História A estrangeira - Kim Taehyung (V) - BTS - You could be mine

(S/N) POVS ON

- Mãe?

- Não vai me ajudar a por essa bagagem pra dentro?

- Ham... Vou, é que eu não esperava a senhora hoje... Nós nos falamos no começo da semana passada e hoje é sábado... E...

Ela sorriu e me abraçou ainda com a porta aberta! Estava morrendo de saudades de mamãe e aquilo realmente tivera sido uma grande surpresa para mim, ainda mais agora que eu realmente estava precisando dela.

Nós entramos e a minha primeira vontade foi de chamar Taehyung para que ela o conhecesse, mas lembrei-me de que estávamos distantes um do outro, então me contive em ficar ali ouvindo tudo o que tinha para me falar e sobre como nossa vida iria funcionar a partir daquele momento. Finalmente juntas! Era aquilo que realmente importava...

Na hora do almoço, pedi que Vernon viesse para que eu a apresentasse, mas ele acabou não vindo e me disse que viria a noite, mas mesmo assim não o fez, porém me deu seus motivos: o período de provas estava se aproximando.

Inclusive, eu não tivera coragem de lhe contar que acabei beijando Taehyung de novo, preferi guardar aquilo comigo a sete chaves. Nunca mais o iria trair e, portanto, não havia motivo para contar, apesar de estar me sentindo péssima em esconder aquilo.

Passei o sábado e o domingo inteiro ao lado de mamãe e acho que gostei de não termos sido interrompidas por Hansol, queria curtir apenas com ela aqueles momentos iniciais. Passeamos pelo bairro no domingo e eu a levei na minha praça preferida, a praça romântica que eu conheci no meu primeiro dia aqui.

(...)

Acabei me assustando ao ver Taehyung parado a minha frente tão cedo naquela manhã de segunda-feira, ainda mais por estarmos afastados há alguns dias e eu só queria que aquilo continuasse pelo menos fisicamente, já que mentalmente a imagem de seu rosto angelical tão perto do meu dominava os meus pensamentos.

- Eu entendi porque te beijei pela segunda vez. – Taehyung falou e eu senti minha garganta engolir seco.

- Tae, já passou... Não importa mais.

- Não parece óbvio?

- O que?

- Pareceu óbvio pro Yoongi... – Ele olhou para uma direção diferente de meus olhos e riu. – Talvez tenha sido desde o dia que eu te conheci... Eu sabia que você era algum tipo de problema, por isso não fui com a sua cara.

- Então me beijou porque me achou um problema?

- Eu te beijei porque eu senti vontade. – Taehyung aproximou-se de mim lentamente e eu fiz o mesmo que ele, só que indo para trás, e por isso, acabei batendo as costas na porta. – Eu acho que gosto de você, idiota. – Passou a mão pela minha bochecha e sorriu.

- Eu também gosto de você, Tae, mas...

- Eu mal dormi essa semana, sabia?

- Eu também não dormi bem, mas...

- Eu gosto mesmo de você e me sinto um idiota de estar falando isso. – Ele segurou minha nuca e eu senti seus dedos quentes em contato com minha pele.

Fechei os olhos sentindo um arrepio na espinha e respirei pesado. Eu já podia sentir seu perfume adentrando por meu corpo me fazendo lembrar o quão bom foi aquele momento que tivemos. Não! Mas, o que eu to pensando? Isso é tão errado... Não poderia ceder mais uma vez, seria o cúmulo da minha fraqueza!

Pus as mãos sobre seus ombros e tentei afastá-lo,o que foi inútil já que ele tinha força e eu não.

- Por favor...

- Você não retribuiu meus beijos a toa. Eu quero te conhecer melhor...

- Não! Por favor, Tae... Se afasta. Eu já tenho alguém, você sabe.

- Eu sei, mas esse alguém não cuida de você! (S/N) fala sério, eu não quero que se machuque com o Vernon!

- Você fala tanto isso que to começando a achar que quer que eu sofra, parece que você deseja que algo de mal aconteça! – Consegui sair daquela posição perigosa em que estava e fui até a geladeira pegar qualquer coisa.

Apoiei minha mão na pia e fiquei de costas para ele enquanto tomava sem parar um copo cheio de água gelada.

- Bom dia! Você deve ser Taehyung!

- Não acredito que a senhora é a mãe da (S/N)...

- Você me assusta falando assim, garoto! – Mamãe caminhou até Taehyung e eu ainda tremia pela proximidade em que estávamos há momentos atrás. – Eu te reconheci pelas milhares de fotos que (S/N) mandou de você. Como vai? – Ela estendeu a mão para Tae.

- Eu só fiquei contente porque essa daí tava muito triste sem a senhora aqui.

- Eu também tava com saudade do meu bebê! – Os dois riram e eu me dirigi para fora dali.

- Vou tomar um banho. Vejo você no trabalho! – Olhei para Tae.

- Imagina! Toma café da manhã conosco?

- Claro! – Ele respondeu e eu lhe lancei um olhar com os olhos arregalados. Não era para ele ter aceitado!

(...)

- Eu gostei dele. – Mamãe botou a última louça na pia para mim lavar.

- Uhum.

Fui para o sofá e deitei ligando a televisão e não achando nada melhor do que um desenho animado qualquer, comecei a assisti-lo. Mamãe sentou debaixo de minhas pernas e as alisou, fazendo-me lembrar de quando ela fazia a mesma coisa quando eu era apenas uma criança.

- Ele disse que gosta de mim.

- E você gosta dele?

- Mãe! A senhora sabe que eu namoro o Vernon.

- Pelo menos o Taehyung existe... Quando é que eu vou conhecer esse Vernon?

- Hoje. Ele vem aqui me pegar depois do almoço.

- Você não respondeu minha pergunta.

- Mas não acabei de falar que ele vem depois do almoço?

- Você também gosta desse Taehyung?

- Gosto, como amigo.

- Tem certeza?

- Tenho.

Não, não tenho certeza de mais nada nessa vida.

Será que ele realmente gosta de mim como diz? Não, não pode ser de verdade... Ele está confuso, e está me deixando confusa também... Desgraçado!

(...)

- Então você é o dono do coração da minha filha?

- Ela disse isso pra senhora?

- Disse sim!

- Eu não disse nada disso, mãe! – A empurrei com cuidado para dentro e fechei a porta. – Até mais tarde!

Pude ouvir sua gargalhada dentro de casa.

- Vamos? – Perguntei para Vernon e olhei para a porta fechada do apartamento de Taehyung.

Será que ele iria trabalhar hoje?

- Os meus pais vem próximo mês... Gostaria que jantasse conosco!

Minha garganta embolou e forcei um sorriso para Vernon.

- Claro.

- Vai ser lá em casa e você pode levar um dos seus quadros, papai e mamãe adoram arte e...

Vernon falou, falou e falou enquanto caminhávamos até seu carro, mas eu não captava nada do que saia de sua boca.

(...)

- Boa tarde! – Taehyung se pôs em minha frente impossibilitando que eu me deslocasse até o banco que costumava sentar a espera de um freguês.

- Boa tarde. – O encarei e meu coração, que até então estava calmo, se agitou descontroladamente.

- Eu gostei da sua mãe. – Ele se afastou e sentou de frente para o notebook. – Ela gostou de mim?

- Uhum.

- Você não respondeu nada do que eu te disse.

- Não começa com essa loucura, Taehyung.

- Você deve estar achando que estou te falando isso por que estou solteiro e como sou homem, preciso inflar o meu ego e dar em cima de você, não é?

- Eu acho que você ta confuso.

- Eu não estou confuso. Eu já disse que quero te conhecer melhor!

- Não sei se demonstrei em algum momento que poderia estar afim de você, mas se eu fiz isso, me desculpe, não era minha intenção.

- Você não fez nada disso! Você só... – Passou as mãos sobre os cabelos os puxando para trás. – Você só foi você.

Será que um coração pode rasgar a pele e saltar para fora? Porque sinto que o meu estava prestes a fazer isso.

- Por favor, para. Eu amo o Vernon e só ele.

- Eu não acredito. Você só está com ele porque o acha um cara perfeito.

- E ele é perfeito!

- Não existe ninguém asism.

- Eu não gosto de você! Entenda de uma vez, para de tentar me confundir.

Confundir não era bem a palavra que eu deveria ter usado!

- Um freguês. – Ele falou com o tom da voz baixo e me dirigi para ir atender a pessoa que chegara.

(...)

Tudo que Taehyung falou depois naquele dia não foram mais do que cinco palavras e eu agradeci. Parece que finalmente entendeu o que eu tinha lhe dito.

Quando Vernon me pegou naquele dia a primeira coisa que fiz foi lhe dar um beijo, e ele prontamente me retribuiu. Pronto, aquilo concordava meus sentimentos de que eu realmente o amava!

(...)

Duas semanas se passaram e Taehyung e eu mal nos comunicávamos, apenas com nossas trocas monossilábicas de palavras e apenas quando era realmente necessário.

Eu estava muito incomodada em ficar com ele ali todos os dias naquela situação, mas era preciso e estava planejando logo sair do trabalho.

O relacionamento com Hansol estava empolgante e muito melhor do que antes, principalmente, o sexo!

Mamãe não havia gostado muito dele, mas eu realmente tentei não ligar para a sua opinião. Ela estava morando comigo mesmo já tendo seu apartamento pronto para ser habitado, segundo a mesma, estava usando todo o tempo possível para ficar ao meu lado.

No Brasil, eu morava na mesma casa que ela, mas aqui, nós concordamos em vivermos separadas, não faria sentido voltar a morar com mamãe agora que já conseguia me manter.

(S/N) POVS OFF

 

KIM TAEHYUNG POVS ON

- Tem certeza disso, Taehyung?

- Sim, senhor Yagami. Eu vou tirar um tempo pra viajar e visitar meus familiares, eles são do interior e não vou poder vir trabalhar mesmo nesse período, então...

- Poxa, estou triste, sabia? Você foi o meu melhor funcionário.

- A (S/N) não lhe deixará na mão.

- Eu sei Tae, eu sei... Mas é que você está aqui comigo há tanto tempo. Obrigada por todo seu serviço, vou torcer por seu sucesso!

- E eu pelo sucesso dessa loja! – Nós rimos e apertamos nossas mãos.

Acho que iria sentir falta de seu Yagami, mas estava decidido a viajar por um tempo, pelo menos até ter certeza de meus sentimentos por (S/N).

Nós estamos sem nos falar e não posso descrever o quão ruim é isso! Eu só queria continuar sendo seu amigo e conhecendo mais da sua pessoa, vivenciando seus medos e rindo de suas besteiras, mas seria impossível a volta de nossa amizade.

Com Hoseok longe, e os demais garotos sempre no trabalho, acabei me sentindo mais do que só e liguei para mamãe, ela concordou em me receber por uns dias lá e seria perfeito! O interior sempre me fez bem e minha família ainda mais, tenho certeza que poderia ficar alegre e voltar a prestar atenção em um futuro feliz sem depender de ninguém.

Não gostei do que me tornei: uma pessoa completamente necessitada da companhia de (S/N).

Me odeio por querê-la tanto!

(...)

- Finalmente você voltou! – Abracei Hobi com força. – Em cima da hora, por sinal. O que você vai vestir esta noite?

- Você acha que eu sou besta ou o que? A roupa que eu comprei irá ganhar o concurso de melhor personagem.

- Não vai ter concurso nenhum, Hobi.

O seu sorriso murchou e eu gargalhei.

- O Jin deveria fazer! Esse idiota não tem criatividade nenhuma! – Ele bufou irritado e levou as malas para seu quarto. – Alguém dormiu aqui? – Gritou lá de dentro.

- Não. – Só Jungkook e Jimin, se bem que eles não devem ter dormido de verdade.

- Ainda bem! E qual vai ser seu personagem?

- Rubber man.

- Que?

- É um personagem de American Horror Story.

- American o que?

- É uma série.

- A festa é com temática de filme, não vale!

- Cala a boca, Hobi...

O empurrei no sofá e nós conversamos sobre sua viagem e de como ele estava feliz! Hoseok iria providenciar nesta semana audições em diversas empresas de entretenimento da Coréia e ele estava tão confiante que era difícil acreditar que aquilo não pudesse dar certo.

(...)

- Eu nunca mais soube de nada sobre você ter beijado a (S/N). Aconteceu alguma coisa?

- Nada demais. Eu só me declarei pra ela e fui rejeitado...

- Você o que?

- Você ouviu.

- Não acredito.

Hoseok começou a gargalhar sobre o sofá e lhe afetou tanto que levou as mãos a barriga tentando conter talvez uma possível dor de tanto sorrir.

- Qual a graça?

- Você a odiava.

Revirei meus olhos e fui para a cozinha pegar um pouco de pudim para comer.

Depois contei para Hobi que iria passar uns dias fora e ele ficou bravo comigo, pois “Ele tinha acabado de chegar e eu já estava correndo para longe dele”.

Rei dos dramas!

(...)

- Quem é você, Hoseok?

- Não consegue identificar? Você não assistiu Animais fantásticos e onde habitam? – Balancei a cabeça negativamente e Hoseok fechou a cara para mim. – Newt Scamander! Hum? – Novamente eu balançava minha cabeça negando.

- O tecido é bom, você comprou lá pelos Estados Unidos?

- Sim, você gostou mesmo?

E assim, saí de casa... Com um pouco de vergonha da minha roupa preta e com um Hoseok empolgado enchendo a boca para falar sobre como tinha encontrado o traje perfeito.

KIM TAEHYUNG POVS OFF