotinha inútil.

Infelizmente, eu me arrependi amargamente por ter ofendido a morena, pois no instante que seus olhos se encontraram com os meus, no instante que não percebi mais seu corpo trêmula, a coloração amarelada estava presente neles. Eu me arrependi. Raiva e ódio encandeciam a coloração de seus olhos. As garras da garota afundaram em meu braço em uma velocidade surpreendente, suas presas apareceram e no momento instante ela as cravou em meu pescoço. Não tive como lutar contra sua força, não tinha como lutar com a raiva que movia seu corpo.

Annelise foi rápida em amarrar suas pernas em minha cintura e começar a sugar o meu sangue com ferocidade, uma besta que sugava a minha alma e me matava aos pouquinhos. Senti então minhas forças esvaindo e não era para isso acontecer. A garota apertou com tanta força o meu braço que eu ouvi e senti os meus ossos se quebrando, partindo um a um. Meu grunhido de dor foi interrompido quando o meu corpo se chocou contra o chão. Ali, tão imóvel quanto uma pedra, foi a maneira que o destino me mostrou que a princesa Annelise Rose Deutch, a minha futura rainha, é a minha fraqueza, em todos os sentidos. E não, não existia nada de fraco nela.

Eu estava perdendo a consciência, percebi porque meu corpo começou a formigar e eu não via nada além de borrões pretos, mas quando a garota foi tirada com tudo de cima de mim, quando ela saiu eu ainda continuava desfalecendo. Escutei uma pequena movimentação e escutei também o meu nome ser chamado, mas não tinha forças para responder.

— Justin! — Ryan gritou.

— JUSTIN! — Era a voz de Zayn.

Justin. — Era a voz dela.

Eu sentei rápido demais, ainda meio desnorteado ao sentir seus dedos gélidos em contato com minha mão. Quando ela me tocou senti minhas forças retornando e gritei quando meus ossos começaram a voltar para o lugar.

— Droga! — Rugi com o último osso se regenerando.

— Por favor, me desculpe. — Ela disse, a voz embargada. — Eu não queria. Me desculpe! Eu...

— Annelise. — Eu estremeci quando seu nome saiu da minha boca, ela fez um carinho no meu pescoço e olhou Ryan.

— Ele vai ficar bem? — Sua pergunta desesperada fez Ryan arquear a sobrancelha.

— Ele é um guardião, Annelise. — Ela fez uma careta, parecendo se lembrar. — Mas, você é que não está bem. — Eu abri a boca para perguntar porque, mas ao olhar o seu rosto, meu coração parou de bater.

Seu nariz sangrava, seu rosto empalideceu e seus olhos estavam sem vida e quando ela se levantou, seu corpo cambaleou. Ela tentou se comunicar, mas ao tentar falar, deixou a boca aberta em busca de ar. A morena se debateu com o nada e eu me levantei depressa, segurando-a para não cair, ela apertou o meu braço, tentando respirar eu aposto, e me olhou em súplica. Me sentei com ela novamente e Ryan saiu correndo, gritando por ajuda.

— Hey, — Eu segurei a mão dela e seus olhos me encararam, pedindo socorro. — você precisa ficar calma, tente respirar, por favor!

Ela tentou, mas não conseguiu, Annelise procurou desesperadamente minha mão e quando a achou apertou com força. Eu comecei a me desesperar quando ela começou a se acalmar em meu braço e uma voz na minha cabeça, doce e suave, a voz de Annelise soou: beije-a.

Beije-a. O som ficou mais forte, mais claro, mais intenso e então eu a beijei. Meu sangue em sua boca passou para os mais lábios e por mais estranho que seja, foi um momento mágico e saboroso.


Notas Finais


Me contem...


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